Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 53
Capítulo: 52 - Sway


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Voltei com outro capítulo sim, haha ♥.
Boa Leitura!



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Bella

(Fevereiro)

Os dias se passaram com uma velocidade incrível, e quando olhei o calendário o aniversário de Peter tinha chegado. O dia seguiu tranquilo na casa Cullen, com um lindo bolo de chocolate – feito por mim, como prometido – presença de familiares e de gente que praticamente fazia parte da família, brincadeiras de diversos tipos e fotos tiradas de torto e a direito por Alice. Após a tarde divertida, Emmett e eu voltamos para o apartamento, totalmente exaustos. As crianças tinham uma energia incrível que adultos não conseguiam acompanhar.

— Acho que não me sinto tão acabado assim desde que virei à noite com o caso Wilson. – suspirou meu irmão, jogando-se no sofá.

— Você é um homem morto, Swan. Nem parece que foi um dos melhores atletas da FHS. – debochei dele, cutucando sua barriga com o meu pé coberto por um all star.

Pegando-me desprevenida, Emmett puxou o meu pé, fazendo com que eu caísse sentada no carpete claro da sala.

— AÍÍ! – meio que gritei, lançando-lhe uma careta.

Seus olhos logo pararam para minha figura estatelada no chão e ele desandou para rir.

Bufei.

— Você é um idiota, Emmett!

— Eu também te amo, formiga. – disse de forma travessa, soltando um beijo para mim.

Revirei os olhos. E, naquele momento, recordei-me que mamãe tinha ligado para cá antes de irmos para a casa de Edward.

— O que a mamãe queria? – indaguei, levantando-me do chão e indo para a poltrona.

Emmett sorriu de lado, acomodando-se melhor no sofá.

— Ela queria informar que estava oficialmente divorciada. A audiência foi ontem.

Sorri também, contente pela informação. Minha mãe merecia alguém melhor do que o imbecil do Phil Dwyer.

— Ela disse quando vinha?

— Ela está trabalhando na escola primária, como você sabe, e só terá um tempo de lá nas férias de verão. Disse também que se mudou, está morando em um apartamento menor, porém mais perto de onde trabalha.

— Isso parece bom, mas ainda gostaria que ela viesse morar aqui.

Emmett concordou com um maneio.

— Também. Quem sabe um dia, não é? – deu de ombros, pegando o controle da TV – Que tal um filme?

— Não sendo de terror, com certeza.

Emmett revirou os olhos, mas optou por um filme de comédia na Netflix— o qual eu não prestei atenção no nome. Para ser sincera, também não prestei muita atenção no filme, pois meu irmão parecia inquieto com algo. Vivia mudando sua posição no sofá com intervalos muito curtos e soltava muxoxos algumas vezes.

— O sofá está com pulga ou você tem alguma coisa para falar? – perguntei, assim que voltei da cozinha com pipoca em mãos e o encontrei fazendo careta para uma cena do filme que pedia por risadas.

— Está tão óbvio assim? – suspirou, pausando o filme.

— Desembucha, Emm. – pedi sem rodeios.

Emmett passou a mão pelos cabelos, provavelmente refletindo sobre o que quer que seja que ele tinha para falar.

— Estou querendo pedir a Rose para que ela venha morar aqui.

Meu cenho franziu por cerca de dois segundos, até eu arregalar os olhos.

— OMG! Rose está grávida? – soltei sem aviso, largando o balde de pipoca em cima do sofá.

Meu irmão me fitou assustado.

— O que? Não! Lógico que não! – negou rapidamente, meio pálido – Eu só acho que devemos, sei lá, dá mais um passo em nosso relacionamento. Estamos juntos há oito meses.

Um amplo sorriso se abriu em meu rosto e eu pulei do sofá, correndo para os braços do meu irmão a fim de abraçá-lo.

— Isso parece ótimo, Emm! Vai ser legal ter Rose em casa. – sussurrei feliz.

Eu realmente gostava de Rosalie Hale. Ela tinha se tornado uma ótima amiga para mim e eu não conseguiria pensar em alguém melhor para está com o meu irmão.

— Fico feliz por isso, formiga.

— Já conversou com ela? – perguntei, desvencilhando-me do abraço e sentando-me ao seu lado.

Emmett sorriu amarelo.

— Hmm... Não. Queria falar com você primeiro. Não seria justo trazer alguém para cá contra sua vontade.

Revirei os olhos, dando uma tapa na testa do bobão. Ele me fitou magoado, com um bico fingindo nos lábios.

— Você é bem idiota às vezes para um advogado. É claro que eu não me oporia a ideia. Eu amo a Rose! Ela é a melhor garota que você encontrará em sua vida, então cuide dela, por favor. – pedi, beijando sua bochecha.

Emmett assentiu com um sorriso bobo nos lábios.

— Ela realmente é a melhor. E será a única, formiga.

— Assim eu espero, pois eu quero um casamento de vocês dois logo. – cutuquei-o com um sorriso maroto – E eu serei a madrinha, claro. E a primeira a ver o anel.

