Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 4
Capítulo: 3 - Edward e as Crianças


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Voltei com o terceiro capítulo pra vocês.
Boa Leitura!



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Bella

Manhã de segunda feira. Levantei caçando as minhas pantufas, até encontrá-las debaixo da cama. Calcei nos meus pés e fui fazer minha higiene matinal.

Hoje seria a minha entrevista com Edward Cullen. Alice conseguiu falar com ele na festa, e segundo ela, Edward disse que eu poderia está lá hoje às oito da manhã.

Falando em Alice, a nanica deve está se divertindo horrores no Caribe. Ela e Jasper vão passar duas semanas curtindo a lua de mel por lá. Ela como a maravilhosa pessoa que era, mandou alguém lá de Forks trazerem as coisas minhas e do Emm que chegaram ontem a noite. O veículo do meu irmão só chegaria amanhã. Eu tinha um carro também, mas decidi deixar por lá.

Enquanto a nossa moradia, se eu for contratada, vou ter que morar na mansão dos Cullen, então Emmett vai dividir o apê com Rosalie que morava com o Jazz. Eles não queriam morar sozinhos, então Jasper deu essa possibilidade a eles.

Meu irmão está radiando de felicidade porque vai morar com a loira. Ele simplesmente adorou Rose.

— Bom dia grandão — desejei, sentando-me ao seu lado na mesa do café.

Ainda estávamos no apartamento de Alice.

— Bom dia Florisbela — debochou dando um sorrisinho de lado.

— Florisbela?

— É. Ta parecendo uma flor ambulante com esse vestido — zombou e riu. Não via nada demais com meu vestido azul-céu com algumas flores pequeninas.

Joguei uma torrada no rosto dele.

— Poxa, precisava partir para violência? — fez um biquinho.

Gargalhei alto.

— Você não viu a violência ainda, meu querido — pisquei.

— Pode vim formiga. Eu não tenho medo — desafiou-me.

Sem pensar duas vezes, parti para as... CÓCEGAS.

— HAHAHAHA PARA HAHAHAHA SOCORRO HAHAHA VOU MORRER HAHAAHA SEM AR HAHAHAHA — falou entre risadas.

— Não é boa a minha ‘’violência’’? — sussurrei enquanto ele se debatia e ria na cadeira. Esse é o bom de ser irmão do Emmett. Sei seus pontos fracos.

— Carrã, carrã — escutamos um pigarro. Parei imediatamente com a brincadeira assim como o Emm.

Rose estava na porta da cozinha, linda como sempre. Vestia um vestido tomara que caia; saltos pretos enormes - e agulha - e uma bolsa de lado. Seus cabelos estavam metade presos e cacheados.

Emmett se engasgou com a torrada. Eu ri daquilo, mas fui ajudá-lo.

— Está vendo seu poder, loira? — perguntei zombeteira. Emmett começou a ficar vermelho. Não sei se era por está entalado ou por está envergonhado.

Rosalie corou.

— Ér... Já estão prontos? — mudou de assunto.

— Já sim. Vou pegar minha bolsa — pisquei e sai correndo da cozinha.

Rose se ofereceu para levar Emm e eu nos nossos respectivos compromissos. Emm ia conhecer o escritório de advocacia que iria trabalhar.

Descemos para a garagem e pegamos o conversível de Rose. Já disse que esse carro é simplesmente demais? E olha que eu não sou de ficar elogiando carros.

— Milagre não está usando meias coloridas — comentou Rose — Alice me falou que você as adora.

— Eu as amo, — corrigi — Mas quis ir um pouquinho diferente hoje.

— Muito diferente — debochou Emm — Trocou as listras pelo os quadrados. Porque não usa uma meia calça normal como todas as outras mulheres?

— Porque eu não sou igual às outras, ok? Sou única. — soltei dois beijos para meu irmão que bufou.

Rose deu uma risadinha.

— Vocês me fazem lembrar quando Jazz e eu éramos mais jovens. Vivíamos nos provocando, mas sempre fomos unidos. — comentou — Mas depois que nós entramos na universidade, isso foi deixado um pouco de lado. De vez em quando, ainda tiro uma com ele.

