Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 49
Domingos




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Embora os meses tivessem se arrastado, a última sexta-feira de agosto finalmente chegava ao fim, para a felicidade de todo o Ministério da Magia. Assim que se despediu de Harry, que ficaria alguns minutos a mais - mesmo que a contragosto - Hermione aparatou n’ A Toca, sorrindo ao ver a filha brincando nos jardins com a avó. Cumprimentou as duas e aceitou o chá da senhora ruiva, que adorava as conversas com a moça, agora um tanto mais raras.

Conversaram por longos minutos até Hermione se dar conta do horário e se despedir, prometendo aparecer para o almoço de domingo e que tentaria trazer Draco junto, mesmo não tendo certeza sobre os plantões do amigo. Assim que chegou em casa com Rose, aproveitaram alguns minutos brincando no sofá antes da morena subir com a filha para o banho, tanto o dela quanto o de Hermione, e organizar as coisas para o final de semana.

Sem que se dessem conta, haviam criado um cronograma: passavam um final de semana em casa - que sempre acabava no domingo com os Weasleys - e um final de semana com Draco, quando os plantões permitiam. No domingo à tarde, sempre que possível, Fred e Rose passavam juntos; apesar de Hermione estar cumprindo as “ordens” de Júlia, não deixaria que a filha se afastasse do ruivo por causa de seus problemas. Não tornava a vida de Hermione muito fácil, ela tinha que admitir, mas não tiraria isso deles. Não mais.

Logo que chegaram no apartamento do loiro, Rose correu para a cozinha onde tinha certeza de que encontraria o “tio”, que cumprimentou com um abraço depois de se jogar em seu colo. Hermione sorriu para Draco e deixou a mamadeira de Rose (que não admitia precisar, mas sempre pedia por ela) na bancada e subiu, deixando o restante das coisas na cama de um dos quartos de hóspedes, logo voltando para a cozinha e ajudando o loiro com o jantar, que fora, como sempre, bem-humorado e tranquilo, terminando com o trio no sofá, fazendo absolutamente nada até a ruivinha decidir o filme que gostaria de assistir. Draco, mesmo que negasse, era um grande fã das produções infantis, apesar de sempre pegar no sono devido à cantoria, o que, é claro, sempre dava à Rose a oportunidade de aprontar para cima do rapaz, que devolvia a altura.

Hermione agradecia a Merlin por aqueles míseros momentos todas as vezes que os tinha: Júlia não aparecia mais com tanta frequência, porém a morena estava ciente que, de uma maneira ou de outra, não podia facilitar, e mesmo que não admitisse, a distância de Fred a corroía por dentro. Sabia que já deveria ter bloqueado todo e qualquer sentimento que tinha por ele, mas quanto mais tentava, mais complicado se tornava e odiava pensar nisso.

Assim que o filme chegou ao fim, Hermione tratou de levar Rose para o quarto onde costumavam dormir, ajudando-a com o pijama rosa recém ganhado. Desejou boa noite para a filha e seguiu lentamente até o banheiro, trocando as roupas normais pelo pijama habitual: uma camisa que Draco havia lhe dado ainda na gravidez, que ficava enorme nela e por essa razão era extremamente confortável para dormir. Murmurou boa noite para o loiro quando passou por ele, bocejando no corredor, e logo deitou ao lado da filha, torcendo para não sonhar com absolutamente nada.

Ainda era cedo quando Rose acordara no dia seguinte, com um olhar sapeca no rosto. Arrancou uma risada de Hermione e simplesmente saiu correndo quando a mãe concordou com seu plano, fazendo a morena segui-la rapidamente. Com a varinha em mãos e lançando um feitiço silenciador, Hermione entrou com a filha no quarto ao lado, contando silenciosamente até três, ao chegarem ao lado da cama, antes de retirar o feitiço e pular com a filha no colchão onde Draco dormia tranquilamente até o momento. Gargalharam da expressão do loiro que logo se juntou às brincadeiras, atacando as duas com cócegas e aproveitaram boa parte da manhã assim até a ruivinha começar a reclamar de fome, logo convencendo o tio a fazer o café da manhã.

