Recipe escrita por Deadly Fortune


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Olha a Fortune aqui com -outra- one-shot. :v É, eu não tenho vida além de Free, vocês acertaram.
Essa é baseada no encerramento da Segunda Temporada, FUTURE FISH. Eles conseguiram superar SPLASH FREE e conseguiram deixar ainda mais gay xD
Aliás, essa temporada nova vai acabar me matando. Só tem dois episódios e eu já tô a beira da morte.
Enfim, aqui está uma one sem muita história, eu só precisava escrever algo baseado naquela cena do encerramento. MAKOHARU É AR QUE EU RESPIRO
(Ps: eu não tive tempo de revisar porque escrevi tudo no celular, perdão D:)



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A porta metálica foi aberta em um empurrão e deixou escapar o vapor e o inconfundível cheiro de fritura que vinha da grande cozinha do restaurante Iwami. Aquela era a porta dos fundos que dava para um pequeno beco formado entre o restaurante e o muro baixo da casa vizinha. O rapaz que abriu a porta olhou rapidamente de um lado para o outro do beco e soltou um suspiro. Não tinha ninguém ali além dele.

Em um dia Haruka Nanase completaria vinte e três anos e, bem, continuava o mesmo desde os dezessete. Vestia seu tradicional casaco branco de cozinheiro, com um laço azul em volta do pescoço e não usava seu chapéu alto; achava-o ridículo e apenas o trajava dentro do restaurante já que era obrigatório. Ele balançou a cabeça levemente e tirou os cabelos negros dos olhos. Costumava a cortá-los regularmente para não ultrapassarem o curto comprimento que já estava tão acostumado, mas dessa vez ele esqueceu completamente. Seus olhos azuis eram da mesma cor das ondas que cobriam as grandes pedras perto da calçada. Eles ainda brilhavam toda a vez que fitavam o mar, porém o rapaz já conseguia se controlar e não se despia imediatamente para dar um mergulho, como fazia na juventude.

Em falar nisso, ele realmente não se lembrava como se tornou um chef de cozinha. Haruka não pensava em seu futuro com frequência quando era adolescente, mas nunca imaginou que sua carreira não seria relacionada a uma piscina. Em uma das últimas competições que o clube de natação do colégio Iwatobi participou, um olheiro na plateia se impressionou com as habilidades de Haruka e o chamou para ingressar no time de natação regional.

Após terminar o ensino médio, Nanase mudou-se para Okayama e integrou o time da região de Chogoku. Nadou profissionalmente por quase três anos, ganhando vários torneios pequenos e a medalha de ouro na Liga Nacional — no modo Livre, é claro.

Mas algo estava errado, o prazer da natação foi ficando cada vez mais distante quando as competições se tornaram mais frequentes e o time começou a cobrar mais dele. Já que ele era o prodígio, ele precisava vencer todas as vezes.

Haru sentia-se cada vez mais sufocado e solitário. Vários pensamentos confusos ocupavam sua mente e o rapaz acabou recordando o motivo que o fez voltar a nadar: Seus amigos. Era por causa deles que o colégio pôde ter um time de natação depois de tantos anos, era por causa deles que redescobriu a satisfação em competir em um revezamento. Foi por causa deles que voltou a sorrir.

Sentia-se frustrado. Nunca conseguiu expressar o quão era grato por tudo que seus amigos fizeram por ele e as saudades que sentia já eram imensas. Mantinha pouco a nenhum contato com eles e, fora Makoto e Rin, fazia meses que não falava com nenhum.

Ocasionalmente, Haru foi escolhido para ser parte do time nacional e competiria nas próximas Olimpíadas. Ele sentiu-se lisonjeado como nunca, mas recusou o pedido e anunciou aposentadoria precoce. Sua vaga foi preenchida por Rin, que nunca esteve tão próximo do seu sonho; Haruka estava legitimamente feliz pelo amigo.

Nanase voltou para Iwatobi depois do ocorrido. A antiga casa de sua avó permaneceu fechada durante o tempo que morou fora, Haru teve um grande trabalho para limpar e reorganizar tudo outra vez, mas todo o esforço valeu a pena. Era ótimo voltar para casa.

