Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 58
St. Mungos




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Hermione sentia-se tonta, e todo seu corpo doía enquanto ela tentava, sem forças, abrir os olhos. Ao longe, escutava gritos e passos pesados, deixando-a ainda mais tonta quando finalmente conseguiu abrir os olhos para a nuvem de fumaça na qual se encontravam. Trêmula e tossindo, Granger tentou sentar, sentindo o corpo doer ainda mais.

— Harry? Ron? — murmurou, tentando assimilar os últimos minutos. Estavam conversando quando a explosão acontecera, ela não sabia se o corpo que havia visto voar janela a fora era real ou sua imaginação, e parte dela não queria descobrir. Levando a mão até os cabelos, descobriu um corte entre sua testa e o início do couro cabeludo, do lado direito da cabeça, e que parecia mais profundo que poderia ser em circunstâncias normais. Respirando o melhor que conseguira, levantou-se, apoiando o corpo em alguns escombros altos o suficiente para auxiliá-la. Murmurou ´´accio varinha´´ antes de sentir a madeira se encaixar entre seus dedos e fez um pequeno feixe de luz surgir na ponta dela, clareando alguns metros entre a fumaça.

Sem se afastar do que lhe mantinha em pé, Hermione usou a varinha para dissipar a poeira e tentar enxergar algo além de cinza, ouvindo outra explosão tão alta quanto a anterior. Chamou pelos amigos outra vez, agora um pouco mais alto e ouviu algo como um murmúrio vindo do outro lado da sala. Respirando fundo e sentindo suas pernas tremerem, Granger caminhou até a voz que descobriu ser de Harry, ajudando o amigo a se levantar. Ele estava caído ao lado da própria mesa, alguns arranhões espalhados pelo rosto e pelo corpo, mas nada grave.

— Ron? — a garota murmurou, sem resposta de Harry.

— Você está sangrando. — o moreno comentou preocupado.

— Estou bem. — Hermione respondeu, ignorando a dor que aumentava cada vez mais. — Precisamos encontrar Rony e...

— Estou aqui. — o ruivo chamou atenção, deitado embaixo dos destroços da janela, a perna esquerda presa entre o que havia sobrado da parede. — Hermione, você está...

— Estou bem. Precisamos tirar você daí.

— O que vocês acham que foi tudo isso? — Weasley questionou, fazendo uma careta e arfando de dor quando os amigos removeram os pedaços de concreto de cima de sua perna.

— Eu tenho uma suspeita. — a garota comentou, suspirando ao abaixar-se para olhar a perna de Rony, que sangrava devido ao corte feito com o peso.

— Se for o que eu estou pensando, Hermione...

— Eu disse que era perigoso, não disse? — a morena tirou o próprio casaco, rasgando a manga com a varinha e usando-a para estancar o sangue da perna de Rony — Você precisa ir para o hospital, precisamos parar esse sangramento e limpar antes que infeccione como da última vez, okay?

— Okay, doutora. — Rony riu, arrancando um sorriso de Hermione, que levantava com dificuldade.

— Engraçado, é a primeira vez que me chamam assim depois de um ano. — com a varinha, transfigurou uma cadeira jogada numa muleta para o amigo e ajudou Ronald a levantar, achando graça da expressão dos amigos. — O que vocês dois acham que eu estudei esses anos que fiquei fora?

— Você tinha viajado para trabalhar num caso com os elfos! — Rony justificou o espanto enquanto era ajudado pelos amigos.

— Enquanto estudava com outro medibruxos. Como acha que Draco e eu ficamos tão próximos, e por que acham que fiquei um ano a mais que o combinado?

— Você é uma caixinha de surpresas. — Harry suspirou quando eles finalmente saíram dos escombros do que uma vez era sua sala. Observando o caos instalado do lado de fora, empunhou a varinha novamente e olhou para a amiga, que parecia ainda pior na luz natural. — Vou levar Rony até o St. Mungos e avisar que muitas vítimas serão encaminhadas para lá, talvez fosse bom você...

