Como Se Ainda Fosse Real escrita por Anna


Capítulo 11
Quatro malditas palavras.




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― Mamãe!

― Oi, meu amor. ― Hermione abraçou a pequena ruiva, que corria a seu encontro. ― Como foi o dia?

A pequena comentou tudo o que fizeram durante o dia, enquanto Hermione tentava entender o que ela dizia na língua que parecia ser exclusividade dela. Rose estava com quase três anos, então, na maioria das vezes, Hermione tinha que imaginar ou adivinhar o que ela queria dizer, o que tornava difícil em suas histórias; a pequena falava muito rápido.

― Fico feliz que se divertiram, Rô. Agora, dê tchau para a vovó Weasley e vamos para casa, ok? Bichento está com saudades.

― Já, mamãe?

― É, Mione. Por que tão cedo? ― Molly entrou na sala, carregando a bolsa da ruiva, enquanto sorria.

― Draco resolveu que vamos sair para jantar. Ele finalmente vai me apresentar a namorada, e, acredite faz quase um ano que estou esperando por isso! ― as duas riram, e Hermione se despediu, voltando para casa.

Rose, um tanto contrariada por ter que voltar para casa, esqueceu da birra no momento que viu o gato laranja estirado no sofá, dormindo. Hermione ainda não entendia a relação de amor e ódio dos dois, e apenas sorriu. Foi até o banheiro e preparou um banho para Rose, mesmo que ainda fosse cedo. Sabia que ela precisaria dormir um pouquinho antes do jantar se quisesse ficar um pouquinho a mais, e o banho era a melhor solução para isso.

Depois de colocar a filha na cama e preparar uma xícara e café, a morena foi para a sala, analisar alguns papéis do trabalho, pendentes do dia anterior. Cinco minutos depois de começar, sua mente a levou para um lugar bem distante dos papéis, para uma pessoa bem diferente da citada nos relatórios. Três anos e uma bola de neve gigante para resolver com alguém com quem quase não falava e que iria se casar em breve.

Fechou as pastas ao seu redor e simplesmente tomou seu café, o pensamento em Fred. Em algum lugar dentro de si sabia que nada havia mudado, mesmo que agissem como se fossem apenas conhecidos, ou até menos que isso. Hermione não admitiria isso para ninguém, e relutava para fazê-lo consigo mesma, mas sentia falta do ruivo, mais do que deveria.

...

― Estava muito bom para ser verdade, sabia?

― Não entendo essa obsessão por querer conhecer minhas namoradas, Granger. Parece até um tipo de ciúmes disfarçado. ― Draco se gabou por um segundo enquanto passeavam pelas ruas de Londres.

― Você já foi mais galanteador que isso, Malfoy. ― Hermione riu, revirando os olhos em seguida. ― Apenas estou curiosa para saber como elas são. Não sei se você sabe, mas você é muito chato e difícil de agradar.

― Aproveite que eu estou de bom humor, docinho. Não é sempre que eu aturo essas suas brincadeirinhas. ― o loiro riu, ajeitando o gorro em Rose, que lutava contra o sono.

― Só falei a verdade, e você sabe. Agora vamos para casa, eu estou congelando.

...

― Mamãe? Mamãe?

― Achei que estivesse dormindo, meu amor. ― Hermione acendeu a luz do quarto de Rose, indo até a pequena. ― O que houve?

― Onde está Mack? ― a voz de sono de Rose era perceptível, mas ambas sabiam que ela não dormiria sem a pequena coruja.

― Você a levou com você hoje? ― a morena perguntou, abrindo a bolsa que usara para carregar as coisas de Rose durante o dia, na casa dos ruivos.

A pequena assentiu, piscando lentamente.

― O que acha de dormir comigo essa noite e amanhã, bem cedo, vamos buscar a
Mack? ― a morena propôs, pegando a filha no colo, que dormiu instantes depois.


Já eram quase nove horas quando Rose acordou, falando sem parar na coruja que havia esquecido. Hermione trocou o pijama azul bebê por uma roupa quentinha e tentou domar os cabelos ruivos da pequena, mas sem sucesso.

Quando finalmente chegaram n’ A Toca, o lugar estava praticamente vazio. As duas andaram um pouco pelo lugar antes de Rose se soltar da mão de Hermione e entrar na casa, pela porta da frente, entreaberta. Indo atrás da filha, Hermione descobriu que a casa não estava tão vazia assim.

― Olá, meninas. O que fazem aqui tão cedo?

― Oi, Fred. ―a morena cumprimentou, um sorriso tímido nos lábios. ― Alguém esqueceu a coruja aqui ontem, será que você viu?

― Como assim você esqueceu a Mack aqui, Rose? ― Fred brincou, fazendo cócegas na ruiva. ― Ela está no meu quarto, em cima da cama. ― e antes que qualquer um dos dois tivesse alguma reação, Rose correu até as escadas, subindo, degrau por degrau até onde a coruja de pelúcia estava.

―Ela é um amor, Hermione. ― Fred comentou, quebrando o silêncio que ficou entre os dois.

― E sapeca também. ― ambos sorriram, e Hermione reuniu coragem para falar. ―Eu preciso te contar algo.

― Eu também. ― o ruivo respondeu. ― O que acha de marcarmos um lugar para conversarmos, eu estou de saída agora e...

―Rose é sua filha.


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