Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 46
Capítulo: 45 - Isso é algum tipo de piada?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como avisei lá no grupo do fb: capítulo novinho para hoje.
Espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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 Bella

Emmett lançou um olhar esquisito para mim e eu engoli em seco, temendo que ele tivesse escutado alguma coisa. Com um sorriso amarelo no rosto, eu praticamente corri da sala e me tranquei na varanda.

BELLA, PORQUE VOCÊ NÃO ESTÁ FALANDO COMIGO? — berrou Alice outra vez, fazendo-me respirar fundo.

— De onde você tirou isso, Alice? – perguntei, olhando para todas as direções.

Percebi que Emmett me espionava do sofá, seus olhos sendo a única coisa a vista enquanto ele tentava se camuflar para não ser pego. Maldito lado curioso!

Você não está no direito de fazer perguntas, mocinha. Só de contar tudo! OMG! Você e o meu irmão estão juntos! Sabe o quanto torci por isso? O quanto eu enchi o saco de Edward para ele parar de ser otário? O quanto eu lutei para não me meter? VOCÊ O QUANTO EU TO PIRANDO AGORA? PORQUE NÃO ESTÁ FALANDO? — a louca surtou.

— Você quem não está me deixando falar! Respire fundo, mulher. – pedi e escutei ela soltar uma longa respiração – Eu não sei como diabos você está sabendo disso, mas faz apenas poucas horas que Edward e eu estamos juntos. Não é para tanto.

Claro que é para tanto. Qual a parte do ‘’eu estava torcendo por isso’’ você não entendeu?!

Eu ri, sentindo aquela felicidade boba me tomar de novo.

— O que acha de saber da história pessoalmente? Podemos ir tomar café da manhã em algum canto amanhã.

Bella!— choramingou.

— Alice! – imitei-a, fazendo-a bufar.

Ok, sua espertinha. Encontraremo-nos amanhã as oito no café que tem próximo ao seu apartamento. Espero que não se atrase um segundo, se não vai matar a mãe dos seus afilhados! Você quer que meus filhos sejam órfãos?

Revirei os olhos para o drama de Alice.

— Menos, sua anã louca. Dê um beijo nos meus afilhados por mim e tente não enlouquecer muito o seu marido.

Darei. Enquanto ao Jazz, não sei se posso fazer muita coisa — soltou um muxoxo — Boa noite, sua safada.

— Que calúnia! – ri, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha – Boa noite, sua louca.

Alice riu antes de encerrar a ligação. Olhei para o aparelho em minhas mãos com um sorriso idiota nos lábios. Era tudo tão surreal ainda. Eu estava namorando Edward Cullen gente! O mesmo cara que tinha sido um idiota guiado por medos que quase casou com uma louca.

Fechei os olhos, revivendo as sensações que senti ao ter seu corpo junto ao meu. Cada toque, cada beijo, cada suspiro, cada palavra estava cravado em minha mente, fazendo-me sonhar acordada mais uma vez. Era tão bom saber que Edward também nutria sentimentos fortes por mim, muito bem mostrados e ditos, diga-se de passagem.

Eu estava feliz, muito feliz, para ser mais exata. Eu tinha minha família, meus amigos, crianças que amava e um amor, tinha como não está? Depois da tristeza que senti com a morte do meu pai, da ida da minha mãe para outro continente e da rejeição inicial do homem que eu amava, eu finalmente estava vivendo a felicidade na sua mais pura forma.

— Que cara de banana é essa? – questionou Emmett, fazendo-me pular de susto.

Porra! Como eu não o escutei chegando ali?

— Cassetete, Emmett. Vai assustar outro. – resmunguei, sentando-me em uma das duas cadeiras que tinha ao redor de uma pequena mesa.

— Você que está toda estranha. – semicerrou os olhos.

Revirei os meus, ignorando a fala do meu irmão. Deixaria para conversar com Emmett depois de falar com Alice, talvez a minha amiga maluca pudesse dá alguma luz.

— E você? Quando volta para o escritório?

Emmett fez careta, sentando-se na outra cadeira disponível.

— Amanhã. Jasper e Mark não quiseram dá uma semana de folga para gente, alegando que tinha muita coisa para resolver. – revirou os olhos, mas sorriu — Tenho um caso para a segunda semana de janeiro, então eles meio que têm razão. E parece que todo mundo tem algo para resolver também. Só vamos parar no ano novo agora e voltamos já no dia dois.

— Isso parece bom. – comentei, observando mamãe entrar na varanda com uma taça de vinho em mãos – Uou, dona Renné, bebendo?

— Vinho sempre é um bom relaxante. – suspirou, encostando-se na varanda e observando o céu negro e cheio de nuvens acima de si.

— Se eu não fosse da área trabalhista, eu acabaria com aquele desgraçado no tribunal. – resmungou Emmett, trazendo à tona o motivo de tristeza de nossa mãe – A senhora já tem um advogado?

Renné assentiu para Emmett.

— Estou indo para Londres após o ano novo. Preciso conversar com mais propriedade com o senhor Brown. Sem contar que as aulas da escola vão começar.

— A senhora poderia ficar aqui. Sabe disso. – sussurrei e meu irmão concordou comigo.

