Rose jogou-se no sofá enquanto abria um pacote de salgadinhos. Vestia camiseta de um time de futebol de seu irmão Hugo que quase lhe atingia os joelhos. Os cabelos ruivos tocaram o chão quando ela pendeu a cabeça. Suspirou. Sentia medo de perdoar Scorpius e se arrepender, mas seu coração doía tanto. Ouviu o barulho vindo da porta e suspirou antes de se encaminhar para até lá e abri-la, sem cerimônias. Ficou surpresa ao se deparar com Scorpius parado.

– O que você quer aqui? – Ela perguntou depois de um tempo em silêncio.

– Queria que me perdoasse. – Começou, incerto. – Já não sei mais o que faço, Rose! – Ele parecia cansado e Rose notou que ele tinha olheiras.

– Tudo bem, entre! – Ela murmurou abrindo passagem para ele, que entrou e fechou a porta atrás de si. Ele não se sentou e nem ela; ficaram se encarando.

– Me perdoe, Rose. Eu não tive culpa. Nós já havíamos terminado! – Ele implorou e segurou levemente os braços da garota ruiva.

– Eu fiquei tão magoada, Scorpius. Você não faz ideia – Ela disse, tristemente.

– Eu sei meu amor, eu sei. Perdoe-me – Ele continuou. Ergueu o rosto da menina olhando em seus olhos. Ele beijou sua face levemente e ela fechou os olhos.

(Coloque a musica)

– Eu sinto sua falta. – Ela confessou por fim.

– Eu também, Ross. Eu também! – Ele sorriu de forma bonita e beijou-a nos lábios como há muito tempo desejava. Recolheu-a em um abraço apertado que a tirou do chão. Ele cheirou seus cabelos, fazendo-a gargalhar e ele se recordou que amava a risada dela.

– Eu te amo – Ela disse. E ele sentiu o cheiro dos seus cabelos mais uma vez.

Ele sentou-se no sofá puxando-a para seu colo beijou seu nariz, testa e bochechas arrancando risos da menina ruiva.

– Todos vieram aqui interceder por você, senhor Malfoy! – Ela disse entre risos.

– Não me diga, senhorita Weasley! – Ele brincou.

– Digo, e digo mais, senhor Malfoy... Até James me pediu para falar com você!

– Não brinca! – Ele riu mais, apertando-a em seus braços.

– Quer dizer... Todo mundo menos Babi, é claro!

– É claro que ela não! Aquela sua amiga é doida! – Ele gargalhou.

– Não fala assim dela! – Ela disse, brincalhona e bateu de leve em seu braço.

– Você sabe que ela tem grande probabilidade de ser mulher bomba, não sabe?! – Ele disse e Rose deu um pequeno gritinho bobo.

– Não brinque, Scorpius! – Ela ainda ria.

– Agora que te tenho de novo nos meus braços não quero mais soltar! – Ela colocou as pernas sobre o sofá enlaçando o rapaz pelo pescoço. Ele a abraçou forte e iniciaram um beijo apaixonado. Tão apaixonado que não escutaram a chave girar na fechadura e Hermione entrar por ela de mão dada com Draco.

– O que está acontecendo aqui? – Hermione perguntou firme. Logo que escutaram a voz da mulher os dois se afastaram em um pulo cada um parando em uma ponta do sofá.

– Ah... Oi mamãe, Senhor Malfoy! – Ela pareceu se dar conta das palavras que disse. – Senhor Malfoy?

– Oi crianças. – Ele respondeu, parecia desconcertado.

– Você não me respondeu, Rose. – Hermione lembrou-a querendo ajudar Draco.

– Eu e Scorpius voltamos, mamãe – Ela disse baixinho e Scorpius abriu um sorriso bonito, como se percebendo agora a boa noticia.

– E você, papai, o que está fazendo aqui na casa da Rose? – questionou Scorpius.

– Não vamos mudar de assunto, rapaz! – Hermione disse. Parecia brava. Mas quem a conhecia bem – no caso Rose e Draco – sabia que ela só escondia a diversão e o contentamento em ver sua filha bem de novo.

– D-desculpe, senhora Weasley! Não quero que pense que estou me aproveitando de Rose na sua ausência. De maneira alguma! É só que... Eu a amo! – Scorpius tentou se explicar.

