POV Hermione Granger

Durante estes malditos meses tenho trabalhado como uma condenada no caso de Draco. O David me ligou e disse que precisaria de mais tempo para ter uma resposta conclusiva sobre os papeis, a Rose começou a agir estranho como se escondesse algo de mim, e o Hugo está sempre a acobertando.

Eu estou me sentido perdida. Eu quase desisti do caso três vezes neste período e agora o Malfoy estava na fase de recordações me fazendo lembra todos os “nossos momentos felizes”, o que quase me fazia pecar e cair na tentação... Literalmente.

Este fim de semana – como atualmente anda acontecendo com muita frequência – a Rose e o Hugo iriam passar o fim de semana na casa do Harry e da Gina – que vive me dizendo que eu não estou lhe dando mais atenção –. Enquanto isso, eu preciso ir para as empresas Malfoy’s para olhar uns papeis e, o pior, ficar horas seguidas na companhia de um loiro sexy que me faz esquecer como se respira. Eu o odeio.

Eu já estava de frente à empresa, me preparando para entrar para minha tortura e fazendo uma meditação para me controlar e não agir como uma louca e acabar cedendo aos seus charminhos.

Que Deus, os deuses, Jeová, Merlin e Morgana e todos os santos e entidades do mundo esteja ao meu favor.

POV Draco Malfoy

Nunca pensei que a partir de algo ruim – péssima, devastadora, desgastante... –, como o meu processo com a Astoria, poderia vim alguma vantagem. Mas veio. Hermione veio. Quando aceitou o meu caso, me deixando imensamente feliz. Esta seria minha segunda chance, dessa vez seria diferente, tudo daria certo.

Eu não acreditei quando minha vida, meus planos foram jogados fora por culpa de uma noite insana que nem ao menos lembro o que ocorreu. Estou decidido a fazer da certo dessa vez, tentando a fazer relembrar o nosso passado. Mas claro, retirando as partes ruins.

Meu casamento foi uma fachada total, fui obrigado a casar com Astoria por causa de uma criança que nunca chegou a nascer. Fui obrigado a ver outro homem tomar “posse” da mulher que eu amava, de construir com ela tudo que eu sempre quis construir.

(Coloque a musica a parti daqui)

É claro que nunca esqueci ou esquecerei minha amada Herms. Por isso lutarei por ela.

Encaro neste momento uma foto dela, que sempre levei comigo para qualquer lugar que eu fosse me fazendo relembrar seus dos mínimos detalhes. De como nos encaixávamos perfeitamente um no outro, como as duas únicas peças de um quebra-cabeça. Como nos conhecemos, de como brigávamos antes de nossa história de amor, mas parecia que o destino conspirava ao nosso favor.

Lembro que eu nunca resistia em contar suas sardas do rosto quando estava juntos. Eu sabia que ela não gostava das rugas que se formavam abaixo dos seus olhos, ela sempre cobria com as mãos me impedindo de ver o seu sorriso.

Ela nunca amou sua barriga e suas coxas, sempre perguntava como eu gostava dela assim. Também lembro das covinhas que tem nas costas no final da sua espinha. De que sempre tomava uma xícara de chá antes de dormir, tenho certeza que isso não mudou, eu sempre a imaginei sentada no nosso sofá, da nossa casa, tomando chá e os nossos filhos a pedia para colocá-los na cama. Realmente isso pode ter ocorrido, mas não comigo, nada disso foi nosso.

Lembro dela falando enquanto dormia, e todas as nossas conversas que ainda são segredos, mesmo que elas não tenham muito sentido para mim. Sei que nunca amou sua voz gravada, e que nunca quer saber quanto pesa.

Mas eu sempre amei isso. Pois essas pequenas coisas a formava. E elas nunca vão sair da minha cabeça, nunca vou deixar um detalhe dela me escapar, e vou fazer de tudo para lhe relembrar dos momentos bons todos os dias.

Pois eu nunca liguei para nada disso, eternamente será perfeita para mim.

Nunca irá se amar nem metade do quanto a amo. Eu quero que ela saiba que eu sempre estarei aqui, eu sempre estive. Se me ligasse eu correria para onde estivesse, nem que como consequência eu fosse deserdado, mas o seu telefonema nunca veio.

Fui retirado dos meus pensamentos quando o telefone tocou, abri a gaveta guardando a foto e em seguida o atendendo.

– Aló? – Pergunto.

– Senhor Malfoy. Gostaria de sabe se poderia deixar à senhora Hermione Weasley entrar. – Ao ouvir o nome da Mi respondi imediatamente que sim.

– Malfoy. – Falou Hermione sentando-se em uma das cadeiras.

– Hermione, você sabe que para você é e sempre será Draco. – Falei sorrindo e não pude deixar de reparar como ela estava tão bonita, como sempre, os anos sempre a ajudara.

– Vamos logo ao assunto senhor Malfoy. – Começou ela e logo foi explicando como o processo estava indo, e que o tal David ia aprofundar a pesquisa, mas que a documentação está bastante suspeita. E assim se passou uma hora e meia.

– Hermione lembrasse aquele soco que você me deu no terceiro ano? – Tinha que continuar meu plano de relembrar o passado. – Foi quando eu tive certeza dos meus sentimentos por você. – A vi ficar desconcerta e corar, estava funcionando. Vi que ela ia falar e a cortei. – Mas eu comecei a gostar de você logo quando te vi, mas você só andava com o cenoura e o santo Potter. – Falei mais algumas coisas enquanto me aproximava dela, como ela estava de cabeça baixa não notou minha aproximação, quando levantou o rosto eu a surpreendi com um beijo cheio de saudades. Eu esperava ela me afastar e me dar um tapa, mas isso não aconteceu, ela apenas aprofundou o beijo, demonstrando quanta saudade sentia de mim, porém, infelizmente, o telefone tocou e ela se afastou de mim.

POV Hermione Granger

Eu não acredito que correspondi ao beijo, quando o telefone tocou me afastei imediatamente dele e me arrumei, logo saindo da sala sem falar nada nem dar espaço para ele falar.

Desci as escadas apressada já não quis espera o elevador. Entrei no carro e rumei para a casa de Gina, chegando lá bati na porta e o Harry atendeu.

– Hermione que saudades, nem parece que voltou para Londres de tão sumida! – Ele exclamou me abraçando.

– Estou tendo muito trabalho. – Respondo entrando e sentando no sofá junto com o Harry.

– Sei, já veio pegar as crianças? – Perguntou.

– Não, vim conversar com a Gina na verdade.

– Ela...

– Harry quem chegou ai? – Perguntou Gina se aproximando. – Hermione! Que saudades.

– Também estava com saudades, será que podemos conversar? – Nós nos encaminhamos para o quarto dela onde sentei na poltrona e ela na cama, então me olhou esperando que eu falasse algo.

– Eu beijei Draco Black Malfoy, e quero mais. – Minha voz saiu desesperada.