CASTIEL:

__ Por favor, tem que me deixar ficar ao lado dela. – implorei ao medico que realizaria o parto da Jenny, ele me olhou estranho, provavelmente nos achando muito novos, para ter um filho e depois olhou por trás de mim, segui seu olhar e vi minha mãe e o tio da Jenny chegando desesperados.

__ E quem seria o senhor? – perguntou voltando a me encarar.

__ Sou o pai da criança que está prestes á nascer... – respondi, seus olhos pareciam assustados, suspirou e chamou uma enfermeira com a mão.

__ Ofereça a esse rapaz um jaleco, uma toca e leve-o até a sala de cirurgia. – disse ele, a enfermeira assentiu e começou andar sendo seguida por mim.

Ela me arranjou tudo prescrito pelo medico e me levou até a sala, ao entrar me deparei com uma Jenny terrivelmente acabada e cansada, ela empurrava com tanta força que eu estava começando a achar que esse bebê seria gigante mesmo, seus olhos me encontraram enquanto tentava recuperar o folego, depositei um beijo em sua testa e segurei firme sua mão.

__ Vamos lá garota, empurra! – ordenou o médico pondo as mãos na intimidade dela, isso era bem nojento e invasivo, se não fosse pelo parto do nosso bebê eu mataria esse homem.

__ Já estamos vendo a cabeça... – anunciou a enfermeira. Jenny me olhou com a respiração falha e sorri passando segurança o máximo que podia.

__ Você consegue! – sussurrei, ela fez o máximo de força que tinha e soltou um urro estridente, os médicos comemoraram e nossa felicidade acabara de nascer.

JENNY:

Ela nasceu tão calma, só chorou fora da sala de parto quando estava sendo limpa. Quando senti se aproximando de mim não contive as lágrimas, não há nada que explique esse momento, beijei-a e fiquei com o rosto próximo ao seu. E eu nasci junto com ela!

Ser mãe adolescente é superar limites, amadurecer quando ainda é hora de ser criança, amar incondicionalmente alguém que muitas vezes nem estava em nossos planos. Ser mãe adolescente é ter a satisfação e o orgulho de enfrentar todos os preconceitos e poder bater no peito e repetir: é minha filha, eu consegui!

Não dá pra explicar como me senti ao te ver pela primeira vez. Tentei segurar as lágrimas ao máximo, o sorriso era enorme, mas ao mesmo tempo havia a tensão de saber se estava tudo bem contigo.

__ É uma menina... – comemorou o ruivo com lagrimas nos olhos, o cansaço já não me importava mais, eu só queria abraça-lo e dizer que me proporcionou o melhor presente do mundo.

__ Pensei que quisesse um menino! – sussurrei depois de um riso abafado.

__ Eu queria qualquer sexo. O que me importa é que Deus me deu dois presentes maravilhosos, ele me deu você e você me deu uma filha linda! – disse beijando meus lábios de forma carinhosa.

CASTIEL:

__ Como está Jenny e o bebê? – assim que sai da sala, dando espaço para as enfermeiras limparem e deixarem Jenny descansar, encontrei nossos amigos que vieram correndo me encher de perguntas.

__ Estão bem! É uma menininha linda... – respondi sorrindo ainda besta com tudo.

__ Podemos vê-la? – perguntou Rosa.

__ Ela descansará agora, mas depois acho que sim. – respondi com os olhos marejados, eu estava realmente emocionado, eu acabara de vê a mulher que amo dá a luz á nossa filha.

__ Castiel? – chamou minha mãe por de trás dos meus amigos, olhei-a e fitei as pessoas ao seu lado, eram a mãe e o pai da Jenny?!

__ O que fazem aqui? – perguntei irritado e indo para cima deles, depois de tudo que eles fizeram não merecem nem meia palavra minha.

__ Castiel acalme-se... – ordenou minha mãe.

__ Só viemos ver a Jenny! – respondeu o pai dela me encarando com a expressão arrependida.

__ Ela não quer ver vocês! – rebati.

__ Castiel, eles tem esse direito. Deixaremos vê-la e ver também a neta! – disse minha mãe.

__ Tudo bem... Mas se magoarem ela novamente ou tentarem tira-la de mim... – fui interrompido pela mãe dela.

__ Não faremos nada! Pode nos mostrar nossa neta? – perguntou.

***

Ela estava tão linda, uma fraldinha enorme em seu corpo, mãozinhas minúsculas, cabelinho ralo, olhinhos fechados e boquinha perfeita. Nunca foi parte de nossos planos, mas era de Deus e agradeço-o por nos dar esse presente lindo, esse anjo.

__ Qual delas é ela? – perguntou a mãe de Jenny.

__ Aquela. – apontei para incubadora com o anjo mais lindo que existia.

__ Meu deus! Ela é linda. – disse meus amigos atrás de mim e sorri, olhei para os pais da Jenny e eles estavam emocionados.

__ E minha filha? – perguntou, encarei-a com a cara de quem não queria ela perto da Jenny.

__ Castiel, por favor! – pediu minha mãe.

__ Tá bom! – suspirei.

JENNY:

E quando abri os olhos, senti a brisa que entrava pela janela tocar meu corpo levando embora o cansaço, encarei os cabelos ruivos em minha frente e sorri meiga, ele permaneceu seu olhar preocupado e me levantei num impulso, imaginei ser algo com nossa filha, mas quando me virei para o lado oposto enxerguei os rostos que não via há séculos...