— Vou ajudar quem estiver por aqui. Com sorte, temos suplementos para primeiros socorros e conseguiremos tratar os casos menos graves aqui no ministério. — Hermione interrompeu, prendendo o cabelo. — Leve Rony e avise os Weasleys, se o relógio de Molly ainda funciona, ela já deve estar morta de preocupação agora. Depois volte para cá e converse com King, conte a ele o que aconteceu e me encontre no hospital, poderemos conversar lá, vai ser mais seguro que qualquer outro lugar. — sem esperar por uma resposta, a morena saiu em direção ao tumulto, dando um último sorriso aos amigos antes dos dois aparatarem para o hospital, que ainda estava tranquilo. 

Sem muita demora, Harry encontrou Malfoy por um dos corredores, explicando-lhe a situação bem a tempo de dois feridos aparecerem na sala de espera, causando espanto e colocando as curandeiras para agir rapidamente. Alegando ter trabalho a fazer, Harry se despediu, voltando ao ministério a procura de Kingsley - o qual não demorou a encontrar.

— Potter, o que houve?

— Ainda não sabemos ao certo, King. Estávamos trabalhando quando a primeira explosão aconteceu e tudo desmoronou. — o moreno apertou a varinha entre os dedos, tentando acalmar as mãos que ainda tremiam. 

— Quantos feridos?

— Ainda não temos números. Levei Rony para o St. Mungos e avisei Draco, a emergência estava começando a receber as vítimas quando saí de lá. Hermione foi ajudar quem estava em estado menos grave, mas não sei como estamos até agora. 

— Vou evacuar todo o Ministério e vou pedir para os aurores em treinamento ajudarem no que for possível por aqui, enquanto isso, se você conseguir encontrar a senhorita Gran… — as palavras do ministro se perderam ao som de uma nova explosão, ainda mais forte que a segunda e que fez o andar inteiro tremer. Conjurando feitiços de proteção, Harry e Kingsley abaixaram-se, vendo mais destroços voarem por toda parte.

— Nos encontramos no hospital, Harry. — Kingsley decretou, assim que conseguiram levantar. — Nós três. 

(...)

— Hey.

— Graças a Merlin, é você! — Martha suspirou, apoiando as costas no que uma vez foi uma mesa. — Para ser sincera, achei que morreríamos sozinhas aqui.

— Ninguém vai morrer hoje, Martha. — Hermione respondeu, aproximando-se da colega de trabalho e abaixando-se para ajudá-la. — Como vocês estão?

— Com dor, Hermione. — os olhos verdes encontraram-se com da morena, e Hermione conseguia ver o medo presente neles. Forçando seu melhor sorriso, sussurrou:

— Vai ficar tudo bem, com vocês duas. Só o que precisamos fazer é sair daqui antes que o teto caia. — a garota tentou rir, segurando as mãos de Martha, que estava cada vez mais trêmula e pálida. — Se apoie em mim e vamos tentar levantar, okay? Com calma, mas vamos tentar.

— Eu não acho que eu consiga. Hermione, eu...

— Hey, isso não existe, okay? ´´Eu não consigo´´ está fora do seu vocabulário hoje. — voltando a ficar séria, Hermione passou a mão pelo rosto da colega, tirando um filete de sangue que ali escorria e tentando acalmá-la. — Eu sei o quanto isso está sendo assustador, mas vai dar tudo certo. Nós vamos fazer isso. — Martha assentiu, levantando-se com a ajuda de Granger, que sentiu o coração falhar uma batida ao ver a poça de sangue na qual estavam. Sem demonstrar emoção nenhuma, conjurou, por precaução, um feitiço de proteção sobre elas, caminhando o mais rápido que conseguiam até uma das lareiras mais próximas, parando no caminha inúmeras vezes por consequência das dores de Martha.

— Tem esse hospital trouxa... É perto de onde moramos e minha obstetra é de lá, e além disso, meu marido trabalha lá... Se pudéssemos...

— Claro. Segure-se em mim, okay?

— Hermione? — Martha chamou, suspirando antes deixar todo o peso cair em cima da garota. — Não deixe nada acontecer com meu bebê, promete?

— Prometo. — Hermione sussurrou antes de aparatar para o hospital, deixando Martha passar pela triagem antes de confundir algumas enfermeiras, pegando emprestado um jaleco branco e usando um rápido feitiço para ajustá-lo ao seu corpo, bordando o sobrenome Malfoy sobre o bolso e correndo para a sala onde a colega estava sendo atendida, enganando-os mais uma vez para conseguir ficar ali, ajudando no que podia enquanto garantia que ela não faria aquilo sozinha, afinal, as próximas horas seriam complicadas, complicadas até demais.


