Essence of Time escrita por Seraphina Morgenstern


Capítulo 26
And... it's screwed.




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Annabeth acordou com um pulo.

Grover sacudia seu ombro.

– O caminhão parou. – Disse ele. – Achamos que eles vêm checar os animais.

– Escondam-se! – Thalia falou baixinho.

Para Annabeth foi fácil. Pôs na cabeça seu boné mágico e, quando olhou para baixo, tinha desaparecido. Grover e Thalia mergulharam atrás dos sacos de ração, e Annabeth foi para o lado deles.

As portas da carreta se abriram com um rangido. A luz e o calor do sol entraram.

– Cara! – Disse um dos caminhoneiros, abanando a mão na frente do nariz feio. – Queria estar transportando eletrodomésticos. – Ele trepou para dentro e despejou um pouco d’água nas vasilhas dos animais.

– Com calor, garotão? – Perguntou ao leão, e então esvaziou o resto do balde direto na cara do animal. O leão rugiu de indignação.

– Certo, certo, certo. – Disse o homem.

Ao lado Thalia, que estava ao lado de Annabeth, embaixo dos sacos de nabos, Grover se retesou. Para um herbívoro amante da paz, ele parecia absolutamente sanguinário. O caminhoneiro jogou um saco meio esmagado de McLanche Feliz para o antílope. E arreganhou um sorriso para a zebra:

– Tudo em cima, Listradona? Ao menos nos livraremos de você nesta parada. Gosta de shows de mágica? Vai adorar este. Vão serrar você no meio!

A zebra, com os olhos arregalados de medo, olhou diretamente para Annabeth, que sentiu seu coração se apertar de raiva e pena.

Annabeth, depois de tanto tempo, ouvir a voz de Percy quase conseguiu expulsar toda a tristeza que sentia pela zebra. Bata na lateral do caminhão com os nós dos dedos. Vai fazer esse cara sair.

Annabeth assentiu para o vento e começou a bater: toque-toque-toque.

O caminhoneiro que estava dentro, com eles, gritou:

– O que você quer, Eddie?

Uma voz do lado de fora – deve ter sido a de Eddie – gritou volta:

– Maurice? O que você disse?

Annabeth teve uma sensação estranha, e se perguntou se Percy estava enrijecendo dentro de sua cabeça, mas ele não disse nada.

– Por que está batendo?

Toque-toque-toque.

De fora, Eddie gritou:

– Quem está batendo?

O cara, Maurice, revirou os olhos e voltou para fora, xingando Eddie por ser tão idiota.

Qual o problema com o tal de Eddie?, Annabeth perguntou.

Nada, é só..., Percy hesitou. Ele me lembra alguém que eu conhecia.

Annabeth decidiu não perguntar. Já havia aprendido da pior forma que era melhor deixar Percy falar as coisas para ela ao invés de tentar descobri-las.

Annabeth tirou o boné e se curvou ao lado de Thalia, dizendo:

– Esse negócio de transporte não deve ser legal.

– Mentira? – Disse Grover. Ele fez uma pausa, como se estivesse escutando. – O leão diz que esses caras são contrabandistas de animais! A zebra diz que é verdade. Temos de libertá-los! – Grover olhou para Thalia, esperando um comando, e, hesitante, Annabeth fez o mesmo.

Dois minutos depois, a zebra disparou para fora.

Grover ergueu as mãos e disse algo a ela em sua fala de bode, como uma bênção. No momento em que Maurice enfiava a cabeça para verificar que barulho era aquele lá dentro, a zebra saltou por cima dele para a rua. Houve berros, gritos e carros buzinando.

O grupo correu para as portas da carreta a tempo de ver a zebra galopando por uma avenida ladeada por hotéis, cassinos e letreiros de néon. Eles tinham acabado de soltar uma zebra em Las Vegas.

Maurice e Eddie correram atrás dela, com alguns policiais correndo atrás deles e gritando:

– Ei! Vocês precisam de permissão para isso!

– Agora seria um bom momento para dar o fora. – Sugeriu Annabeth.

– Primeiro os outros animais. – Disse Grover.

