Acordo as 3 da manhã com uma super dor e a campainha tocando. Vou até o banheiro e todo alguns remédios. Depois eu vou em direção as escadas.

Quem estava tocando a campainha as 3 da manhã? Não era um ladrão, nenhum ladrão aperta a campainha.

Desço as escadas e a casa estaria totalmente escura se não fosse por uma luz que vinha da cozinha.

–... John, eu não esperava que isso fosse acontecer... – era a voz de Jason.

– Tudo bem garoto, o plano era você se tornar amigo dela por uns tempos e um ano com 90% do lucro das suas lutas em vez de 50%. Ela não vai mudar de ideia, conheço minha filha, mas fica tranqüilo, você ainda vai ter seus 90%...

– Não é isso...

Meu coração está batendo muito rápido. Estou na porta da cozinha olhando meu pai que parece ter visto um fantasma ao encontrar meu rosto. Jason para de falar ao ver o rosto do meu pai e vira para trás, seu rosto tem a mesma expressão.

– Lizzi... – meu pai começa.

Levanto a mão para que ele pare de falar e vejo que Jason começa se levantar. Corro para a porta da frente que está destrancada por causa da recém chegada de Jason e corro pela rua. Meus pés batem no asfalto e o vento frio penetra o tecido do meu pijama. Corro com todas as minhas forças e me escondo entre uma cerca e alguns arbustos cinco casas para frente da minha.

– Lizzi!

– Princesa!

Meu pai e Jason saem correndo pela rua e eu abafo o som que quer sair mordendo minha mão.

Eles tinham armado tudo! Jason não queria pedir desculpas nem nada! Foi meu pai! Ele pediu para que Jason se aproximasse de mim! Por causa de 90% de lucros! Isso é humilhante.

Meia hora depois eu saio dos arbustos e começo a correr pelas ruas.

Para onde vou ?

Um lugar me vem na cabeça e eu corro até minhas pernas começarem a protestar, depois eu ando. Ando por cerca de mais meia hora e paro na frente da porta 18 em um hotel no meio da cidade. Bato na porta.

Bato na porta três vezes até que Clary a abra.

– Lizzi ? – ela pergunta ao me ver – Está tudo bem ?

– Posso entrar ?

– Claro.

Entro dentro do pequeno quarto e me sento na beira na cama. Todas as palavras que ouvi voltam como um jorro na minha cabeça e eu me sinto completamente exausta. Começo chorar.

– Ei, o que aconteceu ? – diz Clary docemente se sentando ao meu lado.

Ela hesita um pouco, mas em seguida me puxa para um abraço e começa afagar meus cabelos. Conto a ela tudo o que aconteceu, desde Jason até o que eu ouvi, sobre como eu sai correndo de casa e me escondi e depois vim parar aqui.

– Oh, querida! Eu sinto muito! – ela diz por fim.

Clary continua afagando meu cabelo por um bom tempo, depois eu paro de chorar.

– Me desculpe, Clary! Eu fui muito estúpida com você.

– Por favor, não me peça desculpas.

– Que tal descansar um pouco ? – ela diz – Acho que você já teve agitação demais essa noite.

Assinto novamente e ela se levanta da cama, dando espaço para eu me deitar.

– Onde você vai dormir ? – pergunto.

– Aqui no sofá.

– Eu posso dormir no...

– Não, fique aí.

– Obrigada.

Eu me deito na cama e Clary me cobre com o cobertor, ela se senta na cama e começa a afagar meu cabelo novamente cantarolando uma musica. Eu ia perguntar qual musica era, mas eu dormir antes de conseguir mover meus lábios.