– E o que me diz do estado de vocês dois, hein? – Indagou Hermione perspicaz. Rose atingiu tons ainda mais vermelhos na face e interrompeu os questionamentos da mais velha.

– Ora, que isso mamãe?

– Calma, Rosinha! Apenas não me lembro de Scorpius ter me pedido autorização para namorá-la! – Ela devolveu com um sorriso no rosto.

– Oh, meu Deus, que constrangimento! - Ela escondeu o rosto no corpo de Scorpius que pareceu concordar.

– Eu amo muito a Rose, a senhora consideraria me deixar namorá-la? –Ele passou as mãos nos cabelos, nervoso.

– Claro que sim, Scorpius! – Dito isso o puxou para um abraço carinhoso. Sentiu-se acolhido e se pegou desejando ter mais momentos em família como aquele.

– Pois eu também não me lembro do Senhor Malfoy ter pedido para namorar a senhora, mamãe! – Rose resolveu devolver a brincadeira. Colocou as mãos na cintura em pose autoritária. Draco abriu a boca para retrucar, parecia tão constrangido quanto Scorpius ficou. – Na verdade nem sabia que estavam se pegando.

– Ora, Rose! Nós não estamos nos pegando! Estamos saindo. Olhe a boca, e a propósito não precisamos de permissão! – Retrucou Hermione.

– Que ultraje, mamãe! - Ela colocou a mão no peito parecendo ofendida. – Sou sua filhinha querida e devo saber de tudinho!

– Será que a senhorita me deixaria namorar a sua mãe? – Ele perguntou a menina.

– Está autorizado, senhor Malfoy! – Ela pontuou e espontaneamente beijou a face do homem!

– Então já que estamos todos combinados, que tal prepararmos um jantar especial? – Hermione sugeriu animada.

– Eu acho excelente! – Devolveu Draco.

– E vocês dois, tratem de nos ajudar! – Cobrou a mulher mais velha.

– Vocês vão conheceu meus dotes culinários! – Os outros riram. Rose não sabia cozinhar!

Os quatros seguiram para cozinha a fim de preparar o jantar. Logo Hugo se juntaria a eles na refeição. Por mais deslocado que possa aparentar. Eles pareciam uma diferente família feliz. Loiros, ruivos e castanha formando uma sintonia engraçada e bonita. E foi um final de noite onde tudo pareceu estar em seu devido lugar.

Enquanto os mais jovens viam alguma besteira na televisão em som alto, aproveitando os últimos momentos da noite, Hermione e Draco estavam na cozinha. Draco aproximou-se da castanha prensando o corpo da castanha entre o seu próprio corpo e a pia.

– Estava morrendo de vontade de te beijar. – Confessou ele. Astuto ele mordiscou a orelha dela e rendendo-se ela gemeu baixinho.

– Deus, Draco! As crianças... – Ela quis falar mais tendo o homem loiro bonito e incrivelmente sexy roçando seus corpo no dela, ela não sabia bem o que falar.

Draco passou as mãos no quadril da mulher agarrando-a possessivamente. Ela em resposta agarrou-se mais a ele. Ele a puxou para um beijo cheio de malícia e desejo.

– Você é incrível doçura. - Ele murmurou correndo os lábios pelo pescoço da mulher que não ficando para trás subiu as mãos pela camisa dele arranhando suas costas. Ele gemeu roco quando ele mordiscou seus lábios.

Em um impulso ele ergueu o corpo da mulher invertendo as posições ele sustentou o corpo de Hermione a colocando sobre a mesa e se colocando no meio de suas pernas. Encaixou-se a ele com perfeição e avançou com a intenção de tirar-lhe os trajes. Uma risada ecoou no cômodo, vinda da sala. Hermione que iria beijar os lábios de Draco, parou no ato com uma cara engraçada.

– O meu Deus Draco, Estamos na cozinha! – Ela murmurou ajeitando as roupas. Ele resmungou algo que soou como “crianças sempre atrapalhando tudo” enquanto respirava fundo e pensava em patinhos de borracha afim de acalmar sua ereção. Hermione apenas riu e beijou lhe a têmpora.

– Teremos todo tempo do mundo amor. – É realmente teriam.