Renné sorriu amorosamente para nós.

— Eu tenho uma vida em Londres, queridos. Não posso abandonar nada de uma hora para outra.

— E a senhora vai morar aonde lá? Ficar com quem? – perguntou Emmett.

— A casa que eu moro lá será vendida e então posso comprar um apartamento com a minha parte. E eu conheço pessoas por lá. Eu ficarei bem, não se preocupem. – passou a mão no cabelo de Emmett.

— E quando a veremos de novo? – murmurei, sentindo a tristeza roubar um pouco da felicidade que eu estava sentindo – Foram dois anos para que pudesse vir outra vez, não quero que isso se repita. – finalizei, abaixando a cabeça para minhas mãos em meu colo.

Renné agachou-se em minha frente, olhando-me com muita atenção.

— Eu nunca mais cometerei a loucura de ficar tanto tempo longe de vocês, Bella. Eu vou voltar todo ano, nem que seja uma única vez. Não tenho mais Phil para ocupar meu tempo.

— Ele não gostava da ideia de você vim nos visitar, sim? – indagou Emmett.

Olhei para ele, percebendo que meu irmão mantinha os olhos fixos em um ponto longe de nós. Apesar de ter recebido nossa mãe com os braços abertos, como era de feitio do seu coração enorme, Emmett também sofrera com a ausência dela.

— Ele realmente não era o maior fã das poucas visitas que fiz, por isso foram tão poucas. – suspirou – Eu nunca enxerguei isso muito bem, mas aos poucos as coisas estão clareando para mim. Acho que esse divórcio vai ser bom.

Trouxe as mãos de Renné para o meu colo, apertando-as com força.

— Vai ser sim, mãe. Confie.

Renné assentiu com os olhos levemente marejados.

— Me dêem um abraço, por favor. – pediu com a voz levemente embargada.

Sem falar mais nada, Emmett e eu abraçamos a nossa mãe, percebendo que ela precisava disso.

[...]

Não me surpreendi muito ao chegar ao Book and Coffee e encontrar Alice sentada em uma mesa junto de Jake e Rose. Lógico que o trio de fofoqueiros se reuniria!

Revirei os olhos, aproximando-se dos três, que mantinham olhos de expectativa para cima de mim.

— Vocês não prestam. – acusei, fazendo-os rir.

— Sente-se, garota. Você tem muito a nos contar. – disse Rose, puxando a cadeira vaga ao seu lado.

— Onde estão os gêmeos? – perguntei, sentindo falta dos pimpolhos de Alice.

— Deixei-os com Jasper. E não fuja do tópico, mocinha. Temos uma testemunha ocular presente, então nem adianta negar. – apontou para Jake, que sorriu, ajeitando o colarinho da camisa que usava.

Quando a realidade me atingiu, peguei o cardápio em cima da mesa e bati na cabeça do meu amigo. Tinha sido Jacob a falar a Alice – e provavelmente a Rose – sobre Edward e eu.

— Ai, sua louca! – resmungou, massageando o local – Você fica de romance nas Starbucks da vida e a culpa é minha?

— Você é um safado fofoqueiro, Black. Por isso que estava todo estranho no celular ontem! – acusei, semicerrando os olhos.

Jacob sorriu sem vergonha.

— Eu queria só dá uma sacaneada, já que você e Edward pareciam escorrer mel de longe. Quem te viu, quem te vê, hein, Little B? – maliciou, esticando o braço para apertar minha bochecha.

Estranhamente, corei com as palavras do moreno. As meninas riram do meu constrangimento idiota e eu acabei por bufar.

— Bota logo tudo para fora, Bella! – exclamou Alice, quicando em seu assento.

— Edward e eu nos acertamos ontem e agora estamos namorando. – confessei de uma vez, ganhando um gritinho de Alice, um sorriso de Rose e uma risadinha maliciosa de Jake.

— Vocês se acertaram ontem, hm? Como foi esse acerto? – questionou Jake, mexendo as sobrancelhas sugestivamente.

Bati o cardápio nele outra vez. As meninas riram.

— Ouch! Para de me bater com isso, mulher.

— O que foi que você disse para ele? O que ele disse para você? Como foi o pedido? Meus sobrinhos já sabem? – bombardeou Alice como uma adolescente maluca, fazendo minha cabeça girar um pouco com isso.

Uma garçonete veio anotar os nossos pedidos e assim que ela se foi, contei tudo o que aconteceu desde a noite do natal até a tarde de ontem, deixando de lado – claro – os detalhes sórdidos. Nesse meio tempo os nossos pedidos chegaram e eu pude desfrutar de um delicioso cappuccino, enquanto abria a vez para eles falarem.

— Isso parece tão lindo para mim. – suspirou Alice com os olhos brilhando – Eu pensei que teria que bater em vocês para que pudessem ficar juntos. Edward foi fofo em suas palavras e eu estou um pouco triste por Adam.

— Bella é uma quebradora de corações. – zombou Jake.

Revirei os olhos para a idiotice do Black.

— Adam era um cara legal, acho que Emm vai ficar bem triste quando souber. – comentou Rose — Você não contou a ele ainda, né?

Neguei com a cabeça, retraindo-me um pouco.

