Estrelas e Diamantes. escrita por Cya Oak


Capítulo 2
Come on, skinny love, what happened here?


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar com dois antes do previsto por motivos de:
1- Eu sou uma pessoa ansiosa;
2- Estava quase desistindo de postar esse segundo capítulo, tendo em vista que ele nada mais é do que a visão da outra personagem;
2.1- Só postaria porque estava em dúvida de qual ficou melhor e agora sei que prefiro a primeira versão, então, resolvi postar antes de desistir;
3- Porque eu quero.
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A fic não está revisada, sorry.
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Peço que ouça essa música novamente: http://youtu.be/aNzCDt2eidg



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Um apartamento maravilhoso, apesar de inacabado, apesar de estar caindo aos pedaços, apesar de não ser aquilo que nós sonhamos. E ele é maravilhoso simplesmente por ser nosso, só nosso, meu e seu e de mais ninguém. Entende? É como se nem mesmo Deus ou o Diabo pudessem interferir no nosso pequeno universo, ninguém pode.

Estou no quarto e você na sacada, mas, ainda assim posso sentir as dores e os temores que você carrega no coração. Eu me reviro nos lençóis encardidos enquanto você fuma. Está ficando frio aqui, por que está demorando tanto, minha flor de lírio?

Doce pesar de uma vida.

Não me encare como se eu estivesse fingindo, você sabe muito bem que estou brava contigo. Eu não posso simplesmente me ceder dessa forma, mostre-me suas lágrimas. Não quero que sofra mais, mas quero que solte a escuridão que impregnou sua alma. Você nunca fará isso, não é mesmo? Então deixe que eu esculte seu coração e a consuma.

Amarga leveza de uma noite.

Meus olhos se fecham e eu me ligo a ti. Seu coração parece tão gelado, não pulsa como deveria. Deixe-me aquece-lo esta noite. Mostre-me seus olhos negros como a noite para e me lembre que estou viva. Dê-me seu amor, ele é tudo o que preciso.

Bem que foge.

Minha Giuliett, uma garota com sentimentos de mulher, um diamante bruto, impenetrável, um alguém tão diferentemente normal, tão especial, cheia de defeitos e manias... Tudo tão... Seu.

Bem que me escapa.

Estou quieta, devo parecer que durmo, mas não, não esta noite. Acompanho o compasso de sua respiração pesada. Controlo-me para não abrir os olhos e te admirar com essa sua regata preta surrada e aquele short azulado que caí tão bem em você. Especialmente hoje você parece excessivamente magra e frágil, deixe-me cuidar de ti. Deixe-me vesti-te de mim ao invés de suas roupas. Que inveja eu tenho.

Uma flor feita de espinhos.

Que horas são essas? Já está para amanhecer, não está? Será que o sono te vencera? Não, acho que não. O sol já invade nosso pequeno quarto pela janela quebrada e você levanta. Não me deixe aqui sozinha. A escuridão da sua ausência me assombra.

Mais um dia vazio.

Não há som algum. A porta não fora aberta. Você nem mesmo chegara perto dela. O tempo corre e o relógio te chama. Eu não queria que você fosse embora hoje, eu não queria ir trabalhar também, era algo que eu gostaria de evitar, mas não posso, não dá. Levanto-me e substituo a camisola da noite anterior por uma camisa branca, mas antes de terminar de me vestir sigo até a soleira da porta.

— Ainda aqui? - Eu pergunto. Você estava sentada em frente a nossa mesa improvisada, encarando o vazio. Giu, como você estava linda nessa manhã. Não havia maquiagem, seus cabelos curtos e pretos estavam penteados para trás, como de costume aliás, você usava uma saia estampada em cores ora sóbrias ora alegres que cobria seus pés, uma blusa levemente rosada e aquele brinco que eu lhe dei no natal passado. Nessa manhã você parecia jovem novamente, despreocupada, sem problemas, apenas uma universitária comum, apenas você, sem nenhuma carga extra.

— Você realmente acha que eu sairia sem meu beijo de despedida? - Você se levanta lentamente e vem até mim.

— Giulliet Meg Gaia, não use essa palavra! Você sabe que odeio-a... - Repreendo-te. Quantas vezes hei de ter de te falar isso?

— Desculpe-me, senhorita Sally Zahara. - Você beija-me a testa, as bochechas, o pescoço, a boca.

Movimento agridoce.

— Giu, você não dormiu novamente, não é? - Deixo meus dedos passearem pela sua face cansada.

— O que posso fazer se minha musa me enfeitiçou?

A única que eu amo.

— Se soubesse como eu amo essa sua cara emburrada...

— Faria muito mais. - Completo sua frase diária para então selar nossos lábios e te acompanhar até a porta.

A única capaz de me amar.

Sally.


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Notas finais do capítulo

Desculpe pela decepsão. Isso é tudo.