Mistérios? escrita por Smile Angel


Capítulo 18
Finalmente, eu e você


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas o/ é com tristeza que eu dou a vocês essa notícia: Esse é o último capítulo :'( É, a história chegou ao seu final. Obrigado a vocês que leram, comentando ou não, adoro vocês =^.^= Obrigada por talvez entenderem que por ser minha primeira história ela não tenha ficado aquela maravilha, mas me diverti escrevendo ela. Bom, como vocês esperaram a fic toda por uma pitada a mais de romance, esse capítulo quase me fez ter diabetes :'D Espero que gostem meus fofos



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–Liese-

Depois de tudo o que se passou na noite anterior, Kyouta deixou eu e Kai juntos no mesmo quarto, ele dormia profundamente e eu estava no banheiro, cuidando do meu ferimento. No primeiro momento aquilo estava insuportável mas depois se tornou mais suave, eu estava me regenerando... talvez fosse a tranquilidade de vê-lo morto, finalmente. Eu limpei o corte e o enfaixei. Depois voltei ao dormitório e sentei numa poltrona, olhando Kai. Ele parecia estar bem, a cabeça estava melhor. Sorri. Ele não parecia uma pessoa desmaiada, agora só dormia profundamente. Adormeci também, aliviada.

...

Acordei no dia seguinte na cama... junto com Kai. Como eu fui parar ali? Não fazia ideia. Será que ele estava bem? Os raios de Sol alegres me saudavam, acariciando o meu rosto, num bom dia doce.

– Bom dia, Liese. – Kai sussurrou de repente, me fazendo saltar.

– Que susto! Bom dia, Kai. Você está bem? Como... eu vim parar aqui? – perguntei confusa.

– Sim, estou ótimo. Eu te trouxe de madrugada. Você parecia desconfortável ali sentada, então te peguei no colo e te deitei aqui. E... bem... – ele desviou o olhar, corando um pouco – não queria me afastar de você.

Senti o rosto arder. Não sabia o que fazer naquele momento. Foi aí que eu percebi como estávamos: o braço de Kai estava me abraçando pela cintura enfaixada de modo protetor, nossos joelhos se tocavam, a única coisa que separava os nossos rostos era o outro braço dele com as nossas mãos entrelaçadas, inconscientemente. Muito perto. Perto demais.

– Ér... o-obrigada, Kai – gaguejei – não precisa se incomodar comigo... ainda mais depois que descobriu o que eu sou...

Fui interrompida quando ele puxou o meu rosto delicadamente e depositou em meus lábios um beijo breve. Meu coração batia descompassado, tudo estava girando. “Oh...” pensei. Ele se afastou e sorriu.

– Por nada, Liese. – disse dando uma piscadela no jeito mais Kai possível e sorrindo.

Ele começou a rir do nada com a minha expressão, os olhos arregalados e a boca entreaberta.

– O.... que... foi... isso... d-do nada? – as palavras saíram com dificuldade. Mas como assim? Ele não entende o que fiz?

– Um beijo...? – falou como se fosse a coisa mais óbvia.

– Eu percebi... mas...?

– Não sei se reparou, mas dormimos juntos. E... cá entre nós... você ronca um pouco. – disse se levantando rápido.

É... pra alguém que bateu a cabeça e ficou inconsciente ele estava bem rápido e espertinho. Talvez tivesse esquecido de tudo o que disse. Sorri com a possibilidade.

– Vamos ver se os outros já acordaram? – eu disse, tacando-lhe um travesseiro.

– Kyouta –

– Moço! Moçooo... acorda, moço. – Uma voz infantil me chamava. Abri os olhos lentamente. Era Alice.

– O-oi, bom dia, Alice. – cumprimentei a garotinha. – Sua irmã já acordou?

– É, acho que sim... quando acordei ela não estava mais na cama.

Corri os olhos pelo quarto e não vi Amelie. “De novo não.” Eu já estava sentado quando a porta abriu ela abriu a porta e entrou com alguns livros.

– Oh, já acordaram. – ela parecia cansada, estava curvada e andando com dificuldade – bom dia.

– Bom dia, Amy! – Alice correu e abraçou a irmã.

– Bom dia. Como está? Não saia por aí sozinha nesse estado! – “caramba, mas que susto! Não faça mais isso, por favor!” meu coração estava acelerado.

– Ora, estou bem... – desequilibrou e se sentou na cama. – só meio tonta ainda. Seus ferimentos?

