Essence of Time escrita por Seraphina Morgenstern


Capítulo 24
Waterland




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Quando os três encontraram o parque aquático, o sol estava se pondo atrás das montanhas. A julgar pela placa, ele outrora se chamara AQUALÂNDIA, mas agora algumas letras haviam sido arrancadas, então ela dizia AQU L D A.

O portão principal estava fechado com cadeado e tinha no alto arame farpado. Dentro, enormes escorregadores, tubos e canos se retorciam por toda parte, secos, desembocando em piscinas vazias. Velhos ingressos e folhetos subiam do asfalto com o vento. Com a noite chegando, o lugar parecia triste e arrepiante.

– Se Ares traz a namorada aqui para um encontro – disse Annabeth, olhando para o arame farpado – não ia gostar de ver como é a aparência dela.

– Annabeth. – Advertiu Grover – tenha mais respeito.

– Por quê? – Ela olhou para Thalia. - Pensei que você detestasse Ares.

– Ainda assim, ele é um deus. – Thalia respondeu com uma careta. - E a namorada dele é muito temperamental.

– Não queremos ofendê-la. – Acrescentou Grover.

– Quem é? Equidna?

– Não, Afrodite. – Disse Grover, um pouco sonhador. – A deusa do amor.

– Pensei que ela fosse casada com Hefesto. – Disse Annabeth.

– E daí? – Perguntou ele.

– Ah.

Ah, mudem de assunto, pelo amor de Zeus!, gemeu Percy.

Thalia quase sorriu.

– Então, como fazemos para entrar?

– Maia! — Os tênis de Annabeth criaram asas.

Ela voou por cima da cerca, deu um mortal involuntário no ar, depois pousou cambaleando no lado oposto. Sacudiu o pó dos seus jeans, como se tivesse planejado tudo aquilo. Provavelmente tinha praticado enquanto Thalia não estava olhando...?

Thalia, só admita que ela é inteligente.

Thalia fez uma careta.

– Vocês vêm?

Thalia e Grover tiveram de escalar à moda antiga, empurrando o arame farpado um para o outro enquanto se arrastavam por cima do topo.

As sombras se alongaram enquanto caminhávamos pelo parque, conferindo as atrações. Havia a “Ilha dos Pequeninos”, o “Por cima da Cabeça” e o “Cara, Cadê o Meu Calção?”. Nenhum monstro chegou para pegá-los. Nada fazia o menor barulho.

Eles encontraram uma loja de lembrancinhas que fora deixada aberta. Ainda haviam mercadorias enfileiradas nas prateleiras: globos de neve, lápis, cartões-postais, e prateleiras de...

– Roupas. – Disse Thalia. – Roupas limpas.

– É. – Annabeth completou. – Mas você não pode simplesmente...

– Observe.

Thalia agarrou uma fileira inteira de artigos das prateleiras e entrou no provador. Não poderia desperdiçar a oportunidade de se trocar, mesmo que fosse ficar com algumas coisas (até parece que ela deixaria seus fiéis coturnos para trás!). Poucos minutos depois saiu vestindo a mesma calça rasgada, uma grande camiseta vermelha da Aqualândia por baixo da jaqueta de couro preta e suas botas. Pendurada no ombro, uma mochila da Aqualândia, obviamente recheada de outras coisinhas.

– Ora, que se dane. – Grover encolheu os ombros.

Logo os três pareciam anúncios ambulantes do parque temático fantasma.

Eles continuaram procurando pelo Túnel do Amor. Thalia tinha a sensação de que o parque inteiro estava prendendo a respiração.

– Então Ares e Afrodite – Annabeth falou de repente – estão tendo um caso?

– É uma fofoca velha, Chase. – Disse Thalia. – Uma fofoca de três mil anos.

– E o marido de Afrodite?

– Bem, você sabe – disse ela. – Hefesto. O ferreiro ficou aleijado quando bebê, atirado de cima do Monte Olimpo por Zeus. Então não é exatamente lindo. Habilidoso com as mãos e tudo, mas Afrodite não curte inteligência e talento, entende?

– Ela gosta de motoqueiros.

– Ou isso.

– Hefesto sabe?

– Ah, com certeza. – Disse Grover. – Uma vez ele os pegou juntos. Quer dizer, pegou mesmo, em uma rede de ouro, e chamou todos os deuses para ver e rir da cara deles. Hefesto está sempre tentando constrangê-los. É por isso que eles se encontram em lugares escondidos, como...

Ela se interrompeu, olhando em frente.

– Como aquilo.

Diante deles havia uma piscina vazia que teria sido sensacional para andar de skate. Tinha pelo menos cinquenta metros de largura e forma de bacia. Em volta da beira, uma dúzia de estátuas de Cupido montavam guarda de asas abertas e arcos prontos para disparar. Do outro lado abria-se um túnel, provavelmente para onde a água escoava quando a piscina estava cheia. A placa acima dele dizia: EMOCIONANTE PASSEIO DE AMOR: ESTE NÃO É O TÚNEL DO AMOR DOS SEUS PAIS!

