Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 22
Missão




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― Srta. Granger, os papéis que me pediu ontem. São os arquivos dos últimos sete anos, espero que lhe ajudem.

―Obrigada, Martha. Vão ser muito úteis. ― as meninas se despediram com um sorriso, e antes mesmo de darem alguns passos, Hermione virou para a colega de trabalho outra vez ― Hey, Martha, você viu o Harry? Preciso da assinatura dele em alguns artigos, e já faz um bom tempo que ele saiu do escritório.

― Pelo que sei, ele e uma equipe saíram em uma missão hoje mais cedo. Eles não sabiam direito o que esperar, mas pelo que entendi, não era nada agradável. Algo relacionado a uma espécie de seita, que se diz vinculada ao Lorde das Trevas, e o que ele costumava ser.

― Por Mérlin, achei que já tivéssemos fechado todos esses grupos. ― a morena suspirou antes de agradecer a colega mais uma vez e seguir para o escritório, lendo com calma os papéis que havia recebido. Todo tipo de informação era útil para o artigo que estava tentando escrever.

Depois do que sentiu ser horas, olhou para o relógio da parede em sua frente e começou a fechar as inúmeras pastas abertas em cima da mesa, separando-as em seguida. Olhou mais uma vez para a mesa vazia de Harry, e guardou suas coisas usando a varinha. Quando o relógio deu cinco da tarde, pegou suas coisas e saiu, cumprimentando vários colegas de trabalho enquanto caminhava pelos longos corredores do Ministério da Magia. Sentia a mente cansada, e se deixou levar por alguns pensamentos enquanto fazia o trajeto de sempre, e não percebeu uma pessoa vindo em sua direção até os ombros se esbarrarem.

―Me desculpe. ― disseram Fred e Hermione ao mesmo tempo, olhando um para o outro em seguida.

― Fred. O que faz aqui? ― a garota perguntou, sorrindo, após os dois se cumprimentarem devidamente.

― Vim falar com o Harry. Tínhamos marcado de conversar durante o almoço, mas recebi uma coruja dele, pedindo para vir agora. Sabe onde ele está?

― Na verdade, também gostaria de saber. Ele, e aparentemente Rony também, saiu em uma missão logo cedo, e ainda não voltou. Mas acho que eles estarão de volta...

A garota foi interrompida pelo som de uma aparatação, de onde surgiu um Harry com o cabelo mais bagunçado que o normal e as vestes cobertas de poeira e fuligem, que parecia um tanto ofegante.

― Fred, que bom que está aqui também. Vamos precisar de toda a ajuda possível. Metade da esquipe está ferida e perdemos Rony.


....


Fred definitivamente não estava mais em forma. Seus inimigos não paravam de atacar nem por míseros segundos, e eles estavam praticamente sem respirar. Ele já havia perdido Hermione de vista, e Harry lutava a sua direita, enfrentando qualquer um que aparecesse, enquanto o ruivo se dividia entre atingir o adversário e proteger o resto da equipe que ainda estava em pé.

Não sabia muito bem sobre o que tudo isso era, mas havia concordado sem hesitação quando o cunhado pediu ajuda. Pela breve explicação, estavam duelando contra um grupo de seguidores de Voldemort, que tentavam tornar reais os ideais do Lorde das Trevas. A diferença era o tamanho do grupo e a perseverança que tinham, afinal já havia escurecido e ninguém havia se rendido.

Duelaram pelo que pareceram horas até o grupo adversário simplesmente baixar as varinhas, dando as costas a equipe do ministério da magia, e aparatando sem dar a chance de alguém fazer qualquer coisa, se não olhar. Quando o último desapareceu no ar, sentiu seus pulmões queimarem e voltou a respirar novamente, olhando ao seu redor. Não fazia ideia de onde estavam, mas a situação do lugar não era nada agradável. O que antes parecia um parque, agora estava completamente destruído, com enormes buracos no chão, brinquedos e árvores em chamas, e algumas pessoas deitadas no chão, lutando para permanecerem acordadas.

Fred olhou para Harry e foi até o cunhado, que limpava a fuligem dos óculos, e teve que lutar contra a vontade de se jogar no chão para poder respirar de verdade.

― Será que alguém pode me explicar o que foi isso? Se eles iam fazer isso no final, para que foi toda essa luta?

― É o que estamos tentando entender, Fred. Absolutamente nada faz mais sentido na minha cabeça, ainda mais agora. Mas vamos descobrir, e vamos pegá-los, pode ter certeza. ― Harry manteve o tom de voz sério enquanto se perdia em pensamentos e tentava se manter calmo. Precisava cuidar de todos os feridos, avisar ao ministério o que estava acontecendo e, acima de tudo, precisava achar Rony.

― Precisamos cuidar de todos os feridos, Harry. ― Hermione apareceu ao lado dos dois, a postura séria de sempre, o olhar que mostrava que sua mente estava a mil por hora, e inúmeros cortes espalhados pelo rosto. ― É perigoso leva-los para o St. Mungus, então mandei um patrono a Draco. Ele disse que vai reunir uma equipe e que vem para cá o mais rápido possível. Vocês se feriram?

― Nada grave, não se preocupe. ― respondeu o moreno, saindo dali logo em seguida, afirmando dar uma olhada no local, em buscas de pistas ou qualquer coisa útil.

Fred e Hermione permaneceram em silencio por alguns segundos, analisando o território em que se encontravam. A garota sentia a mente correr cada vez mais rápido, pensando em milhares de possibilidades ao mesmo tempo, enquanto o ruivo tentava entender as últimas horas e tudo o que havia acontecido. Antes que pudessem fazer qualquer coisa, um ruído despertou os dois para os arbustos a alguns metros dali, e quando iam verificar, Draco e a esquipe do hospital apareceram no meio da praça, causando certa agitação. Os dois trocaram um olhar, e Harry se aproximou do loiro, com quem começou uma conversa.

Hermione, por instinto ia se aproximar dos curandeiros, para ver se precisavam de ajuda em alguma coisa, quando os arbustos chamaram sua atenção novamente. Olhou para o monte de verde ao seu lado e quando estava tirando os olhos das folhas, uma cabeleira ruiva chamou sua atenção. A garota olhou novamente e sentiu o coração bater mais rápido antes de correr, chamando:

― Rose! ― a exclamação da morena chamou mais atenção do que qualquer coisa, e não demorou para Fred, Harry e Draco correrem atrás da amiga, por entre uma mata que ninguém havia reparado existir. Quando os quatro finalmente pararam, no meio da mata, o ruivo foi o primeiro a se aproximar de Hermione.

― Hey, o que aconteceu?

― Rose, ela estava aqui. E estava correndo, e querendo chamar a atenção, e... ― Hermione parou de falar, olhando ao seu redor enquanto tentava respirar normalmente.

― Não tem ninguém aqui, Mione. ― Harry disse, olhando para a amiga.

― Eu não...

Antes que Hermione pudesse concluir a frase, sentiu seu corpo sendo puxado para trás, por braços pesados demais, que a machucaram imediatamente. Ela mal conseguia se mexer, por isso soube que era inútil tentar se soltar, mas não deixou de se arrepiar quando uma voz desconhecida sussurrou perto de seu ouvido:

― Achei que fosse mais esperta, Granger.

A garota sentiu um puxão no umbigo, e, sem ter ideia de para onde estava sendo levada, apenas fechou os olhos.


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