Aomine não era uma pessoa que costumava ficar sem palavras. Mas, bem, às vezes isso acontecia.

Como na época em que conheceu o clube de basquete de Seirin e viu as incríveis jogadas de Kagami e Kuroko. Aomine amava basquete, portanto ver algo novo sempre o surpreendia daquela forma.

Mas uma coisa ele havia reparado: depois que começara a namorar Momoi, ficar sem palavras havia se tornado bastante frequente em sua vida.

Ela tinha um jeito especial de fazê-lo se sentir o homem mais sortudo – e apaixonado – do mundo. E tudo isso resultava em um Aomine com a boca ligeiramente aberta e a mente completamente em branco.

Às vezes esse tipo de reação acontecia pelos motivos mais simples do mundo.

Naquele dia em especial, era um desses motivos simples.

Satsuki estava descendo as escadas de sua casa trajando um belo vestido preto, perfeitamente encaixado em seu corpo, evidenciando todas aquelas curvas que Aomine tanto amava. Isso combinado com um – embora não tão escandaloso – decote, o deixava completamente sem ter o que dizer.

E ela sabia que causava aquela reação nele.

Ela sabia e gostava.

Momoi nunca perdia a oportunidade de deixá-lo surpreso daquela forma.

Ela tinha um enorme poder sobre ele, e depois de tanto tempo namorando, já havia dominado completamente certos truques para fazer seu namorado ficar praticamente aos seus pés.

Ela até podia dizer que o tinha na palma de sua mão naquela noite.

E Aomine concordava completamente.

Aquele era apenas o começo da noite do baile de formatura deles, e ele sabia que Momoi iria torturá-lo naquele vestido durante horas a fio.

Mas o melhor de tudo é que ele não se importava nem um pouco.

O que podia dizer? Amava aquela mulher. Só alguém que Daiki realmente amava tinha tamanho poder sobre ele.