Grover se arrastou até a borda.

– Gente, olhe.

Abandonado no fundo da piscina havia um barco de dois lugares rosa e branco, com coraçõezinhos pintados por toda parte. No assento da esquerda, brilhando na luz pálida, estava o escudo de Ares, um círculo polido de bronze.

– Fácil demais. – Disse Grover. – Então é só descer até lá e pegá-lo?

Annabeth correu os dedos pela base da estátua de Cupido mais próxima.

– Há uma letra grega entalhada aqui. – Disse ela. – Eta. Imagino...

– Grover – Thalia falou – sente cheiro de algum monstro?

Ele farejou o vento.

– Nada.

– Nada do tipo no-Arco-você-não-sentiu-o-cheiro-de-Equidna ou realmente nada?

Grover pareceu ofendido.

– Disse a você, aquilo foi num subterrâneo.

– Certo, desculpe. – Thalia respirou fundo. – Vou descer até lá.

– Vou com você. – Grover não pareceu muito entusiasmado, mas Thalia teve a impressão de que ele estava tentando compensar pelo que acontecera em St. Louis.

– Não. – Disse a ele. – Quero que fique no alto com os tênis voadores de Annabeth. Vou contar com você para dar apoio, caso alguma coisa dê errado.

Grover estufou um pouco o peito.

– Claro. Mas o que poderia dar errado?

– Não sei. Só uma sensação. Annabeth, você vem comigo.

Annabeth a encarou com os lábios franzidos. Ridícula.

Thalia, Percy repreendeu. Lembra do que conversamos?

Thalia de repente se sentiu a irmã mais nova, e queria retrucar como uma criança, mas ficou quieta.

Annabeth disse:

– Não seria mais fácil se eu ficasse aqui com os meus sapatos voadores? Por que eu tenho que dá-los para Grover.

Thalia a encarou, obrigando-se a manter a calma.

– Vai matar você deixá-los com Grover? – Perguntou. – Ou você está com medo de descer lá embaixo, princesa?

Ai, disse Percy baixinho. Essa doeu até em mim.

As bochechas de Annabeth ficaram num tom vermelho vivo, de vergonha ou raiva, Thalia não sabia. Ela se abaixou e começou a desamarrar os sapatos murmurando algo que não importava o suficiente para Thalia para que ela prestasse atenção, e, depois que terminou e deu os sapatos para Grover, desceu a borda da piscina com Thalia.

Elas chegaram ao barco. O escudo estava apoiado em um banco e ao lado havia um lenço feminino de seda. Thalia tentou imaginar Afrodite ali, um casal de deuses se encontrando em um brinquedo de parque de diversões sucateado. Por quê? Então notou algo não tinha visto de cima: espelhos por toda a volta da borda da piscina, voltados para aquele ponto.

Thalia e Annabeth podiam ver a si mesmas, não importa em que direção olhassem. Tinha de ser isso. Enquanto Ares e Afrodite estavam se agarrando, podiam ver suas pessoas favoritas: eles mesmos. Thalia pegou o lenço. Era rosa e emitia um brilho rosado, mas isso foi tudo o que Thalia notou antes de enfiá-lo no bolso.

– O que você está fazendo? – Perguntou Annabeth, tendo visto a ação.

– Apenas pegue o escudo, Chase, e vamos dar o fora daqui.

No momento em que Annabeth tocou o escudo, Thalia viu que estavam encrencadas. A mão de Annabeth arrebentou algo que o conectava ao para-brisa. Uma teia de aranha, Thalia pensou, mas então olhou para um fio invisível na palma de Annabeth e viu que era algum tipo de filamento metálico, tão fino que era quase invisível. Uma armadilha.

– Espere. – Disse Annabeth.

– Tarde demais.

– Há uma outra letra grega na lateral do barco, um outro eta. Trata-se de uma armadilha.

Um ruído irrompeu a sua volta, um milhão de engrenagens rangendo, como se a piscina inteira estivesse se transformando em uma máquina gigante.

Grover gritou:

– Gente!

Lá em cima na borda, as estátuas de Cupido armavam os arcos, antes que Thalia pudesse sugerir que se abaixassem, dispararam, mas não contra Thalia e Annabeth. Dispararam uma contra a outra, atravessando a piscina. Cabos de seda foram levados pelas flechas, fazendo um arco por cima da piscina e fincando-se no chão para formar um imenso asterisco dourado. Então fios metálicos menores começaram a se tecer magicamente por entre os principais, formando uma rede.

– Temos de dar o fora. – Disse Thalia.