— Eu não sei como dizer ao Emmett. Quer dizer, ele ficou bastante chateado quando soube do que aconteceu entre Edward e eu, e também torcia para que Adam e eu ficássemos juntos. Eu... – pausei, suspirando – Não quero decepcionar meu irmão de forma nenhuma, apesar de que mesmo que isso aconteça, não desistirei de Edward.

— Bella, você sabe que independentemente de qualquer coisa, Emmett te ama e só quer o seu bem, sim? – indagou Rose com uma expressão muito séria – Então o deixe saber, ok? Não fique protelando isso. Talvez ele não goste no início, mas ele vai entender. É a sua vida, não a dele. Apesar de se preocupar, meu namorado não tem o direito de intervir nela.

— Rose tem razão, Bells. – concordou Alice – Emmett é seu irmão, não seu dono. Não precisa ter receios. Fale o que sente e seja feliz.

Assenti, percebendo que elas estavam certas. Era a minha vida e somente eu saberia qual o destino dar para ela.

— Você está feliz, B? – perguntou Jake de repente.

As meninas olharam para mim em expectativa. Sorri, sabendo como era fácil a resposta.

— Como nunca.

— Então apenas viva, ok? Isso é o que importa no final de tudo.

Assenti outra vez, emocionada com as palavras dos meus amigos.

— Ai, eu amo vocês, bando de fofoqueiros! – declarei, fazendo-os rir – Quero um abraço grupal agora.

Os três se levantaram e apertaram-me em um abraço sufocante. Eu não liguei, só queria sentir o carinho das pessoas que eu amava.

— Tem como isso ser mais sentimental? – ironizou Jake.

— Que? – fungou Alice, limpando uma lágrima.

Rose, Jake e eu rimos dela.

[...]

Como Alice e Rose tinham fechado a boutique para as festas de fim de ano, eu tinha uma boa semana sem nada para fazer. Então, resolvi ir para a mansão na parte da tarde. Iria fazer companhia para as crianças, já que Edward estava no trabalho e elas de férias de inverno – e provavelmente com a babá.

Levei Renné comigo para que ela não ficasse sozinha. Como o plano de ‘’não contar nada para ninguém’’ tinha terrivelmente fracassado, acabei por contar a minha mãe que estava namorando Edward no caminho para mansão.

Nota mental: falar a Edward sobre o fracasso do plano.

Renné ficou bastante surpresa.

— Como isso aconteceu? Pensei que você só tinha trabalhado para ele por um período. – franziu o cenho, claramente perdida naquela história toda.

Com o rosto corado, contei a história para ela da forma mais branda possível, um tanto incomodada de está falando aquilo em um táxi. Ela escutou tudo muito atentamente, sem expressar nenhuma opinião. No fim, quando o motorista parou em frente à mansão, ela suspirou com um olhar triste.

— O que foi? – perguntei alarmada, pagando a corrida e saindo do veículo junto com ela.

— Você encontrou alguém para amar, passou por situações difíceis por causa disso e eu não estava aqui para ajudar você, como uma boa mãe faria. Nunca me perdoarei por isso.

— Mãe, não se culpe, ok? O que importa agora é que a senhora está aqui, ao meu lado. Vamos deixar o passado no passado, sim? – ela assentiu, mas percebi que isso não seria uma tarefa fácil para ela – Fique feliz por mim, tudo bem?

Ela sorriu e eu sorri por ter conseguido isso.

— Eu estou feliz por você, querida. Tudo o que te deixar feliz, me deixa feliz. Agora eu estou curiosa para conhecer mais o menino mais velho dos Cullens. Pelo que conversei com ele, o rapaz parece ser uma boa pessoa.

— Ele é um idiota, mas é ótimo. – sorri bobamente.

Renné riu e nós finalmente entramos na mansão.

— Bem vinda de volta, Bella. – cumprimentou Laurent com um sorriso —Quem é a bela dona?

— Esta é Renné, minha mãe. Mãe, esse é o Laurent, segurança. – apresentei-os.

— É um prazer conhecê-la, senhora. – disse cortês.

Minha mãe corou. Opa...

— Igualmente, Laurent.

Com um tchauzinho para Laurent, puxei minha mãe para que andássemos pelo caminho de pedras até a grande porta branca. Sem cerimônias, entrei no lugar, deparando-me com a sala vazia.

— Crianças? – chamei.

— Oh, senhorita Bella. – falou Megan, saindo da cozinha com uma bandeja de comida.

— Oi Megan. Onde estão as crianças?

— Na brinquedoteca. Estamos apenas nós em casa. O senhor Cullen só chegará ao final da tarde.

— Ele me contou. – falei, andando até ela – Deixe-me levar isso e fazer uma surpresa para eles. A propósito, esta é minha mãe Renné. Mãe, esta é a babá das crianças, Megan. – apresentei-as enquanto pegava a bandeja das mãos dela.

Elas sorriram uma para outra e nós três subimos para o primeiro andar.

— Quem ai está com fome? – perguntei, fazendo com que os quatro olhassem em direção a porta.

— ISA! – gritaram, vindo me abraçar.

Renné pegou a bandeja de minhas mãos para que eu pudesse me abaixar para abraçar minhas crianças.