Durante quase um mês de inércia, aproveitando aquela tranquila cidade litorânea e a companhia dos amigos, Haru decidiu arranjar um emprego "normal". Iwatobi não era uma cidade grande, então era raro encontrar restaurantes gourmet no local. Haru sempre foi um bom cozinheiro e o tempo fora de Iwatobi só melhorou suas habilidades. Quando o pequeno restaurante Iwami abriu vagas para um novo chef, Haru não pensou duas vezes.

O rapaz puxou a manga direita e checou o relógio de pulso.

Ele está atrasado. — Comentou em tom baixo.

Sentou nos degraus e descansou as duas trouxinhas que carregava, uma maior e outra menor. Uma continha dois bentôs e a outra comportava sobras de peixe. Ele desenrolou o pano que cobria os bentôs e fitou o pedaço da praia que conseguia ver de onde estava, ouvindo o barulho monótono das ondas. Escutou um miado baixo e olhou para o chão.

Ah, olá. Você veio cedo hoje — disse para o gato malhado em branco e preto que se esfregava em suas pernas. Desenrolou o pano que continha sobras de peixes e colocou na frente do bichano. — Coma bem.

O gatinho logo começou a comer e Haru o observou.

Ele realmente gostava do emprego que tinha, não poderia nadar todos os dias, mas cozinhar lhe era bastante agradável. Também o alegrava saber que seus amigos eram felizes nos respectivos trabalhos. Nagisa se tornara um instrutor de natação infantil no clube de Iwatobi, o mesmo clube onde se conheceram e começaram a nadar juntos. Rei era um químico recém-formado, trabalhando na faculdade de uma cidade próxima. E Makoto...

Desculpe pelo atraso!

Makoto, presumidamente, correu até ali pois seu rosto estava suado e parcialmente coberto de fuligem. Ainda usava as calças folgadas pretas com listras fluorescentes, botas antifogo e vestia uma camisa azul-marinho comum, com a jaqueta de trabalho enrolada na cintura.

Makoto havia se tornado um bombeiro, algo um tanto inusitado para alguém não tão corajoso como ele, mas era perfeito para alguém com um coração tão bondoso. Aquela não fora sua primeira opção, trabalhou por bastante tempo em uma cafeteria enquanto cursava biologia em uma universidade próxima, porém acabou desistindo no início do curso. Enquanto ainda decidia que rumo tomar, Tachibana ingressou na academia de bombeiros.

Haru encarou-o.

Está tudo bem. — Foi a única coisa que respondeu.

Makoto aproximou-se em passos cansados.

Desculpa, Haru. Foi uma loucura hoje, tivemos um incêndio em uma creche — coçava a nuca, fazendo que a fuligem se espalhasse no ar. — Conseguimos salvar todas, foi um incêndio pequeno. Mas eu quase me desesperei ao ver tantas crianças.

Mako sentou-se no chão do beco em frente ao amigo, apoiando as costas no muro. Ele sorriu e fez carinho no gato de rua.

Haru entregou um bentô para Makoto.

Fiz seu preferido hoje. — Comentou.

O bombeiro abriu sua pequena marmita e deu um grande sorriso ao se deparar com curry verde, iscas de peixe e arroz; todos perfeitamente organizados. Haru era tão prestativo que fazia questão de decorar o bentô, dessa vez o arroz estava moldado em forma de estrela.

Aah, Haru! Muito obrigado! — exclamou. — Isso deve ter dado um trabalhão!

Haru abriu sua própria marmita.

Não se preocupe. — Respondeu calmamente, colocando o cotovelo na coxa direita e apoiando a bochecha na palma da mão. — Eu não consegui fazer o bolo que você pediu. Estive bem ocupado.

Não? — Mako havia pedido um pedaço do bolo de chocolate feito por Haru. Ele não comia um pedaço há anos e implorou para que o cozinheiro fizesse naquele dia. — Hum... Está tudo bem — ele sorriu mesmo assim. — Já estou pedindo muito, não é?

O menor o encarou por um tempo.

Desde que Haruka se tornou chef, ele se propôs a cozinhar o almoço do amigo de infância. Infelizmente, os amigos tinham horários diferentes. Exceto às Quartas-Feiras. Por isso, no meio da semana, os dois se reuniam atrás do restaurante e conversavam descontraidamente enquanto dividiam o almoço.

