Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 13
Capítulo: 12 - Snoop


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Estou aqui trazendo mais um capítulo para vocês. Quero dizer que estou amando todos os rewiens, leio a todos e sempre que puder, eu os respondo.



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Bella

— Vamos entrar todos em silêncio; certo? — sussurrei para as crianças enquanto estávamos em frente à porta da mansão.

Eles assentiram e Lily colocou a mão na boca do cachorro.

— Não late, flippy — murmurou.

— Flippy? — o som surpreso saiu da boca de todos nós.

— É o nome dele — deu de ombros.

— Flippy é um nome muito feio — resmungou Liam — Plefilo Lex.

— Você nem sabe falar o nome direito — grunhiu Lily.

— E daí? Vai se Lex e ponto final — cruzou os braços.

— Não, não. Tire seu pocotó da chuva que ele vai ficar resfriado. Flippy e acabou.

Ola, sua feiosa...

Eles começaram a bater boca aos sussurros, mas o som de voz começou a aumentar rapidamente.

— Calem a boca! — pedi já me alterando.

Eles calaram e me olharam de olhos arregalados. Respirei fundo.

— Deixem para discutir isso depois, está bem? — pedi calmamente.

— Ta — falaram em sincronia e bufaram.

Girei a maçaneta silenciosamente e entrei na mansão junto das crianças. Andamos devagarzinho até uma luz, do abajur, ser acesa.

Ah, não! Fodeu a porra toda! Xinguei mentalmente.

— Isso são horas? Onde estavam? — respirei aliviada ao ouvir a voz de Anne — Estava preocupada! — as crianças correram para abraçá-la.

— Desculpa Anne. Depois do jantar as crianças insistiram para levá-las a um parque. Não deu para resistir — me defendi.

— Ok. Ok. O que importa é que estão bem e chegaram — suspirou — Hey, o que é isso no seu colo Lily? — franziu o cenho.

— É o Flippy. Nosso novo cãozinho — sorriu.

— Eu já disse que é Lex — resmungou Liam.

— Liam — chamei sua atenção.

— Poxa, Isa! Flippy é nome feio — reclamou.

— Depois discutimos isso e para de falar que é feio — ralhei suavemente.

Ele bufou cruzando os braços.

— Bella, como pode trazer um cachorro? Sabe as normas da casa — Anne disse com um tom severo.

— Ain, Anne! Dá um desconto vai. Ele estava morrendo de frio e ainda mais esses pestinhas ficaram me olhando de uma forma que amoleceu meu coração já amolecido.

Ela suspirou novamente, passando as mãos pelos cabelos.

— Não podem ficar com ele. Levaremos para um canil — disse firme.

— NÃO! — o som de desagrado saiu da boca dos quatro pequenos.

— Shiii — pedi pelo silêncio, um pouco desesperada. Não queria acordar a fera, digo, o chefinho.

— Vocês conhecem as regras.

— Mas, Anne, olhe como é fofinho — Lily mostrou o cãozinho à governanta e, o mesmo balançou o rabinho freneticamente.

— Não — Anne estava irredutível.

Eles abaixaram a cabeça.

— Ele passará apenas a noite aqui, amanhã ligo para o canil.

— Deixa a gente se despedir dele amanhã? — pediu Peter.

Anne afirmou com a cabeça.

— Agora subam, tomem um banho e vão dormir. O senhor Cullen estranhou não encontrá-los na sala.

— Estranhou? O que ele disse? — perguntei alarmada, roendo a unha do dedão.

— Perguntou onde vocês estavam e eu respondi que foram jantar com Alice e não demorariam.

— Será que ele vai aos quartos vê se as crianças estão dormindo? — perguntei temerosa.

Antes que Anne respondesse, Melanie tomou a frente.

— Edward ir ver se estamos no quarto? — bufou — Me poupe Isabella. Isso nunca vai acontecer — fez uma cara carrancuda.

— Nunca diga nunca, minha querida — disse Anne em uma voz de seda.

— Ta bom — a garotinha fez pouco caso.

— Lily, me dê o cãozinho — pediu Anne.

Lily lhe entregou o cãozinho e subiu junto com os irmãos.