Emm choramingou.

— Até você?

— Vai me dizer que não quer casar com ela? – arqueei uma sobrancelha.

— É claro que eu quero, só não agora. Nem temos um ano de relacionamento ainda. Pare de me pressionar! – choramingou feito um garotinho de cinco anos, cutucando minhas costelas.

Eu ri involuntariamente, afastando-me de suas investidas malignas.

— E quando completar, você vai fazer o pedido? – remexi as sobrancelhas, perturbando-o um pouco mais.

— Bella!

Eu me joguei contra o sofá, gargalhando sem dó. Era bom pentelhar o irmão mais velho às vezes.

***

Na segunda feira à tarde, Edward me rebocou da universidade para a sua casa, alegando que Anne tinha feito um almoço maravilhoso para gente. Sem contestar, segui com ele, sabendo que as comidas de Anne eram maravilhosas. Bree também tinha vindo conosco da NYU, já que seu horário na mansão era à tarde. Ela parecia um pouco acanhada no banco de trás, mas eu tagarelei o máximo possível para deixá-la confortável.

— Então você já está no período de estágio? – perguntou Edward, assim que eu dei uma deixa em meu falatório.

— Estarei no próximo mês, senhor Cullen. – respondeu de forma muito polida.

Edward sorriu de lado.

— Chame-me de Edward. Este é um ambiente totalmente informal. – deu de ombros e eu vi Bree manear a cabeça positivamente, mesmo sem Edward puder vê-la – Então, você está se formando em marketing, não é?

— Sim.

— O que acha de ir fazê-lo em minha empresa? Nós temos um programa para isso.

Os olhos de Bree cresceram na mais pura surpresa.

— Sério?

— Claro! – olhei para Edward, notando sua expressão tranquila e concentrada na estrada – Ou você já tem um lugar para ir?

— Não! – negou rapidamente – Ai meu Deus! Seria maravilhoso estagiar em sua empresa, senh... Edward. – corrigiu-se rapidamente, um sorriso vibrante aparecendo em seu rosto.

— Então está feito. Fale com a coordenação do seu curso sobre o programa da Cullen Tyre Corporation e se junte a minha equipe.

Bree soltou um gritinho, sem se conter, e eu acabei rindo do seu entusiasmo. Meus olhos vagaram para Edward outra vez, notando que havia um sorriso em seu rosto. Meu namorado estava se saindo um cara maravilhoso!

***

Depois do almoço, resolvi tomar um banho, enquanto Edward tinha ido para o seu escritório atender alguns telefonemas importantes. Assim que saí do banheiro, de pés descalços e enxugando meu cabelo com uma toalha, percebi que Edward estava no cômodo. Ele olhou-me de cima abaixo, inclinando a cabeça um pouco para o lado com uma expressão engraçada no rosto.

— O que?

— Eu me lembro deste vestido. – apontou para a peça azul com pequenas florzinhas que eu usava.

Olhei para os meus trajes, tentando me lembrar do dia que eu o vesti, já que fazia muito tempo que ele estava jogado em meu guarda-roupa. Quando consegui recordar-me do dia, por conta das piadas idiotas do meu irmão e do olhar especulativo do Cullen, soltei uma gargalhada.

— Eu o usei no dia da entrevista! Você olhou para mim com uma carinha tão confusa. – apertei sua bochecha – O que passava em sua cabeça, hein? – cutuquei-o, curiosa pela reposta.

Edward sorriu.

— ’’Que raio de criatura excêntrica é essa que a minha irmã foi arrumar?’’. – olhou para cima parecendo pensativo.

Belisquei sua barriga, fazendo-o soltar um gemido misturado com uma risada.

— Idiota. – resmunguei muito mais por costume do que por irritação.

Eu não estava irritada, na verdade. Gostava de ser uma criatura excêntrica. Era algo intrínseco em meu ser.

Edward puxou-me para os seus braços, focando seus olhos nos meus, prendendo-os nos meus. Beijou levemente a ponta do meu nariz e depois sorriu.

— Eu amo a sua excentricidade. Isso é o que torna você tão admirável, amável e maravilhosa. E isso está saindo totalmente piegas, mas é a verdade.

Sorri de lado, beijando o seu queixo, que era o local mais próximo do seu rosto que eu conseguia alcançar com a minha grande altura.

— Eu gosto de quando você é piegas. Ainda mais quando é para dizer que ama minhas estranhezas. – sussurrei, fazendo-o rir e eu sorri por isso.

Edward Cullen rindo era uma das cenas mais lindas que o planeta já pode abrigar em sua litosfera.

— Essa história toda já faz um ano, não é? O tempo passou voando. – comentou com um olhar distante.

— Mas ainda sinto como se fosse ontem quando te vi pela primeira vez entrando na igreja. Um cara tão lindo, mas estupidamente sério. – revirei os olhos contendo o sorriso que queria escapar dos meus lábios.

— Hey! – fingiu ultraje, cutucando minha cintura.

Ri involuntariamente e Edward sorriu diabólico. Arregalei os olhos.