(...)


— Você ficou aqui esse tempo todo, sério?

— Eu prometi que não deixaria nada acontecer com vocês, só estou garantindo isso. — Hermione se aproximou da cama, segurando a mão de Martha.

— Obrigada. De verdade, eu achei que..

— Não pense mais nisso, tudo bem? Já passou, nós estamos bem longe de toda aquela bagunça e o que importa agora é que você está bem, que vocês estão bem. — Hermione sorriu, vendo as lágrimas brotarem nos olhos verdes da colega.  — Vocês duas foram guerreiras, sabia disso? Foi difícil, mas as duas estão bem, e apesar de ter que ficar aqui por ser prematura, vocês tem uma linda menininha.

— Eu posso chorar agora?

— Seu marido saiu daqui tem uns cinco minutos, então eu acho que você ainda tem um bom tempo para isso. — a morena apertou a mão de Martha com mais força, confortando-a enquanto via as lágrimas caírem sobre o rosto dela por longos minutos.

— Obrigada, Hermione, de verdade. — Martha sussurrou, assim que conseguiu se acalmar, sorrindo em seguida. — Mas eu preciso perguntar, desde quando você é médica? Quer dizer, existe alguma coisa nesse mundo que vocês não saiba fazer?

— Desde o estágio. — Hermione respondeu, rindo também. — E sim, tem muita coisa que eu não sei fazer. — as duas sorriram mais uma vez antes do marido de Martha entrar no quarto, agradecendo Hermione mais uma vez, que se despediu com um sorriso, prometendo voltar assim que conseguisse contornar a bagunça no Ministério.

Deixando o prontuário da colega da secretaria do andar, foi até o banheiro, conferindo se estava vazio antes de aparatar no St. Mungos, que já estava menos caótico que ela pensara estar. Prendendo os cabelos em um rabo de cabelo mais uma vez, caminhou até a sala de espera, ignorando a dor embaixo da costela esquerda, queimando como se duas facas a perfurassem ao mesmo tempo, e encontrando os Weasleys e Harry, que conversava com outros dois aurores e fazia algumas anotações. Respirando para acalmar a dor, foi até eles surpresa pela expressão de alivio da família assim que Gina exclamou seu nome em voz alta, correndo para abraçar a amiga.

— Onde você estava? — Gina questionou, assim que se afastou, observando-a. — Você está sangrando.

— Está tudo bem, o sangue não é meu. — Hermione respondeu, aproximando-se da família e sentindo Molly segurar sua mão. — Como está Ronald?

— Bem. Os médicos quiseram mantê-lo aqui por precaução, já que ele bateu a cabeça, mas a perna está fora de risco. — Arthur respondeu, voltando a sentar ao lado da esposa. Mais calma, Hermione olhou em volta, reconhecendo Claire, Gui e Fleur ao lado do casal Weasley, além de Harry e Gina que estavam em pé ao seu lado.

— Rose, onde ela...?

— Com Cissa. — Molly respondeu, sorrindo. — George acabou de levá-la. Ela estava conosco até agora mas...

— Mas? — Mione questionou, vendo o sorriso da ruiva se fechar.

— Júlia e Fred apareceram e ela não quis ficar. 

— Ela é geniosa, quando coloca alguma coisa na cabeça, ninguém mais tira. — a morena suspirou. — Ainda mais com toda essa confusão do final de semana. — Hermione levou a mão a cabeça, alisando os fios e sentindo o corte abrir, sujando-a com sangue. Com um rápido aceno da varinha, fechou-o outra vez, respirando fundo ao sentir dor novamente.

— Você não acha melhor dar uma olhada nesse corte, Mione? — Gina questionou outra vez, preocupada com a amiga. — Você ficou todo esse tempo com ele aberto, não é perigoso que infeccione?

— Ou que esse sangramento todo acabe matando você? — uma voz séria fez com que Hermione perdesse o controle das emoções, sentindo os olhos encherem de lágrimas e o corpo tremer, virando-se devagar para Draco, que trajava um jaleco igual ao seu, porém sem todo o sangue espalhado.