— Oi meus amores. O que estão fazendo?

— Vendo temas de festa para o aniversário dos gêmeos em janeiro. – respondeu Melanie.

Arregalei os olhos, atentando-me para o fato de que meus bebês estariam fazendo seis anos no final do próximo mês.

— Vem escolher com a gente! – chamou Lily, puxando-me pela mão até onde eles estavam.

— Vem com a gente também, tia Renné. Posso te chamar assim? – Melanie perguntou com esperança.

Mamãe lhe deu o seu sorriso mais doce.

— Como quiser, querida.

Melanie sorriu, satisfeita, e nós nos juntamos aos quatro ao tapete fofo no chão, recheado de revistas. Entre mordidas em sanduíches, goles de suco e m&m’s, nós discutíamos qual seria o melhor tema de festa. Alice tinha sugerido alguns quando veio deixar as revistas na mansão mais cedo, mas Liam e Lily queriam ver todas as opções.

Meu celular vibrou em meu bolso, alertando-me que tinha uma mensagem. Larguei a revista que estava em minhas mãos para ver o que era.

Mensagem do Edward. Sorri involuntariamente.

‘’Te ligaria mais cedo, mas o meu dia está uma loucura. Onde está? Estou com saudades’’.

Rapidamente, digitei-lhe uma resposta.

‘’Estou em sua casa. Quão bem isso soa?’’

A resposta não tardou a vim.

‘’Mais do que bem. Merda! Queria está com você e as crianças agora. O que estão fazendo?’’

‘’Vendo temas de festa para crianças. Ainda não estou acreditando que os meus gêmeos irão fazer seis anos  :(‘’.

‘’Amo quando você fala que eles são seus, porque eles são tão seus’’.

Meu coração se derreteu com aquilo. Eles eram meus, meus amores, minhas crianças.

— Isa, nos ajude, por favor. Liam e Lily não concordam com nada. – resmungou Peter, vendo os dois irmãos discutindo algo.

‘’Minha atenção está sendo requisitada. Estarei esperando por você, senhor Cullen. Não mandarei beijo, pois espero dá-lo pessoalmente’’.

‘’Não me atente, senhorita Swan. Eu estarei ai o mais breve do que você possa imaginar’’.

Ainda sorrindo como a idiota apaixonada que eu era, fui a socorro de Peter. Lily e Liam discutiam acaloradamente sobre dois temas. Liam queria o tema do Toy Story, já Lily batia o pé para ter um tema da Ariel, alegando que como tinha uma irmã de cabelos ruivos, poderia muito bem fantasiá-la para a ocasião.

— Nem vem com isso de novo, Lily. Já basta o aniversário que você me fantasiou de Bela adormecida, com aquele vestido rosa e aquela peruca loira irritante. – reclamou Mel.

— Mas agora você pode ficar com seu cabelo natural, Mel. Imagine como ficaria lindona de Ariel? Assim como ficou de Bela. – insistiu Lily.

— Não. – Melanie foi firme – Você sempre arruma algo para me fantasiar.

— Eu também vou me vestir de Ariel. – insistiu.

— Se vista só, então.

Lily fez carinha de desconsolada. Peguei minha pequena garota no colo, querendo intervir na discussão.

— Lily, querida, temos que pensar em um tema que sirva tanto para o seu irmão quanto para você, tudo bem?

Ela fez bico.

— Saco ter que dividir festa com esse chato. – resmungou para Liam.

O garotinho deu língua para ela, que retribuiu a ofensa.

— Nada de dá língua um para o outro, mocinhos. – os repreendi.

Dengoso, Liam veio querer um pouco de colo também. Ajeitei ambos em meu colo, cada um ocupando um espaço em minha perna.

— O que acham desse? – sugeriu minha mãe, mostrando-nos um tema de circo, cheio de cores e palhaços.

Os gêmeos se animaram em meu colo, e logo começaram a pensar em um bocado de coisas. Mamãe os ajudou com ideias e logo os dois tinham me abandonado para irem para o colo dela. Renné parecia bastante relaxada com eles e eu sorri um pouco besta pela forma que eles pareciam tão próximos a ela.

Megan precisou se ausentar, falando que precisava resolver algo naquele final de tarde e eu a dispensei. Eu acabei dispensando-a pelo resto da semana, comprometendo-me em cuidar das crianças. Eles comemoraram, empolgados por me ter por perto e meu coração se aqueceu com isso.

— Sua mãe é legal, Isa. Me livrou de uma fantasia de princesa chata. – sussurrou Mel para mim, mas olhando para onde Renné e as crianças estavam. Minha mãe anotava em um caderno o que precisava para festa.

Ri de seu comentário, passando a mão por seus cabelos.

— Diga-me que tem uma foto sua vestida de princesa. Preciso fazer um banner disso. – brinquei com ela, ganhando um olhar do mal da garota.

— Sim! Papai tirou várias fotos dela com a roupa. Um dos poucos momentos que ele se divertiu para valer no passado. – intrometeu-se Peter.

— O que é isso? Um complô? – se indignou.

Peter e eu caímos na gargalhada, ganhando um bufar da garotinha a nossa frente.