— Nem invente.

Mas já era tarde demais. Eu fui severamente atacada por malditas cócegas em todos os pontos do meu corpo sensível a elas. Estrebuchei-me feito gente beirando a morte, até o Cullen decidir que estava na hora de me matar sem ar de outra forma: com beijos. Beijos quentes e deliciosos que me faziam gemer vergonhosamente.

O rumo disso? Bom, vocês já sabem.

***

Mais tarde naquele dia, eu fui buscar as crianças na escola, voltando aos velhos tempos. Sentindo o mesmo tom de nostalgia, as crianças passaram tagarelando o caminho todo sobre as tardes que eu ia buscá-los na escola e dá bagunça que fazíamos no carro.

Eu os levei para o apartamento em que eu morava, já que Edward disse que passaria por lá mais tarde para pegá-los. Surpreendi-me ao ver meu irmão em casa aquele horário do dia, já que costumeiramente ele só chegava à noite. As crianças ficaram felizes ao vê-lo, correndo para uma espécie de abraço grupal.

Agora, Emm e eu estávamos na cozinha, conversando besteiras enquanto tentávamos pensar em algo para comer.

Mamãe! Queremos pipoca! – Peter pediu energicamente na porta da cozinha.

— Seus irmãos estão de acordo? – assentiu – Então vou providenciar isso.

Ele sorriu, correu para me dá um beijo no rosto e voltou para a sala. Emmett ficou observando por onde ele passou com a cabeça um pouco inclinada.

— Ainda é tão estranho vê-los te chamando de mãe. Parece que você pariu Melanie aos doze anos. – Emmett franziu o nariz, provavelmente imaginando um eu de doze anos com uma imensa barriga.

Revirei os olhos, batendo na testa dele.

— Deixa de loucura, Emmett.

Ele ri, puxando-me para o seu peito largo.

— Mas eu estou feliz por isso. Ganhei quatro sobrinhos maravilhosos! E um cunhado que dá para o gasto. – eu ri da implicância de brincadeira dele. Essa tinha se tornado uma verdadeira piadinha particular entre nós e Edward.

— Tio Emmett! Tio Emmett! Você vai vim jogar Xbox com a gente? – Lily entra gritando na cozinha, totalmente eufórica.

— Claro, amorzinho. Já escolheram o jogo?

Emmett se solta de mim, virando-se para ela com um olhar terno. Cruzo os braços, observando a interação entre eles.

— Just Dance! – comemora, acarretando a gargalhada de Emmett.

— Ótimo! Escolham a música que eu já estou indo. – assentiu, correndo de volta para sala – Ainda bem que você os tem, Bella. Acho que agora a mamãe para de pedir por netos, afinal, ela ganhou quatro. – sorriu confiante.

Gargalhei sem dó do meu irmão. Coitado! Estava caindo no mar das ilusões.

— Ela ainda vai querer algo seu, Emm. Prepare-se.

Ele geme e fala alguma coisa ininteligível, enquanto sai do cômodo, deixando-me ainda rindo para trás.

***

Hoje, finalmente, seria o primeiro dia das aulas de dança. Jake e eu tínhamos passado o mês todo escolhendo músicas e montando coreografias, a fim de realizar um ótimo trabalho. Os números de inscritos foram bem consideráveis, o que não era para menos, já que o preço estava ótimo e Jake tinha notoriedade no campo.

Tínhamos dividido as aulas para quatro dias da semana, onde segundas e terças seriam aulas em duplas, enquanto quartas e quintas seriam aulas solo. Em média seriam duas horas de aula durante a tarde, das cinco às sete horas.

Um assobio me tirou dos meus devaneios e eu me virei para porta do meu quarto, encontrando meu irmão escorado na soleira. Ele tinha os braços cruzados e um sorriso no rosto.

— Está pronta maninha?

— Sim. – terminei de amarrar o meu tênis, conferindo minha roupa no espelho.

Calça de malha preta, blusa folgada azul, tênis e o cabelo preso em um perfeito rabo de cavalo. Ótimo look para boas horas de dança.

— E você e Rose? Eu vi o nome de vocês na lista, hein.

Meu irmão choramingou, vindo se deitar na minha cama.

— Ela praticamente me obrigou a ir fazer essas aulas com ela, já que Jasper e Alice também estarão fazendo. Até ofereci que ela fosse com a anã nos dias solos, mas Rose quando quer é irredutível. – bufou – Não sou um bom dançarino.

Eu gargalhei da sua expressão desolada.

— Emmett, eu não acredito que está aqui ainda. – Rose chegou à porta do quarto, pronta para a aula de logo mais – Vá se trocar, homem, se não chegáramos atrasados.

Com uma careta, meu irmão foi fazer o que tinha lhe mandado, deixando Rose e eu sozinhas no cômodo.

A loira tinha se mudado para o apartamento no sábado, depois de aceitar o pedido do meu irmão de forma muito efusiva. Alice tinha resmungado algo sobre ‘’estava na hora’’ assim que soube da notícia, enquanto Jacob apenas riu durante um dos lanches da tarde que tivemos.

