Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Olha aqui mais um capítulo para vocês :D. Obrigada a todos que mandaram rewiens, li todos e responderei em breve :).
Boa Leitura!
Bella
Já era por volta de uma hora da manhã quando Jacob me deixou em frente à mansão Cullen.
— Adorei a noite de hoje. Obrigada por ter me acompanhado — agradeci olhando para Jacob, que me fitava com um sorriso nos lábios.
— Eu que agradeço a você. Sempre que quiser me chamar para sair... — fez um telefone com a mão.
Eu ri.
— Okay — beije-lhe a bochecha — Boa madrugada.
— Para você também — piscou um olho para mim.
Desci do carro e só apenas quando entrei na mansão, eu escutei o som do carro de Jacob partindo. Sorri.
Cumprimentei o vigia noturno, que assim que me reconheceu, abriu o portão. Entrei a passos lentos e silenciosos pela mansão escura, só com algumas poucas luzes iluminando as escadas. Abri a porta do meu quarto e joguei a bolsa na cama. Tirei as roupas enquanto caminhava para o banheiro. Regulei a temperatura do chuveiro para quente e senti a água convidativa e relaxante cair sobre o meu corpo.
A noite tinha sido maravilhosa. Dancei até os pés ficarem doendo. Jacob era um bom bailarino. As meninas também estavam bem empolgadas e dançamos juntas algumas vezes. Bree e Diego ficaram bem próximos, tanto que foi ele que a levou para casa. Jéssica e Mike decidiram estender a noite, mas antes deixou Anne e George em casa. A velha governanta também se divertiu muito e sem falar que é uma ótima dançarina.
Sai do banheiro apenas de roupão, prendendo meu cabelo com um elástico. Catei minhas roupas do chão as colocando no cesto de roupas sujas. Sequei-me e peguei um pijama qualquer dentro do closet.
Sai do meu quarto para ir dá um beijo de boa noite nos meus pequenos já adormecidos. O primeiro quarto que entrei foi o de Liam. Ele dormia de bruços enquanto babava no travesseiro. Ri baixinho. Alisei seus cabelos loirinhos e lisinhos, dando um suave beijo em sua testa. Ele se mexeu um pouco, mas não acordou. O quarto seguinte foi o de Lily. Minha princesinha dormia tranquilamente. Dei um beijo em sua testa e prossegui para o outro quarto. Peter estava quase caindo da cama e eu tive que ajeitá-lo.
— Hmm — resmungou, mas não acordou.
Dei um beijo em sua bochecha gostosa e baguncei seus cabelos loirinhos. O último quarto foi o de Melanie. Ela dormia em formato de bola, então percebi que seu cobertor estava jogado no chão. Com certeza, estaria com frio. Apanhei o cobertor do chão, passando-o pelo seu corpo e depositei um beijo em sua testa também.
Fechei a porta do quarto de Melanie e quase cai para trás com o medo que tive. O Sr.Cullen olhava para mim com uma expressão divertida, enquanto segurava um copo em suas mãos. Percebi que só usava uma calça moletom. Maldita mania que o homem tinha de andar seminu pela casa!
— Assustei-a, senhorita Swan? — perguntou divertido.
Não contive a careta.
— Um pouco — confessei.
Ele deu um sorriso de canto.
— Aproveitou bem a sua noite de folga? — perguntou distraidamente tomando um gole do liquido que tinha em seu copo. Deduzi ser café pela fumacinha que saia.
— Claro — dei de ombros — E o senhor deu para aproveitar a sua? As crianças não deram trabalho?
Ele suspirou.
— Um pouco. Fizeram birra na hora da escolha dos pedidos, mas pelo menos não aprontaram nenhuma.
Dei um sorriso triste.
— É difícil para eles — murmurou.
— Mas eles terão que se acostumar — disse com a voz firme.
Assenti com a cabeça. As crianças tinham que se acostumar com a senhorita Denali.
— Se não se importa, vou indo para o meu aposento — fiz menção em sair.
— Pode ir. Boa noite – desejou.
— Boa noite – assenti e comecei a caminhar para o meu quarto.
— Isabella, eu... — Edward começou a falar.
Parei na metade do caminho, olhando para trás em busca de uma continuação. O chefinho passou a mão pelo cabelo e fez algumas caretas enquanto abria a boca sem produzir nenhum som.
— Eu...? – o incentivei.
