A manhã era tensa, não somente pela preocupação que tinham em como as coisas iam acontecer, mas pelos fatos que já os estava envolvendo... Sakura parecia muito calma mesmo com a notícia da partida de Sasuke, o que era preocupante.

Naruto tinha que assumir a maior responsabilidade de todos os tempos sob a ameaça de morte. Sasuke pensava em como encontraria seu irmão tendo suas memórias reduzidas. Hinata pensava em como seria sua vida a partir dali, encarar sua família que a esperava com planos para toda a sua vida finalizados sem sua aprovação, só pensava em desistir de ser uma Hyuuga para poder viver seu amor proibido. Por fim Orochimaru, que tinha conhecimento do mover dos poderes inimigos para fazê-lo desistir de tudo o que lhe era mais importante.

No horário determinado eles teriam que se apressar, pois não era tão simples tornar Naruto o Imperador, ele teria que se apresentar, pedir que pelo menos dois dos ministros o acompanhassem até cada um dos sete Domínios do Império, tomar posse dos sete selos de cada uma das províncias e retornar para tomar o poder e oficializar a posse do trono.

Nesse meio tempo eles contariam com a proteção da família Hyuuga para que pudessem permanecer dentro das dependências da sede do Ministério. Seria durante algumas horas até que Naruto voltasse e fosse oficializado como Imperador, mas seriam horas de tensão.

Estavam todos reunidos quando o corvo chegou com a notícia de que a brecha seria aberta em dez minutos, horário exato em que todos os ministros estariam reunidos e eles poderiam chegar lá em segurança, afinal quem os mataria diante de todos?

— Todos preparados? Saibam que quando chegarmos ao nosso destino, estaremos à um passo de ser magos livres. Façam tudo como o planejado. - Falou Orochimaru.

No tempo determinado a passagem estava aberta, e eles avançaram calmamente sendo levados ao meio da sala de reuniões do ministério. Todos ficaram alarmados, mas como esperado, não puderam tomar nenhuma decisão impensada. Orochimaru foi logo apresentando a situação:

— Ohayo meus caros! A viagem foi calma e chegamos a tempo com o futuro Imperador, já podemos dar andamento ao processo de posse, com a vossa permissão, é claro. - Disse ele fixando o olhar sarcástico na ala de traidores.

— Mas você devia estar morto! O que faz aqui? E porque raptou minha filha? - Dizia o pai de Hinata em defesa da filha.

— Calma pai eu posso explicar! - Disse Hinata tentando apaziguar a situação.

— Não se preocupe Ojou, sei que sou indesejado e já estava mesmo de saída. É uma pena que não nos veremos mais, mas foi interessante mantê-la cativa. - Ao dizer isso ele ia se esvaindo pelo grande espelho da sala, mas algo inesperado aconteceu: Hinata usou sua habilidade diante de todos para tentar entender o que ele tinha em mente.

Orochimaru não esperava que ela forçaria seu dom a amadurecer em uma hora como essa, mesmo que não pudesse voltar de imediato, pretendia buscá-la depois que tudo estivesse em ordem, mesmo que para isso precisasse roubá-la do altar, mas naquele momento seu plano tinha sido frustrado.

Um erro grave da parte dela, mas pôde sentir a dor que o feria por dentro em deixá-la, ele sabia que os preparativos para o casamento dela com seu primo já tinham sido iniciados e que se ele ficasse ao lado dela o pior ia acontecer, ela seria condenada por traição. A pobre moça ficou paralisada ao ver seu amado se esvaindo diante de si e com o barulho do quebrar do espelho. "Como ele podia ter planejado aquilo sem mencionar nada?" Sua mente estava confusa.

Lágrimas corriam de seus olhos sem parar, foi levada a uma outra sala enquanto os ministros amigos de Orochimaru davam início aos processos para tornar Naruto o Imperador o mais rápido possível, esse foi levado em direção às províncias para adquirir os sete selos necessários para a oficialização.

Hinata começou a ser interrogada se estava colaborando com Orochimaru ou se era apenas uma vítima de rapto, ela confessou tudo, eles então forneceram uma opção a ela: Poderia se entregar ao Ministério para que pudessem usar seu dom sempre que quisessem, assim seu título de nobreza continuaria intacto e ela poderia se casar com seu primo e ter todos os benefícios de uma nobre.

— Onde é o calabouço? - Perguntou ela com o mesmo olhar de desilusão que mantinha estampado no rosto desde que seu amado partira.

Ela não precisava de uma vida de escravidão e pior: Longe do homem que amava. Se entregou sem pensar duas vezes.