— Sério? Quatro dias sem falar comigo e tudo o que eu precisava fazer era quase morrer? — a garota sussurrou, indo ao encontro de Draco bem a tempo de Fred e Júlia voltarem a sala de espera, abraçando o loiro com toda a força que restava, desabando mesmo sem querer. Ainda dentro do abraço de Draco, sentiu-o beijar-lhe rapidamente, mas não rápido o suficiente para passar despercebido pelos Weasleys, arrancando um breve sorriso das garotas e Harry, que olhou discretamente para Julia.

— Onde você se meteu? O ministério todo estava a sua procura, estavam quase colocando os trouxas atrás de você. — Draco repreendeu assim que se afastaram, embora ainda não tivesse soltado a amiga. — Não podia ter mandado algum sinal, algum bilhete? Qualquer coisa que dissesse que estava viva!

— Harry sabia o que eu estava fazendo. — a morena respondeu, tentando controlar a respiração e impedir as lágrimas de caírem. — Achei que tivesse avisado.

— Eu avisei. — Harry afirmou, ajeitando os óculos. — Mas Hermione, isso foi oito horas atrás. Você sumiu quando eu trouxe Rony para cá, e depois disso houve outra explosão, e... Todo mundo foi encontrado, menos você.

— Eu estava com Martha.

— Explica o jaleco. — Gui comentou, fazendo o olhar de Draco baixar para o sobrenome bordado na peça branca.

— Explica? — Gina questionou, sem deixar de sorrir.

— Ela pediu para irmos a um hospital trouxa. — Hermione respondeu, suspirando. Sabia que teria que contar aquela história inúmeras vezes, assim como sabia que lembrar de cada momento seria ainda mais terrível do que o ter vivido. — O marido dela trabalha lá, e eles sempre fizeram acompanhamento com a mesma médica, então ela quis alguém em quem confiasse. Mas era um hospital pequeno, e a maioria dos médicos estava em horário de folga, então...

— Eles deixaram você ajudar? — George perguntou, assustando a garota, que não tinha reparado em sua presença.

— Ahn, podemos dizer que sim. — a garota respondeu pausadamente, vendo a família sorrir, um tanto supressos.

— Você os enfeitiçou? —Claire pediu, com a boca aberta.

— Era extremamente necessário, okay? — Granger se defendeu, permitindo-se rir junto com a família. — Mas sim, talvez eu tenha usado o feitiço confundus, mas foi por uma boa causa. Elas duas vão ficar bem.

— Então você fez uma cirurgia? — Arthur perguntou, fascinado. — Com os objetos trouxas e tudo?

— Assustadoramente, sim senhor Weasley.

— Incrível. E ninguém morreu?

— Arthur! — Molly repreendeu, com um leve tapa no marido, que desculpou-se embora permanecesse curioso. Com um pequeno sorriso no rosto, os olhos de Hermione encontraram os de Fred, que perderam o foco por um momento, da mesma maneira que havia acontecido quatro dias antes, enquanto brigavam. Atordoada, Hermione sentiu o corpo fraquejar, arfando com a onda de dor que correu por si. Sentiu os braços de Draco ao redor de si, tentou ficar em pé, as pernas mais fracas que antes.

— Eu preciso dar uma olhada nesses machucados, pode ser algo sério. — Draco fechou o rosto, o sorriso sumindo e sua postura preocupada voltando. — Além do mais, se você ficou todo esse tempo em cirurgia, vai precisar, no mínimo se hidratar.

— Está tudo bem. — a morena respondeu, ainda apoiada no loiro. — Eu só preciso daquela poção, e vai ficar tudo bem.

— Hermione, você está sangrando desde que chegou aqui. Pare de ser tão teimosa e... — Draco foi interrompido por um grito de Hermione, que curvou o corpo para frente, respirando com dificuldade e desmaiando em seguida. Pelo canto do olho, Malfoy viu Julia sorrir antes de pegar a amiga no colo, levando-a para o quarto mais perto e chamando suas melhores curandeiras, fechando a porta com um feitiço e bufando de raiva.

 

(...)