— Bella, eu sei que eles são fofos e quase irresistíveis, mas você tem que se controlar — ralhou Anne, quando ficamos a sós — Sabe o prejuízo que isso pode causar a você?

— Desculpe-me Anne — baixei a cabeça.

— Não estou querendo ser chata, minha querida, mas sabe as consequências que podem vim se perder esse emprego? Nunca vi as crianças tão felizes como estou vendo nos últimos tempos. E isso tudo se deve a você — sorriu ternamente.

Também sorri para ela.

— Eu não quero perder esse emprego Anne, mas acho injusto eles não poderem ter um cãozinho. São apenas crianças.

Anne deu um sorriso fraco.

— A vida deles é injusta Bella. A única coisa que poderia mudar isso sem por em risco ninguém é amolecendo o coração do senhor Cullen.

— E quem seria capaz de amolecer aquela pedra que chamam de coração? — perguntei com a voz azeda.

Não entendi o olhar cheio de segundas intenções que Anne lançou para mim.

— Vá dormir Bella. Eu cuido desse bichano — piscou um olho para mim, mudando o assunto.

— Ok — dei de ombros.

Dirigi-me as escadas, louca para tomar um banho e jogar-me na cama quentinha e convidativa. Assim que cheguei ao último degrau da escada, quase saí correndo ao encontrar meu querido patrão de braços cruzados e olhos semicerrados em minha direção.

— Posso saber por qual motivo a senhorita chegou há essa hora com os meus filhos? — sua voz era mais afiada do que uma faca.

Credo!

— Desculpa pela demora, senhor Cullen, não foi minha intenção. O jantar demorou mais do que eu imaginava — menti casualmente, sentindo-me um pouco constrangida.

— Não quero desculpas senhorita Swan. Se esta casa tem regras, elas têm que serem cumpridas — eu ia abrir a boca para falar algo, mas ele não deixou — Não importa com quem estavam jantando. Eu sou o patrão e você tem que seguir as regras estabelecidas por mim— frisou bem a última palavra.

Sem argumentos para contra-atacar, abaixei a cabeça.

— Espero que isso não volte a se repetir, porque não sou um homem de dá segunda chance — finalizou o seu discurso e, logo em seguida, escutei uma porta sendo batida.

Levantei o rosto, percebendo que estava sozinha no corredor. Entrei em meu quarto e fechei a porta atrás de mim. Escorei-me nela e respirei fundo algumas vezes até explodir.

Joguei minha bolsa em qualquer canto do quarto e tirei meus sapatos brutalmente dos pés. Andei de um lado para o outro passando a mão nos cabelos insistentemente.

Argh! Eu odeio esse Cullen! Vem todo cheio de moral me falar de regras, mas na hora de cuidar dos filhos não sabe, na hora de dá diversão não sabe, na hora de dá carinho não sabe. Não sabe fazer porra nenhuma que um pai com um pingo de afeto pelos seus filhos faz. E odeio ainda mais o fato de não poder esfregar tudo isso na cara daquele cretino, pois posso colocar meu emprego em jogo e as chances dele me afastar dos meus pequenos.

Mas o mundo dá voltas e ainda um dia, quando não segurar mais minha língua, esse Cullen vai ouvir poucas e boas.

[...]

— Não quero que o Flippy vá para um canil — sussurrou Lily tristemente, enquanto eu fazia uma trança em seus cabelos loirinhos.

— Nem eu princesa, mas é o certo a fazer — dei um meio sorriso.

— Acho que o papai poderia ser mais razoável. Se eu pedisse, será que ele deixa? — perguntou com um dedinho na boca.

— Muito improvável Lily. Conhece seu pai — terminei a trança em seu cabelo e sorri com o resultado.

— Eu sei — ela desviou o olhar que fitava a si própria no espelho — Será que um dia ele muda Isa? — indagou com os seus olhinhos cheios de esperança.

Sorri tristemente.

— Talvez um milagre, muito milagroso, faça seu papai acordar desse mundo oco que ele vive.

— E esse milagre vai demorar muito? — continuou a indagar pensativa.

— Não sei pequena.

— Espero que venha logo — murmurou e, nesse momento, a porta foi aberta revelando um Liam e Peter com gravatas penduradas no pescoço.

