Betrayal escrita por Livia Dias


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Heey!Essa é minha primeira one com o shipper Delena, e já adianto que não será tão feliz quanto eu gostaria que fosse... Mesmo assim, espero que gostem õ/Foi feita com muito carinho!



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Sinto falta do doce sabor da vida

Sinto falta das conversas

Estou procurando uma canção esta noite

Estou mudando todas as estações

Gosto de pensar que tínhamos tudo

Desenhamos um mapa de um lugar melhor

Mas na estrada eu caí

Oh querida, por que você fugiu?

Maps – Maroon 5

(...)

– Vai ser legal, e você sabe disso! – Um sorriso adornou os lábios de Elena, enquanto mordia os lábios, em uma supérflua tentativa de convencê-lo a mudar de ideia.

Damon revirou os olhos, desviando a atenção de sua persistente namorada.

– O quê, a Vickie Donovan praticamente me comendo com os olhos? – A encarou por cima do ombro. – Sem chance.

Elena cruzou os braços, aparentemente desistindo de convencê-lo da boa maneira.

– É o aniversário da Bonnie. Não posso deixar de aparecer. – Se colocou a frente dele, que se manteve impassível. – Vou manter a Vickie bem longe de você. – Mordeu os lábios, contendo o riso. – Não se preocupe.

Por um instante, uma batalha silenciosa se fez presente entre ambos. Damon revirou os olhos mais uma vez.

– Tudo bem. – Um tom de impaciência se fez presente em suas palavras. Elena sorriu. – Mas vou cobrar este pequeno favor. – Seus olhos azuis percorreram o corpo da morena com uma rapidez quase imperceptível. – Sabe que não faço as coisas de graça.

Elena levou as mãos aos ombros dele, e o abraçou com força.

– Obrigada.

Damon piscou, um tanto atônito. Mesmo com dois meses de namoro, ainda se sentia perdido em meio à relação com Elena. Nunca conseguira se ver como um homem que embarcaria em algo tão sério, e ao mesmo tempo tão fixo. Geralmente não se prendia a lugares, e tão pouco a mulheres.

Passava por várias cidades com a farta herança de seu pai no bolso, uma garrafa de uísque na mão, e a “depravada do dia” em seu encalço.

Amar nunca esteve nos planos de Damon. Não até retornar à mórbida e lendária Mystic Falls, onde seu irmão residia, na intenção de lhe fazer uma breve visita e receber um novo impulso para sumir no mundo novamente.

Porém, assim que viu Elena Gilbert pela primeira vez, soube que não partiria tão rapidamente. Uma linda jovem prestes a entrar na faculdade no próximo ano, sempre com um livro entre os braços, e a bondade e doçura presente em seus olhos castanhos.

Stefan lhe avisara certa vez, que um dia, o frio e sarcástico Damon se apaixonaria intensamente. Sua solidão seria completamente preenchida pela presença de outra pessoa, uma que cederia parte de seu amor como remédio para cicatrizar todas as feridas que o Salvatore carregava por anos, e que daria a outra parte como uma porta para um caminho totalmente diferente.

Acusando seu irmão de ser um péssimo vidente, Damon ignorou completamente o aviso que recebera.

Afinal, ninguém jamais o faria esquecer da morte de seus pais, e do precoce falecimento de sua antiga namorada, Lexi.

No entanto, ao contrário do que imaginara, Elena fora uma luz em meio a sua escuridão, aquela que preenchera sua existência até então solitária.

Como Stefan vivia lhe dizendo, um dia Damon teria de se prender a alguém. Não poderia passar o resto de sua vida vagando pelo mundo, como um lobo solitário.

E lá estava ele, perdido em devaneios como sempre acontecia quando estava com a Gilbert. Ela pareceu notar, pois o soltou e sorriu-lhe.

– Ainda não consegue demonstrar carinho, Damon? – Encostou-se à cômoda, o encarando com um misto de diversão e ternura.

Ele olhou o relógio, na intenção de não ter de responder àquela questão.

– Não temos uma festa para ir? – Questionou, mudando completamente o rumo da conversa.

Elena deu um pulo parecendo se dar conta da hora.

– É verdade! Tenho de embrulhar o presente da Bonnie, me arrumar, e deixar o jantar do Jeremy pronto... – relembrou, fazendo menção de sair do quarto, mas sendo puxada de volta antes que o fizesse.

