Comecei uma séries de pesquisas detalhadas sobre Nova Orleans.Por enquanto teria que ser uma pesquisa de longe já que a Rebekah detestava o continente americano e acho que ela nem irá me ouvir se eu disser que quero viajar para Nova Orleans.Na minha opinião ela sente medo de lá.Lia está me ajudando com as minhas pesquisas já que a Dora é uma incompetente que só sabe falar do novo namorado “Alek Nervill, o BABACA do ano”.Ela está ficando insuportável mas mudando de assunto e voltando ao assunto principal.Cada vez mais eu estou perto de descobrir a verdade e melhor de encontrar os meus pais.Eu decidi pedi a Ajuda de alguém que sempre viaja para a América do Norte, a Arley ela com certeza saberá o que fazer.

A Arley chegou na minha casa por volta das seis e pouca.Rebekah tinha me avisado que chegaria tarde porque estaria em um encontro(romântico) com o Will, o irmão da Lia.Seria bom a Rebekah sair com um cara afinal desde que me adotou eu nunca a vi saindo com nenhum cara ao menos ela não me apresenta pra nenhum.Arley subiu para o meu quarto onde Lia estava fazendo uma bagunça daquelas e eu detestava bagunça e tinha uma mania maníaca por limpeza.

—Lia, o qeu você está fazendo?-perguntei gritando ao mesmo tempo.

—Nada.-respondeu e voltou a pular em cima da minha cama com o all star desbotado que sempre usava.

—Dessa já daí.-ordenei e ela obedeceu.

—Não precisava se irritar o “senhorita estressadinha”.-ironizou e eu ignorei.

—Por que me chamou aqui?Está na cara que não foi para marcar uma consulta.-disse Arley e eu sorri essa era das minhas, não era sonsa e sabia quando abri a boca e com as perguntas certas.

—Arley querida, preciso muito da sua ajuda.-disse e comecei a explicar que precisava que ela me informasse algumas coisas sobre Nova Orleans ela sorriu parecendo se recordar bem da cidade.

—É uma bela cidade Hope, mas por que quer informações sobre ela?-perguntou arqueando uma das sobrancelhas eu já havia notado que aquilo era uma mania da Arley.

—Meus pais estão lá e eu quero conhecê-los mas Rebekah jamais permitiria ela não gosta de falar sobre eles e muito menos do continente americano.-respondi.

—Se você quiser eu coloco o FBI inteiro atrás dos seus pais biológicos.-brincou e eu não pude deixar de sorrir.

—Arley qual é a sua nacionalidade?-perguntou Lia.

—Pra que você quer saber?-perguntei.

—Eu sou britânica.-respondeu.

—Olha Hope eu já estou indo nessa.-disse Lia e eu me despedir dela.

Foi muito estranho o jeito que a Lia ficou com a presença da Arley e aí tinha coisa.Mas eu descobriria o que ela tinha.Arley prometeu me entregar uma pesquisa completíssima de Nova Orleans até o final da semana e eu aceitei.Fui dormir até mais tranquila e a Rebekah ainda não havia chegado.

O dia seguinte começou e eu estava louca para que essa semana passasse voando.Hoje à noite teria uma festa anos sessenta e apesar de ter vivido-o eu adora festa anos sessenta.Todo ano tinha essa festa e simbolizava alguma coisa na história da escola.Como eu odeio a escola!Rebekah e Dora sempre me ajudava na organização da festa, era uma festa anual e na minha opinião era a melhor festa no ano e todo ano eu esperava uma festa melhor e MELHOR do que no ano passado.

Cheguei na escola uns cinco minutos atrasadas.Isso que dá ir dormir tarde Hope!Corri pelos corredores até chegar no laboratório, como eu tinha uma sorte daquelas o professor estava adiantado e aí eu é quem me ferro.O vida injusta!

—Fred eu me atrasei alguns minutos.-disse chegando na porta até cambaleando de tanto correr.

—Nada disso senhorita Mikaelson vá para a direção e registre este momento.-respondeu.

—Eu só me atrasei cinco minutos.-disse indignada.

—Mesmo que fosse um minuto você ainda iria para a direção.-respondeu.

—Fredisinho por favor deixa passar ao menos essa eu não posso ter mais uma ocorrência no meu histórico escolar ou eu vou ser expulsa por chegar atrasada, isso é muito injusto.-disse implorando.

—Me chame de senhor Velmon pra começar e vá logo para a direção antes que você tenha que sujar mais o seu histórico que deve ser mais sujo que um chiqueiro.

—Assim você me ofende.-retruquei.

—Está interrompendo a aula.-respondeu

—Você é a ruindade em pessoa, e eu em.-disse revirando os olhos e fui para a maldita secretaria registrar os meus míseros cinco minutos de atraso que de repente se transformara em dez.

Me sentei na sala de espera e não pude deixar de ouvir uma conversa.Mentira.Na verdade eu encostei um copo espião na porta apenas para ouvir o que a nova diretora tinha a dizer.

“Tem certeza senhora, acha que eles estão de volta?”