Alguns minutos depois da saída de Draco e de uma Rose mais calma, as duas resolveram ajudar o loiro na cozinha. O dia estava ensolarado como o resto da semana e felizmente não estava tão calor como no resto dos dias, mas isso não impediu Hermione de sentir as mãos suadas ao chegar na sala e ver o amigo acompanhado.

—Tio Harry! Papai! — sentiu Rose soltar sua mão e correr para abraça-los enquanto acompanhava os olhares dos dois, principalmente de Fred, e sentia o rosto esquentar. Ainda estava somente com a camisa de Draco e ele vestia apenas a bermuda com a qual dormia, e Hermione sabia muito bem o que qualquer um entenderia com uma cena assim. Murmurou um “olá” e subiu para trocar de roupas rapidamente, levando uma camiseta para Draco ao descer, encontrando os rapazes conversando sobre marcas encontradas em alguns aurores, num caso encerrado de anos atrás. Harry comentava algo sobre uma série de machucados no peito, enquanto Fred e Rose brincavam, o rapaz um tanto tenso.

Acompanhou a conversa de Harry e Draco por longos minutos até sentirem o cheiro de queimado na cozinha, onde o café da manhã havia sido esquecido. Depois de contornar a situação e começar a arrumar a mesa, se deparou com Harry no cômodo, uma expressão dividida entre preocupação e divertimento no rosto.

— Achei que preferisse ruivos, Mione. — ele sussurrou, servindo café em uma xícara e sorrindo.

— Não começa, Harry. — a garota respondeu, revirando os olhos porém sem conter um sorriso também. — Acho que está passando tempo demais com sua esposa.

— E isso é ruim? — os dois riram, engatando uma conversa sobre nada, como costumavam fazer desde sempre. Minutos depois, ouviram Draco voltar para a sala, agora vestido normalmente e com a pasta do hospital em mãos, dando de ombros para ela. — Antes que eu esqueça, passei na sua casa para dar um recado de Gina e encontrei Fred chegando lá, por isso ele veio junto. Ela está lhe esperando para o almoço hoje então, por favor, vá. Gina não para de reclamar sobre como você sumiu e que, quando aparece n’ A Toca, não fica mais tanto tempo como o de costume, e isso só ajuda a teoria dela de que você e Malfoy estão juntos em segredo, ainda mais depois do que vi hoje.

— Harry, você sabe que não estamos...

— Honestamente, — o rapaz largou a xícara na pia, dando um abraço na amiga antes de sair. — eu prefiro acreditar que está com ele do que acreditar que está escondendo algo de nós. Uma pena que seja provável eu estar certo em relação a segunda opção.


O resto do sábado foi agradável, tanto para Hermione quanto para Gina. As duas passaram a tarde despreocupadas, conversando, rindo e comendo enquanto Rose e Teddy – que passava o final de semana com o padrinho – brincavam nos jardins atrás da casa. A ruiva estava entrando no quarto mês de gravidez e sua barriga começava a aparecer, fazendo-a revelar que já tinha o último jogo marcado para dali dois meses, mesmo que contragosto de Harry e Molly, que concordavam que ela já deveria ter pausado a carreira no quadribol assim que descobrira sobre o bebê. É claro que Gina, sendo quem era, não desistiria tão fácil dos jogos, e enquanto pudesse estar em cima da vassoura, estaria.

— Posso mesmo confiar que vai aparecer lá amanhã? — a ruiva questionou pela décima vez, observando Hermione ajudar Rose com o calçado.

— Prometo, Gina. — a morena revirou os olhos, levantando. — Você sabe que sempre vamos, a mocinha aqui não consegue ficar um final de semana sem as gordices da avó.