— Isa — chamaram os dois, apontando para as gravatas em seus pescoços.

Sorri e fui ajudar os meninos.

— Ainda não aprenderam? — perguntei divertida, dando o nó na gravata de Peter. Fazia algum tempo que tentava ensiná-los a fazerem, sozinhos, o nó da gravata. Aprendi isso com Renné.

— É muito complicado. Nunca sei onde colocá — disse Liam com um bico fofo.

Ajeitei a gravata de Peter e partir para a de Liam.

— Onde está Melanie? — perguntei, enquanto dava o nó na gravata.

— Deve está comendo — Peter deu de ombros.

— Aquela gulosa. Quelo que ela não deixe meu iogulte — resmungou.

— Liam! — ralhei levemente com ele.

— Ela é gulosa mesmo, Isa.

Ri com a cara embravecida do pequeno.

— Prontinho — sorri, alisando a gravata.

— E o Lex? — perguntou Liam.

— É Flippy — corrigiu Lily.

— Vai começá de novo? — Liam parecia bravo.

Diferente de ontem, tive vontade de rir da cena.

— Vi em algum lugar que irmãos gêmeos eram sintonizados — comentei.

— Esses serem sintonizados? Humpf! Só se for brincadeira — falou Melanie, chegando ao quarto com uma garrafinha de iogurte.

— Meu iogulte! — esbravejou Liam.

— Calma pirralho. Ainda tem mais — defendeu-se.

Revirei os olhos.

Pilalho é você, Maria João!

— Vou dá Maria João na sua cara — irritou-se Melanie, mostrando o punho fechado.

— Epa — intervi — Vamos tomar o café e ir ao colégio — disse com animação.

— Eeeeh — falaram desanimados.

Balancei a cabeça, contendo a risada. Chegamos à sala onde se faziam as refeições e cada um tomou seu lugar na mesa. Fui atrás de algo para comer na cozinha, deixando o barulho de conversas e briguinhas das crianças para trás.

— Bom dia Bella — desejou Anne, com uma cesta de frutas em mãos — Acabou de chegar da feirinha. Quer uma? — ofereceu uma das diversas frutas na cesta.

— Bom dia Anne! Vou querer sim — peguei uma maçã e fui lavá-la na pia.

— As crianças já estão comendo? — perguntou, enquanto ajeitava aquele horror de fruta.

— Humhum — fiz apenas um som, pois mastigava a maçã — Onde está o cachorro? — sussurrei, para ninguém escutar.

— Está em uma casinha nos fundos. Já dei comida para ele e já liguei para um canil. Assim que o senhor Cullen sair para trabalhar, eles vêm levar o cãozinho.

— Ele ainda não saiu? — perguntei com evidente curiosidade.

— Parece que ele vai pegar um horário mais tarde — deu de ombros.

— Hm — murmurei seca.

— Aconteceu alguma coisa? — Anne me olhou de sobrancelha arqueada.

Suspirei, olhando através da janela o jardim que o jardineiro bonitão cuidava com todo zelo.

— Ele percebeu que as crianças chegaram tarde — murmurei olhando para Anne — E deu uma dura — completei.

Anne estava com uma expressão surpresa.

— Pensei que ele tivesse ido dormir direto — falou — Parecia-me cansado.

— Acho que se enganou.

Vários passos foram ouvidos e as crianças apareceram na porta da cozinha. Lily estava toda lambuzada no rosto.

— Lily, o que foi isso? — sussurrei com a voz um pouco sôfrega.

Ela deu um sorrisinho amarelo.

— Iogurte. Desculpa.

— Onde está o cãozinho? — perguntou Peter.

— Está na casinha dos fundos. Venham vê-lo — falou Anne.

Nós caminhamos pelo jardim, cumprimentamos o jardineiro, até chegarmos à casinha dos fundos. Anne abriu a porta e logo o cãozinho simpático saiu com a língua para fora e rabinho abanando.

— Auauauauaua — começou a latir insistentemente.

— Shii Flippy — murmurou Lily, o pegando no colo. Rapidamente, o cãozinho ficou calado.

Lex. Lex. Lex. Quantas vezes vou repetí? — esbravejou Liam.

