Aomine odiava com todas as suas forças estudar. Para que ele tinha que estudar se tudo o que queria era jogar basquete? Como matérias como inglês ou história do Japão iriam ajudar no basquete?

Aomine não entendia, só sabia que achava tudo aquilo uma grande perda de tempo.

No entanto, também sabia que não tinha escolha.

— Por que você trouxe essa bola para a biblioteca? — Satsuki perguntou ao ver o moreno girando a bola de basquete em seu dedo.

Ele deu um longo bocejo, claramente com sono.

— Porque é mais interessante do que isso aqui.

— Ah vamos, Dai-chan, você precisa aprender isso! — Satsuki deveria receber um prêmio por ser a pessoa mais paciente do mundo. Ensinar Aomine era realmente difícil.

Os dois estavam com vários livros espalhados pela mesa da biblioteca. Momoi havia falado que iria ajudar Aomine a estudar para as provas finais, mas até agora parecia não ter obtido sucesso algum.

— Essas provas são as provas finais, se você reprovar, não só vai perder o jogo na próxima semana, como também não vai conseguir se formar! Você precisa se esforçar mais!

Aomine bocejou novamente enquanto sua namorada não parava de falar, agora voltando aos estudos.

— Veja, o verbo “to be” pode expressar dois significados: ser ou estar. Serve até para dizer frases simples, como “I am at school” e... Ah, Dai-chan, não é para dormir!

A voz nervosa de Momoi despertou Daiki, que não pareceu nada abalado por dormir durante sua explicação.

— Relaxa Satsuki... eu vou pedir um daqueles lápis do Midorima emprestado de qualquer jeito — Aomine não tinha uma crença forte como a do amigo, mas tinha que admitir que aquele lápis realmente era útil em uma prova.

— De jeito nenhum! Você tem que estudar! — Momoi falou, parecendo esgotada.

Ela precisava de uma mudança de tática. De uma ideia para atrair a atenção e determinação do namorado para os estudos.

E de repente, Momoi soube exatamente como fazer isso!

— Né, Dai-chan... — A garota ia falando com uma voz manhosa, enquanto fazia seu pé deslizar por entre as pernas de Daiki, provocando-o.

Ele imediatamente parecia ter sua atenção.

— Oi... Satsuki... o que você está fazendo?

— Só estou pensando que se você conseguir estudar direito comigo, eu posso recompensá-lo depois... — Sua voz ainda estava manhosa e ela sentiu o garoto a sua frente engolir em seco. — Mas não sei se isso vai ser possível, já que você está tão desanimado, não é mesmo?

A mudança de atitude de Aomine a sua frente era gritante, e Momoi teve que morder os lábios para não cair na risada.

— Tsc... tudo bem, vamos acabar logo com isso. Verbo “to be”, não é? — Ele resmungou, pegando um dos livros e lendo, determinado.

Quem diria que uma tática tão simples iria funcionar com Aomine Daiki?

“No fim, homens são todos iguais”.