– Estão melhores. E os de vocês?

– Também... pelo visto Alice sabe cuidar de machucados. – disse Amelie apontando para os curativos das duas e alguns meus. A garotinha abriu um sorriso tímido e corou. Sorrimos.

– Temos que dar um jeito na sua situação, transferir parte dos poderes para outro lugar... sua espada!

– M-minha espada? Melhor não...

– O quê então? – perguntei pensativo.

– Um livro. Dá para esconder melhor... eu acho. Podemos guarda-lo no nosso sótão e camufla-lo.

– É, uma boa ideia. Arrumaremos um que não chame atenção o mais rápido possível.

Ela sorriu levemente e retirou um livro de brochura de capa vermelha lisa e folhas amareladas, todo desbotado, da pilha e me estendeu.

– Eu imaginei que algo do tipo seria preciso, e se não fosse, eu daria algum de jeito de fazê-lo e readquirir o poder quando estivesse devidamente pronta.

– Oh, bom. – peguei o livro. Realmente, não chamaria atenção. Li o título num murmúrio. – Sacrifícios de uma noite sem luar... Que ironia.

Ela assentiu olhando para o chão, Alice em seu colo. De repente a porta se abriu e Liese, Kai e Francesca entraram, a mulher de meia idade estava encarando o piso sem dizer uma palavra sequer.

– Bom dia, pessoal. Amelie você foi incrível! – disse Kai

– Obrigada – respondeu ela sorrindo, fraca.

– Sim, garota, você vai saber administrar esses poderes melhor que ele, com certeza. – falou Liese

– Bem, sobre os poderes... – ela corou.

– Bom, ela não vai conseguir suportar todos eles, então terá que transferir para algum objeto, que no caso será esse livro. – disse mostrando-o.

– Er... antes, será que poderia...? – começou Liese, enrolada.

Amelie olhou para ela confusa, eu entendi o que queria dizer, os poderes roubados.

– Amelie, Liese teve os poderes tirados pelo Hyouma – como ele tinha a forma do servo, achei que ficaria melhor chama-lo assim – E queria recuperá-los. Foi um dos motivos de ela ter vindo conosco.

– Ah sim. Você é uma...

– Espírito do gelo.

– T-tá. Vamos ver o que posso fazer. – A ruiva se levantou e andou devagar até Liese e pegou suas mãos. Fechou os olhos. Canalizou tudo o que tinha, ou que conseguiu achar dela dentro de si. Em poucos segundos o quarto se iluminou e pequenos raios passaram de uma à outra. Não durou muito, quando o Hyouma morreu, o poder achou o caminho para sua dona, Amelie só adiantou o processo, afinal, percebi pela regeneração muscular.

– Obrigada. Estou livre novamente. – sorriu Liese emocionada, abraçando Amelie, que retribuiu imediatamente. Elas iam se dar bem, com certeza.

– Disponha.

Levantei e lhe entreguei o Sacrifícios de uma noite sem luar. Olhei significativamente para ela e ela retribuiu. Amelie pegou o livro e fechou novamente os olhos, transferindo o que podia para o objeto, ficando com o que suportaria. Logo depois ela ajeitou a postura e abriu os olhos enérgicos, suspirando. Estava melhor, sorri ao vê-la assim.

– Bom, acho que temos que ir. – eu declarei finalmente.

– Ah sim, com certeza, não aguento mais esse lugar. – disse Kai.

– O que acontecerá com o castelo? – perguntou Alice.

– Provável que seja tomado por outros seres, como ninfas, purificado adequadamente e tomado pela vegetação. Acho que irá se tornar um santuário ou algo do tipo. Não devemos nos preocupar.

A garotinha arquejou.

– Existem... fadas? – ela perguntou, os olhos brilhando, exatamente como os da irmã mais velha, quando ocasionalmente estava curiosa.

– Sim... algumas.

– Oh... – ela suspirou. Francesca continuava encarando o chão, muda.

Depois de algum tempo, arrumamos tudo o que tínhamos em mãos e deixamos o castelo, palco de tanta destruição. Seguimos nosso caminho de volta. De volta para casa. A floresta mudou, lembrei de não ouvir mais gritos... a liberdade os abafou completamente.

