Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna
Fico pensando se talvez não tivesse sido uma boa escolha esse contato. Acho que mesmo precisando, piorou nossa situação. Talvez o melhor seja ele lá e eu cá. Inúmeras vezes nos separamos, já deveríamos perceber que não damos certo nem os dois querendo. Doeu bastante vê-lo daquele jeito, mas doerá mais se ambos não nos conformamos com a situação de que acabou e só restou o sentimento.
FLASH ON:
_ Eu realmente precisava disso mais que tudo. – ouvir isso me aliviou pelo menos ele se sentia bem agora.
_ Que bom que já se senti melhor... – eu precisava me afastar agora ou ficaria presa á aquilo. Desmanchei o abraço e antes de encara-lo suguei uma lágrima que teimava em querer descer. _ Se eu fosse você não ficaria muito aqui fora, está frio! – sussurrei sem delonga e entrei.
Não podia e nem queria olhá-lo mais nenhum segundo ou tomaria atitudes que não queria. Tipo beija-lo ou nunca mais deixa-lo.
FLASH OFF:
Eu sentia raiva por me senti fraca em relação a ele e entregar os pontos desse jeito. Respirei fundo e encarei-o na porta já de olhos secos e um olhar irônico.
_ Se aquilo foi por pena, não valeu a pena... – era incrível como ele mudava de face e comportamento rapidinho.
_ Que tal achar o que quiser? – a essa altura eu já estava irritada. Ali na minha frente já estava o ruivo idiota e que eu odiava.
_ Ok. – sumiu da minha frente e eu senti vontade de mata-lo.
Levantei e fui até a porta, bati-a com tanta força que acho que até os vizinhos escutara. Peguei uma roupa no armário e tomei um banho gelado para tirar o peso que se mantinha em meus pensamentos.
***
Almocei junto com as meninas e meus tios, o ruivo não apareceu nem para beliscar. As meninas me convenceram a assistir o filme “Divergente” com elas e eu concordei apesar de preferi um bom terror cheio de sangue e morte. As horas passaram e aos poucos a noite chegara, fui para meu quarto e procurei me concentrar nas formulas de química e matemática, professores maldosos, colocam duas provas que possuem formulas pra pessoa se confundir toda. Estava difícil achar um foco e ainda mais com o barulho de guitarra que vinha do final do corredor, eu já sabia de onde viria.
_ Preciso estudar... – foi como um pedido por silêncio. Assim que cheguei na porta de seu quarto. Ele estava de costas como quando nos conhecemos...
FLASH ON:
_ Nunca te disseram que é feio bisbilhotar?! (o garoto falou irônico e eu virei novamente para vê-lo e lá estava ele agora de frente pra mim ainda sentado na cama e rindo)
_ Não tenho culpa se você deixa a porta aberta! (falei irônica)
_ Estou na minha casa, então acho que tenho esse direito!
_ Nossa desculpa, não queria magoar! (falei sarcástica)
_ Tá desculpada! (falou rindo e eu fiz careta, ia saindo e novamente ele falou) Porque veio aqui?!
_ Ouvi a guitarra e pensei ser interessante!
_ E acabou vendo que sou! (ele falou piscando o olho)
_ Não, eu acabei me decepcionando e me arrependendo de ter caminhado até aqui! (falei irritada)
_ Bom senhorita, o caminho ainda está ai se, se arrependeu então dê meia volta! (ele falou irônico)
_ Estou tentando, mais você toda hora chama minha atenção! (falei rindo)
_ Não preciso fazer isso, eu chamo atenção até dormindo! (ele falou piscando e eu voltei para meu quarto bufando... que garoto mais metido).
FLASH OFF:
_ E? – desnecessário isso. Ele podia ser um pouco mais humilde. Uma raiva queimara dentro de mim e me preenchia. Suspirei e sorri falsa.
_ Poderia diminuir só um pouco o planificador? – perguntei fingindo calma e leveza.
_ Não... – grosso e idiota, sempre.
_ Não me obrigue a ser ignorante... – um pouco mais autoritária.
_ Que seja... – deu de ombros e encarou a guitarra. Aproveitei seu deslize e fui até o planificador, desconectando a guitarra. _ Ei... – reclamou.
_ Pedi com educação e você não revidou, vamos ver se na ignorância você entende. – eu estava realmente irritada. Ele se levantou cheio de ódio e se aproximou tirando o cabo de minhas mãos com grosseria, eu repeti o seu ato e depois ele.
_ Posso ficar nisso a noite inteira... – ele disse rindo de canto e bem provocante.
_ Vamos ver... – confiante. Mas eu já estava me cansando de tomar o cabo de suas mãos. E foi de repente que tropecei no cabo e cai no chão sem mais nem menos, senti minha cabeça bater no chão com força e vi os olhos do ruivo se arregalarem, seus braços me envolverem mais já era tarde eu já estava apagando...
P.O.V CASTIEL ON:
Foi rápido demais, ela tropeçou e caiu. Sua cabeça fez uma imensa zoada em choque ao chão e seus olhos fecharam-se logo. Minhas mãos tocaram seu corpo mais já era tarde ela já estava apagada. O desespero tomara conta de mim e o branco da minha mente, agora não importava nada há não ser ela.
_ O que está acontecendo aqui? – minha mãe adentrou o quarto e ao ver a cena se assustou. _ O que fez com ela, Castiel? – como ela poderia achar que eu a machucaria.
_ Nada. Ela tropeçou no cabo da guitarra e caiu, bateu a cabeça e apagou. – ela deve ter ouvido a zoada e por isso veio.
_ Meu deus... Coloque-a na cama e eu pegarei alguma coisa para acorda-la. – ela também se encontrava nervosa e desesperada. Vi saindo do meu quarto e coloquei a pequena sobre a cama. A essa altura eu me sentira culpado, eu comecei e acabou mal.
Eu queria morrer, eu era culpado de tudo. Ela me pediu com tanta educação mais meu orgulho fizera o pior. Talvez eu só quisesse que ela se aproximasse...
Acorda Jenny, por favor!
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