Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 11
Capítulo: 10 - Meus pequenos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Olha aqui mais um capítulo para vocês :D. Obrigada a todos que mandaram rewiens, li todos e responderei em breve :).
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526085/chapter/11

Bella

Já era por volta de uma hora da manhã quando Jacob me deixou em frente à mansão Cullen.

— Adorei a noite de hoje. Obrigada por ter me acompanhado — agradeci olhando para Jacob, que me fitava com um sorriso nos lábios.

— Eu que agradeço a você. Sempre que quiser me chamar para sair... — fez um telefone com a mão.

Eu ri.

— Okay — beije-lhe a bochecha — Boa madrugada.

— Para você também — piscou um olho para mim.

Desci do carro e só apenas quando entrei na mansão, eu escutei o som do carro de Jacob partindo. Sorri.

Cumprimentei o vigia noturno, que assim que me reconheceu, abriu o portão. Entrei a passos lentos e silenciosos pela mansão escura, só com algumas poucas luzes iluminando as escadas. Abri a porta do meu quarto e joguei a bolsa na cama. Tirei as roupas enquanto caminhava para o banheiro. Regulei a temperatura do chuveiro para quente e senti a água convidativa e relaxante cair sobre o meu corpo.

A noite tinha sido maravilhosa. Dancei até os pés ficarem doendo. Jacob era um bom bailarino. As meninas também estavam bem empolgadas e dançamos juntas algumas vezes. Bree e Diego ficaram bem próximos, tanto que foi ele que a levou para casa. Jéssica e Mike decidiram estender a noite, mas antes deixou Anne e George em casa. A velha governanta também se divertiu muito e sem falar que é uma ótima dançarina.

Sai do banheiro apenas de roupão, prendendo meu cabelo com um elástico. Catei minhas roupas do chão as colocando no cesto de roupas sujas. Sequei-me e peguei um pijama qualquer dentro do closet.

Sai do meu quarto para ir dá um beijo de boa noite nos meus pequenos já adormecidos. O primeiro quarto que entrei foi o de Liam. Ele dormia de bruços enquanto babava no travesseiro. Ri baixinho. Alisei seus cabelos loirinhos e lisinhos, dando um suave beijo em sua testa. Ele se mexeu um pouco, mas não acordou. O quarto seguinte foi o de Lily. Minha princesinha dormia tranquilamente. Dei um beijo em sua testa e prossegui para o outro quarto. Peter estava quase caindo da cama e eu tive que ajeitá-lo.

— Hmm — resmungou, mas não acordou.

Dei um beijo em sua bochecha gostosa e baguncei seus cabelos loirinhos. O último quarto foi o de Melanie. Ela dormia em formato de bola, então percebi que seu cobertor estava jogado no chão. Com certeza, estaria com frio. Apanhei o cobertor do chão, passando-o pelo seu corpo e depositei um beijo em sua testa também.

Fechei a porta do quarto de Melanie e quase cai para trás com o medo que tive. O Sr.Cullen olhava para mim com uma expressão divertida, enquanto segurava um copo em suas mãos. Percebi que só usava uma calça moletom. Maldita mania que o homem tinha de andar seminu pela casa!

— Assustei-a, senhorita Swan? — perguntou divertido.

Não contive a careta.

— Um pouco — confessei.

Ele deu um sorriso de canto.

— Aproveitou bem a sua noite de folga? — perguntou distraidamente tomando um gole do liquido que tinha em seu copo. Deduzi ser café pela fumacinha que saia.

— Claro — dei de ombros — E o senhor deu para aproveitar a sua? As crianças não deram trabalho?

Ele suspirou.

— Um pouco. Fizeram birra na hora da escolha dos pedidos, mas pelo menos não aprontaram nenhuma.

Dei um sorriso triste.

— É difícil para eles — murmurou.

— Mas eles terão que se acostumar — disse com a voz firme.

Assenti com a cabeça. As crianças tinham que se acostumar com a senhorita Denali.

— Se não se importa, vou indo para o meu aposento — fiz menção em sair.

— Pode ir. Boa noite – desejou.

— Boa noite – assenti e comecei a caminhar para o meu quarto.

— Isabella, eu... — Edward começou a falar.

Parei na metade do caminho, olhando para trás em busca de uma continuação. O chefinho passou a mão pelo cabelo e fez algumas caretas enquanto abria a boca sem produzir nenhum som.