– Amy –

Seguimos por onde as criaturas me trouxeram, usamos algumas passagens, o que economizaria muito tempo, pelo o que eu soube, eles demoraram dias para me achar. Alice me ajudou, ela estava meio consciente quando a pegaram. Os garotos reconheceram um trecho rural, com uma casa solitária e alguns canteiros. A casa tinha rastros de fogo por toda ela e alguns resíduos de destruição aqui e ali, mas era um lugar lindo, realmente. A garota da neve parou de repente e ficou olhando a casa de modo peculiar.

– Por que paramos? Quem mora aqui? – indaguei.

– Essa é.... minha casa. – respondeu Liese.

– Oh. Mora aqui sozinha?

– Sim, desde que fugi daquele monstro e tive meus poderes roubados.

– E sua família? – me arrependi da minha pergunta quando vi lágrimas tímidas nos olhos dela.

– Eles... eles... – sua voz vacilou – eles foram assassinados... por mim.

Fiquei chocada com o que ouvi.

– Não é verdade, Liese – veio Kai de repente – não era você, era Ele. Ele os matou.

– Com o meu corpo. – disse entre as lágrimas.

– Não... – ele a abraçou. Ergui as sobrancelhas para a cena. Ele a confortou. – não chora.

– Eu... eu matava sem ele, foram só mais alguns... – soluçou.

– Shhh, isso é passado. Você era obrigada, as condições de sua família não eram boas...

– Hey, vamos deixá-los um pouco, eles têm que conversar. – Kyouta disse baixo para o resto do grupo. Seguimos até um lugar perto de um riachinho.

– O-o que está acontecendo? – perguntei.

– Liese, ela... trabalhava para aquele cara. Ela era a assassina contratada dele, só que ela só fazia isso porque a família dela era muito pobre e os poderes eram muito especiais. Ela era realmente obrigada a fazer tudo o que Ele pedia, ele abusava dela... – lembrei do que quase aconteceu comigo, um nó se formou na minha garganta, e de repente senti frio – e então ela matava. Um dia, quando a família dela conseguiu se estabilizar ela pensou que poderia ir embora... mas não foi como esperado. – ele fez uma pausa, eu aguardei. – ele invadiu a mente dela quando ela insistiu em partir, e matou todos. Depois que ela descobriu eles lutaram, e ela perdeu metade dos poderes e fugiu. Agora está aqui, livre, mas se condena por tudo o que aconteceu.

– Ah... bom, não foi culpa dela... pode ter errado, mas quem matou aquelas pessoas, da família dela, era a criatura. Bom... não sei como ela deve estar se sentindo. Realmente. – disse olhando para o chão. Sofrimento demais para alguém como ela, tão boa, mesmo com esse passado. Não sei se cheguei a sentir um único terço de tudo o que ela teve de suportar, e isso me fez sentir realmente mal por ter feito todos correrem perigo por mim. Por ter sido tão fraca e inútil.

–Kai-

Ela soluçava em meus braços. Suas lágrimas molhavam a minha camisa e seu corpo tremia. Mesmo tendo feito tudo o que fez, eu não a culpava. Nenhum de nós a culpava.

– Hey, para com isso. Isso é passado. – eu disse por fim.

– Para de agir assim... sou um monstro, não quero machuca-los ainda mais.

– Você não nos machucaria, eu não acredito. – passei um dos dedos abaixo de seus olhos secando suas lágrimas. Sorri. – você é bem mais que isso.

– Nos conhecemos a pouco tempo, como pode ter tanta certeza?

– Eu sou observador. Agora, vamos embora.

Ela me encarou como se não tivesse entendido a pergunta.

– Ir embora?

– Sim! Ou você acha que eu vou te deixar sozinha?

– Kai... – sua voz sumiu e ela abaixou o olhar. Estava corada.

– Não sei se você percebeu, mas sou insistente e todos estão esperando. Não aceito recusas. Pegue o que precisar e vamos para a casa.

Novas lágrimas caíram e ela ergueu o rosto, sorrindo debilmente. O som que saiu de sua boca foi quase um sussurro.

– Obrigada. – e entrou na cabana.

Após alguns minutos ela saiu, peguei a pequena bagagem que ela levava e segurei sua mão. Nos juntamos aos outros e seguimos viagem.

– Kyouta-

Kai e Liese voltaram depois de uns minutos, eles estavam de mãos dadas.

– Liese vem comigo. – disse meu irmão, apertando sua mão sobre a de Liese.

– Tudo bem, vamos.