— Está ansiosa? – sorriu para mim, pegando em minhas mãos.

— Estou animada.

— Isso é bom. Agora me conte o que dançaremos hoje. – pediu com um grande sorriso em seu rosto, piscando os olhos freneticamente.

Eu ri, desvencilhando-me de Rose. A loira tinha passado a semana toda importunando Jake e eu para saber o que iríamos dançar, mas nos limitávamos a dizer que era surpresa e assim que ela fosse saberia o que era.

— Poxa, Bella, isso não é justo. – resmungou com um bico saliente nos lábios.

— Deixe de manha, Hale. Falta apenas meia hora para aula. Inclusive... – parei, pegando a minha mochila em cima da cama – Temos que ir, afinal, eu não quero chegar atrasada. Sou a professora!

— Tem razão. Vou chamar o seu irmão. – avisou, caminhando para fora do quarto – EMMETT, SE VOCÊ NÃO ESTIVER PRONTO VAI SE VÊ COMIGO!

Um estrondo de algo caindo no chão foi escutado, sucedido de algumas palavras feias. Emm estava perdidinho com Rose.

***

Jacob nos recebeu com um grande abraço assim que chegamos ao salão do andar superior. Alguns casais já estavam lá, alongando o corpo e logo Rose saiu puxando Emm para perto deles. Percebi que Alice e Jasper ainda não estavam por ali.

— Ainda falta muita gente? – sussurrei para meu amigo, vendo-o mexer no som.

— Duas duplas. – respondeu distraído – Pronto! – sorriu satisfeito, deixando a música no ponto – Está pronta? – questionou, pegando em meus ombros.

— Sim. – sorri para ele, sentindo a ansiedade crescer em meu estômago.

— Oh, aí estão eles. – sorriu, afastando-se de mim para cumprimentar os que chegaram.

Olhei para trás, a fim de ver quem era, e meus olhos cresceram ao ver Edward. Ele tinha vindo juntamente com Anne, que parecia um pouco acanhada com o ambiente. Alice e Jasper estavam com eles, conversando com o Black alguma coisa.

Edward sorriu a me ver, caminhando em minha direção com Anne em seu encalço. Ele trajava roupas típicas de academia, juntamente com uma faixa engraçada na cabeça.

— O que está fazendo aqui? – perguntei curiosa – E o que é isso na sua cabeça? Não vamos correr uma maratona! – zombei, fazendo-o revirar os olhos.

— Antes de tudo, quero dizer que o menino Cullen me arrastou até a aula de dança, não se dando conta que eu já sou uma velha, só para prestigiar você, minha querida. – Anne respondeu, olhando divertidamente para Edward – Esse garoto tem os quatro pneus arriados por você.

— Anne! – exclamou Edward, suas bochechas ganhando um tom adorável de rosa – Eu precisava de um pouco de exercício, então isso não foi nada mais do que juntar o útil ao agradável. E você não está essa velhice toda.

Percebi, de soslaio, Anne revirar os olhos, mas os meus estavam em Edward. Ele estava se saindo um cara tão amável. Alice me dissera certo dia que hoje ele parece bem mais com o garotinho que cresceu com ela. E isso enchia o meu coração.

— Eu amo você. – sussurrei simplesmente, juntando seu corpo ao meu.

Edward deu seu típico – e maravilhoso – sorriso torto, cobrindo seus lábios nos meus em um beijo casto.

— Deixa a pegação para mais tarde, pessoal. Vamos à aula. – Jacob passou falando e cutucando as minhas costas.

Edward e eu rimos, e logo eu o soltei, indo dá um beijo na bochecha de Anne e sussurrando um obrigada por ela está ali também. Cumprimentei Jasper e Alice rapidamente, enquanto eles se alongavam. Alice parecia bastante animada, já Jasper tinha certo temor em seus olhos. Eu quase rir do loiro, mas não queria tirar sua ínfima coragem.

Quando o grupo de vinte pessoas estava pronto, Jacob e eu nos apresentamos, perguntando o nome deles também, para em seguida falarmos a música escolhida para hoje. Seria Sway, cantada por Michael Bublé, uma melodia suave que rendia uma boa dança a dois. Nós iríamos mostrar a coreografia completa a eles e depois a passaríamos passo a passo para que todos pudessem a assimilar.

Jacob colocou a música para tocar, se juntando a mim, segundos depois, guiando-me para os primeiros passos da música. Escutei um assobio vindo dos participantes, notando de soslaio que tinha vindo de Alice, que conquistou a risada de todos e um bufo de Edward. Eu apenas revirei os olhos, observando Jacob rir de forma quase silenciosa.

Depois de mostrar-lhe a coreografia, Jacob voltou o início da música para que pudéssemos mostrar passo a passo para eles. Com o controle, íamos fazendo pausas entre um passo e outro. Eles pareciam até está indo bem, menos o meu irmão que estava errando o giro.

— Se eu fizer Emmett dançar pelo menos a metade disso, já vai ser uma conquista. – resmungou Rose, alto demais, causando uma nova onda de risadinhas.