— Realmente, elas são irresistíveis. — Gina riu, concordando e se despedindo da amiga em seguida. Ajudou Teddy com a maior parte da bagunça e aproveitou o tempo que tinham sozinhos para brincarem: o garotinho tinha acabado de completar seis anos e era tão esperto quanto os pais. Ficaram na sala por um tempo – que mal viram passar – até Harry chegar, um tanto cansado porém satisfeito. Estava perto de realmente encerrar um antigo caso do ministério e não via a hora de poder voltar à normalidade –o que quer que ela fosse para os aurores.

— Hermione apareceu? — o moreno perguntou ao voltar à cozinha depois de algum tempo, vestindo roupas mais confortáveis e secando os cabelos rebeldes.

— Sim, passamos o dia juntas. — Gina afirmou, colocando alguns alimentos na mesa para o jantar. — Mas ela não deixou escapar absolutamente nada.

— Imaginei que não seria tão fácil. — Harry suspirou. — Não consegui nada com Draco também, embora ele tenha me dito que também está tentando descobrir o que é. Tem algo estranho acontecendo e me preocupa o fato dela não compartilhar com ninguém. No começo eu achava que tinha a ver com Fred, afinal eles literalmente pararam de se falar e acho que se não fosse por Rose, ignorariam a existência um do outro. Afinal foi mais ou menos isso que aconteceu hoje de manhã, mas que motivos ela teria para evitar todos nós?

— Não sei, meu bem. — Gina suspirou, com um olhar determinado. — Mas eu vou descobrir. Agora me ajude com essas coisas, esse cheiro não ajuda muito na hora de cortar!

(...)

Os jardins d’ A Toca estavam lotados com cabeças ruivas, o que faziam os gnomos ficarem tontos. Em dias ensolarados e agradáveis como aqueles, Molly fazia questão de arrumar a grande mesa do almoço no lado de fora da casa, para que todos pudessem aproveitara bela vista dos jardins floridos. Enquanto os Weasley’s arrumavam as coisas no jardim, Hermione, Claire e Gina terminavam a “sobremesa surpresa”, que no momento certo, explodiria alguns fogos de artifício azuis – cortesia de Fred e Jorge – representando o sexo do bebê, que os Potter mantinham em segredo até o momento. Assim que terminaram, as garotas que seguiam para fora foram atrapalhadas por um borrão ruivo, que se agarrara nas pernas de Hermione.

Com um pedido silencioso da morena, Gina e Claire retomaram o caminho –a ruiva um tanto desconfiada ao se deparar com os recém-chegados no jardim – enquanto Hermione pegava a filha no colo, sentindo seu coração acelerar ao ver a expressão assustada de Rose.

— Filha? — ela chamou baixinho, caminhando com ela até o sofá. — O que houve?

— A amiga do papai está aqui, mamãe. — a ruivinha segredou, escondendo o rosto no abraço de Hermione. — E ela me viu indo abraçar ele.

— Rose, ela não vai fazer nada com você. Eu não vou deixar, você sabe disso. — Hermione acariciou os fios ruivos da filha, olhando-a nos olhos. — Além do mais, todo mundo está aqui e Draco está para chegar, ninguém vai deixar tocarem em você ou em Mack.

— Mas ela disse, mamãe. Na última vez que eu vi o papai ela estava lá, e ela disse que era pra eu me comportar ou ela ia fazer você-sabe-o-quê. —Rose respondeu, arrependendo-se em seguida ao assistir Hermione se levantar, caminhando decidida em direção aos jardins.

O número de palavrões que passavam em sua mente não era suficiente para descrever o que sentia, e se dependesse da raiva que sentia, deixaria se levar e fazer uma besteira ali, naquele momento. Porém Mérlin sabia bem o que fazia, já que, no momento em que chegou perto da família, Draco atravessava a proteção, chamando toda a atenção para si. O loiro carregava a pasta do hospital e o jaleco em uma das mãos, a expressão fechada de sempre se desfazendo ao cumprimentar a todos, parando de maneira demorada em Hermione, que respirava fundo e evitava olhar para Júlia, que exibia a expressão superior de sempre.