“Certamente, dois cadáveres foram encontrado no parque de diversões”

“Trem certeza que não foi um animal dessa vez?”

“Não foi um animal.Os vampiros voltaram para Londres”

Droga!Com tantas informações o copo acabou caindo na minha mão e virou milhões de caquinhos no chão e a assistente da diretora abriu a porta e só me restou dar um tchauzinho sem graça.Olha só Hope o que você fez, nem para ser espiã você serve vai ser desastrada assim na Cochinchina viu!

—O que faz aqui senhorita Mikaelson?Não que seja uma surpresa já que todos os dias você está na direção e seu histórico escolar é mais sujo que um chiqueiro.

—Vocês deram pra combinar o que falam agora é?-perguntei indignada.

—Do que está falando?-perguntou Crystal.

—Senhora Crystal, me dê logo a droga da ocorrência pra eu assinar e poder voltar pra sala de aula.

—Lola entregue a ocorrência para esta irresponsável.

Mania dos adultos de falarem as coisas na nossa cara e achar que não temos direitos a um advogado.

—Hope o que você ouviu?-perguntou Lola.

—Nada eu não ouvi nada.-respondi.

—Você quer receber uma advertência a mais?-pergunto.

A assistente era pior que a diretora.Daria até para virar uma série “as velhas detonando”.Sorri com o meu próprio pensamento e voltei a prestar atenção no papel que eu estava assinando.

—Não ouvi nada mesmo, juro.-respondi engolindo em seco.

—Hope eu estava te procurando agora mesmo.-disse Alek.

—Já achou e então o que quer?-perguntei sendo grossa como sempre.

—Larga de ser chata garota.-retrucou Alek.

—Você quem me procurou imbecil.

—O que quer com a senhorita Mikaelson?-perguntou Lola.

—Lolinha deixa que da minha vida cuido eu, sua fofoqueira.-disse e depois tornei a engolir em seco.

—O que disse?-perguntou a secretária e eu não consegui pensar em nada para falar naquele momento.

—Eu vim aceitar o seu pedido, vamos à festa anual juntos.-respondeu me puxando pelo braço em direção ao corredor.

—Eu vou querer vê-los juntos então.-respondeu Lola e só me faltou dar os parabéns para o otário que me fez o favor de me convidar para a minha própria festa.

—Você está maluco ou o quê.Vai logo tirando o cavalinho da chuva eu já tenho outra pessoa para convidar em mente.-respondi.

—Se enxerga garota eu tenho namorada e ela é muito melhor do que você.-respondeu.

—Mesmo?-perguntei me aproximando e encurralando-o na parede, me aproximei mais um pouco e dei um beijo em seu rosto. —Nos vemos na festa parceiro.-respondi e sai do corredor e voltei para o laboratório.

—Posso entrar?-perguntei.

—Agora sim eu estou vendo a sua educação.-respondeu o professor.

—Só uso com quem merece.-falei rápido.

—O que disse?-perguntou e eu sorri.

—Eu não disse nada, nadinha mesmo.-respondi e olhei para o local onde estava vago e o único lugar era com o garoto mais impopular de toda a escola, ou melhor da escola não da cidade.

—Posso?-perguntei e ele apenas assentiu.

Me sentei e ele ajeitou o óculos.

—Hope você encontrou o Alek?-perguntou Dora.

—Não o vi, não o conheço e não tenho vontade de vê-lo e muito menos conhecê-lo.-respondi.

—O Alek está certo isso é perseguição e dá cadeia.

—Manda o Alek ir se ferrar.-respondi.

—Eu não sua grossa.

—Dora você quer mesmo discutir comigo por causa de um garoto que não vale à pena?-perguntei.

—O Alek vale à pena sim.-respondeu.

—Quer saber vão os dois se ferrar então.-respondi e ela voltou para o seu lugar.

—Você tem nome?-perguntei para o garoto que se sentava ao meu lado.

—Antônio Garrett.-disse ajeitando o óculos novamente.

—Prazer meu nome é Hope.Hope Mikaelson.-me apresentei.

—Eu sei.-respondeu.

—Sabe é?-perguntei.

—Estudamos juntos desde que você entrou na escola.Você não deve se lembrar, afinal os NERDS não esquecidos nesta escola.-respondeu e eu engoli em seco porque ele tinha toda a razão eu não o conhecia e nem sabia da sua existência até aquele dia.

—Tony, agora nos conhecemos.Tem um par para a festa?-perguntei

—Não, eu acho que eu não vou.-respondeu e eu não pude deixar de sentir pena dele.

—Eu vou convidar alguém para você.-respondi.

—Não precisa eu já estou acostumado.-respondeu.

—Tony não foi um pedido.-respondi e voltamos a cuidar de química.

Na verdade ele cuidou, e misturou todas as substâncias enquanto eu só olhei e fiquei observando.A nossa nota foi a maior da sala e eu fiquei impressionada com aquilo ele era realmente muito inteligente.

A aula acabou e a próxima e a outra e enfim estávamos no intervalo e eu tinha que convidar muitas meninas para ir a festa com o Tony.