Makoto separou seus hashis e esfregou-os. Deu um grande sorriso ao observar novamente a disposição dos alimentos em seu bentô e pegou a maior quantidade de comida que pôde.

Haru observava o amigo que tinha uma expressão engraçada no rosto.

O que há? Está ruim? — Perguntou com um par de hashis em mãos.

Makoto mastigou e engoliu sua comida. Abriu um largo sorriso.

Não, está delicioso! — respondeu com sinceridade genuína. — Já falei que sua comida é a mais gostosa — seus olhos se arquearam em meio a seu sorriso gentil. — Se eu pudesse, comeria sua comida todos os dias, Haru!

Haruka ficou mudo e seus olhos azuis arregalaram-se em surpresa. Suas bochechas adquiriram um bonito tom avermelhado e ele virou a cabeça para a esquerda, tentando esconder sua face de Makoto. Era raríssimo ter a visão de Haru encabulado.

Makoto idiota. — Resmungou.

Tachibana deu uma risada doce.

Os dois desfrutavam seu almoço em silêncio. Nanase fitava o rosto sujo do amigo discretamente.

Nos três anos que ficou fora, Haruka finalmente compreendeu o quanto precisava de Makoto. Não que o rapaz fosse dependente do mais alto, longe disso. O chef sempre fora muito responsável e já estava acostumado a viver por si só. Entretanto, sentia falta de alguém para acordá-lo ou puxá-lo da banheira. Alguém para saber o que estava pensando antes mesmo de falar algo. Sentia falta de Makoto.

E só soube daquilo quando pôs os olhos no melhor amigo depois de três longos anos. Mesmo com as mudanças na sua aparência — Makoto tivera vários cortes de cabelo ao longo dos anos e tinha ficado ainda mais forte com o trabalho de bombeiro —, ele continuava o mesmo adolescente gentil que fora. Só depois de ficar distante por tanto tempo que Haruka percebeu o quão precioso Tachibana era. O quão sua voz lhe acalmava, o quão seu sorriso lhe dava vida; o quão estava apaixonado por ele.

Haru sabia dos sentimentos amorosos que Makoto sentia por ele na juventude, apenas um tolo não perceberia as pequenas declarações de amor que Tachibana o entregava todos os dias. Contudo, Haru não tinha certeza se sentia o mesmo.

Nutria um carinho imenso pelo amigo, isso não era mistério para ninguém, mas o rapaz acreditou se tratar apenas de um sentimento puro de amizade e nada além disso. Só conseguiu perceber o que realmente era quando voltou para Iwatobi e já era tarde demais.

Ao primeiro contato com Nagisa, o velho amigo fez questão de lhe contar sobre tudo que perdeu quando esteve fora. Contou sobre seu novo emprego, sobre o aparente namoro do Técnico Sasabe com a professora Amakata, sobre o futuro intercâmbio de Gou e sobre os mais íntimos detalhes do seu relacionamento com Rei — coisa que Haru poderia muito bem continuar sem saber. E, claro, sobre os namoros de Makoto.

Nagisa contou que o mais alto teve vários affairs durante os três anos, com homens e mulheres. Hazuki falou que, estranhamente, todos pareciam com Haru na aparência ou personalidade. Nanase estranhou o fato, mas tomou-o como mera coincidência e disse que a saudade já estava afetando as percepções do loirinho. Contudo, Haruka não conseguiu conter a sensação em seu peito e o gosto amargo em sua boca. Não julgou o fato de Makoto ter seus casos, o rapaz era um romântico incorrigível e, cedo ou tarde, encontraria alguém disposto a receber todo aquele amor. E quem seria o louco para dispensá-lo? Makoto lhe parecia o arquétipo do namoro perfeito.

Haru nunca tivera interesses amorosos por alguém e sua libido era quase inexistente, porém ao imaginar alguém com Makoto, beijando-o e tocando-o em lugares inimagináveis fez com que sua garganta ardesse e seu coração acelerasse. Seria aquilo ciúmes?