— AARGH! — gritou Melanie de repente — Já estou me irritando com vocês dois. Vamos votar, para saber o nome desse cachorro. Eu escolho Rex.

Liam olhou prepotente para a irmã que virou o rosto.

— Eu prefiro Flippy — votou Peter.

Lily deu língua a Liam. Ele fechou a cara.

— Empatou. E agora? — falou Lily — Desempata Isa.

Olhei para os quatros rostinhos. Eu não poderia escolher nenhum dos dois nomes, então falei o primeiro nome que me veio à mente.

— Escolho Snoop.

Eles me olharam de sobrancelhas arqueadas.

Snoop? — falaram juntos.

— É um nome legal. E olha — apontei para o cãozinho — Até as orelhas são caidinhas — toquei a orelha fofinha do bichano.

As crianças se entreolharam e deram de ombros.

— Snoop também é legal — disse Lily e os irmãos concordaram.

— Mas o Snoop, vai para o canil daqui a pouco. Dêem o tchauzinho a ele.

Lily e Liam fizeram um bico enorme.

— Deixa a gente ficar com ele. Prometemos cuidar, dá banho, carinho, comida, água, mas deixem — pediu Lily suplicante.

— E ele pode ficar escondidinho aqui — completou Peter.

— Crianças... — começou Anne, mas foi interrompida.

— Por favor — pediram os quatro em coro.

Anne e eu nos entreolhamos. Silenciosamente, pedi, por favor, também.

— Okay. Vocês venceram — rendeu-se Anne.

— EEEEEEEEEEEEEEEEH — gritaram juntos comemorando e abraçaram Anne, apertado.

A governanta riu, mas voltou a fazer uma expressão séria.

— O horário de visita a ele vai ser controlado e nada de Snoop nenhum passeando pela casa — avisou.

Eles assentiram ainda eufóricos.

— Agora vamos para o colégio, se não chegaremos atrasados — apressei-os.

Despedimo-nos de Anne e fui levá-los ao colégio.

[...]

Caminhava pelo quarto das crianças pegando todos os brinquedos e os colocando dentro de uma cesta para levá-los de volta a brinquedoteca. Senti meu celular vibrar no bolso e olhei no visor que se tratava de Alice. Rapidamente atendi.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH — dois berros foram ouvidos mesmo antes da minha fala. Afastei o celular da orelha temendo ficar surda.

— Meu Deus! Onde é o fogo? — sussurrei, pondo o celular de volta na orelha.

— Bellita vem C-O-R-R-E-N-D-O para cá — falou Alice animadamente.

— Para cá onde? Alice o que aconteceu? — perguntei colocando a cesta no chão, começando a me preocupar.

— Para boutique né. No seu celular tem o endereço anotado. Quando chegar aqui, te conto — disse com a voz esfuziante.

— Okay. Até daqui a pouco.

— Até — cantarolou e eu desliguei o telefone.

Levei os brinquedos para brinquedoteca, avisei a Anne que iria encontrar Alice e algum tempo depois, o táxi parou em frente à boutique. Assim que passei pela porta, duas loucas pularam em cima de mim. Eram Rose e Alice.

— Podem explicar-me o que está havendo? — pedi, desfazendo-me do abraço.

Elas se entreolharam e sorriram.

— Eu estou grávida Bella! Grávida! — comemorou Alice pegando um teste de gravidez no bolso de sua calça me entregando.

Olhei o teste vendo aquelas duas listrinhas que confirmavam o que a baixinha dizia.

Eu fique catatônica, olhando para o teste em minhas mãos. Minha baixinha iria ser mãe?

Então a ficha caiu.

— AAAAAAAAAAAAAAAH — gritei comemorando — VOCÊ VAI TER UM BEBÊ! EU VOU SER TITIA!

Agarrei a Rose e Alice novamente e começamos a pular juntas, feito retardadas.

— NÓS VAMOS SER TITIAS BELLA — corrigiu-me Rose.

Isso apenas gerou mais gritos.

— Eita! Onde é a festa? — escutei a voz divertida e calorosa do meu irmão próxima a nós.

Olhei para trás me deparando com a minha montanha de músculos preferida. Emmett carregava seu sorriso de covinhas no rosto. Sem pensar duas vezes, joguei-me em cima dele, abraçando-o apertado.