Depois de uma conversa silenciosa através do olhar, o acompanhou de volta à Toca, em silêncio. Sabia que ele a questionaria a qualquer momento sobre tudo aquilo – os últimos dois meses, a distância dela com a família e o olhar assassino que ela ainda mantinha no rosto – porém aquele não era o melhor momento: se Hermione estava prestes a cometer uma besteira, não era capaz de imaginar o que Draco faria ao descobrir sobre as ameaças de Júlia. Ignorou os olhares do rapaz e foi com a filha até a cozinha, entregando-lhe o copo de água que ela pedira e ficando na cozinha tempo o suficiente para Júlia entrar no cômodo, momentos depois do rapaz voltar para os jardins.

— Olha que coisa mais linda, — a garota sorriu, se aproximando de Hermione. — as garotas mais obedientes do mundo bruxo.

— Rose, por que não volta a brincar lá fora? O dia está lindo e tenho certeza que seu pai ficará muito feliz por te ver. — ela se abaixou, ficando na altura da ruivinha ao dizer isso, esperando que Rose estivesse longe antes de levantar, ficando frente a frente com a modelo. — Qual é a merda do seu problema? Não se garante a ponto de ter que ameaçar uma criança, que nós duas sabemos não ter nada a ver com tudo isso?

— Ora, são apenas lembretes, minha querida. — Júlia parecia satisfeita com o confronto. — Afinal é bem claro que ela entrega as mensagens melhor que qualquer um, a julgar pela sua reação.

— Você claramente tem problemas. — Hermione riu, sem acreditar no que ouvira. — Mas eu vou deixar uma coisa bem clara para você, minha querida. Eu não ligo para Fred ou para o fato de estarem juntos, na verdade espero que sejam muito felizes juntos porque, aparentemente, vocês se merecem. Mas se você ameaçar Rose mais uma vez, se você tocar minha filha, quem vai acabar com você e fazer parecer uma tragédia serei eu, e acredite que eu não vou precisar de magia para fazer isso.

— Se fizesse isso, de que lado você acha que sua família ficaria? Do lado da atual noiva dele ou da ex ressentida? — a modelo riu com escárnio, passando levemente as mãos sobre o ventre. — Acredite, Granger, eu tenho tudo sobre controle, ainda mais com você e sua pestinha fora do meu caminho. Nosso segredinho vai continuar a salvo porque sei que não fará nada contra mim: embora você me odeie, e seja completamente recíproco, eu tenho Fred e a família ruiva em mãos por um simples detalhe. Vou dar a eles, e a Fred principalmente, tudo o que você tirou. Ele vai ver essa criança dar os primeiros passos e dizer as primeiras palavras, ele vai sentir o bebê mexer dentro de mim e vai esquecer completamente que você existe. — Júlia sorria cada vez mais, fazendo com que a vontade de azará-la aumentasse em Hermione. — E eu sei que você é boazinha demais para atacar uma mulher grávida.

Júlia caminhou lentamente até a pia, enchendo um copo com água e esbarrando em na garota ao sair, deixando uma Hermione sem reação na cozinha, agora em silêncio. Sentindo a cabeça ferver, a morena sentou-se à mesa, tentando entender tudo aquilo e sabendo que a modelo estava repleta de razão, embora não fizesse ideia do que a motivava a fazer tudo aquilo. Ainda que Hermione tivesse muito a dizer a ela, essa gravidez havia desarmado qualquer argumento que pudesse ter, deixando-a num labirinto sem saída, presa entre os desejos de Júlia. Era irônico o rumo que as coisas estavam tomando, como as coisas estavam cada vez piores em todos os sentidos exatamente como ela temia. E apesar de tudo aquilo ser uma grande besteira, Júlia estava certa: teria a oportunidade de dar a eles tudo o que Hermione privara, e isso, por si só, era uma enorme vantagem na batalha que ela não sabia que estavam travando.

