Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 30
Capítulo: 29 - Casamento?


Notas iniciais do capítulo

Oh, é uma miragem? NÃO, NÃO É MIRAGEM! É isso aí, gente, capítulo novinho depois de uma semaninha :).
Amores, curtam o capítulo, pois não sei quando volto :|.



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Bella

— Como sabia que eu estava aqui? – foi a primeira coisa que consegui pronunciar.

— Como eu sabia que você está aqui? – indagou com falsa perplexidade, adentrando o apartamento. – Eu simplesmente chego à casa do meu irmão, com os meus sobrinhos eufóricos a procura da sua babá, só para descobrir que a mesma tinha ido embora! Eu liguei para você e nada de você atender, e eu odeio quando não me atendem. – bufou. – Mas o pior foi ouvir da boca do meu irmão que ele tinha transado com a minha melhor amiga, que incrivelmente também é a babá, e ainda mais ela disse está apaixonada por ele! Desesperada, liguei para Jacob a fim de desabafar, já que meu marido estava tendo uma reunião importante no momento e eu não queria perturbá-lo. Depois de vomitar toda história em meu amigo, ele acaba me contando que você tinha se escondido aqui. Agora eu chego nessa porra de apartamento para ser recebida com uma pergunta dessas? Bella o que está acontecendo?

— Alice, respira. – minha amiga estava um tanto vermelha e aquilo não faria bem.

Ela soltou uma respiração profunda, seguindo meu comando.

— Vem. — peguei em sua mão e a levei para cozinha, puxando um dos bancos do balcão para que ela se sentasse.

Sentei-me a sua frente, olhando para minhas mãos em busca de como começar aquela conversa com ela.

— Como estão as crianças? – comecei pelo tema mais ameno.

Ela suspirou.

— Elas estão magoadas, principalmente Melanie. Por mais que eu tenha tentado tirar a ideia de suas cabeças, eles crêem que você os abandonou.

Baixei a cabeça, sentindo-me a pior pessoa do mundo.

— Acho que não deveria ter saído sem avisar nada, mas eu fiquei tão machucada que senti as paredes da casa me engolindo aos poucos.

Alice pegou minhas mãos sobre a mesa, fazendo com que eu olhasse para ela. Seus olhos estavam mais brandos, como se entendesse o que eu estava sentindo.

— Porque não me contou da sua queda do tamanho do monte Everest pelo meu irmão? Podíamos ter arrumado uma boa estratégia para fisgá-lo de vez e sem nenhum tipo de dano. – sorriu levemente, em uma tentativa de me animar.

Soltei uma risada sem humor.

— Não existe estratégia que vá mudar o que Edward pensa, Alice. Ele não gosta de mim e isso é simples. Talvez eu tenha sido precipitada no que aconteceu ontem, mas eu não consigo me arrepender disso. Eu tenho um sentimento, queria mostrá-lo e o mostrei. Eu não posso me arrepender disso.

— E nem deve. – Alice concordou. – O único idiota da história foi o cego do meu irmão. Quem diabos dispensa uma pessoa como você para ficar com alguém como Tanya? – o tom indignado da minha amiga fez-me rir. – Mesmo assim ainda estou magoada de ter me escondido isso. Até o Jake sabia e eu não!

— Desculpe-me, Alice. – pedi, realmente sentindo-me mal por ter escondido isso dela. – Eu apenas achei que... Seria uma tola em falar que estava atrás de alguém que eu não poderia ter.

— Nunca ache que vai ser tola quando estamos falando de sentimentos, Bella. Essas coisinhas mexem com qualquer um. Eu só quero que saiba que eu sou sua amiga e que estarei aqui para tudo. – apertou minhas mãos com mais força.

Meus olhos se encheram de água e foi impossível não derramar algumas lágrimas.

— Oh, estou me sentindo à pior pessoa do mundo agora. – funguei.

— Shh. – Alice veio para meu lado, encostando minha cabeça em seu peito.

Abracei a cintura da minha baixinha, em busca de algum conforto.

Edward

Casamento

Tomava um copo de uísque, enquanto observava da varanda as folhas do velho carvalho da minha casa caírem por conta da estação. Girei a bebida em meu copo e suspirei, lembrando-me do por que está bebendo em plena seis horas da manhã. Hoje era o dia que me casaria com Tanya, porém eu estava com uma trava em relação a isso. Eu ainda queria me casar, porém não tinha mais a mesma confiança de antes e isso estava me matando.