 

— Quantas vezes eu vou ter que repetir que esse lugar não é bom para você, e principalmente para o James? — Hermione repreendeu assim que acordou, sentindo as mãos de Gina pararem de correr por seus cabelos, e ganhando um forte abraço da amiga.

— Quantas vezes eu vou ter que dizer para tomar cuidado, Hermione Granger? — a ruiva assumiu a postura de Weasley, sentando-se na beirada da cama ao repreender Hermione. — Um ano e é a quarta vez que estamos na mesma posição, como você espera que eu tenha uma gravidez tranquila se você, meu marido e meu irmão continuam quase morrendo?

— Não estava nos nossos planos que uma parede explodisse, senhora Potter. — Hermione brincou, quebrando a postura séria de Gina, que abraçou-lhe mais uma vez.

— Mérlin, Hermione, eu fiquei tão preocupada. Quem vai ser a madrinha do James se você morrer?

— Você está brincando? — Granger questionou depois de alguns segundos em silêncio, apenas olhando para Gina.

— Acho que ela nunca falou mais sério na vida. — Harry comentou, tocando o ombro da esposa enquanto sorria. — Quer dizer, você tem a Rose, então é melhor nisso do que nós.

— E quem sabe assim, você coloque um pouquinho de juízo nessa sua cabecinha. — a ruiva completou, sorrindo.

— Bem, se a condição é essa, acho que posso parar de quase morrer. — os três riram, logo ajudando a morena a se acomodar melhor sentada, apoiada em dois travesseiros. — Que horas são?

— Quase meia noite. — Harry respondeu, recebendo um suspiro em troca.

— Vocês precisam descansar. Amanhã o dia vai ser longo, e...

— Estamos de folga amanhã. King decretou, ninguém trabalha a não ser ele e os conselheiros. Depois disso, voltamos a nossa investigação. Com mais um ataque para a lista.

— Harry, foi ela, não foi? — Hermione sussurrou, sentindo Gina apertar sua mão.

— É cedo para acusar, mas sua cicatriz voltou a doer, não é mesmo?! — o moreno respondeu, sério.

— Bom, melhor a minha do que a sua. — Granger brincou, conseguindo arrancar um sorriso dos amigos. — Agora, vocês dois: já para a cama. E eu não quero mais saber de você nesse ambiente caótico outra vez, entendeu, Gina?

— Sim, doutora Malfoy. — a ruiva respondeu, aumentando o tamanho de seu sorriso ainda mais ao ver Draco aparecer na porta do quarto, sem o jaleco e pronto para ir embora. Abraçando Hermione antes de sair, Gina sussurrou: — Ainda quero saber se ele beija bem. — os Potter se despediram, pegando as cosias que a ruiva tinha deixado na poltrona ao lado da cama, e parando na porta ao ouvir Hermione chamar:

— Gina? Melhor do que você imagina. — as duas sorriram, despedindo-se outra vez antes de Hermione ficar sozinha com Malfoy.

— Devo perguntar ou ...?

— É melhor não. — a morena sorriu, entrelaçando seus dedos com os de Draco, que questionou:

— Como se sente?

— Como se uma parede tivesse explodido contra mim. — a garota respondeu, encarando o amigo. — Livre do plantão?

— Estou fazendo plantão há quatro dias, acho que é suficiente pela próxima semana. Além do mais, — o loiro estendeu a mão, convidando Hermione a levantar. — a única paciente que precisa de mim é você. Apesar de que, doutora Malfoy, você tem plena capacidade de se cuidar sozinha, não é mesmo?

— Não zombe por causa disso, eu só usei seu sobrenome porque, se caso algo desse errado, eu poderia dar a culpa para você. — a garota justificou, ficando em pé, embora apoiada em Draco.

— Certo. — ele respondeu irônico, embora sorrisse. — Agora vamos para casa. Você precisa de um bom descanso antes de contarmos suas aventuras para sua filha, que vai querer mais detalhes impossíveis.

— Casa? Eu não vou ter que ficar por duas semanas, como a última vez?

— Como se eu conseguisse tirar você dessa investigação doida. — Malfoy comentou, passando o braço ao redor da cintura de Hermione enquanto caminhavam. — Além disso, sei que em casa é o único lugar em que você realmente vai deixar que eu cuide de você.


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