Logo que seus filhos saíram, Hermione se dirigiu ao pequeno escritório que se localizava na ultima porta do corredor, sentou-se na mesa e encarou por alguns segundos o notebook depositado nela. Depois o abriu e foi em direção ao e-mail, viu que não tinha nada novo então, o atualizou diversas vezes ate aparecer uma nova mensagem: CASO MALFOY. Era o titulo. Abriu e passou o olho rapidamente pela mensagem, tinha quatro arquivos em anexo, ela decidiu-se por olha primeiro as provas.

Na verdade a maioria das provas em si não tinha muito valor, mas quando unidas, sim. A primeira prova aponta desvio de dinheiro e demissões por injusta causa. Também tem uma clausura do casamento, hum... Isso parece interessante. Ela olhou atentamente essa parte a qual eles tinham de ter fidelidade um ao outro, e parece que o Malfoy o descumpriu... Bem a cara dele!

Deu mais uma olhada em alguns documentos fazendo anotações e percebeu umas coisas – pequenos detalhes – erradas em dois documentos, esse documento era relacionado a desvio de dinheiro, nele havia um pequeno erro em um dos símbolos o que nunca acontece.

Ela pegou o telefone e discou um numero, conferiu na tela se estava certo e clicou no botão verde confirmando a chamada, ouviu o telefone tocar umas três vezes e uma voz masculina do outro lado da linha atendeu.

– Alô. – Disse a voz.

– David, sou eu,Hermione. – Falou ainda analisando o documento.

– Eae, Mi. O que manda? – Ele falou tirando onda e fazendo a mulher soltar um riso abafado, logo ficando seria novamente.

– Eu preciso de sua ajuda.

– Fale. – Sua voz ficou seria.

– Eu tenho um documento aqui, e tem alguma coisa errada. – Falou ao mesmo tempo enviando o documento ao homem. – Estou te enviando agora, olhe ai. – Passou-se alguns segundos ate que se fizesse algum som novamente.

– Estou vendo. – Alertou.

– Olha o canto esquerdo, o símbolo da SIOAO*. – Falou ela observando onde ela tinha mandado. – Tem alguma coisa errada.Olhe as linhas, a fonte. Eu não tenho certeza, preciso que você faça isso por mim? Dá uma checada?

– Okay, vou olhar imediatamente.

– Sabe, se tiver qual quer coisa suspeita me diga. – Ela deu uma pausa soltando um suspiro pesado. – Esse caso é pessoal.

– Pode deixa comigo. – A voz disse. – Tchau. – Eles desligaram o telefone.

Hermione olhou novamente a tela do computador em seguida o fechando.Olhou o relógio na parece e viu que ainda eram 11:50 hrs, mas não estava com fome, então decidiu deitar um pouco. Depois teria que falar com o Malfoy sobre esse documente, e certificar se ele havia mesmo traído a esposa. Ela subiu até o segundo andar e deitou na sua cama, na hora em que ia cochilando seu telefone tocou.

(Coloque a musica a parti daqui)

– Alô? – Ela falou ao atender, com uma voz um pouco cansada.

– Alô, Hermione? – Falou a voz do outro lado que ela suspeitou ser de Draco.

– Sou eu, quem é? – Perguntou tendo certeza da resposta.

– Sou eu, Draco. – Ele falou.

– Ah... – Soltou um suspiro desanimado. – O que quer Malfoy?

– Liguei para chamar você para almoçar comigo. – Ele falou e ela já ia recusar quando ele acrescentou. – Para falar do caso.

– Eu preciso mesmo falar com você, hoje eu dei uma olhada nos papeis e encontrei algumas coisas. – Falou. – Aonde e que horas?

– Três Vassouras ás 13:00, pode ser? – Perguntou.

– Está Bem, não se atrase. – Falou já desligando o telefone, ela estava muito nervosa, dizia a si mesmo que era só trabalho, só trabalho.

Correu para o banheiro e tomou uma ducha. Escolheu um vestido preto básico, um sapato alto vermelho e uma bolsa de mão da mesma cor. Usou uma maquiagem simples mais voltada para os olhos e desceu as escadas em direção ao carro.Dirigiu ate ao Três Vassouras, que não ficava muito longe, parou o carro no estacionamento, e retocou o batom olhando pelo retrovisor, olhou o relógio de pulso e estava 15 minutos adiantada. Mas para sua surpresa quando chegou as portas do restaurante, Draco já estava lá, ele a olhou e sua boca formou um perfeito O.

– Você está muito bonita Hermione. – Ele falou e ela corou.

– Obrigada Malfoy. – Falou entrado no lugar.

Eles foram para uma mesa mais afastada, onde Draco puxou a cadeira para que ela sentasse. Ela o agradeceu no mesmo momento que o garçom dirigia-se a eles. Fizeram seus pedidos e ficaram alguns minutos calados, até Hermione quebrar o silencio.

– Bom, eu dei uma olhada nos arquivos que o senhor me mandou...

– Hermione, não me chame de senhor. – Ele a cortou.

– Como eu ia dizendo senhor,Malfoy – Ela frisou a palavra senhor. – Eu dei uma olhada nos arquivos e achei algo suspeito em um deles, eu enviei ele para um amigo meu especialista em falsificação e ele vai me dizer se tem algo de errado nele.

– Hermione, eu não acho apropriado entregar este arquivo a outra pessoa.

– Não se preocupe, David é de confiança. – Foi a vez dele ser cortado por ela.

– David?! – Ele perguntou.

– Sim, o especialista que falei a alguns segundos. – Ela disse e ele fez uma cara feia. – Eu preciso fazer uma pergunta e espero que o senhor seja honesto. – Nesta hora o garçom chegou e serviu os dois, em seguida se retirando.

– Sim, claro. Pergunte...

– Eu preciso saber se as acusações de traição são verdadeiras. – Ela foi direta.

– É claro que não! – Ele falou alto. – Não da minha parte, já não posso dizer o mesmo dela.

– Desculpe-me mas eu tinha que perguntar. – Ela respondeu, e ele já estava se irritando com o formalismo dela. – Mas como assim não pode dizer o mesmo dela?

– Acho que ela tinha um amante. – Foi a única coisa que ele respondeu.

– Isso é ótimo! – Ela exclama e ele a olha juntando as sobrancelhas. – Que dizer, eu sinto muito, mas se for verdade poderemos usar isso contra ela. Você me disse que ela era negligente quanto ao filho.

– Sim. – Ele confirmou.

– Podemos usar isso também, será que ele aceitaria testemunhar contra a mãe? – Ela perguntou e ele fez cara feia.

Eles terminaram de almoçar e Draco pagou a conta. Se retiraram do restaurante juntos e ele a acompanhou até o carro. Ao chegarem no veículo, Draco a pegou fortemente pela cintura.

– Me solte senhor Malfoy. – Ela disse calma, mas logo que encarou com aqueles olhos. Me vi perdida. Eles estavam se aproximando cada vez mais, até escutar um só de buzina que os distraiu mas que não fez Draco a soltar.

– Só se você falar meu nome. – Ela hesitou, mas acabou cedendo.

– Me solte Draco. – Ela disse e ele riu, puxou ela novamente depositando um beijo em sua testa e a soltou. Ela entrou no carro e abriu a janela para falar com ele. – Se fizer isso de novo desisto do caso. Passar bem senhor Malfoy. – E assim ela foi para casa totalmente desnorteada e sem tirar aquele loiro e o quase beijo da cabeça.