Maldita Isabella!

Exasperado, joguei o copo de uísque longe.

— Sabe, eu me lembro perfeitamente não ter te ensinado essa violência toda. – a voz doce da minha mãe fez com que eu saltasse do lugar.

— Mãe? O que a senhora está fazendo aqui? – assustei-me. Que horas ela iria chegar mesmo?

— Até onde eu saiba hoje é o casamento do meu filho. – ela sorriu levemente, postando-se ao meu lado. – Ou não é mais?

Suspirei.

— Sim, mãe, ainda é, mas eu não deveria ter ido buscar a senhora e o papai no aeroporto?

— Bom, se tivesse atendido minhas ligações ontem saberia qual era o horário que nós chegaríamos. – apesar das palavras não terem sido de repreensão, não pude deixar de me sentir culpado.

— Desculpe-me, ontem o dia foi cheio de problemas. – baixei a cabeça, constrangido por ter esquecido meu celular desligado.

— Não tem problema, meu amor. Nós estamos aqui e isso é que importa. – ela afagou meu ombro. – Está tudo bem por aqui?

— Claro. – coloquei o melhor sorriso que pude em meus lábios.

Porém Esme não se convenceu.

— Edward...

— Onde está o papai? – mudei de assunto, não querendo discutir sobre ele.

Ela suspirou.

— Está na cozinha atrás de algum doce. Conhece seu pai. – revirou os olhos.

Sorri e entrelacei meu braço ao dela para que nós nos juntássemos a ele. Quando chegamos à cozinha, encontramos meu pai devorando um pedaço de bolo de chocolate.

— Edward, meu filho, dormindo até tarde? – falou com a boca cheia, apontando para o pijama que eu ainda trajava.

— Modos, Carlisle. – mamãe repreendeu suavemente, dirigindo-se para perto de Anne.

Ele sorriu timidamente, terminando de mastigar o alimento.

— Estou acordado faz tempo, só não estava com vontade de mudar de roupa.

— Pensando em passar o dia de pijama? – brincou, levando mais uma garfada de bolo a boca.

— Tenho um casamento para ir ainda ao final da tarde. – sentei-me ao seu lado, descansando minha cabeça em minha mão.

Ele apenas sorriu.

— Será que você pode verificar se meus netos ainda estão dormindo? – Esme perguntou a Anne, que estava quieta em um canto da cozinha.

— Claro, dona Esme.

— Apenas Esme, Anne. Você sabe.

Minha governanta sorriu e assentiu ao sair da cozinha.

Assim que ficamos apenas meus pais e eu no cômodo, minha mãe olhou seriamente para mim.

— Onde está Bella?

Sua pergunta pegou-me de surpresa, mas eu não tropecei.

— Eu não sei. – respondi sincero. O paradeiro da minha ex-babá era um mistério.

— O que aconteceu para você não saber, Edward? – meu pai emendou.

Encolhi meus ombros, não querendo ter aquela conversa.

— Será que podemos conversar isso outra hora? – praticamente implorei, querendo fugir um pouco daquele assunto.

— Isso tem algo haver com o motivo de você não ter atendido as ligações? – papai questionou de forma muito branda.

Apenas assenti, sem saber o que falar. Antes que alguma coisa a mais pudesse ser dita, as crianças romperam a cozinha em uma corrida animada. A única que estava mais atrás era Melanie, carregando um semblante sério no rostinho de boneca.

— Vovó! Vovô! – gritaram em uma perfeita sincronia, jogando-se para os avós.

Meus pais, como os perfeitos avós babões que eram, acolheram muito bem minhas crianças.

— Sabia que a Isa não está mais tlabalhando aqui? – indagou Liam tristemente.

— É, mas ela acabou de ligar falando que passaria aqui para conversar com a gente! – Peter, animadamente, atropelou qualquer fala dos meus pais.

Minha respiração saiu irregular depois daquele comentário. Com que cara eu olharei para Bella?

— E ela disse mais o que? – Anne incitou por uma continuação.

— Que tínhamos que tomar um banho para ficarmos cheirosinhos! – Lily exclamou orgulhosa e os meninos fizeram uma careta, causando a gargalhada de todos.