— Jasper provocando? — indaguei — Ta ai uma cena que eu não consigo imaginar — confessei.

Rose riu alto.

— Pode não parecer, mas meu irmão era um débil. Era não, ainda é — corrigiu marota — Mas como virou um advogado ‘’tive que tomar uma postura séria’’ — imitou uma voz masculina que devia ser a de Jasper.

Revirei os olhos.

Depois desse pequeno dialogo, Rosalie ligou o som do carro. O primeiro lugar que ela parou foi à enorme empresa do Cullen.

— Obrigada Rose — agradeci enquanto descia do carro.

— Ligue-me quando sair — avisou.

— Ok — fechei a porta — Tchau, beijo — despedi-me dos dois.

— Tchau — falaram juntos e Rose arrancou com o carro.

O prédio era alto, todo espelhado e com o nome ''Cullen Tyre Corporation'' em letras garrafais na cor prata. Todo pomposo, como era de se esperar de uma pessoa podre de rica. Cumprimentei o porteiro e peguei o elevador para o terceiro andar. Fiquei me balançando nos calcanhares e assobiando a musiquinha que tocava. Eu não a achava chata como a maioria das pessoas. Era até animadinha.

O elevador abriu as portas e eu escancarei a boca e eu me senti um pouco caipira com a requinte do interior. Tudo era decorado com vidro e madeira nas cores preta e marrom. Um lugar que transparecia seriedade e elegância.

— Bom dia — sussurrei para secretaria da recepção.

A mulher era loira, com uma blusa super decotada mostrando boa parte dos seios claramente siliconados, tinha olhos castanhos e um coque frouxo nos cabelos.

Ela me olhou com desdém.

Humpf, vagaba!

— A vaga para faxineira já foi preenchida — disse com uma voz enjoativa.

Senti meu sangue ferver de raiva. Por acaso eu tenho cara de faxineira?

— Eu não vim atrás da vaga de faxineira — disse controlando a raiva.

— Da mocinha do café também — voltou a falar com a voz enjoada.

— Olha aqui senhorita, eu não vim atrás de nenhuma com essas vagas. Tenho hora marcada com o senhor Cullen, exatamente às oito horas e...

Fui interrompida quando uma voz rouca e, ao mesmo tempo aveludada, começou a falar.

— Algum problema? — indagou.

Olhei para trás e quase derramei um litro de baba com a perfeição do homem. Ele estava vestido elegantemente com um terno azul e tinha uma maleta preta em mãos.

Oh, céus. Eu já disse que tenho uma tremenda tara por homens de terno?

— Bom dia Sr.Cullen e não há problema nenhum — estranhamente, a coisinha siliconada falou com a maior simpatia na voz. Pude até ouvir uma pontada de medo.

— Sim, bem — assentiu e olhou para mim — A senhorita é...?

— Isabella. Isabella Swan — estendi a mão para um cumprimento. Edward Cullen a apertou gentilmente.

— Ah, a amiga de Alice? Interessada na vaga de babá? — perguntou olhando-me de cima abaixo com um olhar especulativo, depois franziu o cenho.

Eu hein!

— Sim — sussurrei.

— Pode me acompanhar — avisou e saiu andando. Entrei com ele em sua sala bem organizada, grande, moderna e chique. Os tons também variavam entre preto e marrom.

Ele apontou para cadeira em frente a sua escrivaninha. Edward sentou em sua cadeira preta e de couro do outro lado.

— Pois bem, senhorita Swan. Já que minha irmã a conhece, presumo que seja de confiança, então, já está praticamente contratada — começou a falar.

— Praticamente? — indaguei.

— Sim. Como vai ser babá em tempo integral com os meus filhos e morar em minha casa, tem que ser no mínimo solteira e sem filhos, pois sua folga é apenas aos domingos e poderá ir para onde quiser.

— Não tenho nenhum dos dois. Não haverá problemas.