Haru voltou a encarar Mako que acariciava o gato dormindo aos seus pés. Nanase amaldiçoava-se por ter perdido sua chance com o amigo e lembrou-se de quando estava prestes a se mudar daquela cidadezinha. Tachibana chorou copiosamente na primeira vez que soube e, no último dia de Haruka em Iwatobi, Makoto quase conseguiu se confessar. Caía uma fina garoa quando os dois voltavam da cerimônia de formatura do colégio e Makoto parou no meio da rua, dizendo que precisava falar algo. Depois de momentos de silêncio apreensivo, o rapaz de cabelos castanhos sorriu e falou: "Esqueça. Não é nada importante".

Foi melhor ele não ter falado mesmo, Haru não responderia. É claro que o amava, mas ele mesmo não sabia daquilo. Não ainda.

O que vai fazer no seu aniversário, Haru?

Aquela pergunta tirou o chef de seu transe.

Hã?

Eu perguntei — Makoto ainda mastigava a comida. — O que você vai fazer no seu aniversário. É amanhã.

O moreno tirou seus olhos do amigo.

Nada.

Nada?

Haru remexeu no arroz em sua marmita. Foi quando percebeu que sua comida estava intacta.

Por quê? Não quer nem fazer uma festa? — Perguntou o de cabelos castanhos.

Makoto fazia aquela pergunta todo o ano, mesmo sabendo a resposta.

Não. É muito trabalho. — Falou com seu rosto indiferente.

Makoto sorriu. Não era como se pudesse fazer algo para mudar a personalidade do amigo.

Nós devíamos fazer algo juntos, pelo menos. — Comentou o mais alto voltando a comer. O outro não disse uma palavra.

Haru perguntava-se o que diabos havia acontecido com ele mesmo. Aquele comentário tão casual vindo de Tachibana fez com que ele conseguisse escutar seus batimentos cardíacos em seus ouvidos. Era como se tivesse perdido sua imunidade contra todas as coisas que Makoto fazia, as mesmas coisas que pareciam afetar todos menos Haruka. Enfim entendeu porque o amigo recebia tantos chocolates no Dia dos Namorados. Aquela paixonite iria matá-lo, mas ele ainda conseguia esconder todos seus sentimentos em sua máscara apática, felizmente.

Concentrou-se em terminar seu almoço, apesar de seu estômago não aceitar muito bem as sobras da cavalinha com abacaxi. Relembrou como os amigos achavam aquele prato estranho na juventude e ele acabou por se tornar um dos pratos mais apreciados do restaurante. Ao pensar nisso, Haruka quase sorriu.

Ao contrário do amigo, Mako parecia apreciar muito a sua comida. Ele mastigava enquanto fitava sua refeição.

Haru — chamou-o com uma expressão aflita. — Você não usa as sobras do restaurante no meu almoço, não é? Nunca os vejo no cardápio.

Não, não uso.

Makoto fitava o seu bentô pela metade. Toda a bonita disposição dos alimentos fora arruinada.

Por quê, Haru? — direcionou os olhos verdes e confusos para o amigo em sua frente. — Não que eu reclame, quer dizer, sua comida é deliciosa. Mas por que você tem tanto trabalho apenas por minha causa?

Novamente, Haru ficou mudo. Gostava de cozinhar para Makoto, mas queria contá-lo toda a verdade. Queria contá-lo que para ele aquilo não era um simples almoço. Toda vez que cozinhava para o amigo, dava o máximo de si para agradá-lo — o que não era uma tarefa necessariamente difícil. Haru nunca foi bom com as palavras e nunca seria. Ele cultivou uma esperança ingênua de que sua comida esclareceria melhor seus sentimentos do que qualquer palavra que pudesse proferir e que, talvez, Tachibana pudesse entendê-los e retribuí-los. Tinha pleno conhecimento que aquela era atitude de uma garotinha de 13 anos enfrentando o seu primeiro amor e, bom, Makoto era seu primeiro e único amor. Era patético, mas o que ele poderia fazer? Ele perdeu a sua oportunidade com Makoto há três anos e provavelmente não a teria de volta.

Haru respirou fundo.

Porque eu quero. — Explicou como se fosse uma resposta óbvia.

Makoto encarou-o, mas logo sorriu. Sentiu falta do jeito do amigo mais que tudo nos últimos anos. Agradeceu imensamente por ele ter retornado, enfim.