— Vejo que cheguei em boa hora. – a voz tranquila e aveludada de Edward preencheu o ambiente, fazendo-me vibrar internamente.

— Papai! – animaram-se os gêmeos, correndo para abraçá-lo pelas pernas.

Edward ficou a altura deles, abraçando-os de volta e beijando-lhe as testas.

— Olá Renné. Bella. – nos cumprimentou, piscando o olho para mim no final.

Pisquei meu olho de volta, sorrindo maliciosamente. Edward soltou uma risada sem graça. Ah, querido namorado, isso é só o começo...

— Olá Edward. – cumprimentou mamãe de volta com um sorriso esquisito no rosto.

— Estão fazendo um complô contra mim, papai. – dramatizou Melanie, chamando a atenção para si e indo para perto de Edward.

Meu namorado olhou confuso para a filha mais velha.

— Complô?

— Sim! Isa e Peter querem expor o vergonhoso dia que eu me fantasiei de princesa por conta da Lily. Como eu sofro. – choramingou, colocando uma mão sobre o rosto.

Peter e eu reviramos os olhos para o drama fingido dela.

— Você tem uma excelente atriz em casa, senhor Cullen. Hollywood está perdendo algo grande. – zombei.

Edward riu, beijando o topo da cabeça de Melanie. Ela sorriu.

— Ela é peligosa. – disse Liam com muita seriedade.

— Ainda bem que você sabe, pentelho. – retrucou Mel, semicerrando os olhos para ele.

Liam olhou de cara feia para ela.

— Olha ela me xingando, papai! Bliga com ela. – ordenou Liam, cruzando os braços.

— Chorão!

— Não sou!

— É sim!

— Não sou!

— É sim!

— Os dois, parem. – ordenei com a voz calma, porém séria.

Ambos bufaram, mas calaram-se, olhando para lados opostos um do outro.

— Decidiram o tema da festa? – indagou Edward, mudando de assunto.

— Sim. Tia Renné sugeriu circo e nós gostamos. – contou Lily, correndo para pegar a revista e mostrar ao pai. – Olha. – entregou-lhe o aglomerado de folhas.

— É um tema maravilhoso. – elogiou Edward – Podemos ter tobogã e pula-pula, o que acham?

— A gente tava falando isso! Fizemos uma listinha de tudo o que precisa.

— Ótimo. – bagunçou os cabelos de Peter, que sorriu para o pai – E você, garoto? Está melhor?

Ele assentiu com a cabeça. Olhei de Edward para Peter, franzindo o cenho.

— Opa, opa. O que eu perdi aqui?

— Peter acordou com o estômago um pouco ruim hoje de manhã. Vomitou também, mas eu lhe dei um remédio e mandei-o ficar em sua cama por um tempo. – explicou Edward.

Dei uma tapa em sua perna.

— Ai. O que foi? – arregalou os olhos para mim.

O que foi? Porque você não contou isso para mim, Edward? Meu garoto estava doente e eu não fiquei sabendo. – chateei-me – Você está bem, querido? – olhei preocupada para o garotinho loiro sentado ao meu lado.

— Eu tô bem, Isa. Acho que eu botei para fora o que me fez mal. – fez careta.

— Eu vou fazer uma sopa leve para você no jantar, por fim das dúvidas. – garanti, beijando sua testa.

— Vai ficar para o jantar? – questionou Edward.

— Claro. E a comida hoje é por minha conta. – pisquei para ele.

— EBAAAA! – comemoraram as crianças.

Renné e Edward riram da animação delas. Já eu me achei a tal.

— Vai fazer doce para a gente? – questionou Lily com os olhos esperançosos.

— Vou pensar no seu caso. – me fiz de difícil.

A garotinha riu, já prevendo que eu me renderia ao seu pedido. Eu era mole mesmo, viu.

— Agora vocês ficarão um pouquinho com minha mãe, enquanto eu roubo o pai de vocês por um momento. – avisei, levantando-me do chão.

— Oh, estou sendo sequestrado? – brincou Edward com o seu típico – e maldito — sorriso torto.

Não falei nada, apenas entrelacei minha mão na de Edward e o trouxe para fora. Seguimos caminhando pelo corredor até entrarmos no escritório. Soltei a mão de Edward, fechando a porta atrás de mim e virando-se para ele outra vez. O ruivo mantinha uma sobrancelha arqueada para mim.

— Digamos que o plano meio que fracassou. – falei, coçando a nuca.

Edward franziu o cenho.

— Que plano?

Arriei os ombros, olhando chateada para Edward.

— De esperar até eu falar com o Emm antes que todos soubessem!

— Pensei que tivesse feito isso ontem. – o vinco da sua testa ficou ainda mais fundo.

Sentei-me no sofá, sentindo-me derrotada.

— Eu não consegui falar ontem, mas de hoje não passa. Eu só precisava falar com as pessoas certas. – murmurei com um olhar distante.

— Bella, você está bem? – perguntou Edward, vindo se sentar perto de mim.

— Claro. – sorri – Mamãe, Rose, Jake, Alice e as crianças já sabem sobre nós. Hoje à noite contarei ao Emmett e então poderemos seguir contando ao restante.