Depois de acalmar-se um pouco e voltar a respirar normalmente, Hermione voltou ao jardim e juntou-se aos amigos que comentavam o último jogo de quadribol da temporada, fazendo suas apostas para o próximo. Se distraiu com os próprios pensamentos enquanto observava um gnomo roubar algumas flores e assustou-se quando reparou na aproximação de Draco. Rapidamente perguntou sobre as coisas no hospital, evitando perguntas sobre ela e agradeceu Molly mentalmente quando a ruiva anunciou o almoço, os pratos levitando atrás dela enquanto todos se acomodavam para a refeição tranquila em família. Como de costume, a surpresa de Gina deixara a todos muito felizes, orgulhando-se com o primeiro sobrinho e neto numa geração em que as garotas predominavam.

Enquanto Gina e Hermione serviam a sobremesa, Júlia sorriu, levantando-se no canto da mesa.

— Eu queria aproveitar a oportunidade, se me permitirem, para contar uma novidade. — ela olhou para Fred e sorriu, levando novamente as mãos até a barriga. — Estou grávida.

O silêncio e os olhares surpresos de toda a mesa seriam cômicos em outro momento, bem como a palidez de Fred, mas como sempre, Molly sabia como tirar a todos de uma situação embaraçosa e sorriu para a futura nora, abraçando-a e parabenizando-a em seguida, o que fez todos os presentes seguirem seus passos e Rose correr para perto da mãe, comentando quase alto demais:

— Mas mamãe, você disse que as pessoas só têm bebês quando se amam de verdade.

— Rose! — Hermione repreendeu, vendo Gina e Draco reprimirem um riso enquanto o resto da família parecia querer fazer o mesmo.

— É assim que acontece nas histórias, mamãe! — justificou a pequena, sem entender o choque da mãe. — Você me disse que é assim, do mesmo jeito que foi com o vovô e a vovó Weasley, e com tio Harry e tia Gina, e com...

— E com seu pai e Júlia. — a morena interrompeu antes que a situação se tornasse ainda mais complicada. — Eles vão ter um bebê porque se amam, porque vão construir uma família. E apesar disso, não significa que...

— Não significa que eu vou deixar de te amar, okay? — Fred sorriu para a filha, segurando a mão de Júlia. — Apenas que agora você vai ter mais alguém com quem brincar.

Ao sentir o olhar de todos sobre si, principalmente o de Hermione, Rose se limitou a concordar com a cabeça, sorrindo fraco e deixando os adultos voltarem a comemorar por um bom tempo, até Percy precisar ir embora, fazendo com que todos concordassem que era melhor entrarem. As crianças corriam pelo gramado, agora mais livre, enquanto todos os outros ajudavam a carregar a bagunça para dentro, mas Draco não conseguia se concentrar em outra coisa. Haviam algumas semanas que ele e Harry vinham comentando o fato da amiga estar estranha com todos eles, e para o moreno ter reparado as coisas deveriam estar realmente ruins. Ele sabia que Hermione escondia algo desde o casamento dos Potter, mas confrontá-la não havia sido a melhor maneira de resolver as coisas – pelo menos não até aquele momento.

Distraída com alguns pratos que carregava, Hermione surpreendeu-se com a chegada de Draco repentinamente, ainda mais com o semblante sério que ele mantinha.

— Precisamos conversar, você sabe.

— Draco, eu estou bem. — a garota respondeu, sorrindo fraco. — Não foi tão inesperado assim, e além do mais não tenho porque me importar, não é?!

— Seu rosto diz exatamente o contrário, Hermione. — o rapaz cedeu, suspirando enquanto ela desviava o olhar. — Mas não é apenas sobre isso, eu sei que está me escondendo algo sério e até mesmo Potter está começando a suspeitar. — Draco fez com que Hermione o olhasse outra vez, beijando sua testa antes de aparatar. — Como sempre, meu trabalho está salvando sua pele, mas é melhor me esperar acordada. Temos muito o que resolver hoje.

 Suspirando, Hermione virou-se para a casa, deparando-se com Fred tão determinado quanto Draco parecia estar momentos atrás. Com o coração acelerado e sabendo que aquele seria um dos mais longos domingos do mundo, ouviu o ruivo afirmar:

— Precisamos conversar, Hermione.


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