— Bom, então acho melhor irmos fazer o que ela disse, né? Quem quer tomar banho com a ajuda da vovó? – minha mãe agitou, fazendo com que meus meninos e Lily gritassem empolgados. Melanie apenas riu dos irmãos mais novos.

Os quatro subiram com Anne na cola, conversando animadamente sobre como estava indo a escola.

— Quer um pedaço de bolo? – meu pai ofereceu já tirando um pedaço para si mesmo.

Apenas neguei com a cabeça.

[...]

SMS Alice: Acredito que você ainda não tenha arrumado uma desculpa boa o suficiente para contar aos seus filhos o porquê de Bella ter ido embora, então nós bolamos algo que seja de mais fácil compreensão. Apenas concorde.

Minha irmã foi simples e direta em sua mensagem de texto, mas eu não poderia está mais agradecido. Eu realmente não sabia o que dizer aos meus filhos. Pelo horário, acredito que tenha sido enviada enquanto Bella conversava com os meus filhos.

Passei uma blusa qualquer sobre minha cabeça, balançando meus cabelos molhados por causa do banho recém-tomado.

Meu celular vibrou novamente e eu o peguei, notando o nome de Tanya no visor.

— Hey. – saudei ao atender.

Olá, querido. Estou no SPA, mas de onze horas chego aí com a equipe para os últimos preparos, ok? Mande Anne preparar um bom brunch.

— Ok, Tanya. Até mais.

Beijos.

— Beijo.

Encerrei a ligação, jogando o celular em cima da cama. Como Alice tinha trazido o vestido de noiva para cá, minha futura esposa achou mais cômodo vim se preparar em minha casa. Eu também me arrumaria aqui, porém, felizmente, essa casa era grande o bastante para que nós apenas nos cruzássemos na igreja.

Gritos vindos do jardim chamaram-me a atenção e eu rapidamente corri até a varanda, a fim de ver o que se passava. Parada no caminho de pedras estava Isabella agachada e rodeada por meus filhos, que falavam animadamente pendurados em seu pescoço.

Estranhei a ausência de roupas coloridas. Mesmo de longe, pude notar que Bella estava vestida com cores neutras e tinha um rabo de cavalo desajeitado em seu cabelo. Isso era algo não Bella. Outro ponto que me chamou atenção foi um pontinho mais gordo, conversando com os meus pais. Ao que parece, Alice tinha decido fazer companhia a amiga.

Bella conversou brevemente com Anne e abraçou rapidamente meus pais, acenando logo em seguida. Porém, o que me deixou mais encucado, foi ver Bella, Alice e meus filhos seguirem para fora, como se não fossem ficar por ali.

Para onde iriam? 

Bella

Depois de chorar um pouco em Alice, nós nos arrastamos para o sofá, onde ela tentou me distrair contando sobre o que acontecera com ela nos últimos dias e de como andava sua gestação. Eu agradeci muito por isso, afinal, eu não queria mais falar sobre Edward. A única menção foi o nosso plano para falar as crianças o porquê de eu ter ido embora.

No outro dia, às sete horas da manhã, Alice apareceu no apartamento de Jacob, acordando nós dois, e logo me mandando ir tomar um banho para ligarmos para as crianças. Foi debaixo do chuveiro que me toquei que dia era hoje. O tão esperado casamento. Tentei não me abalar com isso, não era meu foco no momento.

Agora nós estávamos em um café, como Alice sugeriu, vendo que eu não estava confortável com a ideia de ficar na mansão Cullen.

— Então, pode me dizer o motivo para que eu não te odeie? – Melanie perguntou calmamente, comendo um dos seus bolinhos.

Nem um pouco surpresa com o azedume da pequena garota, eu coloquei um pouco de açúcar em meu café, mexendo-o logo em seguida.

— É simples. Estou indo para a universidade. – sorri, tomando um gole da minha bebida.

— E porque não nos contou? – Peter questionou.

— Foi meio que de última hora.

— E por que não esperou para se despedir da gente? – Lily estreitou os olhos.

Suspirei, largando minha xícara no pires.

— Acho que se eu tivesse esperado, provavelmente não teria saído.

— E porque saiu? Não estava satisfeita? – Melanie interpelou com uma pontada de rancor na voz.

Afaguei sua bochecha, feliz por ela não ter se afastado e aceitado de bom grado meu carinho.