Poucas horas mais tarde estávamos na minha morada. Minha e de Amelie, se depender de mim. Não a deixaria ir novamente. Kai e Liese iriam ficar, já que estava escurecendo e a casa de meu irmão era um pouco distante. Francesca e Alice também ficariam. Entramos todos. O jardim continuava o mesmo, as flores precisavam de cuidados, assim como mais algumas plantas delicadas. Mostrei os aposentos de Francesca e Alice – ela queria dormir com a irmã, só que eu falei que precisávamos conversar, o que realmente precisava de ser feito – Mostrei o quarto de Kai e Liese – pensei que gostariam de ficar juntos – E depois fui ao meu. Tomei um longo banho e troquei de roupa. Esperei um tempo e pedi que preparassem o jantar, que ficou pronto logo. Todos comemos em silêncio. Francesca não havia dado uma palavra sequer com quem quer que seja a não ser com Alice. Todos foram logo tratar de dormir.

Saí do quarto depois de um tempo e fui ao quarto de Amelie. Bati na porta, meu coração aos pulos.

– Entre. – ela disse.

Adentrei o dormitório, ela estava sentada na cama, virada para a janela, os longos cabelos ruivos caídos nas costas. A luz da Lua iluminava seu rosto sereno.

– Kyouta, algum problema?

–Eu... eu queria me desculpar. Perdoe-me.

Ela se virou e me encarou, confusa.

– Pelo quê?

– Por... por eu ter mentido pra você no começo.

–Amy-

Meu coração parou. Eu estava ficando nervosa, e mal começamos a conversar.

– Você mentiu, estava com Ele o tempo todo?

– Sim. Mas assim que conheci você melhor, eu mudei de ideia. Me perdoe, por favor, me perdoe!

Não conseguia olhar pra ele pedindo perdão... eu o perdoaria... sempre.

– Não precisa pedir. Você se pôs em perigo para me trazer de volta. Sou eu quem deve ser perdoada, por ser... ser tão patética a ponto de não conseguir se defender... pedir perdão por fazer você se preocupar, por tomar todo o seu tempo. – nessa altura eu já estava com lágrimas nos olhos.

– A-Amy... – ele estava perto, ajoelhado no chão para poder ver meu rosto. – Amy... não chore... por favor...

Sorri de como ele me chamou – A primeira vez que me chama pelo apelido.

–Você sabe – ele continuou – eu iria até o Hades... só para te proteger. Não me deixe, nunca mais...

Nossos olhos se encontraram, ele passou a mão em meu rosto, uma lágrima desceu pela sua bochecha e eu a sequei com a ponta dos dedos.

– Nunca. – sussurrei.

Ele chegou mais perto, me empurrando delicadamente para me encostar nos travesseiros, sua mão na minha cintura, as respirações descompassadas, e nossos lábios se encontraram. Ambos esperávamos por aquilo, todo esse tempo, na minha antiga prisão e ele em sua busca, talvez. Eu sentia falta dele, mais do que tudo! O beijo que era calmo se tornava mais intenso, tudo o que guardávamos veio à tona, de uma vez. Nos separamos, as nossas testas juntas, estávamos arfando. Ele sorriu.

– Eu te amo, Amy.

– Eu também te amo.

Nos beijamos de novo, minha mão enroscada em seu cabelo e a outra o segurando para ter certeza de que nunca mais nos separaríamos. Ele segurava a minha cintura e acariciava os meus cabelos, o pescoço, fazendo eu me arrepiar, ele era tudo o que eu precisava naquele momento, éramos únicos. Suspirei. A nossa espera havia chegado ao fim.

...

De manhã, acordei e ele estava lá, dormindo como uma pedra, seu braço estava por cima de minha cintura, eu sentia a sua respiração na parte de trás do meu pescoço, nossas pernas entrelaçadas. Eu não queria acordá-lo. Fechei os olhos e apenas apreciei como era bom o seu abraço.

– Bom dia, Amy. – ele sussurrou e em seguida beijou minha nuca. Arrepiei.

– Bom dia, Kyouta. – me virei para olhar seu rosto. – dormiu bem?

– Perfeitamente. E você?

– Bem, também. – sorri para ele.

Não havíamos feito nada na noite passada, ele tinha dito que a hora chegaria. “Ainda não está pronta, Amy... mas espere e verá” - ele disse com um sorriso malicioso. Nunca o vi sorrir daquele jeito, mil borboletas voaram na minha barriga e corei. Ele riu da minha cara, que julguei ser uma careta ou uma expressão muito patética.