Meu irmão fez uma carranca.

— Isso é difícil! – protestou.

— É só virar para direita, Emm. Você me disse que era um bom dançarino!

— Só na coreografia de Dirty Dance por causa da Bella. A propósito – pausou a discussão, olhando para mim – Vamos fazê-la?

— Claro! Acho que todo mundo gostaria de aprender a dançar como os personagens do filme, não é? – pisco para os alunos, que sorriram em apreciação.

— Eu sempre quis mesmo! – concordou uma mulher loira, Makenna, balançando a cabeça de forma efusiva.

— Então, para não ficarmos empacados aqui... – caminhei até Emmett – Vou tentar mostrar-lhe como fazer o passo.

Após duas tentativas, Emmett finalmente conseguiu girar para a direção certa. Continuamos a aula sem grandes interrupções. Todos pareceram captar a coreografia muito bem, por ser mais simples, fazendo com que Jake e eu ficássemos radiantes. Combinamos de treiná-la mais um pouco amanhã, para todo mundo ficar craque e para que nós seguíssemos com nosso plano de aula, que era uma coreografia por semana.

No fim, ficamos apenas Jake, Edward, Alice, Rose, Jazz, Emm e eu na sala. Os outros foram embora, elogiando a aula, e Anne pegara um táxi para sua casa.

— Estou exausto! – disse Jasper, desabando no chão.

Alice sentou-se ao seu lado, revirando os olhos, mas tinha a respiração ofegante. Meu irmão deitou-se no chão, molhando o seu rosto com a água que trouxe na garrafinha.

— Eu adorei a coreografia! – elogiou Rose, ainda dando alguns passos em frente ao espelho – Eu realmente gosto dessas danças. Acho que quando eu me casar um dia, essa será a música para a primeira dança dos noivos.

— Escutou isso, Emmett? – não perdi a oportunidade de tirar uma com o meu irmão.

Alice, Jasper, Jake e Edward riram do meu comentário, fazendo Emmett bufar e levantar o dedo médio para mim. Rose parecia bem distraída nos passos, cantarolando baixinho. Ela provavelmente estava se imaginando com um longo vestido branco, dançando sobre um arco de flores com o noivo.

— Seu irmão não está a fim de um casamento? – perguntou Edward em meu ouvido, enquanto me abraçava por trás.

— Acho que ele está mais assustado com a ideia de crianças.

— Se ele sem nenhuma está assustado, imagina se tivesse quatro. – beijou meu pescoço.

Eu meio gemi e ri, atraindo o olhar de Jacob, que é quem estava mais próximo a nós. Ele arqueou uma sobrancelha, sorrindo maliciosamente. Meu rosto se transformou em um tomate e eu me virei, escondendo-me no peito de Edward.

— O que foi? – perguntou confuso.

— Jake está sendo inconveniente.

Edward riu baixo.

— Oh, sim, o Black. Acho que deveria dizer que fiquei um pouco enciumado com ele pegando em sua perna. – sorriu de lado e eu revirei os olhos para ele — E um pouco envergonhado em reproduzir isso com Anne. – tremeu – Ela é como uma avó para mim.

Eu ri, beliscando sua barriga sob a blusa. Ele se afastou um pouco, olhando-me com chateação.

— Qual é a sua tara pela minha barriga?

Dei de ombros, não encontrando uma resposta convincente para a pergunta.

— Você é bem bobo, sabia? Fico feliz que tenha vindo para me prestigiar, mas temos as aulas solo, você sabe.

— Talvez eu venha só para elas. Anne provavelmente irá me abandonar e a minha linda namorada já tem um parceiro de dança. – fez bico.

Revirei os olhos, afastando-me dele, escutando apenas o burburinho da conversa dos outros atrás de nós, já que estávamos mais afastados.

— Lembra-se que Jake é como um irmão para mim, sim?

— Oh, eu sei, mas ele ainda é um cara. E bonito. Você sabe. – franziu o nariz.

Eu gargalhei alto, atraindo a atenção dos outros para nós.

— Não sabia que sacanagem poderia ser engraçada. – maliciou Alice, piscando para nós.

— Alice, informação demais! – resmungou Emmett.

— Não estamos nem falando de sexo ainda. – Alice falou inocentemente, fazendo meu irmão bufar e o restante rir.

— Ok, Lice, não perturbe ainda mais o meu irmão. – a parei, arrastando Edward para perto deles – Com quem você deixou os bebês?

— Com os meus sogros. Eles adoram cuidar dos netos. E é sempre bom se livrar de algumas fraldas. – dá de ombros.

— Isso é verdade. – concorda Jasper com uma risada.

— Falando em criança, eu preciso ir. – diz meu namorado, olhando o horário em seu celular – Megan daqui a pouco terá que ir embora. – olhou para mim – Você irá comigo?

— Hoje não. Tenho coisas da universidade para fazer.