— Eu adoro cuidar de vocês. – falei sinceramente, olhando para cada rostinho. – Eu amo vocês. – sorri, passando minha mão pelos cabelos de Lily, apertando a bochecha de Liam e beijando a testa de Peter ao meu lado. – Mas eu preciso seguir os meus sonhos, entendem? Eu sempre quis entrar em uma universidade e sair de lá com meu diploma. A oportunidade apareceu e eu não posso jogá-la fora.

— Você vem visitá a gente? – Liam questionou.

— Sempre que eu puder. Não estarei abandonando nenhum de vocês. Agora posso ter um abraço? – pedi com um bico.

Felizmente, os quatro se juntaram para me dá um abraço maravilhoso. Um flash me cegou por um momento e percebi Alice fungando em um canto.

— O que é? Vocês são fofos! É inevitável chorar e tirar uma foto.

Acabamos por gargalhar da pequena mulher.

Melanie

Faltava exatamente quarenta minutos para o início do meu martírio. Ou não. Sorri internamente, repassando meu plano fabuloso pela cabeça. Meu pai não casa com aquela loira falsa nem por cima do meu cadáver!

— A equipe acabou de sair de lá. Daqui a pouco a mãe dela chega para ajudá-la a colocar o vestido. – Lily chegou afobada em meu quarto, segurando as pontas do seu vestido de dama de honra.

Infelizmente, vovó nos colocou dentro dos trajes para o não casamento de hoje.

— Os meninos?

— Peter está a distraindo enquanto Liam coloca o álcool. Ele disse que quando estiver ok, vai falar pelo walk-talkie.

Esperamos cerca de um minuto, até que o ok quase que silencioso de Peter foi escutado. Lily e eu nos entreolhamos e assentimos uma para outra. Ela ajeitou a pequena coroa em minha cabeça, falando que eu tinha que fazer isso como uma diva. Revirei os olhos para a minha irmã, mas estava feliz por isso ser meio que teatral.

Com passos lentos, caminhei pelo corredor, piscando para os meus irmãos durante o percurso. Assim que abri a porta do quarto que a loira estava, encontrei-a sentada na enorme penteadeira, com cabelo, maquiagem e unhas feitas, trajando apenas uma espécie de calcinha e sutiã estranhos.

Fiz careta para aquilo.

— Olá Tanya. – chamei com a minha voz estranhamente doce.

Ela olhou para mim com o sorriso mais falso que pôde.

— Oh, Melanie! O que acha do meu vestido de noiva? — apontou triunfalmente para o longo vestido branco desenhado pela tia Alice e pela tia Rose.

— Lindo, mas só porque a tia Alice e a tia Rose fizeram. Pena que quando você for vesti-lo, – se é que vai vesti–lo, completei mentalmente – Vai acabar com a peça.

Tanya cerrou as mãos em punho e lançou um olhar furioso para mim.

— Você se acha muito esperta, não é garota? Aceite que vou me casar com seu pai e morar aqui. – colocou as mãos na cintura.

— Ele não vai casar com você! Ele vai ficar com a Isa! — demandei convicta.

Tanya soltou uma gargalhada irônica.

— Dou graças a Deus que aquela babá idiota foi embora. Assim que eu me cassasse, daria um jeito de demiti-la mesmo. – deu de ombros — Sem falar do rumo bem legal que planejei para você e seus irmãos. — disse com a voz venenosa, apertando o meu nariz.

Quase arranquei seus dedos. Cega pela raiva e ansiando minha vingança, decidi fazer o que tanto queria: incendiar o vestido de noiva.

Calmamente, caminhei até a peça e sem pensar duas vezes, peguei meu isqueiro do bolso e encostei ao vestido, que se encheu em labaredas em poucos segundos. Tia Alice iria me perdoar!

Satisfeita, sorri o fogo consumir o vestidinho aos poucos. Ao contrário de mim, Tanya parecia está prestes a ter uma sincope.

— SUA PIRRALHA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM O MEU VESTIDO! — gritou a loira furiosamente e correu para pegar o extintor de incêndio que tinha no quarto, em uma tentativa inútil de salvar o vestido.

A espuma branca apagou o fogo, porém – como esperado — o vestido tinha sido perdido. A loira ficou vermelha escarlate, perdida na mais pura raiva.

