Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 61
Impossible


Notas iniciais do capítulo

Lembro-me de anos atrás

Alguém me disse que eu deveria tomar

Cuidado quando se trata de amor

eu fiz


E tu eras forte e eu não estava

Minha ilusão, meu erro

Eu era descuidado, eu esqueci

eu fiz


E agora, quando tudo está feito

Não há nada a dizer

Tu tens ido e sem esforço

Tu ganhas-te

Tu podes ir adiante dizer-lhes


Diz-lhes tudo o que sei agora

Gritar isso aos quatro ventos

Escrevê-lo na linha do horizonte




Fiz o capitulo inteiro repetindo essa musica é muito linda : http://www.vagalume.com.br/james-arthur/impossible-traducao.html



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Com certeza pareceu errado, com certeza ele entenderia que fiz aquilo pra provocar. Descolei minha boca dos lábios doces do loiro e com medo encarei seus olhos. O azul não mostrava felicidade e nem tão pouco que tinha gostado. Engoli em seco e abri a boca no intuito de dizer algo, mas ele foi mais rápido...

_ Acho melhor irmos logo... – meio rouco e desanimado. Talvez achasse que o usei.

_ É... – dito isso, olhei para o ruivo que mantinha sua postura calma e totalmente decepcionada. Talvez ele não ligasse mais, ou nunca ligou realmente.

Victor entrou e logo em seguida eu. Ele ligou o motor e saiu de lá. Não conseguia encara-lo, sentia vergonha, medo, culpa e tristeza. Ele com certeza estava se sentindo um lixo e usado. Eu estava horrível e não conseguia imaginar como ele estaria pior.

_ Sabe que isso foi errado... – suas palavras vieram como uma bala. Sua voz se mantinha rouca e seus olhos me encaravam. Notei o motor do carro desligado, estávamos parados numa estrada.

_ Me desculpe, eu... – interrompida. O que agora?! Ele vai me deixar aqui na estrada sozinha, vai me ameaçar, me entregar a algum maluco?!

_ Eu não nego que sinto algo muito forte por você e sei que lá dentro há algo em você também, mas eu só te peço que não se engane e nem me engane. – pareceu uma menininha que não queria se iludir, mas entendi seu lado.

_ Não quero te enganar. Quero ficar com você. – as palavras saíram sem minha permissão e ele me encarou tipo *sério?!*. Respirei fundo e procurei um buraco para me jogar dentro.

_ Você diz isso por que está com raiva de Castiel. – tinha um pouco de verdade nisso, mas na verdade não era isso.

_ Não conhecia o Castiel quando te encontrei no aeroporto e logo te quis. – realmente eu estava boa em respostas rápidas. Vi um sorriso surgir em seus lábios. Sua mão seguiu para minha nuca e me puxou para perto. Sua boca agora envolvia a minha em um beijo delicioso, sua língua sugava a minha e me deixava louca. Seu beijo não era como o do ruivo mais era ótimo.

***

P.O.V CASTIEL ON:

Não demostrei raiva, muito menos tristeza. Fiquei na minha e aturei calado, não posso julga-la fui o primeiro a errar e esfregar na cara dela que estava com outra. Mas não mentirei quando digo que sinto sua falta, que morro de ciúmes e que a quero de volta como nunca quis ninguém.

_ Parece que a ridícula já te esqueceu... – lá vem Debrah e sua voz enjoada. Encarei de braços cruzados e arqueei a sobrancelhas.

_ E no que isso te importa e me importa?! – não queria demostrar raiva nem descontentamento.

_ Fico feliz em saber que também já a esqueceu. – a mesma disse e agarrou meu pescoço. Eu não sentia vontade nenhuma de beija-la e muito menos de ficar com ela. Tirei suas mãos de meu pescoço e ela me encarou tipo *por quê?*.

_ Vou te levar em casa... – disse começando a caminhar e ela me acompanhou.

P.O.V CASTIEL OFF:

Advinha a lanchonete em que o Victor me levou?! Tinha que ser a que Armin trabalha, já o magoei demais quando estava com o ruivo. Eu não estava nem um pouco animada e queria puxar o Victor para um lugar onde eu pudesse ficar sem magoa-lo ou magoar alguém. Evitei demostrar desanimo e me sentei com o loiro numa mesa de frente para que a de antes...

