Momoi às vezes conseguia ter péssimas ideias.

Como quando levava laranja sem descascar para os jogadores comerem durante uma partida, ou até mesmo quando obrigava Aomine a ver algum filme e ele acabava escolhendo algum horrível de terror apenas para deixa-la com medo.

Sim, ela tinha péssimas ideias.

Mas a ideia de acordar Aomine – por mais que apreciasse vê-lo dormir – fora, sem dúvida, a pior delas.

Satsuki sabia que ia ser difícil convencer o garoto a ir treinar (como sempre), mas não esperava que fosse difícil até para ela mesma.

Não esperava que ele fosse distrai-la daquela forma.

Ah sim, porque ter aqueles lábios em seu pescoço não era exatamente algo que a fizesse ficar concentrada no que havia ido fazer ali.

Na verdade, Momoi àquela altura, nem lembrava mais do que Wakamatsu havia dito.

Seria algo sobre... um importante jogo a caminho...?

Sinceramente... ela havia esquecido.

E nem ao menos se importava.

O importante naquele momento era apenas retirar o mais rápido o possível aquelas roupas desnecessárias que atrapalhavam tanto ela e Aomine.

Sim, isso era a prioridade.

O som de tecido rasgando não a incomodou, Daiki apenas jogou o que restou da blusa da garota ao longe, apressadamente, voltando sua atenção ao corpo da garota.

Ela emitia suspiros de prazer ao sentir o toque quente sem sua pele, não deixando parar por aí e retribuindo na mesma intensidade.

Dane-se que eles estavam na escola.

Dane-se que alguém poderia aparecer a qualquer instante.

Eles estavam juntos e não desperdiçariam aquele momento pensando em coisas desnecessárias.

“Eu te amo” escapou baixinho dos lábios de Momoi, sendo acompanhado por um gemido logo em seguida.

Ela nem se deu conta de que aquela era a primeira vez que dizia aquelas palavras, falando simplesmente sem pensar.

Aomine também não respondeu, provavelmente nem escutou o que Satsuki havia dito.

Mas naquele momento, palavras não eram necessárias. Nem mesmo um “eu te amo”, afinal eles estavam conectados e era como se soubessem exatamente como se sentiam.