Nós nos levantamos da cama e arrumamos o quarto. Depois de tudo pronto, ele disse:

– Vá tomar um banho, vou pedir para que façam o café da manhã. – eu assenti – até logo, Amy.

Ele me deu um beijo, doce, e se foi. Me dirigi ao banheiro e me perdi nos meus pensamentos, nas lembranças de todos os beijos, no que ele havia dito, no seu sorriso que eu não via há muito tempo... aquilo me fez corar e sorrir, enfim estávamos juntos.

Fiz minha higiene e me vesti. Era um vestido amarelo, deixei os cabelos soltos. Eu ia sair do quarto quando me ocorreu uma coisa: o livro. Ele estava repousando na mesa, perto do relógio. Eu o peguei e saí do quarto, e corri em direção à biblioteca. Eu o coloquei no meio de uns livros antigos numa prateleira qualquer. Corri para a sala de jantar e encontrei todos. Alice veio me abraçar alegremente, ela também usava um vestido amarelo. Mamãe não disse nada, assim como ontem. Comemos, uns conversando, outros não, a maioria rindo das coisas que Alice falava e perguntava. Kai e Liese estavam se dando muito bem, ficavam bem juntos. Estava tudo indo muito bem.

Depois da refeição, Kai e Liese se prepararam para partir.

– Adeus, Amy, boa sorte. – disse Liese, me abraçando.

– Igualmente. Boa viagem aos dois. – eu disse, retribuindo o abraço.

– Obrigado. – Kai disse. – cuide do meu irmão, e... eu quero ser padrinho de casamento – ele falou rindo para nós, senti um pouco de malícia em sua risada.

– Agradeço, irmãozinho. – eles se abraçaram, se despedindo. Não havia mais aquele clima tenso entre eles, o que me deixou feliz de verdade.

– E você – Kai se dirigiu a mim – obrigado mais uma vez, por trazer meu irmão de volta.

Ele estava com os olhos levemente marejados, assim como eu ao ouvir aquilo. Meu coração aqueceu.

– Imagina, ele sempre esteve lá, nunca foi embora. Se depender de mim nunca irá... – eu sorri.

Nos abraçamos e depois de todos terem se despedido eles se foram pela estrada. Francesca também estava pronta para ir, mas Alice queria ficar mais um pouco. Havia achado o jardim lindo e tinha descoberto uma biblioteca cheia de histórias e vários esconderijos. Mamãe disse que ela poderia passar mais algum tempo conosco, assim ela poderia arrumar tudo o que precisava para as duas. Kyouta tinha dado uma quantia em dinheiro para ela se resolver.

– Administre direito esse dinheiro. – disse Kyouta – e não repita com aquela menininha os erros que cometeu com Amelie. Ela não merece. Nenhuma delas merecia.

Demorou um pouco, mas ela respondeu.

– Está bem, você tem razão. E... bem... obrigada.

– Não há de quê.

Ela ia passar por mim depois de se despedir de Alice e Kyouta. Ela parou na minha frente.

– Amelie... me desculpe. Fui injusta e estraguei sua vida. Não acho que vá me perdoar. Então, vou indo...

– Mãe, espera. – eu segurei seu braço. – Eu perdoo você. Mesmo depois de tudo o que fez para mim e para Alice. E, bem, você não estragou totalmente a minha vida... se não tivesse feito o que fez, eu não o teria conhecido, certo? – me referi a Kyouta, que estava cuidando das flores com Alice.

– É, ele é um bom rapaz. Obrigada, Amelie.

Eu a abracei, eu a perdoei. Era a minha mãe, isso bastava, mesmo com tudo isso, eu a amava. Não da forma como amava Kyouta, Alice ou os outros, mas de certa forma era amor. Eu a observei ir. Me juntei aos dois perto das roseiras. Eu poderia ficar mais tempo com Alice – principalmente durante o verão, quando ela tinha férias - e Kyouta, seria feliz, me tornaria forte. Era meu objetivo. Minha vida se acertaria, por enquanto, enquanto o livro estivesse a salvo.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso... the end T^T Espero que tenham gostado, obrigada mais uma vez, meus poucos e queridos leitores dessa fic. (meus deuses, parece que to deixando uma carta avisando que vou morrer kkkkkkkkkk) Enfim. Até mais :)

— Tia Smile

P.S.: terá bônus? não sei... se eu tiver boas ideias... kkkkkkkkkk kissus =^.^=. Apelido - Tia Smile - criado do nada, me julguem º^º kkkkkkk



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