Annabeth cortou as trancas com sua faca. Grover ergueu as mãos e falou a mesma bênção de bode que usara para a zebra.

– Boa sorte. – Disse aos animais. O antílope e o leão dispararam para fora das jaulas e foram juntos para as ruas.

Alguns turistas gritaram. A maioria recuou e tirou fotos, provavelmente pensando que se tratasse de algum tipo de show de um dos cassinos.

– Os animais vão ficar bem? – Annabeth perguntou a Grover. – Quer dizer, o deserto e tudo...

– Não se preocupe. – Disse ele. – Eu lhes dei uma bênção de sátiro.

– O que quer dizer isso?

– Quer dizer que chegarão à floresta em segurança. – Disse ele. – Encontrarão água, comida, sombra, e o que mais precisarem até acharem um lugar seguro para viver.

– Por que você não pode fazer uma oração dessas para nós? – Thalia perguntou.

– Só funciona com animais.

– Então só iria afetar Thalia – Ponderou Annabeth.

– Ei! – Thalia protestou, mas não parecia com raiva.

– Brincadeirinha. – Sorriu Annabeth. – Venha. Vamos sair desse caminhão imundo.

Eles cambalearam para fora, para a tarde do deserto. Fazia quarenta e três graus, fácil, e eles deveriam estar parecendo vagabundos fritos, mas todos estavam interessados demais nos animais selvagens para prestar muita atenção neles.

Passaram pelo Monte Carlo e pela MGM. Passaram por pirâmides, por um navio pirata e pela Estátua da Liberdade, que era uma réplica bem pequena, mas ainda assim deixou Annabeth com estranhas saudades de casa. De certo modo, saber que Thalia, Luke e Percy fugiram de casa a tornou muito mais consciente do quanto estava exagerando em relação ao pai.

E ela entende o que eu disse dias atrás!

Se Annabeth não estivesse tão feliz em ouvir a voz de Percy depois de tanto tempo, o teria mandado calar a boca.

Annabeth não sabia muito bem o que o trio estava procurando. Talvez apenas um lugar para fugir do calor por alguns minutos, achar um sanduíche e um copo de limonada, bolar um novo plano para chegar ao oeste.

Provavelmente, eles entraram numa rua errada (foi culpa de Thalia), pois chegaram a um beco sem saída, em frente ao Hotel e Cassino Lótus. A entrada era uma enorme flor de néon, as pétalas acendendo e piscando. Ninguém entrava nem saía, mas as reluzentes portas cromadas estavam abertas, espalhando ar condicionado com cheiro de flores — flor de lótus, quem sabe. Annabeth nunca cheirara uma, por isso não tinha certeza.

O porteiro sorriu para eles.

– Ei, crianças. Vocês parecem cansados. Querem entrar e sentar?

Annabeth tinha aprendido a ser ainda mais desconfiada, mais ou menos na última semana. Imaginava que qualquer um poderia ser um monstro ou um deus. Não dava para saber. Mas aquele cara era normal. Era só olhar. Além disso, Annabeth ficou tão aliviada de ouvir alguém que parecia simpático que assentiu e disse que eles adorariam entrar. Dentro, deram uma olhada em volta e Grover disse:

– Uau.

O saguão inteiro era uma sala de jogos gigante. E Annabeth não está falando de joguinhos vagabundos como o velho Pac-Man ou os caça-níqueis. Havia um toboágua serpenteando em volta do elevador de vidro, que subia pelo menos quarenta andares. Havia uma parede de escalada ao lado de um edifício, e uma ponte interna para bungee jump. Trajes de realidade virtual com pistolas laseres que funcionavam. E centenas de videogames, cada qual do tamanho de uma tevê widescreen. Basicamente, o que você disser, o lugar tinha. Havia algumas outras crianças jogando, mas não muitas. Não havia espera para nenhum dos jogos. Garçonetes e lanchonetes estavam por toda parte, servindo todo tipo de comida que se possa imaginar.