— Que saudades de você grandão! Nunca mais nos falamos pessoalmente — sussurrei contra seu corpo.

Senti o corpo de Emmett tremer, devido à risada.

— Também senti sua falta formiga. Não desapareça assim de novo — beijou meus cabelos — Tudo bom com você?

— Melhor agora. Alice está grávida! — anunciei, soltando-me dele.

— Sério? — ele me fitou incrédulo.

Apenas assenti freneticamente. Emmett deu um sorriso maior do que já estava e ergue a baixinha no ar com um abraço de urso.

— Parabéns nanica! — murmurou contente — Vai ser engraço te ver com um barrigão. Cuidado para não cair para frente — zombou Emmett. Rosalie e eu demos uma risadinha.

Alice lhe deu uma tapa, mas o sorriso não abandonou o seu rosto.

— Eu me garanto para carregar o meu filhote — disse presunçosa.

— Jasper já sabe? — perguntou curioso.

— Acabei de descobrir — revirou os olhos.

— Acho bom você fazer um exame, sabe. Sempre é bom ter a confirmação de um médico — comentou Rose.

— Tem razão — concordou Alice, pegando o celular do bolso — Vou ligar para minha médica agora — avisou e saiu de perto de nós.

Olhei para Emmett, que já papeava algo com Rose. Era engraçado ver o jeito que ela sorria e tirava os cabelos de frente do rosto, quando tagarelava com o idiota do meu irmão. Ele falava alguma besteira, pois ela de vez em quando ria. Sorri com a cena. Eles formariam um belo casal.

— Gente. Marquei uma consulta para amanhã — tagarelou Alice, chegando perto de nós — Ai meu Deus! Não vejo à hora de ver meu bebezinho — passou a mão na barriga ternamente.

— Vai contar ao Jasper agora? — questionou Rose.

— Vou fazer o exame primeiro. Quero ter a confirmação médica. Então peço, encarecidamente, que não falem nada ao Jasper ainda — sorriu — Ah, e sem falar que já estou pensando em uma comemoração.

— Comemoração? — perguntamos Emmett, Rose e eu juntos.

— Claro — revirou os olhos — Preciso contar a família, nada melhor que fazer uma comemoração.

Sorri, pensando o quanto aquilo era Alice Cullen.

— E como você pretende fazer essa comemoração? — perguntou Rose curiosa.

— Na casa de praia. Faz tempo que não vou lá — disse pensativa.

— Praia? Adoro! — Emmett se animou.

— Bella, não conte nada as crianças sim? Quero contar a todo mundo. Ideias fervilham na minha mente.

Pisquei para ela, assentindo.

— Vou roubar minha irmã um pouquinho de vocês — disse Emmett pegando em meu braço.

— Vou deixar, só porque já faz tempo que vocês não se vêem — disse Alice com um biquinho, vindo me abraçar — Qualquer dia te ligo para passarmos uma tarde no shopping comprando coisinhas para meu bebê — sussurrou em minha orelha.

— Pode contar comigo — sussurrei na sua orelha.

Ela soltou-se de mim com um sorriso no rosto. Abracei Rose também. Emmett se despediu das duas me levando até seu carro.

— Ainda bem que estou de táxi — pisquei para ele — Você me levará a mansão também.

— Sentindo que estou sendo explorado — dramatizou.

Dei uma tapinha em seu braço e entrei no banco do carona.

— Deixa de ser dramático e toca para sorveteria.

Emmett riu, sentando no banco do motorista.

— Isso me lembra os velhos tempos — falou um pouco nostálgico.

Senti-me nostálgica também, lembrando-me das tardes que ia Emmett, eu, Renné e Charlie tomar sorvete em Forks. Era tão divertido as piadas sem graça que meu pai contava, o revirar de olhos de Renné – com um sorriso bonito no rosto –, Emmett e eu todos lambuzados de sorvete e Renné ralhando com nós. Senti também uma pontada de dor em meu coração, pois sabia que isso nunca mais iria acontecer.

— Eram bons tempos — murmurei por fim, fitando a janela, onde a paisagem passava rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram do capítulo? O Nyah tá cortando a notinha, então fico por aqui.