FLASH ON:

O lugar era bem amistoso e confortável, era uma lanchonete toda baseada no branco e verde, estava bem frequentada e de longe avistei o moreno sorrindo e vindo até nós, nos sentamos em uma mesa e ele se aproximou...

_ Que prazer receber meus amigos e inimigos... – olhou para o ruivo. _ Em meu humilde trabalho. – ele concluiu.

_ O que tem de especial hoje? – Alexy perguntou.

_ Porção de batata-frita, um refrigerante, um hambúrguer e como sobremesa sorvete de flocos. – o moreno respondeu me encarando e eu sorri para ele.

_ Vou querer isso. – rosa disse sorrindo.

_ Eu também. – o alexy e o lys falaram em coro.

_ Ok, e vocês? – o moreno nos perguntou a mim e ao ruivo.

_ Eu só quero um Milk-shake de chocolate. – respondi.

_ Uma porção de batata frita e o mesmo que o dela. – o ruivo disse enquanto brincava com o paliteiro em suas mãos.

_ Só um minuto. – o moreno sumiu atrás do balcão e depois de alguns minutos voltou com tudo em uma bandeja.

***

Foi meio estranho, está ali conversando e rindo enquanto meu amigo trabalhava, ele me observava de longe e eu sorria para ele...

_ Jenny? – o ruivo me cutucou e eu despertei dos devaneios.

_ Oi... – eu disse e engoli um pouco do chocolate.

_ Ei tesudo, está sujo aqui! – alexy disse aproximando sua mão da boca do ruivo.

_ Limpa pra mim, coisa linda! – o ruivo provocou e o alexy passou o dedo nos lábios do mesmo e depois levou o dedo a sua boca.

_ Que delicia... – ele disse sorrindo malicioso.

_ Ei, estou aqui e o namorado é meu. – eu brinquei.

_ Vai que ele inventa de trocar de opção sexual. – Lysandre brinca enquanto come.

_ Não duvido nada. – rosa entrou no clima e recebeu batata frita na cara, quem jogou?! O ruivinho. _ Seu... – ela falou fingindo irritação.

_ Idiota. – completei e ele jogou em mim. _ Mais isso não fica assim! – falei sapeca e joguei chocolate nele.

_ Bem feito. – rosa e os outros falaram em coro enquanto riam ofegantes.

Foi bem legal o momento com eles, lembro de que quando cheguei aqui o meu maior desejo era voltar para meu mundo, minha casa, minha vida, mas agora vejo que meu lugar é aqui ao lado deles e não consigo me imaginar longe, do meu ruivo, meu azulzinho e todos os outros, aos poucos as loucuras de cada um foi me afetando e tirando de mim aquele desejo doentio de voltar para Nova York, minha volta para a mesma agora virou pesadelo e por mais que minha carreira acabe meu lugar é aqui e esse agora é MEU MUNDO!

FLASH OFF:

_ Jenny? – sua voz me despertou. Em cada quanto dessa cidade havia lembranças, momentos, historia e sempre eu e o ruivo.

_ Desculpa estava pensando nas férias. – menti feio pra caralho.

_ Já está tão perto assim? – perguntou enquanto chamava um garçom. Assenti e sorri observando quem viria até nós. Por sorte não era o Armin, parecia ser o próprio dono. _ Dois hambúrgueres, batata- frita e dois refrigerantes. – pediu o loiro, o moço anotou e saiu.

_ Bem calórico, chegarei em casa uma baleia. – brinquei e ele riu meigo.

_ Precisa de muito pra te deixar uma baleia. – respondeu e eu sorri. Na verdade sim, com tudo isso eu emagreci bastante esses dias.

***

Foi bem agradável, conversamos sobre quase tudo. Sobre sua faculdade que ele está pensando em fazer, sobre meus estudos, sobre seu tio, minha mãe, minha carreira... Esquecendo o assunto eu e ele, ruivo e eu ou qualquer outro que magoasse ambos. Ele me contou que não conheceu o pai, que sempre foi criado pelos avós e tios, sua mãe morreu quando ele tinha seis anos e depois disso ele se sente um andarilho de tanta cidade que já foi.