Ele suspirou.
— Queria agradecer por ainda está aqui. Sei que as crianças já aprontaram algumas para você, mas, mesmo assim, continua aqui.
— É o meu trabalho — disse simplesmente, voltando a andar para o meu quarto.
[...]
Acordei na manhã de sábado com o barulho da chuva. Grandes gotas escorriam pela janela do meu quarto. Fiz minha higiene matinal e escolhi uma roupa mais quente e uma touca.
Passei no quarto das crianças para acordá-los, e estranhei todos os cômodos já estarem vazios. Desci com destino de ir para a cozinha, mas antes que eu entrasse sala de refeições, escutei vozes. Vozes nada contentes. Escondi-me em uma pilastra próxima a cozinha e fiquei escutando.
— Foi decepcionante o comportamento de vocês quatros ontem — era a voz de Tanya ao falar. Então quer dizer que ela estava aqui? — Terão que começar a aceitar a minha presença aqui, senão, as consequências não serão nada boas — houve um arrastar de cadeira, acompanhado de um bufo.
— Que consequências sua loira de meia tigela? — resmungou Mel.
— Olha a boca Melanie — repreendeu — Consequências como mandá-los para um colégio interno na Suíça e eu nunca mais ter dor de cabeça com as encrencas de vocês.
Arfei indignada. Que bruaca!
— O papai não faria isso — murmurou a voz de Lily.
A cobra chamada Tanya riu.
— Claro que ele faria. Era só eu estalar os dedos, baby — disse debochada.
Senti meu rosto começar a ficar quente, mas não era de constrangimento. Era de pura raiva. Minhas mãos cerraram-se em punhos e eu estava louca para dá um tabefe naquela loira promiscua. Mas eu tinha que me controlar, não poderia dá um show agora e correr o risco de ser demitida.
Escutei passos vindos das escadas e rapidamente me escondi debaixo da mesma.
— Bom dia! — era a voz do senhor Cullen que acabará de chegar a sala de refeições.
— Bom dia, meu amor — cumprimentou Tanya com aquela voz enojada.
Respirei fundo algumas vezes até sair do meu esconderijo. Nesse mesmo momento, Anne passa pela porta com algumas sacolas.
— O que faz...
Antes que ela continuasse, pedi para a mesma fazer silêncio com um gesto. Anne se aproximou de mim, confusa.
— O que houve? — indagou.
— Depois nós conversamos.
Anne assentiu e nós entramos juntas na cozinha.
— Bom dia — desejamos.
— Bom dia — disse Tanya e Edward, cada um a sua forma.
Semicerrei os olhos assim que vi a loira comendo uma pêra tranquilamente, com a sua maior cara de anjo. Ela não percebeu meu olhar homicida. Sentei-me próxima as crianças que tinham um semblante triste. Passei a mão nos cabelos loirinhos de Liam.
— Trouxe bolo de chocolate, crianças — anunciou Anne com um sorriso no rosto.
Eles deram um sorriso mais sincero e correram para pedir a Anne um pedaço.
— Vem Isa — chamou Lily.
Fui de bom grado e vi a careta de desagrado de Tanya e dei um sorrisinho diabólico, deixando meu lado infantil e sapeca se aflorar. Assim que Anne me deu o bolo de chocolate (super recheado) fingi tropeçar e o bolo voou para a roupa de grife da vaca.
— AH! — arfou alto se levantando da cadeira.
Fiz minha maior cara de inocente.
— Oh, me desculpe senhorita Denali — disse com a maior falsidade do mundo.
Escutei alguns risinhos baixos atrás de mim.
— VOCÊ ESTRAGOU MEU VALENTINO! — gritou enfurecida.
Estraguei mesmo e se reclamar, estrago mais outros vestidos com ou sem nome de santo!
— Fique calma Tanya — pediu o chefinho — Senhorita Swan, pegue algo para limpar.
Rapidamente encontrei um pano e entreguei a Tanya. Dei um sorrisinho de canto para somente ela ver. A loira estreitou os olhos, puta da vida. Literalmente.
— Desculpe-me mesmo senhorita Denali. Eu sou tão desastrada — me fiz de coitadinha.
— Ta. Ta — disse irritada — Agora suma da minha frente.
Levantei as mãos como quem se rende e caminhei para fora, recebendo um olhar de reprovação do senhor Cullen.