__ Mãe, pai? – tentei confirmar em minha mente.

__ Nos perdoe Jenny! – pediu meu pai se ajoelhando ao meu lado e chorando.

__ Ei pai, se levante... – pedi.

__ Nos perdoe por tudo, filha... – dessa vez fora minha mãe, meus olhos se encheram de lagrimas, eu não sabia como agir.

__ Vocês tem ideia do que foi passar minha gestação inteira sem o apoio de vocês?! Sem vê-los em meu casamento e pôde ser levada ao altar pelo meu pai?! – perguntei desengasgando.

__ Nós erramos feio, mas nos perdoe, pelo amor de Deus! – pediu minha mãe ainda ajoelhada. Fitei o ruivo que me encarava com a expressão bem confiante.

__ Tudo bem... Eu perdoo vocês! – eu disse depois de um suspiro e os dois me abraçaram.

__ Tem alguém querendo mamar! – anunciou uma enfermeira que adentrou o quarto com minha pequena nos braços, ela estava tão linda depois de limpa, a moça depositou-a em meus braços, seu rosto era lindo, ela era tão pequena.

__ Nosso pequeno anjo! – disse o ruivo acariciando meus cabelos e sorri meiga.

__ Qual o nome? – perguntou meu pai, no mesmo instante encarei o ruivo de forma assustada, nós havíamos esquecido esse detalhe.

__ Angel! O nome dela é Angel... – respondeu o ruivo focando no rostinho meigo da Angel.

Nossa pequena, Angel... Nosso pequeno anjo!

***

SEIS MESES DEPOIS:

Minha vida tomou o rumo que nunca imaginei que iria tomar, quando conheci o Castiel nunca imaginei que me apaixonaria por ele e nem que muito menos iria me casar e ter uma filha com ele, uma filha linda que tomou todo meu lugar ao lado do ruivo (ciúmes), ele a mima tanto, joga pra cima, beija, abraça e eu?! Bem... Eu fiquei pra escanteio (risos), eu adoro vê-los juntos, ficam tão lindos, gosto de saber que dei o presente mais lindo que ele poderia ganhar e deixo claro que ele foi o primeiro presente na minha vida que me proporcionou as melhores e mais importantes coisas de minha vida.

Meus amigos também não ficam de fora, quando os conheci no colégio que nem queria ir, me apaixonei de primeira, vive tantas aventuras, chorei, sorri, gritei, dancei, pulei, nadei, briguei, amei e acima de tudo VIVI!

__ É Angel, tomou meu lugar, hein?! – brinquei assim que desci as escadas e encarei um ruivo bobo jogando a pequena no ar, ela já dava seus risinhos meigos.

__ Ainda tem... – ele começou mais parou assim que me viu vestida no vestido preto longo, arrumada para o casamento da Rosa e do Victor. Eles decidiram se casar tem um mês.

__ Desse jeito, colocarei a Angel no berço e te arrastarei para perder o casamento! – disse sorrindo malicioso, pisquei um olho provocando-o e sorri debochada.

__ Vamos? – perguntei me aproximando e pegando Angel do colo.

__ Vamos. – respondeu pegando ás chaves do carro e me seguindo para fora de casa.

***

Rosa estava linda, tudo estava lindo. Lysandre segurava Angel enquanto eu e o ruivo éramos os padrinhos, estavam todos emocionados. Lembrava-me de como tudo começou, Victor conheci no aeroporto, nem imaginava que o encontraria novamente e que o mundo daria essa volta, que nos envolveríamos e que por destino ele se apaixonasse por Rosa, lembrei-me do meu casamento com o ruivo. Como todos estavam felizes!

Iris estava num relacionamento sério com o Lysandre e já vi que logo casariam também, Mellody e Nathaniel estava bem também. Ah, Nathaniel... Outro que entrou em minha vida de maneira louca e acabou percebendo seu amor pela colega ao lado, Viollete continuava a mesma, Armin e Gabi mais felizes do que tudo, a historia, deles começou um tanto complicada, Alexy estava o mais sorridente de todos, ele se sentia bem só em ver os amigos felizes. Lembro-me de quando recebi a noticia de que me mudaria para cá, de como tinha medo de perder minha carreira e de como odiei a ideia.

Hoje agradeço ao destino por me mandar pra cá, me dá a chance de conhecê-los e mandar um foda-se minha carreira, para que uma carreira se eu tenho um marido maravilhoso, uma filha linda e amigos que todos queriam ter.

***

__ Ela já dormiu? – perguntou o ruivo em sussurro. Havíamos acabado de chegar da festa de casamento, o encarei sorrindo maliciosa, já sabendo oque ele queria e assenti.

__ Então, agora que tal imitarmos Rosa e Victor e partimos para lua de mel?! – perguntou malicioso e se aproximou, em abraçou por trás e depositou um beijo quente em meu pescoço.

__ Estava aqui pensando em como tudo começou, se me contassem antes que eu iria me apaixonar e me casar com aquele senhor chama atenção e senhor antártica eu não acreditaria. – disse me virando para ele e encarando seu rosto lindo, ele deu um sorriso meigo e depositou um beijo em meus lábios.

__ Eu acreditaria. E sabe por quê? – perguntou alisando meu rosto.

__ Por quê? – perguntei sorrindo fascinada com seu olhar.

__ Por que eu me apaixonei pelo seu sorriso! – respondeu e me beijou com todo amor do mundo, amor que não cabia mais dentro do meu peito, amor que eu agradeço todos os dias por encontrar, amor que não imaginei nunca ter por ele.

(...) Houve dificuldade sem nossa historia, mas ela nunca deixará de ser linda, linda porque nós dois nos amamos e agora somos uma família.

ME APAIXONEI PELO SEU SORRISO!

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