– Ei! – Disse um mensageiro. Pelos menos Annabeth achou que fosse um mensageiro. Usava uma camisa havaiana branca e amarela com desenhos de lótus, short e sandálias de dedo. – Bem-vindos ao Cassino Lótus. Aqui está a chave do seu quarto.

Annabeth gaguejei:

– Ahn, mas...

– Não, não. – Disse ele, rindo. –A conta já foi paga. Sem taxas extras, sem gorjetas. Vocês só precisam subir para o último andar, quarto 4001. Se precisarem de alguma coisa, como mais espuma para a banheira quente ou alvos para tiro ao prato, ou o que for, é só ligar para a recepção. Aqui estão os seus cartões GranaLótus. Eles funcionam nos restaurantes e em todos os jogos e brinquedos.

Ele entregou a cada um do grupo um cartão de crédito de plástico verde. Annabeth sabia que devia haver algum engano. Obviamente ele pensara que eles eram crianças milionárias. Mas pegou o cartão e disse:

– Quanto tem aqui?

Ele juntou as sobrancelhas.

– O que quer dizer?

– Quero dizer quanto temos de crédito?

Ele riu.

– Ah, é uma piada. Ei, legal. Aproveitem sua estada.

Eles subiram de elevador e conferiram seu quarto. Era uma suíte com três dormitórios separados e um bar cheio de doces, refrigerantes e salgadinhos. Uma linha direta para o serviço de quarto. Toalhas fofas e camas d'água com travesseiros de penas. Uma televisão enorme com satélite e Internet banda larga. A varanda tinha sua própria banheira quente e, de fato, uma máquina de lançar pratos e uma espingarda – dava para lançar pombos de louça sobre a paisagem de Las Vegas e acertá-los com a espingarda.

Annabeth não entendeu como aquilo poderia ser permitido, mas, lá no fundo, achou muito legal. A vista para a Vegas Boulevard e o deserto era maravilhosa, muito embora ela duvidasse que eles teriam tempo para admirar a paisagem com um quarto como aquele.

– Ah, Zeus. – Disse Thalia. – Este lugar é...

– Maravilhoso. – Completou Grover. – Supermaravilhoso.

Havia roupas no armário, e cabiam neles. Annabeth franziu a testa (gesto recebido com uma careta por parte de Thalia), achando um pouco estranho. Thalia jogou a mochila de Ares na lata de lixo. Não precisaria mais daquilo. Quando fossem embora, poderia comprar uma nova loja do hotel.

Annabeth tomou um banho, o que foi uma sensação ótima depois de uma semana de viagem suja. Trocou de roupa, comeu um saco de salgadinhos, bebeu três Cocas e não se sentia tão bem havia muito tempo. Bem no fundo da cabeça, uma vozinha a incomodava. Annabeth tivera um sonho, ou coisa assim... Precisava falar com seus amigos. Mas certamente aquilo podia esperar.

Saiu do quarto e viu que Thalia e Grover também tinham tomado banho e trocado de roupa. Grover estava comendo batatinhas até se fartar, enquanto Thalia assistia +Velozes +Furiosos na TV.

– Certo, eu sei que esse filme é demais – Annabeth disse a ela –, mas você poderia ligar no National Geographic?

Thalia a encarou.

– Está maluca?

– O quê? – Annabeth deu de ombros – É interessante.

– Eu me sinto bem. – Disse Grover. – Adoro este lugar.

Sem que ele se desse conta, as asas apareceram nos seus tênis e o suspenderam a trinta centímetros do chão, depois o desceram de novo.

– Então, o que fazemos agora? – Perguntou Annabeth. – Dormimos?

Grover e Thalia se entreolharam e sorriram. Ambos ergueram seus cartões GranaLótus de plástico verde.

– Hora do recreio. – Falou Thalia com uma sorriso malicioso.

Annabeth não conseguia se lembrar da última vez em que se divertira tanto. Ela vinha de uma família relativamente pobre, sendo seu pai um professor e sua madrasta uma dona de casa. Para eles, esbanjar era comer fora no Burger King e alugar um vídeo. Um hotel cinco estrelas em Vegas? Nem pensar.

