Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 7
Eu acho que hoje...




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―Você sabe que poderia ter aparatado, não é mesmo?

― Olá, para você também, Draco! ― Hermione fechou a porta, molhando completamente o carpete onde estava. Largou a bolsa em qualquer lugar, e pegou a varinha. Com apenas um aceno, secou-se completamente.

― Como foi lá? ― o loiro arriscou, indo para a cozinha com Hermione, que acabava de chegar do Ministério da Magia.

― Foi melhor que eu esperava. Kingsley disse que não vou mais precisar sair por tanto tempo assim, e que acha melhor que agora eu fique com Harry e Rony. ― a morena pegou uma xícara do armário, enchendo-a com café ― a varinha lhe deixava seca, não aquecida.

― Segundo ele, vou atuar fora do Ministério apenas quando forem casos mais sérios, ou quando realmente precisarem de mim. Ele entende que Rose precisa de atenção, pelo menos até nos adaptarmos aqui. Foi gentil da parte dele.

― Concordo. ― Draco respondeu, se jogando no sofá. ― Isso torna mais fácil até para você contar para o Weasley, não é mesmo?

Hermione revirou os olhos, ignorando a pergunta do amigo. ― Por falar em Rose, onde ela está?

― Consegui fazer com que ela dormisse não faz muito tempo. Ela dá trabalho, sabia?! ― reclamou, enquanto Hermione caía na risada.

― Você fez Rose dormir? O quê? O que houve com seu charme, Malfoy? ― disse, entre risos.

― Ele está sendo usado demais, Granger. ― o loiro atirou os braços para trás do pescoço. ― Apenas isso.

― Quem é a garota da vez? ― Hermione soltou a xícara, agora vazia.

― Você vai conhece-la logo.

― Você disse isso das últimas cinco! E eu ainda estou esperando! ― os dois riram, e Draco se despediu, dando a breve desculpa que precisava se arrumar, fazendo Hermione entender logo que ele teria um encontro. Agradeceu por ele ter ficado com Rose, e apenas fechou a porta quando ele se foi.

Era preciso tomar alguns cuidados já que Hermione vivia em um bairro de trouxas. Ela sabia que alguns bruxos também residiam ali, mas o cuidado era sempre pouco. Ainda mais com sua vizinha, que lembrava, segundo Harry, a tia Petúnia.

Subiu até o quarto, trocando as roupas mais formais por algumas mais folgadas e deu uma espiadinha na filha, que realmente dormia. Se jogou no sofá assim que arrumou a bagunça que Draco e Rose haviam feito, e se viu pensando em Fred outra vez. Tinha que contar logo, e não somente para ele. Não se sentia bem mentindo para todos, mas não era tão fácil. Não podia apenas chegar dizendo que Rose era filha de Fred. Não era tão simples. Ou era, e Hermione era quem estava fazendo uma grande tempestade quando era apenas uma garoa que caía.

Suspirou ao pegar Bichento no colo, acariciando o pelo do gato gigante. Ficou assim por longos minutos, pensando e acariciando o bichano, que dormiu com as carícias. Quando deu por si, a filha já estava na sala.

―Mamãe!

― Oi, meu amor. ― Hermione trouxe a ruivinha para perto de si, devolvendo o abraço oferecido.

― Tio Draco já foi? ― ela perguntou, enquanto Bichento saía de perto das duas, ronronando.

― Já. Ele tinha um compromisso, e não podia ficar até você acordar. ― a morena arrumou alguns fios rebeldes nos cabelos de Rose, que indagava quando elas iriam ver os ‘’gêmos’’ outra vez.

― Gêmeos, meu amor. E eu acho que vamos vê-los hoje.


(...)


― Temos que levar Mack também, mamãe! Ela vai ficar triste...

― Meu amor, só vamos jantar lá. Você não acha que está levando coisa demais? ―Hermione apontou para o sofá, repleto de brinquedos que Rose insistia em levar, temendo que, se deixasse algum, eles se magoariam com ela.

― Eles vão ficar sozinhos, mamãe! ― argumentou a pequena, fazendo Hermione perceber que teria muito trabalho para convencê-la. E não só agora.

― O que acha de levarmos apenas Mack e mais algum? Tenho certeza de que Gina tem muitos brinquedos dos quais você vai gostar... E Teddy vai estar lá também.

― Sério? ― a ruiva fez biquinho, apertando a corujinha mais forte, enquanto Hermione assentia. ― Só a Mack está bom.



(...)

Assim que chegara n’ A Toca, Rose correu para a sala, pulando em Gina quando a viu. Hermione sorriu, cumprimentando a todos, e em seguida, seguiu para a cozinha, ajudando a Sra. Weasley com o jantar.

― O que foi Hermione? Está com uma carinha triste. ― Molly comentou, mexendo a panela. ― Kingsley deu alguma má notícia?

― Ah, não. Pelo contrário. Vou ficar em Londres por um bom tempo agora. Ele disse que tem uma vaga junto com Harry e Rony, e isso vai permitir que eu fique mais próxima da minha filha também. Ele está sendo muito bom nesses últimos dias.

― Que bom que não precisaremos de mais despedidas, então! ― a senhora sorriu. ― Mas, se não é isso, o que está acontecendo, querida?

― Só estou pensando. ― Hermione respondeu.

― Isso tem a ver com Rose, não é?! ― Molly virou-se para a morena, que desviou o olhar.

― Me sinto culpada por esconder isso há tanto tempo. Quer dizer, eu não faço ideia de como contar isso, mesmo sabendo que é errado esconder. Ele é o pai, tem todo o direito de saber disso. Mas, como é que eu falo para ele, para vocês, para o mundo, que Fred é o pai de Rose?

― Como é, Hermione? ― a morena se virou, encarando o ruivo que a encarava sério.


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