Ele assentiu, dando um selinho em mim e se despedindo do restante. Alice e Jasper também seguiram caminho, já que tinham vindo com Edward. Jake, Emm, Rose e eu também não demoramos muito a partir, já que meu amigo teria que ir para a boate ainda.

— Quando você vai inaugurar a parte debaixo? – questionou Rose quando passamos por lá.

Eu não ouvi a resposta de Jake, pois fiquei absorta em meus pensamentos ao passar por aquele lugar, sendo tomada pelas lembranças da ‘’despedida de solteiro’’ de Edward. Nós dois dançando em meio às pessoas, tomando drinques e apenas deixando a diversão nos guiar. E, bom, o que veio depois repetiu em minha cabeça e era incrível como eu me lembrava das sensações daquela noite só em fechar os olhos.

— Formiga! – chamou Emmett, sacudindo-me.

Abri os olhos, percebendo que tínhamos chegado ao lado de fora e Jake trancava o lugar.

— O que?

— Você estava sonhando acordada, cunhadinha. Alguma recordação? – Rose pisca um olho para mim.

Revirei os olhos, não querendo compartilhar os meus pensamentos.

— Vamos embora.

***

Na terça feira, Adam e eu nos juntamos, durante a tarde, na sala do apartamento do meu irmão para fazer a atividade em dupla. Assim que a acabamos, eu o arrastei para cozinha, para fazermos um lanche e conversar besteira.

— Como foi a aula ontem? Você não me disse nada. – perguntou, checando alguma coisa em seu celular.

— Foi ótima. Jake e eu conseguimos juntar um bom grupo e eles se saíram bem na coreografia. Sem contar nos elogios que recebemos. – dei de ombros, soando um pouquinho prepotente, mas eu não podia conter aquilo – E você? Não vai querer fazer umas aulas solo, ou quem sabe com alguém? – joguei, colocando refrigerante e a torta que eu tinha comprado no caminho da universidade para casa.

Estranhamente, Adam parou de teclar em seu celular, subindo os olhos para mim. Ele parecia um pouco assustado. Uh, o que temos aqui?

— Eu não sou um bom dançarino. – desconversou, deixando o celular de lado.

— É para isso que servem as aulas de dança, querido. – peguei em seu queixo, piscando para ele.

— Se você dançar comigo, quem sabe? – brincou e eu soltei o seu rosto, tomando um lugar a sua frente.

— Eu já tenho o meu parceiro de dança. Não estou disponível. – entrei em seu jogo, sorrindo de lado.

Ele levou a mão ao peito, fazendo uma falsa cara de dor.

— Essa doeu.

Revirei os olhos, colocando uma boa fatia de torta em seu prato.

— Sirva-se com o refrigerante e seja feliz, caro amigo.

Adam sorriu para mim e nós começamos a comer, discutindo sobre algumas coisas da universidade. Estava feliz por conseguirmos manter a nossa amizade, apesar das coisas que aconteceram. Eu realmente gostava da companhia dele.

Perto das três, Adam foi para seu apartamento, enquanto eu fui me ajeitar para a aula de logo mais, já que antes eu ainda tinha que pegar as crianças em suas aulas extras. Megan não conseguiria pegá-las hoje, então Edward mandou-me uma mensagem, pedindo-me para que eu fosse pegá-los que Megan cuidaria do restante. Ele também informou que desistira das aulas em dupla, o que me fez rir.

— Oi mãe! – cumprimentaram em sincronia assim que entraram no carro, rindo em seguida por isso.

Eu sorri amorosamente por eles, sentindo meu coração bater com mais força por conta da minha nova nomenclatura.

— Olá, amores. Como foi o dia de vocês? – perguntei, colocando o carro na avenida outra vez.

Animadamente, eles me contaram sobre o dia que tiveram durante todo o percurso, com poucas intervenções minha. Assim que chegamos à mansão, fomos cumprimentados por um Snoop eufórico. Deixei-os brincando no jardim com o peludo, e entrei na casa, a fim de falar com as meninas antes de ir.

— Oi mamãe. – cumprimentou Anne, sorrindo para mim – Onde estão as crianças?

Eu sorri também, sentando-me à mesa da cozinha.

— Estão brincando com o Snoop lá fora. Acho que darão um pouco de trabalho a Megan. – falei, pegando uma maçã da fruteira – Aliás, ela vai demorar muito?

— Não. Ela ligou e disse que em dez minutos chegava. Parece que teve algum problema em casa. – respondeu, mexendo em algo no forno.

— O que está fazendo ai?

— Biscoitos.

Eu gemi, lembrando-me quão bom era os biscoitos dela e que eu não poderia prová-los porque tinha que ir para o La Noche Cubana daqui a pouco.

— Você gosta de me ver sofrer? Não vou poder comer nenhum! – dramatizei com um bico no rosto.

— Eu deixo alguns para você. Já vou ter que deixar para o George também. – deu de ombros, distraída em sua fala.

Sorri maliciosamente, mesmo com ela de costas para mim.

— George, é?

Ela olhou para mim, o rosto ganhando uma tonalidade vermelha. Mordi a maçã para não rir do constrangimento dela.