Damon a puxou pela nuca, selando seus lábios aos dela, fazendo com que seu corpo paralisasse na mesma hora. A empurrou contra a cômoda, levando uma das mãos ao seu cabelo escuro, afastando uma mecha que ameaçava cair em sua face.

Ela manteve os olhos fechados, mesmo quando ele a soltou. Um sorriso de canto adornou seus lábios, e Damon não conseguiu evitar um repuxar de lábios.

Tinha sorte de ter Elena ao seu lado.

(...)

Quando o casal chegou à casa dos Bennett, a festa alcançava seu auge. Bonnie abriu a porta assim que Elena tocou a campainha.

– Parabéns! – Exclamou ela, empurrando o presente para a amiga.

Bonnie sorriu, e abraçou Elena com força.

– Obrigada, Elena! – a encarou com ternura. – Tenho sorte por ter uma amiga que lembra dos aniversários dos outros. – Um quê de ironia preencheu suas palavras...

Damon interrompeu o diálogo.

– Olá para você também, Bennett – um sorriso irônico percorreu seus lábios, enquanto passava pela aniversariante. – Muitos anos de vida, e blábláblá. – Deu uma olhada ao redor, visualizando a sala cheia de gente, que mantinham conversas paralelas e risos incontrolados. – Vou buscar alguma coisa para tomar, Elena.

E sem esperar por resposta, sumiu entre as pessoas.

Bonnie fechou a porta, assim que a amiga passou. Colocou o pacote com seu presente na pilha próxima à soleira, que tinha um tamanho razoável.

– Qual o segredo para suportar ele? - Perguntou, com o cenho franzido, e uma careta de enojamento.

Damon encontrou Stefan com Caroline em meio aos convidados, e o trio iniciou uma conversa animada.

Elena sorriu para a amiga.

– Ele não é tão ruim quanto parece. – Cruzou os braços. – E então, o que quis dizer com eu ser a única amiga que lembra dos aniversários dos outros? - Arqueou uma das sobrancelhas.

Bonnie bufou.

– A quem me referi, você quer dizer. – O tom triste estava presente em sua voz. – Jeremy não deu as caras ultimamente. Tenho certeza de que esqueceu do meu aniversário.

Elena suspirou, compreendendo a situação.

– Bonnie, o Jeremy anda preocupado demais com os estudos. – explicou, embora soubesse que aquilo não seria suficiente para deixar a amiga tranquila.

Bonnie e Jeremy tinham estado bastante unidos ultimamente, e de certa forma, a Bennett pareceu ter levado aquela conexão além de uma simples amizade. Elena não achava ruim; contanto que seu irmão compreendesse os sentimentos da garota, e não magoasse sua amiga.

Minutos depois, Elena fora embalada até a pista de dança, e se divertia com Caroline e Bonnie, dançando e rindo.

Quando os “Parabéns” foram rapidamente cantados, a festa alcançou seu ápice sem demora. Alguns bêbados, outros dançando, e poucos casais namorando nos cantos. Por um instante, Elena pensou em puxar Damon para junto dela, mas ao ver que estava divertindo-se com os meninos, resolveu deixá-lo tranquilo.

As luzes néon favoreciam a festa, assim como a música alta. Os convidados não pareciam dispostos a parar de dançar, mas em certo momento, Elena já estava exausta, e o barulho passou a incomodá-la.

Foi em busca de Damon, imaginando que o mesmo estaria na sala de jogos com Matt e Stefan. Porém, ao avistar seu cunhado e o Donovan no caminho, constatou que Damon já havia, provavelmente, arrumado algo melhor para fazer do que ficar jogando.

– Oi Stefan. – Cumprimentou o Salvatore, com um sorriso de canto, maneando a cabeça para Matt em seguida. – Vocês viram o Damon por aí?

Matt e Stefan se entreolharam por um instante, algo que fez Elena franzir o cenho, desconfiada com a atitude. Ambos pareciam tensos, como se soubessem de algo e não pudessem dizer.

Stefan se voltou para Elena, com um meio sorriso.

– Ele deve estar por ai, Elena. – Balançou a cabeça, brevemente, encarando Matt. – Vou falar com a Caroline.