– Ah, é mesmo? – Respondeu Annabeth.

Thalia agarrou o escudo e elas correram, mas subir pela inclinação da piscina não era tão fácil quanto descer.

– Venham! – Gritou Grover.

Ele estava tentando manter uma seção da rede aberta para Thalia e Annabeth, mas onde quer que a tocasse, os fios dourados começavam a envolver suas mãos.

A cabeça dos Cupidos se abriu de repente. De lá, saíram câmeras de vídeo. Luzes se ergueram por toda a volta da piscina, cegando-as com a claridade, e um alto-falante soou:

– Ao vivo para o Olimpo em um minuto... Cinquenta e nove segundos, cinquenta e oito...

– Hefesto! – Gritou Annabeth. – Como eu sou estúpida! Eta é “H”. Ele fez essa armadilha para pegar a mulher dele com Ares. Agora vamos ser transmitidos ao vivo para o Olimpo e parecer completos idiotas!

Estavam quase conseguindo chegar à borda quando a fileira de espelhos se abriu como escotilhas e milhares de... coisinhas metálicas jorraram para fora.

Annabeth gritou.

Era um exército de bichos rastejantes de corda: corpo de engrenagens de bronze, pernas compridas e finas, bocas em pequenas pinças, todos correndo em nossa direção em uma onda de estalando e zumbindo.

– Aranhas! – Disse Annabeth. – Ar... ar... aaaaaaaah!

Ela sempre fora uma ridícula, mas Thalia nunca a tinha visto daquele jeito. Annabeth caiu para trás, aterrorizada e quase se rendeu às aranhas-robôs antes que Thalia a puxasse para cima e a arrastasse de volta em direção ao barco.

Aquelas coisas vinham de todos os lados, milhões delas, inundando o centro da piscina, cercando-as completamente. Thalia disse a si mesma que não estavam programadas para matar, apenas para encurralá-las, mordê-las e fazê-las parecer idiotas, mesmo que Thalia realmente não quisesse parecer uma idiota para Zeus. Mas, por outro lado, era uma armadilha para deuses. E Thalia e Annabeth não eram deusas.

Thalia e Annabeth subiram para dentro do barco. Thalia começou a chutar as aranhas para longe quando se acumulavam a bordo. Gritou para Annabeth ajudar, mas ela estava paralisada demais para fazer qualquer coisa além de gritar.

– Trinta, vinte e nove... – Anunciou o alto-falante.

As aranhas começaram a cuspir fios de metal, tentando amarrar Thalia e Annabeth. De início os fios eram fáceis de romper, mas havia muitos deles, e as aranhas simplesmente continuavam a chegar. Thalia tirou uma da perna de Annabeth com um chute, e suas pinças arranharam o couro de sua bota.

Aranhas malditas.

Percy não falou nada, apesar da situação. Thalia queria gritar em voz alta para que ele dissesse alguma coisa, mas tentou acreditar que ele não estar dizendo nada era um sinal de que o que estava acontecendo não era tão ruim assim.

Grover pairava acima da piscina com seus tênis voadores, tentando soltar a rede, mas ela não cedia.

A entrada para o Túnel do Amor ficava embaixo da rede. Poderiam usá-la como saída, mas estava bloqueada por um milhão de aranhas-robôs.

– Quinze, catorze. – Anunciou o alto-falante.

Água, Percy disse de repente. De onde vem a água para o passeio, Thalia?

Então Thalia viu: enormes canos atrás dos espelhos, de onde tinham vindo as aranhas. E acima da rede, perto de um dos Cupidos, uma cabine com janelas de vidro que devia ser a estação de controle.

– Grover! – Gritou. – Entre naquela cabine! Encontre o botão de ligar!

– Mas...

– Faça isso! – Era uma esperança louca, mas era sua única chance. As aranhas já estavam por toda a proa do barco, Annabeth gritava sem parar. Thalia tinha de tirá-las dali.

Grover estava agora na cabine de controle, malhando os botões.

– Cinco, quatro...

Ele olhou para Thalia desamparado, antes de, surpreendendo até a si mesmo, apertou o botão certo.

– Dois, um, zero!

A água explodiu para fora dos canos. Entrou rugindo na piscina, varrendo as aranhas para longe. Thalia puxou Annabeth para ao lado do meu e prendi seu cinto de segurança bem quando a onda gigante atingiu o barco, de cima, expulsando as aranhas e encharcando as duas completamente, mas sem virar o barco. Ele girou, erguido pela inundação, e circulou no redemoinho.

A água estava cheia de aranhas em curto-circuito, algumas colidindo contra a parede de concreto da piscina com tamanha força que explodiam.

As luzes brilharam sobre Thalia e Annabeth. As câmeras dos Cupidos estavam transmitindo ao vivo para o Olimpo.