— Isso soa bem para mim. A única coisa que eu quero é que saibam que estamos juntos. – sussurrou, passando um braço por minha cintura e arrastando-me para perto de si – Agora foi golpe baixo não ter me contado que sua mãe sabia. Será que ela me achou um idiota?

Eu ri, aconchegando-me ao meu namorado.

— Minha mãe está bem tranquila com a nossa relação, Edward. Pergunto-me se a sua ficará da mesma forma. – disse baixinho, sentindo uma nova ansiedade tomar conta de mim.

E se os pais de Edward detestassem a ideia de nós dois juntos? Se fosse estranho demais para eles?

— Você se preocupa com tantas coisas bobas, Bella. Meus pais adoram você. – beijou minha têmpora, fazendo-me suspirar – Eu quero que se preocupe em ser feliz, ok? Do resto nós damos conta.

Ansiando pelos lábios do Cullen, virei meu rosto, passando as mãos pelo seu pescoço e trazendo sua boca para minha. Beijar Edward era uma das melhores coisas do mundo e seria algo que eu não me cansaria tão cedo. Sentir seus lábios, sua língua movendo-se junto com a minha, as leves mordidas que dávamos um nos lábios do outro eram o suficiente para me enlouquecer. Quando fui perceber já estava em seu colo, apreciando demais o momento.

Uma batida na porta nos fez parar.

— Papai? Isa? – a voz melodiosa de Lily chamou e então eu soube que o tempo entre Edward e eu tinha acabado.

— Depois continuamos isso, senhorita Swan. – sussurrou Edward no meu ouvido de uma forma muito sexy.

TÔ JOGADA COM ESSE HOMEM!

 [...]

Renné e eu voltamos para o apartamento por volta das sete horas. O lugar estava parcialmente escuro e silencioso. Pelo visto, Emmett ainda não tinha chegado.

— Onde será que seu irmão está? – perguntou Renné com um leve vinco de preocupação.

— Provavelmente deve ter passado no apartamento da Rose. Daqui a pouco ele aparece por ai. – dei de ombros, não me importando muito. Emmett tinha dessas – O que achou do dia de hoje? – questionei, realmente querendo saber.

Meu principal objetivo ao levá-la para mansão não era simplesmente para não deixá-la só em casa, mas uma alternativa para ela abstrair um pouco de toda avalanche em cima dela.

— Foi ótimo. As crianças são maravilhosas, realmente é difícil ficar alheias a ela. – sorri, notando o carinho nas palavras de Renné – E Edward parece um bom rapaz e um bom pai. Fico feliz que vocês conseguiram se ajeitar, e que as crianças dele amem tanto você.

— O amor é totalmente mútuo, mãe. – sussurrei, sentando-me no sofá.

— Oh, eu sei disso, querida. Você os tem como filhos, sim? – questionou, pegando um lugar ao meu lado.

Assenti com um sorriso nos lábios. Renné sorriu também, mas sua testa se franziu com um que de preocupação.

— O que?

Ela suspirou.

— Querida, não me leve a mal, eu vejo que existe um sentimento lindo entre você e as crianças, mas você está pronta para tomar as rédeas dessa situação? Digo, pelo o que eu soube a mãe de Melanie morreu e a dos outros três os abandonou, então eles nunca tiveram uma figura materna efetiva em suas vidas e você está assumindo esse papel, e ser mãe não é uma tarefa fácil. – entrelaçou suas mãos em seu colo, olhando-me com muita atenção – Você tem uma vida, um namorado e crianças para cuidar. Isso pode parecer muito às vezes.

Desviei o olhar do seu, refletindo a questão que ela tinha levantado. Eu tinha vivido uma vida pacata em Forks por muito tempo, não tinha grandes ambições, apenas a vontade de ser feliz intensamente e espalhar um pouco disso para o mundo. Vim para Nova York fez minha vida dá um giro de trezentos e sessenta graus, e eu nunca imaginei que eu teria meu coração roubado por quatro crianças e um cara de cabelos ruivos. Que eu conheceria pessoas tão maravilhosas como Rose, Emm, Jazz e o pessoal da mansão. Que eu finalmente realizaria o meu sonho de ser psicóloga. Que eu pudesse ter uma vida tão boa, mesmo com as dificuldades que apareceram no caminho, porque isso era viver. E eu estava vivendo.

— Eu passei tanto tempo cuidando deles que eu não sei mais como é não cuidar deles. As coisas que você colocou podem parecer muito, e são, mas eu sei que conseguirei lidar com tudo. E Edward estará lá comigo. – sorri, lembrando-me do meu cara de olhos verdes – Então não se preocupe para tudo se tem um jeito. – pisquei.

Renné riu, olhando para mim com os olhos brilhando de... Orgulho?

— Você merece muito ser feliz, Bella. Poucas pessoas passam por uma perda tão significativa em suas vidas e continuam com o espírito alegre. Não deixei isso se perder nunca.

Sem me conter, puxei-a para um abraço.

— Nunca. – prometi.

E foi nesse momento que meu irmão resolveu chegar. Ao nos ver abraçadas, ele primeiro franziu o cenho, mas logo abriu um largo sorriso e veio nos abraçar.

