Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 4
Encontros




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‘’ A noite caíra horas atrás, mas pareciam ter passado apenas alguns minutos desde que o casal se encontrara, um tanto por acaso. A garota, que achava que o namorado ficaria na loja até mais tarde, acabou estragando a surpresa dele, que queria comemorar o primeiro mês de namoro de um jeito diferente. Acabaram por jantar em um restaurante um tanto romântico, que estava quase vazio.

Demoraram poucos segundos ao irem para a casa do ruivo, abraçados um no outro. Ficaram horas conversando e se beijando no sofá, aproveitando a momentânea solidão em que a casa se encontrava. Aproveitando um ao outro.

—Tem certeza disso?

— Claro. A não ser que haja algum problema, eu posso muito bem voltar para...

—É claro que você não vai voltar para casa. Por que acha que eu deixaria você fazer isso? —o rapaz passou os braços pela cintura da castanha, puxando-a para mais perto e juntando seus lábios.

—Posso me acostumar com isso. —Hermione comentou, assim que os dois se separaram, rindo com o ruivo. ‘’


No momento em que os olhares se cruzaram, Hermione tinha certeza de que seu coração pularia pela boca a qualquer momento.

O silêncio que pairou na cozinha d’ A Toca deixou a situação ainda mais crítica nos conceitos da castanha, que adoraria que as altas falas ainda estivessem presentes no cômodo. Tentou não agir como uma adolescente e logo levantou-se, abraçando primeiro Jorge, que parecia menos surpreso com tudo.

—Olha só, parece que você cresceu alguns centímetros, Hermione. — o ruivo sorriu, soltando Hermione que depois de —quase— agredi-lo, voltou-se para o irmão gêmeo.

—Olá, Fred. — um sorriso escapou dos lábios da castanha, tirando Fred de seu torpor interior.

—Oi. Mérlin, que bom te ver! — os braços do rapaz fizeram a volta pela cintura de Hermione, que teve de levantar os pés alguns centímetros.

A respiração de todos os presentes pareceu voltar ao normal nesse mesmo momento. Talvez esperassem uma cena de novelas, em que o casal corre para os braços um do outro, ou até mesmo uma briga épica. No fundo, ambos se sentiam aliviados por ter sido tão amigável.

—Mamãe?

— Rose? —Hermione sentiu uma mão na barra de sua blusa, puxando-a para baixo.

Pegou a ruivinha no colo e pôde notar que ela parecia confusa.

—O que foi?

— Eles são iguais, mamãe! Não pode! —as palavras da pequena causaram muitas risadas vindas da mesa, e da própria Hermione.

—Meu amor, eles são iguais porque são gêmeos. —respondeu calmamente, olhando para a filha. — Eles nasceram no mesmo dia.

—Da mesma mamãe? — os olhinhos azuis brilharam quando Hermione assentiu. —Então eu também tenho uma gema?

—Gêmea, meu amor. —um doce sorriso escapou dos lábios de Hermione. —E não, você não.

—Por quê? — Rose pareceu desanimada por alguns instantes, até a Sra. Weasley chamar sua atenção.

—Porque não é sempre que isso acontece, minha querida. Vão querer sobremesa? —ela dirigiu a última frase a todos na mesa, e fez o efeito esperado; Rose só queria saber da sobremesa.

Quando a soltou, seus olhos encontraram os de Fred outra vez, e não pôde deixar de corar.

Não sabia o que o olhar dele representava, e tinha receio só de pensar no assunto. Eles teriam muito o que conversar, e seu olhar dizia isso. Com todas as letras.

Sentou-se com Rose outra vez, ajudando-a com o chocolate que parecia gostar de seu rosto, já que estava por tudo ele, enquanto os gêmeos sentavam nos lugares de sempre.


(...)


—Então, o que foi aquilo?

—Aquilo o quê?

—Hermione, não se faça de boba. — Gina sentou-se ao lado da amiga, revirando os olhos. —Você e Fred.

— O que você esperava? Um beijo demorado com pétalas de rosas? — Hermione suspirou, erguendo a sobrancelha. — Duvido muito que isso aconteça.

—Sinto muito te animar, mas também tenho minhas dúvidas. Ele meio que... Esquece. —Gina repreendeu-se no meio da frase, como se falasse sobre um assunto proibido, o que só serviu para atiçar a curiosidade da castanha.

—Ele o quê?—as palavras pareceram escapar de sua boca, e até a ruiva notou isso.

—Nada. Esquece isso por enquanto. — a Weasley sorriu, abraçando Hermione. —Mas me conte, quais as novidades?

—Nada que eu não tenha lhe contado pelas cartas. Não é como se eu tivesse muito tempo para gastar durante esses três anos. — ambas deitaram na cama, encarando o teto do pequeno quarto, que dividiam toda vez que Hermione visitava a família. —Mas você tem muito o que me contar, dona Gina. Pode começar pelo Harry, se quiser.

Um travesseiro veio de encontro ao corpo de Hermione, que não pôde deixar de rir.

—Também amo você, ruiva. —disse, no meio de risos.

— Eu sei. É impossível não me amar. — o travesseiro voou de volta para a ruiva, que fez a brincadeira continuar por um tempo antes de Hermione decidir ir para casa.

—Tem certeza de que não quer passar a noite aqui? — Molly proferiu as mesmas palavras pela décima vez, o que fez Hermione ter que negá-las outra vez.

Não que não quisesse; bem pelo contrário. Mas Rose parecia hiperativa demais para passar uma noite com eles, ainda mais com os gêmeos em casa. E também havia prometido que encontraria a mãe no parque pela manhã, e acordar a casa mais cedo seria errado na mente da garota.

—Eu adoraria, mas realmente, precisamos ir. Na próxima, que tal?! Até lá ela se acostuma com os dois. —acenou com a cabeça discretamente na direção dos gêmeos, que ainda confundiam Rose.

—Entendo perfeitamente.—a senhora lhe sorriu, abraçando Hermione. —Pelo menos eles já se dão bem, não?!

—Um ''fardo'' a menos. —Hermione suspirou, assentindo.

Despediu-se de todos, e chamou Rose, aparatando logo em seguida.

Carregando consigo a corujinha cinza, a ruiva correu para a cama, deixando as pequenas botinhas jogadas no meio do corredor. Se atrapalhou um pouco com o casaco, mas já o havia tirado quando Hermione chegou, carregando o pijama verde claro consigo.

—Você vai ler uma história, né mamãe?!

—Você quer? — Hermione não precisou perguntar duas vezes, o livro infantil já estava nas mãos da pequena.

Assim que a história terminou, Rose encarou a mãe, sorrindo.

— Os gemos são legais mamãe. Gostei deles.

—Que bom que gostou deles, meu amor. — a castanha sussurrou, assim que se recuperou do coque. —Boa noite.

—Boa noite, mamãe.


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