— Então está contratada — disse com sua voz serena — Aqui está o contrato — entregou-me um papel e a caneta.

Dei uma lida rápida no material e assinei meu nome. Entreguei o papel ao senhor Cullen com um pequeno sorriso no rosto. Sua expressão continuou séria.

Nem um sorrisinho. Poxa, que homem duro (sem segundas intenções, hein, mentes santas).

— A senhorita começa amanhã, mas é para ir hoje à noite. Conhecer as crianças e se organizar na casa. Meu motorista te busca as oito — avisou — Está dispensada.

— Ok Sr.Cullen. Passar bem — levantei da cadeira.

Ele apenas acenou com a cabeça e tirou uns papeis de sua gaveta.

Sai do escritório do Cullen, não sem antes lançar um olhar debochado para a siliconada. Ela olhou-me com superioridade e eu segurei minha língua para não falar bobagem.

Disquei para Rose e em poucos minutos ela chegou.

— Demorei? — perguntou, parando o carro ao meu lado na calçada.

— Não — neguei e entrei no seu carro.

— Isso! — comemorou. Revirei os olhos — Tem o que fazer agora à tarde?

— Preciso arrumar as minhas coisas — fiz um muxoxo.

— Vai se mudar quando?

— Hoje à noite. Preciso conhecer as outras crianças e organizar-me por lá.

Rose apenas assentiu com a cabeça. Em pouco tempo ela me deixou em frente à casa e se despediu alegando que tinha uma boutique para gerenciar.

Quando cheguei em casa, as últimas palavras do Cullen voltaram a minha cabeça: ''A senhorita começa amanhã, mas é para ir hoje à noite. Conhecer as crianças e se organizar na casa. Meu motorista te busca as oito — avisou — Está dispensada.'' Como ele sabia meu endereço? Franzi o cenho, mas acabei deixando de lado. Essa gente rica sabe de tudo.

[...]

— Vou sentir tanta a sua falta, grandão — falei com a voz embargada, agarrada ao meu irmão.

— Eu também vou sentir a sua formiga — afagou meus cabelos — Domingo eu te busco lá para passarmos o dia juntos, beleza?

Apenas assenti com a cabeça. Ele riu.

— Chorona né, Rosalie? — comentou com a loira que observava a cena escorada em seu conversível. Ela deu um pequeno sorriso.

— Só vai sentir falta do irmão — deu de ombros — Acho melhor nos irmos. Daqui a pouco o carro que vai levar a Bella chega.

— Tem razão. — concordou — Tchau formiga. Qualquer coisa me liga e te cuida — beijou meus cabelos.

— Digo o mesmo a você.

Rose deu tchau para mim e entrou no carro com Emm, indo embora. Ele já estava se mudando para o apartamento da loira - e antigamente de Jasper também.

Minutos depois, um Mercedes preto - e chique - para em frente ao prédio onde eu estava. O vidro do motorista abaixou e eu pude ver quem conduzia. Um moreno de cabelos escuros, vestido adequadamente de terno e gravata.

— Boa noite. É a Srta. Swan? — indagou.

— A própria — sorri.

— Sou Tyler, motorista do Sr.Cullen. Podemos ir?

Assenti com a cabeça. Ele me ajudou com as malas e depois de meia hora tínhamos chegado à enorme mansão Cullen.

— Uau! — soltei sem querer.

— É uma bela propriedade — comentou o motorista, retirando as malas do carro.

— Isso é que dá ter muito dinheiro.

Tyler riu.

Na porta que dava entrada a casa uma senhora em seus 60 anos esperava com um sorriso no rosto. Era a mesma senhora que estava com as crianças no casamento.

— Olá, meu nome é Anne e eu sou a governanta da casa — apresentou-se, simpática.

— Olá, meu nome é Isabella — disse um pouco tímida.

— Eu sei — ela sorriu — Vou lhe apresentar as crianças e a casa. Siga-me — pediu já virando de costas. Segui a senhora sem pensar duas vezes.

— Aqui é a sala de estar da casa — informou quando entramos no primeiro cômodo.