Ele me levou em casa e antes de descer do carro segurou minha mão. Encarei seus olhos e sorri. Sabia o que ele queria, cheguei perto de sua boca e depositei um beijo rápido em seus lábios e sai do carro. Vi seu carro sumir na estrada e depois me virei dando de cara com ele. Sentado no banco da varanda de cabeça baixa, mãos nos bolsos e seus cabelos escondendo sua face. Caminhei até a porta no intuito de entrar sem interferi-lo.

_ Por que faz isso? – sua voz soou grave em meus ouvidos e meus olhos o encararam sem expressão. Suas pálpebras estavam molhadas.

_ O que? – perguntei tentando não desabar ali mesmo.

_ Por que está com ele? – ora essa, pelo mesmo motivo que está com aquela vulgar.

_ Por que quero. Gosto dele como você gosta da Debrah. – curta grossa e ferida. Doeu dizer *gosta da Debrah*.

_ Então não gosta dele nem um pouquinho, pois não gosto da Debrah. – ele me encarou de baixo bem triste e aquilo me matou.

Não resisti e me abaixei ficando de sua altura, olhei fundo em seus olhos e o abracei. Tanto ele como eu precisava disso, desse contato, dessa aproximação. Sua cabeça encostou-se a meu ombro e eu pensei onde estaria aquele ruivo forte de orgulhoso, acho que eu o matei. Observei a janela e vi a pequena rindo a toa e meiga vendo a cena.

P.O.V CASTIEL ON:

Era impossível resistir quando o assunto é ela, quando o motivo é ela. Assim que deixei a Debrah em casa, fui para casa e sem rumo me sentei no banco da varanda. Sem minha permissão as lagrimas caiam e eu pensava em tudo que vive com ela.

FLASH ON:

_ Se fizesse, eu não estaria aqui passando por cima do meu orgulho e te dizendo que a única pessoa que quero nesse mundo, está bem na minha frente me ignorando enquanto eu falo. – eu disse curta e grossa, ele parou de mexer no armário e congelou.

_ Não estou na sua frente, estou mais para o lado. – ele disse bem debochado e eu suspirei irritada, me levantei no intuito de sair e foi quando ouvir ele ri abafado. _ Vem cá sua boba. – ele me puxou para seus braços e me derrubou na cama caindo por cima de mim.

_ Você gravou isso?! Por que eu não vou fazer de novo. – eu disse imitando o Damon Salvatore.

_ Sei, sei... – ele disse sorrindo. _ Sabe que ficou fofa falando “eu não estaria aqui passando por cima do meu orgulho e te dizendo que a única pessoa que quero nesse mundo, está bem na minha frente me ignorando enquanto eu falo” – ele disse me imitando e eu dei uma tapa de leve em sua costela.

_ Idiota. - resmunguei.

_ Novidade. – ele respondeu rindo e me apertou no abraço.

Lá fora o frio e a chuva, aqui o calor em seus braços e mais lá dentro do meu peito, uma revolução no meu coração, acelerado e aliviado. Conversamos sobre coisas aleatórias enquanto nos mantínhamos deitados e abraçados, queria que esse momento não passasse nunca mais.

Olha a grande ideia do ruivo, pegou uma câmera de dentro da sua gaveta e começou a nos gravar na cama, fazendo caretas e rindo, aqueles momentos que não tem o que fazer mesmo, ele fazia bico e eu dava língua, ele sorria e eu fazia cara de mal.

_ Olha que linda. – ele disse ainda gravando enquanto eu sorria e colocava a mão no rosto.

_ Sei que sou. – respondi dando língua pra ele e depois para câmera.

_ Chata. – ele disse sorrindo e eu fiz uma cara triste bem fofa.

_ Magoou. – eu disse fazendo bico e ele posicionou a câmera bem encima de mim e fez bico, logo depois me dando um selinho, aproveitei e mordi sua bochecha e ele gritou de dor.

FLASH OFF:

Era desesperador, vê-la e não toca-la, era perturbador vê-la com outro. Lagrimas e mais lagrimas preenchiam meu rosto. Em um instante um carro parou em frente e a vi descer, era ele com ela. Quando ela se aproximou eu entreguei os pontos, não suportava mais. Se abraço me reconfortou, eu precisava tanto disso e dela...


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