Mistérios? escrita por Smile Angel


Capítulo 3
O sonho


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui está outro capítulo. Boa leitura. :)



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– Amy –

Meus sonhos não são calmos. Estou sozinha em uma casa aparentemente estranha mas não vejo muita coisa por causa da neblina forte. Ando pelos imensos e numerosos corredores e entro em um dos quartos. Um quarto escuro. É uma noite chuvosa, com vários relâmpagos. Olho em direção à janela e vejo uma silhueta segurando uma espécie de taça. Sinto que não é boa ideia permanecer ali. Quero sair mas não domino mais o meu corpo. A figura se vira, e sou hipnotizada por aqueles olhos tão incomuns. O pânico me domina e não consiga andar, correr ou gritar. Olho ao redor à procura de algo para me apoiar, algo com que eu possa me defender, mas é inútil. Olho para baixo, um clarão ilumina o cômodo e vejo algo perturbador... um corpo mutilado em meus pés. Meu rosto se enche de horror e a figura se aproxima, ainda irreconhecível. Chega mais perto e....

Acordo com o barulho que fiz caindo no chão. Me sento e ajeito os cabelos ruivos desgrenhados. Devo ter me mexido muito enquanto dormia. Tudo o que queria era esquecer aquele sonho. Olho a janela e um dia nublado se faz presente. Arrumo a cama e consulto um velho relógio que se encontrava ali. Muito cedo. Me visto e espero.

– Anfitrião -

Consigo dormir relativamente bem. A não ser pelo barulho que minha convidada fez durante a noite. Falando enquanto dormia... inaceitável. Acordei cedo pela manhã com um barulho surdo, algo caindo no chão. Não dei importância. Chamei um dos criados e falei para preparar o café da manhã.

– Amy –

Não demora muito até que alguém bate à minha porta.

– Srta. Amelie, o café da manhã está pronto. – era a voz de uma senhora. “Tinha alguma senhora aqui ontem?” pergunto. Desço rapidamente e vou em direção à uma grande sala. Diferente da outra, esta continha uma grande mesa posta, com apenas duas cadeiras: uma em cada ponta. Algumas velas na parede e alguns retratos, igual a sala de visitas. Sento em uma das cadeiras e espero. Logo, chega o anfitrião.

– Bom dia, Amelie. Por favor, se sirva. – disse se dirigindo ao seu assento.

– Bom dia. - respondo simplesmente.

Comemos em silencio. Até que no final ele faz um sinal e dois criados retiram a mesa num piscar de olhos. Ele se levanta e pede para que eu o siga. Vamos até a varanda.

– Creio que tenha tido uma noite... nada calma. – disse olhando o jardim. Coro e apenas respondo:

– Sim... me desculpe, senhor.

– Senhor? – ele ri sarcasticamente – Isso pode ser interessante. Me chame apenas de Kyouta.

– Sim, senhor. Digo, Kyouta. Desculpe. – Digo mirando o chão. Algo nele me deixava nervosa.

– Ora, tudo bem. – respondeu simplesmente.

Passamos alguns minutos olhando a vista. Estava tudo quieto... quieto demais. Até que ele riu levemente.

– Amelie, não tinha perguntas ontem à noite?

– Sim. Por que estou aqui? – Perguntei.

– Por razões que você ainda não compreende.

– Como assim?

– Um dia você descobrirá... escute. Você não uma garota comum. – disse me olhando fundo nos olhos. Não entendi. Nasci em uma família que perdeu tudo e hoje mora no interior, quase na miséria. Como não sou comum, se isso acontece com várias pessoas no mundo?

– Ok. – respondi olhando de novo para a neve que ainda cobria as roseiras.

– Bom, se não tiver mais perguntas, vou lhe dar algumas instruções. Nunca entre sozinha na floresta do lado norte. NUNCA! E também nunca suba no último andar. – disse sombriamente.

– O que há na floresta e no último andar?

– Algo que só com a morte poderá descobrir... se tiver sorte. – então, entrou no pequeno castelo.

Algo nas palavras de Kyouta me diziam que era verdade e que não era para desobedecer. Mas a curiosidade sempre falava mais alto... o que poderia haver de tão perigoso? Teria algo a ver com meu sonho?


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