E se afastou.

Elena se voltou para Matt, cruzando os braços. O loiro fez menção de sair, mas a morena o impediu.

– O que foi? – tratou de questioná-lo, semicerrando os olhos. – Vi a cara que você e Stefan acabaram de fazer...

– Elena... – o Donovan se mostrou ansioso, olhando ao redor. – Fica calma.

– Por que ficar calma, Matt? O que aconteceu? – Deu um passo à frente, e o loiro recuou, angustiado. – Fale de uma vez!

– É a Vickie. – Sob o olhar confuso de Elena, ele prosseguiu. – Ela arrastou o Damon para o andar de cima...

Recuou, com os punhos cerrados. Sem permitir que o amigo prosseguisse, subiu as escadas até o andar de cima, a música alta ribombando em seus ouvidos, mas apenas a raiva borbulhando em seu íntimo.

Acertaria as contas com a Donovan de uma vez por todas. Ela pararia com sua obsessão por Damon, ou conheceria o pior lado de Elena.

Quando chegou ao segundo andar, visualizou os quartos com portas de madeira, e não demorou a seguir até os dormitórios reservados especialmente aos hóspedes. Conhecia aquela casa perfeitamente bem, graças às festas de pijama que organizava na adolescência com Caroline e Bonnie.

Vasculhou cada quarto, mas não encontrou ninguém. O que a maluca da Vickie estava armando?

Estava quase desistindo de procurá-los (talvez Damon já tivesse se livrado da “carrapato”) quando ouviu suspiros e risadas, próximos dela.

Olhou para a porta do banheiro. O ruído da água do chuveiro abafava os sons, mas era possível distingui-los.

Aproximando o ouvido da porta, as vozes tornaram-se mais claras.

– Pensei que nunca deixaria a chatinha da Gilbert, Damon! Ah! – Vickie gritou, e Elena se afastou de chofre, como se tivesse recebido um choque.

Não pela frase dita pela Donovan, mas pela risada irônica de seu namorado, como se a situação o deleitasse mais do que qualquer coisa.

Tomada pela fúria, escancarou a porta.

Preferiu não tê-lo feito.

– Elena! – Damon soltou Vickie, e saiu de debaixo do chuveiro. Seus olhos azuis se arregalaram em pavor, e tentou dizer alguma coisa. No entanto, o que fez foi abrir a boca debilmente, e deixá-la dessa forma, enquanto observava Elena balançar a cabeça em reprovação, e sair correndo por afora.

Vickie o encarou, cobrindo os seios com os braços.

– Damon... – Tentou chamá-lo, mas o mesmo já colocava a calça, e passava a camisa pela cabeça enquanto saía do banheiro. – Damon! Não acredito que vai me deixar assim por causa daquela vadia sem sal!

O moreno sumira de vista, e Vickie bufou. Bateu a porta do banheiro, furiosa.

Aqueles que estavam na sala de estar, tiveram a chance de ver Elena Gilbert se desfazendo em lágrimas, enquanto esbarrava nos colegas de classe, tentando chegar à porta que a tiraria daquele inferno.

Era como atravessar a areia movediça.

A cada passo, alguém tentava lhe parar, fazendo perguntas, ou amaldiçoando Damon como se há muito tempo, soubessem que ela era a “corna” da vez.

– Elena! – Bonnie e Caroline se colocaram à sua frente, assim que passou pelos convidados que pulavam ao som de Boom Clap. – O que aconteceu? – A loira acrescentou, ao ver as lágrimas manchando o rosto da amiga.

– Elena! – A voz de Damon se fez presente, do outro lado da sala.

A morena empurrou as amigas, e abriu a porta, batendo-a em seguida.

Saiu correndo, como se sua vida dependesse disso. Um alívio indescritível a atingiu, quando enfim pôde respirar sob a fria brisa noturna.

Se afastou da casa vitoriana, atravessando os jardins em uma corrida desesperada.

– Elena!

Ouviu os passos de Damon, e sabia que ele a alcançaria. A cena rondava sua mente, se repetindo sem controle.

No fim, não era apenas Vickie que rondava seu namorado. Ele quem ia atrás dela, recorrendo a uma alternativa para se satisfazer.

“Nojento”, pensou Elena, enojada.