Eu gargalhei com vontade.

— EU VOU ACABAR COM VOCÊ E SEUS IRMÃOZINHOS IDIOTAS! SEUS ATRASOS DE VIDA! PESTES! ODEIO!

— VOCÊ NÃO VAI CASAR COM MEU PAI, SUA MOCREIA! E NEM ENCOSTAR UM DEDO SE QUER EM MEUS IRMÃOS – gritei, cuspindo na cara dela.

Outra coisa que queria muito fazer!

A loira abriu a boca, chocada, e empurrou-me com toda força, fazendo com que eu batesse a cabeça no chão.

Meu pai decidiu entrar no quarto no quarto no momento em que a cena ocorria, o que foi muito bom. Não demorou muito a se enervar. Primeiro, pelas coisas absurdas que a loira disse e segundo por ter machucado sua filha.

— O que está acontecendo aqui?! — perguntou irritado.

Vovó, que estava com ele, correu para ajudar-me.

— Está tudo bem, meu anjo? – questionou preocupada, passando a mão por minha cabeça atrás de algum machucado.

— Estou bem, vovó.

— Oh, Ed! — Tanya exclamou, com um bico nos lábios, fazendo seu tão costumeiro teatro — Olha o que sua filha fez. – apontou para o vestido destruído – Ela estragou meu vestido! Como vou me casar? Você tem que mandar essas crianças para um internato! Aposto que os outros estão envolvidos também. Isso não é normal, Edward. – tagarelou.

— CHEGA! — a voz do meu pai subiu algumas oitavas, fazendo-me vibrar em expectativa.

Isso está sendo muito melhor do que o esperado! Tentei não sorrir como uma doida.

— Eu vou mandar você para um internato! Eu sempre fui bom com o seu filho, então com que direito você tem de gritar e maltratar os meus?! – uh, parece que alguém ouviu demais, hehe.

— Ed, por favor, foi no calor do momento e... — ela começara a chorar.

Falsa!

— EU NÃO QUERO SABER! SOME DA MINHA CASA! — berrou – NÃO TEM MAIS MERDA DE CASAMENTO NENHUM! ACABOU!

O olhar choroso de Tanya evoluiu rapidamente para um de raiva.

— OLHA AQUI, VOCÊ VAI CASAR COMIGO, ENTENDEU? NÃO TEM PIRRALHO NENHUM QUE ME EMPATE! VOCÊ É MEU, EXCLUSIVAMENTE, MEU! EU NÃO VOU PERDER DE NOVO! — ela gritou com o dedo enriste para a cara do seu, agora, ex-noivo.

— VOCÊ NÃO VAI SE CASAR COM NINGUÉM! JÁ FEZ ESTRAGOS DEMAIS! SAIA DA CASA DO MEU FILHO – gritou vovó.

Yes!

— CALA BOCA, SUA VELHA! VOCÊ, SUA FILHINHA IMBECIL, SEUS NETINHOS E ATÉ AQUELA BABÁ IDIOTA FIZERAM A CABEÇA DO MEU EDWARD E AGORA ELE TÁ DESSE JEI... — mas, ela não concluiu a frase.

Em um ímpeto, vovó já estava de pé rodando a mão na cara da vaca, fazendo com que a mesma caísse feito fruta podre no chão.

— É ISSO AÍ, VÓ! — comemoraram meus irmãos, observando a cena na entrada do quarto.

Eu apenas ri.

— LAVE ESSA BOCA IMUNDA PARA FALAR DA MINHA FAMÍLIA, ESTÁ ME ESCUTANDO VAGABUNDA? — vovó agarrava os cabelos de Tanya com força. A loira choramingava de dor.

— SEGURANÇAS! – meu pai gritou, quando vovó deixou Tanya jogada no chão com a mão nos cabelos.

Em pouco tempo, os seguranças vieram e meu pai ordenou que tirasse a vadia louca daqui. Tanya saiu parecendo uma doida varrida, gritando um bocado de coisa. Até parecia que estava sendo possuída por um espírito maligno.

— VOCÊS VÃO ME PAGAR POR TUDO QUE ESTÃO FAZENDO COMIGO! VÃO ME PAGAAAAAR!

Quando não se houve mais gritos, meus irmãos e eu corremos para abraçar o nosso pai, gesto que o mesmo retribuiu.