— Bom... – passou as mãos pelo avental que usava – Estamos namorando agora, mesmo que isso soe um pouco estranho para uma velha como eu.

Revirei os olhos, andando para ficar ao seu lado.

— Deixe de besteiras com sua idade, que você está ótima e tem todo direito de namorar! – beijei a sua bochecha – Se o trabalho estiver tomando muito o seu tempo para isso, diga-me que eu dou um jeito. – pisco para ela.

Anne revira os olhos, mas tem um sorriso terno em seu rosto.

— Sempre sendo um amor de menina, não é Bella? Mas não precisa falar nada com Edward. Estamos bem assim.

— Apenas me deixe saber qualquer coisa, ok? – ela assentiu – Fiquei sabendo também que a senhora deu um chute na bunda do meu namorado para as aulas de dança.

Anne riu.

— Oh, eu não levo muito jeito para isso e o menino Cullen parece mais animado em vê-la dançar do que fazer o ato. – arqueia uma sobrancelha sugestivamente.

Baixo a cabeça, sorrindo ao lembrar-me de Edward. Nesse momento, um bufo alto é dado e eu levanto a cabeça, vendo Jess irromper a cozinha com uma expressão irritada.

— Que bicho te mordeu, Jessica? – pergunta Anne, lavando as mãos na pia, ficando de costas para nós.

— Bree está cheia de conversinhas pelo celular agora e eu tive que limpar o andar superior praticamente sozinha! – reclama, desabando na cadeira ao meu lado – Aposto que está fazendo sexo pelo telefone nesse instante.

— Jess! – repreende Anne, enquanto eu rio.

— O que? Eu aposto que é algum carinha na parada, já que ela terminou o namoro dela com aquele sem sal do Diego. – deu de ombros, olhando para as suas unhas.

Anne revirou os olhos, provavelmente desistindo de discutir com Jess.

— E você? O que faz aqui essa hora? Pensei que fosse uma dançarina agora. – esbarra seu ombro no meu – Você ensina a fazer lap dance também?

Arqueio uma sobrancelha para ela, reprimindo a risada pela falta de filtro de Jess.

— Por quê? Está interessada em aprender?

Ela dá de ombros.

— Acho que isso pode apimentar uma relação.

Anne olha um pouco assustada para nossa conversa.

— Eu não sei nem o que esse termo quer dizer, mas algo me diz que eu não vou querer saber também. – balança a cabeça, abaixando-se para ver os biscoitos outra vez.

— Besta! Aposto que o George ia gostar. – salienta, murmurando mais para si do que para a senhora – E você não respondeu minha pergunta. – completa com a voz em um tom mais alto, olhando para mim.

— Não, Jess. Jake e eu ensinamos danças menos sensuais.

— Hm... – murmurou pensativa – Jacob deve ser um arraso como professor. Quão gostoso deve ser ele em uma regata? – ela pula da cadeira, arregalando os olhos animadamente para mim – Seu irmão também está na aula? OMG! Eu adoraria ver isso. – tagarelou, seus olhos perdendo o foco enquanto ela viajava na maionese.

— Jess, contenha-se, por favor. – pediu Pietro, surgindo do nada – Eu posso não ter escutado a conversa, mas aposto que era safadeza. – franzi o nariz.

— Oh, era uma bela safadeza... – murmura, com os pensamentos ainda longe.

Levantei-me da mesa, percebendo que eu já estava em minha hora.

— Estou indo embora. Talvez eu passe por aqui amanhã. – aviso, indo me para perto de Anne – E guarde os meus biscoitos.

— Estarão aqui amanhã quando chegar.

Despedi-me deles três, com Pietro me prometendo algumas tulipas amarelas. No jardim, encontrei com Megan, que acabara de chegar, chamando as crianças para o banho. Despedi-me dos meus amores e troquei palavras rápidas com a babá, despedindo-me dela também. Não demorei muito a pegar um táxi e, com um sorriso alegre no rosto, fui para o melhor emprego que tive em tempos – já que ser babá nunca fora um mero emprego.

***

De noite, depois da aula, Emmett convocou todo mundo para ir comer pizza em seu apartamento, falando para que eu chamasse Edward e as crianças. Encontramos com Adam no saguão do prédio e ele também foi convidado. Não passou despercebido por mim que ele estava grudado em seu celular com um sorriso muito suspeito em seu rosto.

— Acho que o Adam está saindo com alguém. – confidencia Rose para mim, enquanto seguíamos um pouco mais atrás dos outros.

— Também acho. E não vou negar que isso me anima. – sussurrei para ela.

— Sim. Adam é um bom menino. Merece ser amado por alguém. – concordo com ela – Você tem ideia de quem seja?

— Nenhuma. Eu perguntei para ele se tinha alguém de tarde, mas ele desconversou o que é uma clara afirmativa.

— Precisamos investigar isso. – diz Rose, semicerrando os olhos.

— O que vocês tanto cochicham ai atrás? – perguntou meu irmão com evidente interesse.