Seu fôlego chegava ao fim, porém, não parou.

A grama que formava o amplo jardim dos Bennett, teve fim. Elena pisou na calçada, sem se preocupar com a mínima lição que recebera de seus pais, quando criança; nunca deixe de olhar os dois lados da rua antes de atravessar.

Damon arregalou os olhos em pavor. O motor tão próximo, indicava que àquela noite estava tendo um dos mais comuns rachas em Mystic Falls.

O grito escapou de sua garganta, tão alto que em segundos, alguns convidados estariam saindo da festa para verificar o que acontecia.

Elena não lhe deu ouvidos. Diminuiu o passo, sentindo seus pulmões doerem pelo esforço exagerado.

Seu pé atingiu o asfalto, deixando a calçada que levava aos jardins bem-cuidados dos Bennett.

Aos seus ouvidos, apenas o som de sua respiração era audível.

Damon soltou um segundo grito.

Elena parou.

Os faróis a atingiram, como holofotes.

O último badalar do sino da igreja ocorreu há algumas quadras daquela casa.

– ELENA!

O carro parou de chofre, mas mesmo com a freada brusca, não foi possível reduzir o impacto que ocorreu. Um para-brisa trincado, e o sangue no asfalto foram os únicos detalhes que se prenderam à sua mente, em meio ao pânico que atingiu seu corpo e alma.

Elena Gilbert rolou do capô para o chão, sua cabeça atingindo o asfalto com um baque, e seus olhos escuros mantendo-se vidrados.

Damon alcançou a rua, e se ajoelhou diante do corpo.

“Não”, se repreendeu, em meio ao desespero. “Ela não se tornou um mero corpo. Não. Ela não vai morrer!”.

Vozes se fizeram presentes. Bonnie gritava em desespero, enquanto Matt ligava para uma Ambulância.

– Damon... – Stefan o puxou, mas seu irmão resistiu, completamente petrificado pelo medo.

Medo de perdê-la. Medo de nunca mais ter seu sorriso como uma saudação de “bom-dia”. Medo de nunca mais receber seu abraço, e medo de jamais beijá-la, e tê-la sobre seu peito, ressonando suavemente.

Damon, de todas as maneiras, temia perder Elena para a Morte, principalmente por um maldito erro seu.

Não soube ao certo o momento que a Ambulância chegou, e tão pouco teve ideia de como Stefan conseguiu retirá-lo do asfalto, onde se manteve ajoelhado, implorando mentalmente a qualquer um, que não levasse a sua única vontade de viver existente.

Porque sem Elena, Damon não tinha ideia de como respiraria.

“Com as mãos entrelaçadas, observando o luar acompanhado das estrelas, ambos se encontravam esparramados na grama.

– Qual a graça de olhar para o céu? – Damon perguntou, arqueando uma das sobrancelhas.

Elena riu, e virou o rosto para encará-lo.

– As pequenas coisas da vida são as que mais importam. – Sob o olhar irônico do moreno, prosseguiu. – Não é o dinheiro, ou as sensações momentâneas trazidas pelo luxo. São os gestos de carinho – Tocou os cabelos negros de Damon, fazendo-o sorrir de canto. – De amor...”

– Damon.

Ele despertou parcialmente de suas lembranças. O elevador vazio – exceto pela presença de seu irmão -, se encontrava em movimento, seguindo até o andar onde Elena fora levada às pressas, assim que a ambulância chegou no hospital. Nenhum dos amigos de Elena teve pena de Damon, ou algum sentimento por ele. O ignoraram completamente, assim que souberam do que tinha acontecido – graças ao falatório de Vickie.

E Damon sabia que merecia aquele desprezo, e aquela dor que flagelava seu peito sem deixá-lo em paz.

Stefan o encarava como se pudesse ler seus pensamentos, e compreender sua dor.

– Eu te disse para não se envolver com a Vickie. - disse, pacientemente.

– E quem é você para me dar lição de moral, Stefan? – Damon avançou para o irmão, com os dentes cerrados.

O outro descruzou os braços.

– Alguém que não traiu a namorada com uma garota qualquer, e que agora está sofrendo como um cão arrependido.

Damon continuou fitando o irmão, sem nada dizer. O elevador parou, e como um raio, saiu correndo de perto de Stefan, querendo ter notícias de Elena.