—Tony o que você acha da Gisele?-perguntei querendo saber se ele gostava de alguma menina mais ele me respondeu uma resposta que não ajudava muito.

—Ela é muito metida,zoa com os NERDS, detesta arte,não sabe tocar nenhum tipo de instrumento, tem o cabelo liso escorrido, é loira e egocêntrica.-respondeu e eu sorri porque não era só o Tony que pensava assim a escola inteira pensava.

—Então qual é o seu tipo ideal para garota?-perguntei caminhando até o meu armário com ele.

—Sei lá.De preferência tem que ser gentil, gostar de pintar cemitérios, adorar arte e também tem que tocar piano.Tem que ter 1,73 e cachos definidos em seus cabelos escuros.Gosto de olhos castanhos e tem que ter um jeito único.

Após as descrições eu não fazia ideia de quem chamar para ir ao baile com ele e a cada segundo ficava mais difícil e eu ainda tinha que convidar o meu parceiro que obviamente não seria o Alek e sim o Ben.

—Eu preciso ir agora.-disse me direcionando em direção ao Bem.

—Oi garota popular.-disse sorrindo lindamente.

—Oi.Você já tem par para a festa dos anos 60?-perguntei.

—Tenho, por que a pergunta.

Droga!Droga!Droga!Hope sua burra!Burra!Burra!Burra!Você deveria tê-lo convidado antes.

—Ok.Era só isso mesmo.-respondi.

Me afastei e fui andando até o Tony que não parava de me olhar com aqueles óculos fundo de garrafa que ele ajeitava toda hora.

—Conseguiu?-perguntou.

—Não.-respondi desanimada. —Essa vai ser a pior festa de todas.-disse e fomos para o refeitório.

—Hope.Hope ainda bem que eu te encontrei.-disse Lia.

—Por que o que houve?-perguntei assustada com o seu desespero.

—Ele é confiável?-perguntou olhando para o Tony.

—Sim.Fala logo o que tem pra falar.-respondi impaciente.

—Eu escutei uma conversa do Alek com o Bem.

—Lia eu já te falei para não escutar a conversa dos outros.-repreende.

—Que pena porque falava muito sobre você.

—O que eles disseram?-perguntei segurando em seu braço.

—O Alek pediu para o Bem se afastar de você...

—O que?Quem ele pensa que é?

—E tem mais ele disse que está apaixonado por você e o Bem topou ficar longe.-completou e foi o suficiente para o meu sangue ferver e a raiva subir a minha cabeça.

Corri até a mesa do Alek onde ele e a Dora estavam se pegando, empurrei ela pro lado e o coloquei em pé na minha frente.

—O que você está fazendo?-perguntou já se irritando.

—“O que eu estou fazendo?”Sei cachorro miserável?!-disse dando vários tapas nele.

—Hope o que está fazendo?-perguntou Dora me segurando.

Não quis nem saber de conversa e dei um chega pra lá nela e voltei a bater nele.

—O que você quer agora?-perguntou fingindo de desentendido.

Alek Nervill se prepara porque terá troco!E com certeza não será vingança de garotinha.

—Por que inventou mentiras para o bem?-perguntei.

—Não faço ideia do que você está falando.-respondeu dando uma de sínico.

—Alek do que ela está falando?-perguntou Dora.

—É o que eu quero saber.-respondeu e eu voltei a dar tapas nele.

—Quer parar de me bater.-gritou e eu resolvi que eu estava sendo uma garotinha naquele momento e o que um garoto como ALEK NERVILL merecia era um soco na cara e eu nem precisei pensar duas vezes e logo o nariz dele estava sangrando.

—Hope.-disse Lia começando a rir.

—Da próxima vez vai ser pior seu babaca.-respondi e me virei como se nada tivesse acontecido enquanto as pessoas voltavam para os seus lugares.

—Gosta desse tal de Bem?-perguntou Tony.

—Não, mas eu queria bater no Alek a muito, muito tempo e só precisava de uma desculpa convincente.-respondi e ele sorriu.

—Eu vou falar com eles.-disse Lia.

Era bem a cara dela querer escutar a conversa do dois pra colocar o time no campo novamente.A Lia era uma daquelas que não desistia fácil e lutava até o último momento.

—Quer ir ao baile comigo?-perguntei.

—Está falando sério?-perguntou.

—Detesto que me respondam com uma pergunta, anota aí.-respondi e ele pegou um caderno e anotou de verdade.

—O que está fazendo-perguntei.

—Você pediu pra eu anotar.-respondeu.

—Eu sei, mas é pra anotar na mente.-respondi. —Eu vou com você ao baile mas amanhã passaremos um dia inteiro cuidando desse cabelo, dos óculos, das roupas e tudo que você não deveria usar.-respondi bagunçando o cabelo dele.

O sinal bateu e voltamos para a sala. Alek tinha me feito perder quaisquer chances que eu tinha com o Ben mas talvez o garoto perfeito estivesse em um lugar e quem sabe eu logo o encontre.