— Nada. Agora abra a porta do apartamento que quanto mais cedo pedirmos as pizzas, mas cedo elas chegam. – corta Rose, tomando a frente para abrir a porta ela mesma.

— Uh, mal chegou e já virou a dona da casa. Perdeu, Emm! – caçoa Jake, fazendo Adam, Alice, Jazz e eu rir.

Meu irmão resmungou alguma coisa incompreensível, enquanto entravamos no apartamento.

— Edward mandou resposta, Bella? – pergunta Alice, sentando-se no sofá.

— Sim. Ele disse que logo estará aqui. – tiro os meus sapatos, sentando-me no chão, já que os assentos foram todos ocupados – Emmett, ligue para a pizza!

— É para já, madame. – zomba meu irmão e eu lhe jogo uma das almofadas que Alice colocara na mesa de centro.

Emmett pegou o telefone para ligar e logo o festival de sabores começou, fazendo com que ele olhasse assustado para nós. Com pena da sua expressão, e rindo dela também, eu anotei tudo no bloco de notas que tinha na sala, ganhando um beijo na testa por isso. Antes que eu pudesse voltar para o meu lugar no chão, a campainha toca e eu vou atender.

As crianças me cumprimentam de forma efusiva e depois passam para falar com o restante, inclusive com Adam, que tinha os olhos arregalados deles para mim. Perguntei-me se era pela cordialidade dos meus pequenos ou por eles terem me chamado de mãe. Esse não fora um assunto que ganhou o conhecimento do meu amigo.

— Hey! Será que mereço um pouco de atenção? – pergunta Edward e eu olho para ele, notando a expressão engraçada em seu rosto.

— Não seja dramático. – selo seus lábios rapidamente, puxando-o para dentro e fechando a porta – Agora seja um bom garoto e se enturme.

Mantivemos uma conversa agradável entre nós, com eventuais piadinhas e comentários maliciosos que só os adultos entendiam. Quando as pizzas chegaram, Edward e Emmett foram buscá-las, enquanto Adam e eu fomos para cozinha pegar os copos e os pratos, dispensando talheres.

— Mãe é? – soltou a pergunta que provavelmente estava presa em seus pensamentos.

— Nunca tivemos uma simples relação de babá e crianças cuidadas. Sempre foi algo a mais, então foi quase... Natural que elas me chamassem assim. – franzi a boca — Não estou querendo tomar o lugar de ninguém. – coloquei rapidamente, não querendo ser taxada de algo ruim por aquilo.

Adam percebe o meu gesto e vem para o meu lado, tocando em meu ombro e fazendo com que eu olhasse para ele.

— Ei, relaxa Bella. Não estou pensando nada de ruim sobre você. – sorri, tirando um fio de cabelo que caia pelo meu rosto – Na verdade, fico feliz por você. É notório o quanto você os ama, incluindo o Cullen, e o quanto esse amor é retribuído. Eles são sua família também, agora eu percebo isso.

— Percebe? – franzi o cenho, sem entender.

— Você sabe. – retrucou, sem jeito – Eu nunca entendi muito bem porque as crianças eram tão importantes para você, mas depois de ver os olhos dele brilhando ao chamá-la de mãe e o sorriso em seu rosto, eu entendi. Não importa quem colocou você no mundo. O que importa é quem cuidou de você.

Sinto meus olhos marejarem quase que automaticamente com as palavras de Adam e, sem conseguir me conter, largo os copos que segurava em cima da mesa e o abraço, mesmo com os pratos em suas mãos nos separando.

Um pigarro é escutado, e eu me afasto de Adam quase que imediatamente, fitando Edward na porta da cozinha. Ele não parece muito contente.

— Vim vê se precisam de ajuda. – sussurra com a voz séria demais, colocando as mãos nos bolsos da frente da calça de usava.

— Claro! Bella não conseguiria levar os copos todos. – empurra seu ombro no meu e eu sorrio para ele – E não precisa ficar assim, cara. Bella escolheu você. Somos apenas bons amigos. – bate no ombro do meu namorado com a mão livre, saindo da cozinha.

Eu tinha uma expressão chocada em meu rosto, mas a de Edward era mil vezes mais chocada – e cômica – que a minha. Adam dera um verdadeiro vrá na cara de Edward e eu não consegui deixar de rir por isso.

— Oh, meu Deus! Preciso dizer que isso foi bem feito? – olho diabolicamente para ele.

Edward bufa, pegando os copos que faltam.

— Ele é bem insolente, mas gostei de ouvi-lo dizer que você me escolheu. – sorri para mim, beijando minha testa.

— Idiota. – resmungo, sem conseguir conter o sorriso.


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Notas finais do capítulo

Bella e Jacob dando aulas, Emmett sendo Emmett, Beward, crianças, Adam dando um vrá bem sutil, toda turma... É gente, esse é o começo do fim! O próximo capítulo já está basicamente pronto, e creio que segunda ou terça o trago para vocês.

Agora venham me contar sobre esse capítulo, estamos chegando ao fim, então não se acanhem ♥. Beijos e até a próxima :D.



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