A dor em sua cabeça começava a surgir, uma mistura de álcool e culpa.

Nunca deveria ter traído Elena. Nunca deveria ter aberto mão de seu amor. E agora, atravessando os corredores do hospital em uma corrida desesperada, podia saber o que sua namorada tinha sentido ao vê-lo com a Donovan; decepção, o sentimento de que havia sido a idiota da história.

A área destinada àqueles que esperavam por notícias, estava ocupada pelos amigos mais próximos de Elena, e por seu irmão, Jeremy, e sua tia, Jenna.

Damon passou por eles, por vezes ouvindo seu nome ser pronunciado, em meio aos soluços das garotas. Talvez, se parasse para falar com eles, acabaria recebendo um soco ou algo pior.

– Damon! Você não pode entrar aí!

Mas o moreno já escancarava as portas da UTI, e de imediato, os médicos avançaram para cima dele.

– Ela é minha namorada! Me larguem! – berrava, se debatendo.

Viu Elena imóvel sobre uma maca, o rosto repleto de cortes e hematomas. Um dos médicos segurava o desfibrilador ao seu lado, pronto para usá-lo. O monitor cardíaco, apitava continuamente, algo que tornou o desespero de Damon mais intenso do que antes.

Sua visão ficou turva por um instante, como se tivesse levado uma bofetada, porém suas tentativas de avançar continuaram.

O choque contra o peito da jovem, fez seu corpo inerte subir e descer com um tranco, mas o som do monitor indicava que era necessária uma nova descarga elétrica.

O médico com o desfibrilador gritou alguma coisa. Os enfermeiros seguravam os braços de Damon, exercendo força para fazê-lo retroceder, e gritando aos seus ouvidos que ali não era permitida sua entrada. Nada daquilo fez sentido algum para ele. Seus olhos permaneceram fixos no corpo de Elena, desejando que aquela linha no monitor voltasse com suas curvas.

– ELENA!

Uma segunda descarga elétrica, e o corpo pulou, caindo sobre a maca novamente.

O som continuava, ecoando em seus tímpanos, ampliando sua dor de cabeça.

Uma última tentativa.

O desfibrilador chocou-se contra o peito de Elena, mandando uma terceira descarga elétrica.

Damon cedeu sobre os esforços dos enfermeiros, atordoado.

A linha não fez suas curvas, como ele esperou que faria. Permaneceu reta, contínua, indicando que a vida de Elena Gilbert se fora para sempre. Seu coração não voltaria a bater, e seu amor não voltaria a existir. E não só ela se fora, como também a vida de todos aqueles conviveram com a morena, e tiveram a chance de conhecê-la.

Com Elena Gilbert, se fora o coração de Damon, e daqueles que esperavam por notícias do lado de fora.

O Salvatore jamais seria capaz de amar alguém, como amara a jovem Gilbert – o que, infelizmente, nunca teve chances de dizer a ela.

Por um erro, uma traição inconsequente, uma aventura infantil, o castelo desmoronara.

E caso Damon escolhesse prosseguir, atravessaria cada dia com a eterna culpa em suas costas, da vida que arrancara sem pensar, da perda tão dura de aceitar.

(...)

“Antes de magoar uma pessoa, pegue um papel e amasse-o. Já o fez? Bem, agora deixe-o como estava antes novamente... Você não pode, não é? O coração das pessoas é como este papel; uma vez que você o machuca, é difícil voltar a deixá-lo como era antes... Então, antes de magoar, pense bem no que faz...”

– Autor Desconhecido.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem pela tragédia com a Elena. Eu não pretendia matá-la, mas acabei me lembrando do clipe de Maps e... Bem, acho que vocês entenderam :SDedicada especialmente ao "Desafio 1 - Traição Amorosa" do Concurso 1000 Followers do Kat Fanfics.Não garanto que as próximas ones do concurso sejam Delena, mas, em todo caso, estava querendo escrever algo sobre os dois há muito tempo.Já tenho uma ideia para uma fic deles, que pretendo postar o mais breve possível. Portanto, caso algum fã do casal apareça por aqui, prometo uma história sobre o casal assim que possível ;)Agradeço desde já se alguém comentar. Beijokas *-* Fiquem com Deus.