Annabeth pulou de bungee-jump no saguão cinco ou seis vezes, andou no toboágua, fez snowboard na rampa de neve artificial, e então viu: um Sim enorme em 3D, no qual você podia construir sua própria cidade e realmente ver os edifícios holográficos subirem no tabuleiro. Os outros não deram muita atenção para esse, mas Annabeth adorou. Viu Thalia jogando lasertag e atirador de elite do FBI em realidade virtual. Viu Grover algumas vezes, indo de jogo em jogo. Ele tinha gostado mesmo daquela coisa do caçador às avessas — em que os cervos saem e atiram contra os caipiras.

Annabeth não sabia muito bem quando percebeu que algo estava errado.

Provavelmente, foi quando reparou no cara que estava em pé ao seu lado no jogo dos atiradores de elite virtuais. Tinha cerca de treze anos, provavelmente, mas suas roupas eram esquisitas. Annabeth achou que fosse filho de algum dublê do Elvis Presley. Usava jeans boca de sino e uma camiseta vermelha com enfeites pretos, e o cabelo era cacheado e cheio de gel, como o de uma garota de New Jersey em noite de reunião de ex-alunos.

Ele estava brincando num jogo de atiradores ao lado do jogo de Annabeth, e disse:

– Joinha, bicho. Estou aqui há duas semanas e os jogos estão cada vez melhores.

Joinha, bicho?

Mais tarde, enquanto conversavam, Annabeth disse que alguma coisa era "irada" e ele a olhou meio surpreso, como se nunca tivesse ouvido a palavra ser usada daquele jeito antes. Disse que seu nome era Darrin, mas assim que Annabeth começou a fazer perguntas ele se aborreceu e fez menção de voltar para a tela do computador.

Annabeth disse:

– Ei, Darrin?

– O quê?

– Em que ano estamos?

Ele franziu a testa para ela.

– No jogo?

– Não. Na vida real.

Ele precisou pensar.

– Mil novecentos e setenta e sete.

– Não. – Annabeth falou, começando a ficar um pouco assustada. – De verdade.

– Ei, bicho. Vibrações ruins. Estou no meio de um jogo.

Depois disso ele a ignorou totalmente. Annabeth começou a falar com as pessoas e descobriu que não era fácil. Elas estavam grudadas na tela da tevê ou no videogame ou no que fosse. Achou um cara que lhe disse que era 1985. Outro cara disse que era 1993. Todos alegavam não estar ali há muito tempo, alguns dias, algumas semanas no máximo. Realmente não sabiam, nem se importavam com isso.

Então lhe ocorreu: havia quanto tempo Annabeth estava ali? Pareciam apenas algumas horas, mas seriam mesmo?

Foi quando ouviu, lá longe em sua cabeça, no meio de uma densa névoa, uma voz lhe chamar: Annabeth! Annabeth! Acorde! Você tem que sair daí! Annabeth!

Annabeth tentou se lembrar por que eles estavam ali. Iam para Los Angeles. Deveriam encontrar a entrada para o Mundo Inferior. Aquela voz... por um momento apavorante, tive dificuldade de lembrar o nome dela. Percy. Percy. Ele a estava chamando. Estava tentando ajudá-la. E Annabeth... ela precisava impedir Hades de desencadear a Terceira Guerra Mundial.

Annabeth achou Thalia ainda atirando em uns caras:

– Morram, malditos alemães! – Ela gritava. Annabeth olhou, e notou que dessa vez era um jogo de Segunda Guerra Mundial, Call of Duty 2.

– Vamos. – Annabeth disse a ela. – Precisamos sair daqui.

Nenhuma resposta.

– Thalia?

Ela ergueu os olhos, aborrecida.

– O quê?

– Escute. O Mundo Inferior. A nossa missão!

– Ora, vamos, Chase. Só mais alguns minutos.

– Thalia, há gente aqui desde 1977. Crianças que nunca cresceram. Quando você entra, fica para sempre.

– E dai? – Perguntou ela. – Você pode imaginar lugar melhor?

Annabeth agarrei o pulso dela e a arrancou do jogo.