— O que você está fazendo, animal? – perguntei em confusão.

— Participando do momento família, ué. Tô carente.

Revirei os olhos, empurrando meu irmão sem noção – e mentiroso – para lá.

— Carente, né? Vai dizer que não estava no apartamento da sua namorada? – arqueei uma sobrancelha, descrente.

Emmett jogou-se no sofá com um sorrisinho malicioso nos lábios.

— O abraço que estávamos tendo não era bem esse.

Descrente com a cara de pau do meu irmão, eu atirei uma das almofadas do sofá nele. Emmett riu junto de Renné.

— E então, o que as senhoritas fizeram o dia todo? – indagou, esparramando-se no sofá e com um sorriso cretino no rosto.

Renné e eu trocamos um olhar. Ela sabia que eu não tinha falado com Emmett ainda sobre o meu recente status de relacionamento.

— Bella contará tudo que precisar a você, querido. Agora eu preciso de um bom banho quente. – beijou o rosto de Emmett, saindo da sala logo após.

Quando meu irmão e eu ficamos a sós, Emmett arqueou uma sobrancelha, esperando que eu falasse.

— Tivemos um dia muito divertido na casa de Edward hoje. – comecei, fazendo meu irmão olhar-me um pouco surpreso.

— Vocês estiveram na casa de Edward?

— Sim.

— Pelas crianças, né?

— Também.

Emmett franziu o cenho, olhando estranho para mim.

— ‘’Também’’?

— Edward e eu estamos juntos. – mandei sem rodeios, sendo tomada por uma louca confiança.

O choque se apossou do rosto do meu irmão. Emmett mantinha suas sobrancelhas bem arqueadas e a boca entreaberta.

— Isso é algum tipo de piada? – perguntou calmamente.

Neguei com a cabeça com a expressão mais séria que eu pude fazer. Emmett soltou o ar com força, levantando-se do sofá. Mordi o lábio, sem saber o que esperar.

— Como isso aconteceu? Eu pensei que ele não gostasse de você!

— Bem, eu também pensei isso, mas não é bem assim a história. Edward gosta de mim também, só tinha medo de assumir isso.

Emmett riu incredulamente.

— E como você pode ter certeza disso? Ele menosprezou seus sentimentos, Bella! Você por um acaso se esqueceu disso? – ele não parecia nada contente.

Tentando manter minha confiança bem unida, eu me levantei do sofá, parando em frente do meu irmão. O azul parecia ser feito de gelo.

— Eu não me esqueci disso, Emmett, mas agora eu sei como as coisas foram complicadas. Edward tinha muita merda do passado preso a si para enxergar o que realmente sentia por mim. Ele me magoou? Sim, mas ele fez por merecer uma segunda chance.

— ‘’Fez por merecer’’? O que ele fez? Fez uma serenata no estilo mexicano ou te enviou um milhão de rosas? – questionou com sarcasmo, cruzando os braços. Eu apenas lancei-lhe um olhar cortante – Como pode ser tão boba, Bella? Vai cair na mesma história de novo! Você tinha o Adam, um cara maravilhoso, disposto a te dar toda felicidade do mundo. Eu sinceramente não consigo entender essa sua lógica maluca. – exasperou-se.

Passei a mão pelos meus cabelos, irritada por Emmett está teclando sempre na mesma tecla.

— Será que não se passou pela sua cabeça que eu não sou apaixonada pelo o Adam? Que ele é apenas um amigo para mim? – indaguei, vendo meu irmão calar-se diante disso – Você fala tanto que quer a minha felicidade, mas às vezes parece que não. Quer que eu fique a força com um cara que eu não amo e repudie o que eu amo porque ele não é a porra de um ser perfeito e comete erros! – alterei-me no final.

— Eu só quero o melhor para você, Isabella.

— Edward é o melhor para mim, Emmett! – exclamei, sentindo lágrimas chegarem aos meus olhos – É ele quem eu amo, é ele quem eu quero, é ele quem me faz feliz. Será que nada disso importa para você?

Cansada daquela discussão, abandonei a sala e praticamente corri para o meu quarto. Assim que cheguei ao cômodo, joguei-me em minha cama, não conseguindo acreditar que o meu irmão podia está sendo tão idiota! Eu o amava, mas eu não deixaria de ficar com alguém que eu gosto por puro capricho dele.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto e eu enfiei a cara no travesseiro, querendo que toda aquela tristeza fosse embora e a alegria que me antes me tomava, voltasse.

Minutos depois senti uma mão quente sendo passada de forma leve e calma por meus cabelos. Virei meu rosto para o lado, deparando-me com minha mãe de cabelos amarrados e moletom no corpo.

— O que aconteceu?

— Emmett é um idiota que não quer a felicidade da única irmã. – resmunguei com a voz levemente rouca pelo meu choro.

— Oh, minha querida, não fale isso. Seu irmão só quer o seu bem.

— Não é o que parece. – sussurrei com azedume, virando o rosto.

Não queria mais falar sobre aquilo. Se Emmett quisesse agir como um idiota, ele que agisse e nem se desse o trabalho de dirigir-me a palavra!

Renné suspirou, cessando o carinho em meus cabelos.

— Eu vou falar com ele. – avisou.