A sala era enorme e decorada com tons claros. Branco e marfim.

— Vou chamar as crianças — avisou e desapareceu nas escadas. Minutos depois voltou com quatro crianças com expressões emburradas.

— Aqui estão — apontou para as quatro crianças que se sentaram no sofá a minha frente.

Assim que Lily me reconheceu, pulou no meu colo.

— ISA! — gritou abraçando-me.

— Hey princesa! — disse contente em vê-la.

— Lily olhe os modos — repreendeu a governanta.

Envergonhada, Lily voltou para seu lugar no sofá.

— Isabella, esses são Melanie — apontou para a garotinha mais velha. Ela estava de olhos semicerrados — A primogênita do senhor Cullen, tem dez anos — completou e passou para outra criança — Esse é Peter, tem oito anos e é o segundo filho — o menino agora tinha uma expressão distante daqui — E esse outro rapazinho é o Liam, gêmeo da Lily, que pelo jeito a senhorita já conhece. Eles têm cinco anos.

Sorri amigavelmente. Lily sorriu da mesma maneira, Peter continuou com a expressão ‘’viajando na maionese’’ e Melanie e Liam estavam com expressões nem um pouco amigáveis.

— Oi, me chamo Isabella, mas pode chamar de Bella — fui simpática.

— Eu não quero te chamar de nada. Não preciso de babás — resmungou a mais velha.

— Muito menos eu. Fazem-se de boazinhas, mas são tudo um bando de chatas e mal-amadas — resmungou Liam.

Nem precisa dizer que eu estava boquiaberta né? Anne pigarreou desconfortável.

— Crianças, essa não foi à educação que seus pais lhes deram — ralhou.

— Que ‘’pais’’? Até onde eu saiba meu ‘’pai’’ nem liga se eu existo e fica mandando essas babás cuidarem de mim. E a minha mãe não habita mais esse mundo — disse Melanie revoltada e saiu subindo as escadas.

Anne suspirou, derrotada.

— Desculpe-me com isso, senhorita Swan. Melanie é... Um pouco difícil de lidar, mas é uma boa menina — sorriu fracamente.

— Tudo bem Anne e, por favor, chame-me de Bella.

— Ok, Bella — assentiu — Venha, vou lhe mostrar os outros cômodos e seu aposento.

[...]

Depois de conhecer a ‘’pequena’’ casa do Senhor Cullen, Anne me mostrou meu quarto. Dei graças a Deus, porque estava acabada.

Joguei minhas malas em um canto ali perto e me deitei na cama. Tinha ficado um pouco triste com as palavras daquele garoto. Eu não sou chata, nem mal amada. Porque as pessoas vão logo te julgando sem conhecer?

Ele é só uma criança Bella, sussurrou minha mente.

Mesmo assim magoa, sussurrou outra parte dela.

Levantei disposta a tomar um banho, relaxar e dormir, pois o dia amanhã começa cedo.

Entrei no banheiro e comecei a me lavar. Procurei o sabonete e o encontrei em cima da pia dentro de uma saboneteira laranja. Assim que abri o recipiente uma rã pulou em cima de mim.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH — gritei, assustada, caindo de bunda no chão.

Escutei umas risadinhas de algum lugar. Com certeza isso foi armação de alguém.

Peguei a tolha e sai do banheiro desesperada.

— Bella, o que houve? — perguntou Anne alarmada entrando no meu quarto.

— Ti-Tinha u-uma r-ã-ã den-den-tro da sabo-bo-neteira — balbuciei, tremendo de medo.

— Rã? — perguntou descrente — Quem colocou uma... — interrompeu-se no meio da frase mudando a sua expressão descrente para séria — Fique tranquila Bella, vou resolver umas coisas.

— Mas quem... — interrompi-me no meio da frase quando Anne deu as costas e saiu — Droga!— resmunguei.

Porque eu estou com uma forte impressão que foram Melanie e/ou Liam que aprontaram para mim?

Se for, as coisas aqui não vão ser naaada fáceis.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima amores! Fiquem a vontade para comentar e recomendar :3.