– Ei! – Ela gritou e bateu em Annabeth, que sentiu um choque percorrer todo o seu corpo, mas ninguém sequer se incomodou em olhar. Estavam ocupados demais.

Annabeth a fiz olhar em seus olhos. Falou:

– Altura. Arranha-céu de trezentos andares, e você está caindo dele.

Aquilo mexeu com ela. Sua visão clareou.

– Ah, meu Zeus. – Falou. – Há quanto tempo nós...

– Não sei, mas temos de encontrar Grover.

Elas saíram à procura dele, e o encontraram ainda jogando Caçador de Cervos Virtual.

– Grover! – Gritaram juntas.

Ele disse:

– Morra, ser humano! Morra, pessoa tola e poluente!

– Grover!

Ele apontou a arma de plástico para Annabeth e começou a clicar, como se ela fosse apenas mais uma imagem na tela.

Annabeth olhou para Thalia e juntas elas pegarma Grover pelos braços e o arrastaram para longe. Os tênis voadores despertaram e começaram a puxar as pernas dele na direção oposta, enquanto ele gritava:

– Não! Acabei de passar de nível! Não!

O mensageiro do Lótus correu até o grupo.

– E então, estão prontos para os seus cartões platinum?

– Estamos indo embora. – Annabeth disse a ele.

– Que pena. – Disse ele, e Annabeth teve a sensação de que ele estava sendo sincero, de que iriam despedaçar seu coração partindo. – Acabamos de anexar um novo andar cheio de jogos para portadores de cartões platinum.

Ele mostrou os cartões, e Annabeth queria um. Sabia que, se pegasse jamais iria embora. Ficaria ali, feliz para sempre, jogando para sempre, e logo esqueceria Percy, e sua missão, e talvez até seu próprio nome. Ficaria jogando Construa Sua Cidade com o bicho-joinha-Darrin-Discoteca ao lado para sempre.

Grover estendeu a mão para o cartão, mas Thalia puxou o braço dele e disse:

– Não, obrigada.

Foram andando em direção à porta, e quando fizeram isso, o cheiro de comida e os sons dos jogos pareceram ficar mais e mais convidativos. Annabeth pensou no quarto deles lá em cima. Podiam só passar a noite, dormir em uma cama de verdade para variar...

Então dispararam pelas portas do Cassino Lótus e saíram correndo pela calçada. Imediatamente, ouviu a voz de Percy gritando em sua cabeça:

Maldita cabeça de bagre, a pessoa mais burra que já conheci, cérebro de mosquito, jumenta filha de uma...

Hey!, Annabeth chamou. Eu estou ouvindo, sabe?

Eu não estou nem aí! Não muda que você é uma... Não, espere. Annabeth? Você pode você me ouvir?, ele não soava mais com raiva, mais como esperançoso.

Annabeth sorriu com carinho enquanto corria.

Sou eu, seu idiota.

A sensação fora do hotel era de meio de tarde, mais ou menos a mesma hora que haviam entrado no cassino, mas algo estava errado. O tempo mudara completamente. Estava tempestuoso, com raios de calor relampejando no deserto.

A mochila de Ares estava pendurada no ombro de Thalia, o que era estranho, pois Annabeth tinha certeza de que Thalia a jogara na lata de lixo do quarto 4001. Mas naquele momento eles tinha outros problemas com que me preocupar.

Annabeth correu para o jornal mais próximo e leu o ano primeiro. Graças aos deuses, era o mesmo ano de quando entraram. Então reparou na 20 de junho.

Eles tinham ficado no Cassino Lótus por cinco dias.

Restava só um dia até o solstício de verão. Um dia para completar a missão.

E..., Percy murmurou. Ferrou.


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Notas finais do capítulo

Fiz aquilo de novo: escrevi domingo, programei e só está postando agora (Muahahahahahahahaha). Eu espero que tenham gostado do capítulo. Finalmente, estamos indo para o capítulo 17 do livro (vitória!), mas só no próximo.

Cometários, favoritos e recomendações bem-vindos! (eu acho que eu mereço, e, além disso, o Percy adoraria vocês!)

Seven kisses for you!