Mas Thalia só podia se concentrar em controlar o barco. Apertou as mãos nas bordas e usou seu peso para movê-lo para que ficasse afastado da parede. Pelo menos não se quebrou em um milhão de pedaços. Circularam uma última vez, e o nível da água já era quase suficiente para retalhar as garotas contra a rede de metal. Então o nariz do barco se virou para o túnel e elas dispararam como um foguete para dentro das trevas.

Thalia e Annabeth se seguraram com força, as duas gritando (Thalia jamais admitiria se alguém perguntasse) enquanto o barco se atirava em curvas e rodeava cantos e dava mergulhos de quarenta e cinco graus, passando por figuras de Romeu e Julieta e montes de outras bugigangas de Dia dos Namorados. Então estavam fora do túnel, o ar da noite assobiando em seus cabelos enquanto o barco seguia em alta velocidade para a saída.

Se o brinquedo estivesse em perfeito funcionamento, Thalia e Annabeth teriam navegado por uma rampa entre os Portões Dourados do Amor e caído em segurança na piscina de saída. Mas havia um problema. Os Portões do Amor estavam fechados com correntes. Dois barcos que haviam sido arrastados para fora do túnel antes delas estavam empilhados contra a barricada, um submerso e o outro partido ao meio.

– Solte seu cinto de segurança. – Thalia gritou para Annabeth.

– Está maluca?

– A não ser que queira morrer esmagada. – Thalia prendeu o escudo de Ares no braço. – Vamos ter de pular.

Sua ideia era simples e insana. Quando o barco colidisse, iriam usar a força do impacto como um trampolim para pular por cima do portão. Ela havia ouvido falar de pessoas que sobreviveram a desastres de automóvel desse jeito, lançadas a dez ou vinte metros de distância do acidente. Com sorte, cairiam na piscina.

Annabeth pareceu entender o plano sem perguntar.

– Quando eu der o sinal. – Thalia falou.

– Não! Quando eu der o sinal. – Corrigiu ela.

– O quê?

– Física básica! – Gritou Annabeth. – A força multiplicada pelo ângulo da trajetória...

– Está bem! – Gritou Thalia. – Quando você der o sinal!

Ela hesitou... hesitou... e então gritou:

– Agora!

Crack!

De má vontade, Thalia admitiu que Annabeth estava certa. Se tivessem pulado quando Thalia achava deviam, teriam se arrebentado contra os portões. Ela conseguiu o máximo de impulso.

Por azar, foi um pouco maior do que precisavam. Seu barco foi atirado na pilha e elas foram lançadas para o ar, por cima do portão, por cima da piscina, e na direção do asfalto duro.

Alguma coisa segurou Thalia por trás.

Annabeth gritou:

– Aaai!

Grover!

Em pleno ar, ele tinha agarrado Thalia pela camisa e a jaqueta, e agarrado Annabeth pelo braço, e tentava impedir que elas arrebentassem no chão, mas Thalia e Annabeth ainda estavam com toda a energia do impulso.

– Vocês são pesadas demais! – Disse Grover. – Estamos caindo!

Desceram em espiral, com Grover fazendo o que podia para reduzir a velocidade da queda.

Os três bateram contra um painel de fotografia. A cabeça de Grover entrou bem no buraco onde os turistas enfiavam a cara, fingindo ser Nu-Nu, a Baleia Camarada. Thalia e Annabeth desmoronaram no chão, machucadas, porém vivas. O escudo de Ares ainda preso ao braço de Thalia.

Depois que recuperaram o fôlego, Thalia e Annabeth tiraram Grover do painel e agradeceram a ele por salvar suas vidas. Thalia olhou para o Emocionante Passeio de Amor atrás deles. A água estava baixando. Seu barco em pedaços, esmagado contra os portões. A cem metros, na piscina de entrada do túnel, os Cupidos ainda filmavam. As estátuas tinham se virado de modo que as câmeras estavam apontadas para o trio, os holofotes em seus rostos.

– Acabou o show! – Thalia gritou. – Obrigada! Boa noite!

Os Cupidos voltaram às posições originais. As luzes se apagaram. O parque ficou novamente em silêncio e no escuro, a não ser pelo brilho fraco da água na piscina da saída do Emocionante Passeio de Amor. Thalia imaginou se o Olimpo estaria em um intervalo comercial, e se seus índices de audiência haviam sido bons.

Thalia detestava ser provocada. Detestava ser enganada. E tinha vasta experiência de lidar com gente que gostava de fazer isso. Thalia levantou o escudo em seu braço e se virou para os Grover e Annabeth.

– Precisamos ter uma conversinha com Ares.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou pronto na terça, mas eu já tinha postado um então eu programei para ser hoje, agora. Não me matem.

Gostaram do capítulo? Espero que sim.

Seven kisses for you!