— Eu...? – o incentivei.

Ele suspirou.

— Queria agradecer por ainda está aqui. Sei que as crianças já aprontaram algumas para você, mas, mesmo assim, continua aqui.

— É o meu trabalho — disse simplesmente, voltando a andar para o meu quarto.

[...]

Acordei na manhã de sábado com o barulho da chuva. Grandes gotas escorriam pela janela do meu quarto. Fiz minha higiene matinal e escolhi uma roupa mais quente e uma touca.

Passei no quarto das crianças para acordá-los, e estranhei todos os cômodos já estarem vazios. Desci com destino de ir para a cozinha, mas antes que eu entrasse sala de refeições, escutei vozes. Vozes nada contentes. Escondi-me em uma pilastra próxima a cozinha e fiquei escutando.

— Foi decepcionante o comportamento de vocês quatros ontem — era a voz de Tanya ao falar. Então quer dizer que ela estava aqui? — Terão que começar a aceitar a minha presença aqui, senão, as consequências não serão nada boas — houve um arrastar de cadeira, acompanhado de um bufo.

— Que consequências sua loira de meia tigela? — resmungou Mel.

— Olha a boca Melanie — repreendeu — Consequências como mandá-los para um colégio interno na Suíça e eu nunca mais ter dor de cabeça com as encrencas de vocês.

Arfei indignada. Que bruaca!

— O papai não faria isso — murmurou a voz de Lily.

A cobra chamada Tanya riu.

— Claro que ele faria. Era só eu estalar os dedos, baby — disse debochada.

Senti meu rosto começar a ficar quente, mas não era de constrangimento. Era de pura raiva. Minhas mãos cerraram-se em punhos e eu estava louca para dá um tabefe naquela loira promiscua. Mas eu tinha que me controlar, não poderia dá um show agora e correr o risco de ser demitida.

Escutei passos vindos das escadas e rapidamente me escondi debaixo da mesma.

— Bom dia! — era a voz do senhor Cullen que acabará de chegar a sala de refeições.

— Bom dia, meu amor — cumprimentou Tanya com aquela voz enojada.

Respirei fundo algumas vezes até sair do meu esconderijo. Nesse mesmo momento, Anne passa pela porta com algumas sacolas.

— O que faz...

Antes que ela continuasse, pedi para a mesma fazer silêncio com um gesto. Anne se aproximou de mim, confusa.

— O que houve? — indagou.

— Depois nós conversamos.

Anne assentiu e nós entramos juntas na cozinha.

— Bom dia — desejamos.

— Bom dia — disse Tanya e Edward, cada um a sua forma.

Semicerrei os olhos assim que vi a loira comendo uma pêra tranquilamente, com a sua maior cara de anjo. Ela não percebeu meu olhar homicida. Sentei-me próxima as crianças que tinham um semblante triste. Passei a mão nos cabelos loirinhos de Liam.

— Trouxe bolo de chocolate, crianças — anunciou Anne com um sorriso no rosto.

Eles deram um sorriso mais sincero e correram para pedir a Anne um pedaço.

— Vem Isa — chamou Lily.

Fui de bom grado e vi a careta de desagrado de Tanya e dei um sorrisinho diabólico, deixando meu lado infantil e sapeca se aflorar. Assim que Anne me deu o bolo de chocolate (super recheado) fingi tropeçar e o bolo voou para a roupa de grife da vaca.

— AH! — arfou alto se levantando da cadeira.

Fiz minha maior cara de inocente.

— Oh, me desculpe senhorita Denali — disse com a maior falsidade do mundo.

Escutei alguns risinhos baixos atrás de mim.

— VOCÊ ESTRAGOU MEU VALENTINO! — gritou enfurecida.

Estraguei mesmo e se reclamar, estrago mais outros vestidos com ou sem nome de santo!

— Fique calma Tanya — pediu o chefinho — Senhorita Swan, pegue algo para limpar.

Rapidamente encontrei um pano e entreguei a Tanya. Dei um sorrisinho de canto para somente ela ver. A loira estreitou os olhos, puta da vida. Literalmente.

— Desculpe-me mesmo senhorita Denali. Eu sou tão desastrada — me fiz de coitadinha.

— Ta. Ta — disse irritada — Agora suma da minha frente.

Levantei as mãos como quem se rende e caminhei para fora, recebendo um olhar de reprovação do senhor Cullen.

