Mistérios? escrita por Smile Angel


Capítulo 13
Características comuns


Notas iniciais do capítulo

Hey o/ a história pode estar ficando um pouco chata, então se estiver acontecendo isso, me avisem por favor :D Se estou postando bastante (3 capítulos em... poucos dias ;3 ), é graças ao tempo livre o/ que por sinal tem sido...produtivo. Enfim, boa leitura :)



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–Amy-

Os dias passaram, ora se arrastando, ora como um raio. Depois daquela vez no salão de refeições eu nunca mais saí da cela. Só era solta para fazer as refeições que me mandavam. Não importa o que eu fazia, não alcançava o colar, minha libertação. Meu estado, que antes era ruim, agora estava deplorável. Empalideci por não ver mais a luz do Sol como deveria, estava fraca, a vida indo embora aos poucos. Meus pulsos sangravam. Eu desejava a morte, desejava que os fantasmas que criei fossem embora. Desejava voltar ao meu pequeno castelo...

Um dia, ouvi cochichos no corredor. Eram duas criaturas, parecidas com as que me raptaram, soube pela sombra. Elas diziam coisas como “o dia está chegando”, “será que ela aguenta até lá?”, “ele vai fazer aquilo mesmo?”. Aquilo só ajudou para eu ficar com mais medo daquele lugar.

–Kyouta-

Estávamos andando por dias. A ocasião se aproximava, estava ficando quase louco. Uma caminhada incessante que apenas contribuía com a agonia e o desespero. Finalmente chegamos, não ao nosso destino, mas a uma pequena moradia.

– Cara, vamos parar. – disse Kai.

– Podemos continuar.

– Nós dois vamos morrer se continuarmos assim. – ele tinha razão. Eu ia opinar mas ele já se movia em direção à porteira da pequena propriedade, que parecia um pequeno sítio. Bateu à porta, mas ninguém respondeu. Me aproximei de Kai e ajudei a chamar. Nada. A porta estava dos fundos estava entreaberta, o que significava que quem quer que seja que morasse ali tinha saído a pouco tempo.

– Chega, vou entrar. – disse Kai se precipitando para dentro.

– Isso é invasão! Saia daí!

– Relaxa, cara. Não vou roubar nada. Você lembra que o nosso trabalho sujo era outro.

– Kai... para com isso.

Ele não me escutou. Entrou na casa e parou no meio da pequena sala, me esperando.

– Vamos, não vai acontecer nada.

Pensei por um instante. Belo irmão mais velho eu sou. E entrei.

–Kai-

Andamos pela sala, cozinha, e um dos quartos.

– É, ninguém em casa. E pelo que parece, quem mora aqui é solitário, hein.

– Pare de bisbilhotar e vamos logo.

– Estou cansado, quero ficar aqui. – disse tentando provoca-lo.

– Você mesmo disso que não tem ninguém. É falta de educação entrar na casa alheia. – ele respondeu irritado.

– Tá, tá.

Fui em direção à uma porta não notada. Estava meia aberta, então empurrei ela devagar. Fiquei paralisado com o que vi. Era um quarto para descanso, simples, um pequeno armário, estantes com alguns livros, e uma cama. Até aí tudo bem, o que me chamou atenção foi quem dormia naquela cama. Uma moça com cabelos castanhos claros escorridos. Era muito bonita. “Ok, hora de ir.” Me dirigi em direção à porta e sussurrei para Kyouta algo como “é, vamos embora. Aqui é perigoso.” Mas não deu tempo.

– Mas o quê...?

Me virei para a moça que agora me encarava com seus olhos prateados. E agora?

– Bom... boa tarde. Estávamos passando por aqui e....- ela parou a minha fala quando se levantou como um raio e pegou uma grande foice, apontando em direção ao meu pescoço.

– Me dá um motivo para não te matar. Seja objetivo, quero os dois com as mãos onde eu possa ver, não se mexam, e respondam a tudo direitinho. - “gente, que agressiva!”

– O-ok. Vamos responder tudo, calma. – Kyouta respondeu.

– Ótimo. Quem são vocês?

– Eu sou Kai, este é Kyouta. Somos irmãos.

– De onde vieram?

Respondemos todas as perguntas da senhorita com a foice, que iam desde “quem são vocês” até “qual o tipo sanguíneo”. Claro que é exagero, mas era um questionário extenso, parecia com medo de algo, embora se mostrasse ameaçadora. Gostei.

– Bom, vocês responderam tudo. Como foram bonzinhos serei boazinha também. – disse abaixando a foice. - Meu nome é Liese. Sou uma camponesa, como podem ver. Tenho a minha plantação pessoal. Pelo que eu entendi é que estão procurando uma garota que foi sequestrada por seres estranhos. Okay, então, mas tem uma coisa que vocês esconderam de mim... vocês são yokais.

–kyouta-

Como ela sabia da nossa existência? Simples. Ela também não era comum. Havia algo que ela escondia.

– Vocês sabem que andar por aí sozinhos é perigoso.

– Você vive sozinha aqui. – disse Kai.

– Mas eu disfarço a minha aura e meu poder, fora outros fatores. Mas se estão em uma jornada e precisam de descanso, tudo bem. Podem ficar aqui por um tempo. Tem um quarto vazio, podem dividi-lo.

– Muito obrigado pela gentileza, Liese. – eu disse agradecendo.

– De nada. Ainda mais que vocês vão atrapalhar o plano dele....

– Então você sabe?

– Sim.... Trabalhei para ele.

Tudo girava na minha mente. Muita coincidência. Estava duvidoso da segurança daquele lugar.

– E você parou porque...?

– Fui obrigada. Eu era um tipo poderoso de espírito de gelo, podia ser útil. Ele me enganou, dizendo que ia fazer melhorar a minha vida, a vida da minha família. No final acabei com todos os meus parentes mortos, sozinha, com parte de meus poderes perdidos. Mas pelo lado bom, fica mais fácil escondê-los. Não passo de uma humana comum para certos tipos de monstros. Ele acabou comigo, com tudo o que eu tinha. Se vocês vão atrapalhá-lo, ótimo. Nunca fui atrás dele porque não sou forte o suficiente, mas vocês... ah, vocês conseguem. – disse com tristeza e hesitando.

– Entendi. – não queria tocar no assunto. Isso parecia não deixa-la bem.

–Narradora-

A noite caiu, trazendo o frio e a escuridão. Kai, Kyouta e Liese estavam confortáveis na pequena casa. Amelie estava sofrendo, com medo do que poderia lhe acontecer. Se perguntava se alguém iria ao seu socorro... perdendo as esperanças.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, gente o/



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