Fodam-se ele e a loira, porque quando eu quero ser ruim, eu sou.
[...]
As crianças gargalhavam de uma maneira tão gostosa e espontânea que era difícil não rir com eles. Estávamos todos juntos na salinha de cinema, tentando assistir um filme, mas as crianças insistiam em rir da cara de Tanya.
— Ai Isa! Você foi demais — elogiou-me Lily.
— Só tem a cala de santinha — comentou Liam.
— Queria ter feito aquilo — disse Melanie — Vocês viram a cara dela? Parecia uma panela de pressão prestes a explodir!
E riram mais uma vez.
— Mas Isa, porque você fez aquilo? — indagou Peter.
Todos pararam de rir, me encarando com a mesma pergunta no olhar. Suspirei.
— Eu escutei o que ela falou na cozinha — confessei — Eu não acredito que a aquela mulher com carinha de anjo pode ser tão cruel!
Eles baixaram a cabeça, menos Melanie que fez uma carranca.
— Agora você entende porque não a queremos perto do papai — murmurou Lily — Ela é cruel e fútil, além de querer roubar nosso pai.
— Mais do que já é roubado — completou Peter.
Passei a mão na cabeça dos dois.
— Entendo o quão é difícil isso, mas um dia o papai acorda e ver que ela não é a mulher certa e que vocês são as coisas mais importantes que ele deveria ter. Enquanto esse dia não chega, eu vou estar sempre aqui com vocês... Aprontando todas — sorri diabólica.
Todos riram e Lily me abraçou, sendo acompanhada de Peter e Liam.
— Eu te amo, Isa — murmurou Lily.
— Nós também — disse Liam e Peter assentiu.
Senti uma lágrima tímida, escorrer pelo meu rosto.
— Eu também amo vocês — murmurei.
Olhei para Melanie que assistia tudo caladinha. Quando viu que eu a olhava, baixou os olhos para as mãos.
— Tem um lugarzinho para você aqui também Melanie — chamei-a com a mão.
Timidamente, ela se aproximou de mim e se aconchegou em meu colo. Sorri com mais esse avanço.
— Eu amo todos vocês, sem exceção. Mesmo com pouco tempo de convívio, cada um tem um lugar especial no meu coração — beijei suas cabeças — E eu não vou deixar ninguém machucá-los.
E não deixaria mesmo. Não haveria Tanya Denali nem Edward Cullen que me afastassem dos meus pequenos. Enquanto eles me quisessem, eu estaria aqui.
[...]
— Bella, eu estou sem palavras — falou Anne com os olhos levemente arregalados — Nunca pensei que Tanya poderia ser tão má assim.
Suspirei. Eu tinha contado tudo que tinha escutado a Anne.
— Nem eu. Aquela mulher só tem cara de anjo mesmo. Nem sei do que ela pode ser capaz — falei com certa preocupação.
Anne afagou minha mão e eu a olhei, notando o sorriso tranquilador que ela mantinha no rosto.
— Não se preocupe com isso, menina! O que importa é que agora você está aqui com eles, tornando o mundinho deles mais colorido. Olha que amor — apontou para as crianças que brincavam alegremente no jardim — Faz tempo que eu não vejo alegria por aqui, sabe? Você os faz tão bem, Bella!
Sorri um pouco abobada com as palavras.
— Assim a senhora me deixa sem jeito, dona Anne — nós rimos — Mas, mudando de assunto um pouco, o que achou da noite de ontem? O George ainda dá um bom caldo? — levantei as sobrancelhas sugestivamente.
Anne riu e corou um pouco. Cena adorável!
— Vocês jovens e seu vocabulário estranho — balançou a cabeça — O George é um homem muito bom, Bella. O conheço há tempos. Somos bons amigos, apenas isso.
— Não pensa mais em se casar não, Anne? Olha que cinquenta anos não é muito velha não.
Ela suspirou, olhando para o céu.
— Desde que meu amado se foi, eu não penso muito nessas coisas, sabe? Foram trinta anos das nossas vidas juntos. Temos três filhos e dois netos lindos, e isso para mim basta, entende?
— Claro, mas, não se esqueça: nunca é tarde demais para amar.
Ela sorriu.
— Tem razão, minha menina. Nunca se é tarde demais. Para nada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? O que acharam do capítulo?
Sintam-se seduzidos pela caixa abaixo para me dizer!
Até a próxima ;D!