No outro dia, já em sua casa, Hermione não conseguia tirar a “noite” anterior da cabeça. Com que cara iria chegar lá na empresa? As pessoas certamente ouviram, pelas caras que lhe faziam enquanto ia embora. E com que cara olharia para o Malfoy? Certamente fingiria que nada tinha lhe acontecido, mas a questão era, até quando duraria para ceder aos encantos do loiro?

Ela já estava quase pronta para ir em direção ao seu trabalho novamente; tinha quase certeza de que os documentos eram falsos. Ela já tinha enviado para vários especialistas amigos seus, inclusive o David, que é o melhor na área. Ela só precisava achar uma peça para encaixar tudo, apenas não sabia o que ainda. Ai sim, felizmente – ou infelizmente –, ela se livraria do loiro.

Logo que ela estava pronta, andou em direção ao carro, em menos de 20 minutos ela tinha chegado as empresas Malfoy. Decidiu não pensar muito se entrava ou não, pois ia acabar desistindo e não podia adiar este encontro.

Ao contrario do que pensou as pessoas não a encaravam enquanto andava pelos corredores, apenas quando chegou em frente à sala de Draco, que a secretaria deu um sorriso safado, e depois um olhar ameaçador em direção a ela, que decidiu ignorar e dar duas batidinhas na porta, que logo foi respondida por um entre.

(Musica a parti daqui)

– Olá, senhor Malfoy, tenho ótimas noticias. – Falou seguindo seu plano de fingir que nada aconteceu.

– Achei que já tivéssemos passado dessa parte, Mione. Principalmente depois de ontem... – Ele deixou a frase morrer ai.

– Não teve nada de mais ontem. – Eles ficaram um tempo em silencio e logo ela continuou. – Voltando o assunto, eu tenho quase cem por cento de certeza que são documentos falsos, adulterados...

– Você está fazendo mesmo isso? – Ele perguntou em tom indignado. – Você esta agindo como uma criança!

– Eu não estou fazendo nada. – Disse se fazendo de desentendida, mas ela nunca foi boa atriz. – Só estou lhe passando o relatório que não tive como passar ontem.

– Ah, Granger! Você me tira do serio. – Ele fechou os olhos e apertou o punho tentando se acalmar, mordeu os lábios com pouca força, mas Hermione achou extremamente convidativo, e ela não sabe direito como aconteceu, mas quando viu já estava atacando vorazmente os lábios do loiro, que a principio se assustou, mas depois cedeu, quando ela se deu conta do que fez se afastou dele.

– Viu o que você fez? – Ela gritou apontando para ele e fazendo uma cara ameaçadora. – A culpa é toda sua!

– A culpa é minha? Você que me beijou! – Ele falou, um pouco confuso.

– Você que fica me tentando! – Gritou novamente ela. – SAI DAQUI! – Exigiu.

– Mas... – Ele tentou falar, contudo foi cortado.

– AGORA! – Exigiu novamente Hermione. E o Malfoy o fez. – Quem ele acha que é? Fica me provocando e depois diz que a culpa é minha. E ainda se faz uma de indignado. – Hermione falava consigo mesma e olhou ao redor, percebendo que não estava em seu escritório. – Que droga! – Ela andou até a porta girando a porta lentamente, e se deparou com o Malfoy encarando a mesma. – Passar bem, Malfoy. – E saiu batendo o pé no chão.

Quando chegou no carro, ela percebeu que estava sem sua bolsa, e se xingou por ter que voltar lá. Então ela esperou uns minutos e decidiu voltar. Quando chegou no andar do escritório, percebeu que todos estavam assustados. Não parecia ser com ela, mas o que devia ser então? Caminhou novamente até o escritório dele, mas dessa fez, não bateu na porta. Quem acabou tendo uma surpresa foi ela. Ástoria Greengass Ex Malfoy estava sentada na cadeira que a instantes quem estivera.

– Bela bolsa, Granger. Amo essa marca. – Ela sorriu ao olhar Hermione. Voltou sua visão para Draco e depois para Granger novamente. – Quer se juntar a reunião? Você já é quase da família, não é mesmo?

– Ahm... Claro. – Se ela quer brincar, vamos brincar. Foi o que se passou pela cabeça de Hermione. Quem ela pensa que é para mexer com meu homem?

– Sabe, acho que vou te convidar para ser madrinha do nosso segundo casamento. O que acha? Claro que você não poderá usar esses farrapos que chama de roupa, mas tirando isso tudo bem. – Ela falou tentando humilhar Hermione, que pensou mais rápido.

– Ahh, amor. – Ela falou de forma carinhosa olhando para Draco. – Você não me disse que ia me deixar. – Ela deu um risinho sarcástico.

– Bem... Eu não vou. – Falou ele confuso.

– Isso é ótimo. – Hermione piscou para ele. – Já estava me sentindo traída. Apesar de saber que você nunca faria isso. Então o almoço amanha está em pé, não é?

– Aham, claro querida. Não cancelaria por nada. – É claro que ele não deixaria a oportunidade passar.

– Ahh, Ástoria, antes que eu esqueça. A partir de agora, assuntos com relação ao divorcio e ao processo, só com a advogada dele. – Fez-se silencio enquanto Hermione pegava algo em sua bolsa. – Que claro, sou eu. Assim é bom que fica tudo em família, não é mesmo? – Hermione virou-se para Draco, e lhe beijou profunda e demoradamente, fazendo Ástoria ficar constrangida e com raiva. – Bom tenho que ir para casa. Me acompanha, Ástoria?

– Ahn, claro querida. – Ela soltou um sorriso falso a outra. – Vamos. – Falou já na porta.

– Lembrei agora, vá na frente preciso falar com Draco. – Ástoria saiu soltando fumaça pelo nariz de tanta raiva. – Eu não quero saber dessas vadias dando em cima de você, entendeu? Principalmente quando se trata da sua ex-esposa! – Hermione falou, apontando o dedo para Malfoy, enquanto ele sorria de felicidade.

– Então o almoço está de pé? – Ele perguntou, enquanto ela se aproximava da porta.

– É claro, por que não? – Ela respondeu sem nem se virar.