Antes que eu pudesse protestar, dizendo para deixar o manezão para lá, Renné já tinha saído do quarto. Eu fechei meus olhos com muita força, desejando esquecer-me da realidade nem que fosse apenas por alguns minutos.

[...]

Abri meus olhos lentamente, tentando me situar de onde eu estava. Olhei ao redor, percebendo que eu estava em meu quarto e que pelo o que a fresta das cortinas me mostrava, ainda era noite. Sentei-me na cama, vendo que Renné ressonava tranquilamente no ambiente.

Senti a minha garganta seca e decidi levantar para tomar um copo de água. Ao passar pelo corredor, percebi que a TV da sala estava ligada por conta da parcial iluminação, levando-me a lembrar de Emmett e de todas as palavras trocadas entre nós antes que eu pegasse no sono. Ainda magoada, segui para a cozinha, agradecendo pela entrada ser no corredor dos quartos. Não estava preparada para encarar meu irmão novamente.

Com os passos mais silenciosos que consegui, andei pela cozinha até chegar à geladeira para pegar a jarra de água. No momento em que eu me virei com a jarra em mãos, assustei-me com o meu irmão em pé, com os braços escorados no balcão de mármore. Ele tinha um copo, do que eu supus ser whisky, e uma expressão péssima.

— Emmett, tudo bem? – sussurrei a pergunta, sinceramente preocupada com o estado dele.

Ele negou com a cabeça.

— Eu sou tão idiota! Eu sei que você ama o Edward, não o Adam, isso é tão transparente, mas porra. – passou a mão pelos cabelos, largando o copo em cima do balcão — Eu tenho tanto medo que... – parou, engolindo em seco – que se algo der errado nesse relacionamento, você fique tão destruída como ficou com a morte do nosso pai. Machuca-me só de lembrar, imagina reviver tudo de novo? – seus olhos azuis transmitiam a angustia que sentia.

— Você sabe que a possibilidade de algo dar errado seria real em qualquer relacionamento que eu tivesse, sim? – questionei, vendo-o assentir timidamente com a cabeça, baixando-a logo em seguida.

— Agora eu sei. Acho que idealizei demais algo para a sua vida, algo que não me pertencia, e me arrependo por isso. – Emmett levantou a cabeça, olhando-me com ansiedade – Você poderia perdoar esse irmão idiota que, apesar de ser um idiota, só quer o melhor para você?

Sorri levemente, cruzando os braços. Acho que eu poderia torturar meu irmão um pouquinho...

— Só se você prometer não ficar me jogando mais ninguém.

— Eu prometo.

— E que não implique com o meu relacionamento com o Edward.

Emm fez uma careta, mas assentiu.

— E que faça massagem em meus pés toda noite.

Ele franziu o cenho.

— O que isso tem a ver?

— Aceite meus termos, Swan. – fui irredutível enquanto reprimia uma risada.

— Eu faço. – aceitou, ainda perdido.

— E, por último, quero que me prometa que não vai brigar mais comigo porque eu odeio essa merda! – fiz bico.

Meu irmão riu e veio me dá um de seus abraços de urso, tirando-me do chão.

— Eu prometo, formiga. Odeio brigar com você também. – sussurrou em meu ouvido – Só me responda mais uma coisa.

Soltei-me de Emmett, olhando-o curiosamente. Ele tinha uma expressão neutra em seu rosto.

— O que?

— A bandida da minha namorada já sabe dessa história? – semicerrou os olhos.

Soltei uma risada.

— Ela, Alice, Jake e a mamãe sabem.

— Caramba, até a mamãe? – interpelou aturdido — Eu sou sempre o último a saber das coisas! Sinto-me um rejeitado. – dramatizou.

Revirei os olhos.

— Culpe o Black pelas meninas já saberem. Jake viu Edward e eu juntos ontem e correu para contar a Rose e a Alice, como é normal do seu espírito fifi. Já a mamãe, ficou meio impossível de ela não saber depois que fomos à mansão.

Emmett fez cara de mau.

— Agora me conta como essa reconciliação toda aconteceu.

Sorri maliciosamente.

— Tem detalhes que você não vai querer saber.

Emmett arregalou os olhos.

— Isabella!

Gargalhei, deixando meu irmão atônito para trás. Eu só queria fazer um suspense para ver a cara de otário dele, e tenho que confessar que deu MUITO CERTO!


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Notas finais do capítulo

Os irmãos Swan são um amor, sim? ♥. Emmett exagerou na preocupação dele, mas - com uma ajudinha da mãe - percebeu o quão idiota estava sendo. Adorei esse final com Bella perturbando o irmão kkk.
Claro que eu também tive que botar o meu trio descobrindo juntos - ou quase isso - a novidade. Eu realmente me divirto com os momentos de Bella com eles ♥.
Como perceberam, tem aniversário vindo por ai e com ele uma pequena surpresa. Agora só não posso dizer se será agradável ou não hehe.
Próximo capítulo teremos o Ano Novo dessa turma em Forks :D.
—_
Por hoje é só, queridas. Espero que tenham curtido o capítulo e venham comentá-lo logo abaixo nessa linda caixinha de vos olha ;). Beijo e até a próxima!



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