O mais alto suspirou e os dois aproveitaram o resto da refeição em silêncio

Tachibana logo terminou de comer.

Aah, delicioso ~ — Makoto apoiou suas costas na parede e suspirou, contente. — Obrigado de novo, Haru!

Haruka apenas acenou com a cabeça e deixou de lado a sua marmita quase cheia. O bombeiro observou o céu azul por um momento.

Hm... Que horas são?

O chef olhou no relógio de pulso.

Duas e vinte. — Disse, surpreso pela hora ter passado tão rápido.

Duas e vinte?! — Mako levantou-se em um salto. — Ai, não! Eu preciso voltar logo para o Quartel, acabei me esquecendo que meu turno é mais cedo hoje! — ele recolheu o casaco que estava no chão. — Me desculpa, Haru!

Hm... Está tudo bem — disse, observando o amigo arrumar depressa o seu uniforme. — Anh... Makoto...

O nome do rapaz saiu de seus lábios em um sussurro. Makoto estava com tanta pressa que sequer ouviu.

Haruka levantou-se e segurou Tachibana pelo braço quando ele ia embora. Mako encarou-o com surpresa.

Se você tiver tempo — o moreno sequer soube que palavras usar. Um nervosismo quase desconhecido começou a tomá-lo. — Pode passar lá em casa amanhã?

Tachibana o fitou por alguns segundos. A diferença de altura dos dois parece ter aumentado depois de anos.

Claro, Haru! — sorriu gentilmente. — Você vai fazer o bolo?

Er... — Nanase não era um fã de açúcar. Mas estava ciente de como o amigo gostava de doces, principalmente do bolo de chocolate que sempre pedia. Ele desviou os olhos do mais alto. — Claro. Tanto faz.

Oba! — Mako comemorou como uma criança. — Quer que eu avise Rei e Nagisa?

Haru colocou seus olhos no chão e balançou a cabeça negativamente.

Oh — o outro entendeu de imediato. — E-está bem, então.

A face de Makoto ficava cada vez mais avermelhada e ele sorria. Era visível o quão feliz o bombeiro ficou com a proposta, mas ele tentava ao máximo não demostrar.

Anh... Bem... Eu preciso ir — se atrapalhou com as palavras, mas, mesmo assim, conseguiu dar o melhor presente de aniversário para Haruka: O seu sorriso mais caloroso. — Até amanhã, Haru!

Até. — Disse, quase hipnotizado pelo rosto pateticamente perfeito do rapaz.

O bombeiro saiu depressa e acenou para o chef uma última vez antes de sumir do seu campo de visão. Quando Makoto já não estava perto, Haruka sorriu.

Um dos maiores sorrisos que dera na vida; se ele fosse uma pessoa sensível, já estaria entregue às lágrimas. No dia seguinte ele confessaria seus sentimentos e se desculparia por ter feito isso tarde demais. Tiraria aquele peso do peito, enfim. Começou a imaginar vários cenários e possibilidades, e acabava ficando mais nervoso. O medo e ansiedade consumiam-no por completo, nunca esteve tão ansioso por um aniversário antes.

Não saberia qual seria a resposta de Mako, apenas esperava que ele ainda sentisse a mesma coisa depois de três anos. Também esperava que ele passasse a noite em sua casa, assim como nos velhos tempos. E, principalmente, que ele esquecesse todas as outras pessoas que já namorou e que Haruka voltasse a ser o único em sua vida.

As dúvidas pairavam na cabeça do cozinheiro e seu coração estava em luta apesar de seu rosto frio.

Pelo menos de uma coisa tinha certeza: Ele precisava fazer o melhor bolo do mundo.

Apenas para Makoto.


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Notas finais do capítulo

Essa fic me pareceu bem estranha, mas espero revisá-la melhor depois. (preguiça preguiça lalala)
Enfim, acho que é a primeira vez que eu faço uma fic focada nos sentimentos do Haru (deve ser por isso que ela me parece estranha huehue). Acho que é porque é sempre o Mako-chan indo atrás dele e quase nunca o contrário. xD
Well, por favor me digam o que acharam! >_
See you next water time!