Fodam-se ele e a loira, porque quando eu quero ser ruim, eu sou.

[...]

As crianças gargalhavam de uma maneira tão gostosa e espontânea que era difícil não rir com eles. Estávamos todos juntos na salinha de cinema, tentando assistir um filme, mas as crianças insistiam em rir da cara de Tanya.

— Ai Isa! Você foi demais — elogiou-me Lily.

— Só tem a cala de santinha — comentou Liam.

— Queria ter feito aquilo — disse Melanie — Vocês viram a cara dela? Parecia uma panela de pressão prestes a explodir!

E riram mais uma vez.

— Mas Isa, porque você fez aquilo? — indagou Peter.

Todos pararam de rir, me encarando com a mesma pergunta no olhar. Suspirei.

— Eu escutei o que ela falou na cozinha — confessei — Eu não acredito que a aquela mulher com carinha de anjo pode ser tão cruel!

Eles baixaram a cabeça, menos Melanie que fez uma carranca.

— Agora você entende porque não a queremos perto do papai — murmurou Lily — Ela é cruel e fútil, além de querer roubar nosso pai.

— Mais do que já é roubado — completou Peter.

Passei a mão na cabeça dos dois.

— Entendo o quão é difícil isso, mas um dia o papai acorda e ver que ela não é a mulher certa e que vocês são as coisas mais importantes que ele deveria ter. Enquanto esse dia não chega, eu vou estar sempre aqui com vocês... Aprontando todas — sorri diabólica.

Todos riram e Lily me abraçou, sendo acompanhada de Peter e Liam.

— Eu te amo, Isa — murmurou Lily.

— Nós também — disse Liam e Peter assentiu.

Senti uma lágrima tímida, escorrer pelo meu rosto.

— Eu também amo vocês — murmurei.

Olhei para Melanie que assistia tudo caladinha. Quando viu que eu a olhava, baixou os olhos para as mãos.

— Tem um lugarzinho para você aqui também Melanie — chamei-a com a mão.

Timidamente, ela se aproximou de mim e se aconchegou em meu colo. Sorri com mais esse avanço.

— Eu amo todos vocês, sem exceção. Mesmo com pouco tempo de convívio, cada um tem um lugar especial no meu coração — beijei suas cabeças — E eu não vou deixar ninguém machucá-los.

E não deixaria mesmo. Não haveria Tanya Denali nem Edward Cullen que me afastassem dos meus pequenos. Enquanto eles me quisessem, eu estaria aqui.

[...]

— Bella, eu estou sem palavras — falou Anne com os olhos levemente arregalados — Nunca pensei que Tanya poderia ser tão má assim.

Suspirei. Eu tinha contado tudo que tinha escutado a Anne.

— Nem eu. Aquela mulher só tem cara de anjo mesmo. Nem sei do que ela pode ser capaz — falei com certa preocupação.

Anne afagou minha mão e eu a olhei, notando o sorriso tranquilador que ela mantinha no rosto.

— Não se preocupe com isso, menina! O que importa é que agora você está aqui com eles, tornando o mundinho deles mais colorido. Olha que amor — apontou para as crianças que brincavam alegremente no jardim — Faz tempo que eu não vejo alegria por aqui, sabe? Você os faz tão bem, Bella!

Sorri um pouco abobada com as palavras.

— Assim a senhora me deixa sem jeito, dona Anne — nós rimos — Mas, mudando de assunto um pouco, o que achou da noite de ontem? O George ainda dá um bom caldo? — levantei as sobrancelhas sugestivamente.

Anne riu e corou um pouco. Cena adorável!

— Vocês jovens e seu vocabulário estranho — balançou a cabeça — O George é um homem muito bom, Bella. O conheço há tempos. Somos bons amigos, apenas isso.

— Não pensa mais em se casar não, Anne? Olha que cinquenta anos não é muito velha não.

Ela suspirou, olhando para o céu.

— Desde que meu amado se foi, eu não penso muito nessas coisas, sabe? Foram trinta anos das nossas vidas juntos. Temos três filhos e dois netos lindos, e isso para mim basta, entende?

— Claro, mas, não se esqueça: nunca é tarde demais para amar.

Ela sorriu.

— Tem razão, minha menina. Nunca se é tarde demais. Para nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do capítulo?
Sintam-se seduzidos pela caixa abaixo para me dizer!
Até a próxima ;D!