— Vocês estão bem? – perguntou preocupado.

Assentimos.

— Fico tão feliz que o senhor tenha visto a cobra que ela é. – sussurrei contente.

Ele sorriu tristemente.

— Desculpem-me por tudo, meus amores. Juro que vocês não passaram por algo assim de novo. – prometeu, beijando a cabeça de cada um – Só não coloquem mais fogo em nada, okay? – nós rimos, mas assentimos.

Vovó se aproximou de nós, abraçando-nos também.

— O que foi isso? – vovô chegou perguntando exasperado. – Tanya saiu arrastada por seguranças, apenas de lingerie, e gritando feito uma louca no momento em que a mãe dela chegava. Ambas foram tiradas daqui.

— Ela apenas era uma megera. – suspirou papai – Estou com raiva de mim mesmo por ter deixado isso ter ido tão longe. – seus olhos voaram para nós. – Ela machucou vocês alguma vez?

— Ela apenas nos fazia ameaçadas, dizendo que assim que se casasse com o senhor nos mandaria para um internato. – explicou Peter.

— Cretina! – papai grunhiu enraivecido.

— Essa mulher é louca, ainda bem que a mandou embora antes que se casassem. – vovô comentou com indignação.

— Falando em casamento... – vovó começou, pegando o seu celular da bolsa chique que carregava. Ela estava muito bonita. – Estão te esperando na igreja. Alice está louca por que você ainda não apareceu. O que vai fazer?

Papai passou a mão por seus cabelos perfeitamente arrumados, deixando-os na bagunça normal.

Edward

Eu dirigia como um louco enquanto tentava tirar aquela gravata ridícula do meu pescoço. Eu estava irritado. Não, irritado era muito pouco para descrever minha atual situação; eu estava irado. Nunca imaginei que Tanya, com toda sua delicadeza e pose de boa moça, pudesse ser tão vadia.

Quando eu senti o cheiro de queimado, já fiquei alarmado sobre qualquer coisa ruim, mas nada me preparou para escutar as coisas horríveis que Tanya falava para minha filha, seguido de um empurrão que poderia ter acarretado algo mais grave. Eu não pensei duas vezes antes de expulsá-la da minha casa; se ela não fosse uma mulher digna para as minhas crianças, não era para mim também.

Depois de alguns sinais vermelhos pulados e algumas buzinadas, cheguei à igreja a qual seria realizada a cerimônia. Tinha uma quantidade de carros considerável, o que me fez soltar um suspiro. O que eu falaria para todas aquelas pessoas que esperavam um casamento daqui a dez minutos?

Uma batida forte no vidro do meu carro fez com que eu sobressaltasse. Abri a janela, deparando-me com uma Alice furiosa.

— Posso saber por que você chegou apenas agora? E porque não atende a porcaria do celular? Ou, pior, porque está todo descabelado e desarrumado? – minha irmã pediu autoritariamente.

— A história é um pouco longa, Alice. – abri a porta do meu quarto, tentando organizar um pouco os meus cabelos. – Agora preciso fazer uma coisa.

Deixando uma Alice ainda mais furiosa, eu caminhei para a igreja com ela em minha cola. Acenei para alguns conhecidos até chegar ao altar, onde o padre estava.

— Oh, meu jovem, sua noiva ainda demorará muito? – perguntou-me o senhor com um tom gentil.

— Não vai ter mais casamento.

Antes que o padre pudesse falar algo, peguei o microfone no altar e pigarreei.

— Com licença. – pedi a todos, fazendo com que o burburinho da igreja cessasse e todos olhassem em minha direção. – Gostaria de agradecer a presença de todos aqui nesta tarde. Obrigado por terem disponibilizado esse tempo para comparecer a esse casamento, mas sinto em informar que o mesmo não ocorrerá mais por motivos de alguns conflitos de... Interesses. Peço desculpas a todos e espero que possam aproveitar o resto do dia. – sorri levemente.

Saí da igreja a passos leves, deixando todo burburinho causado pela minha revelação para trás.


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Notas finais do capítulo

Ai que delícia esse capítulo, né? rsrsrs. Minha parte preferida é quando a Mel toca fogo no vestido, essa garota é a melhor!
Quero todo mundo comentando, todo mundo, tooooooodo mundo!
Então é isso, espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima meu povo :3.