Warzone - One Shot escrita por Lady Allen


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas, mais uma One Shot Dramione, espero que gostem.Link da música : https://www.youtube.com/watch?v=2Zqt0eaTgtw



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Draco segurava a mão da garota de seus sonhos. Eles corriam em uma praia vazia e silenciosa, sem ninguém para julgá-los pelo simples fato de se amarem.
Ela sorria para ele de uma maneira diferente. Não era um sorriso doce como o normal, mas sim um sorriso irônico que dançava em seus lábios rosados.
Uma claridade enorme fez com que o loiro fechasse os olhos e quando os abriu novamente pôde enxergar ao longe sua amada agonizando. A claridade que quase o havia cegado havia atingido em cheio sua namorada.
Ele correu até ela e se ajoelhou ao seu lado. A garota olhou dentro de seus olhos cinza e sorriu para ele. Um sorriso fraco e, ao contrário do outro, parecia ser sincero.
― Sinto muito, Draco. Eu não tive a intenção de te magoar – garantiu ela.
― Não feche os olhos Hermione – pediu desesperadamente.
― Eu o amo – a garota arfou.
― Eu também amo você – segurou a mão dela.
― Não você, amo a ele. Sinto muito, mas esse raio foi apenas o começo da tempestade – uma lágrima escapou.
Ele olhou para ela incrédulo.
Ele olhou ao redor e a praia agora estava cheia de corpos sem vida e pessoas chorando. A praia calma havia se tornado uma zona de guerra e ele nem se dera conta disso.
Draco largou a mão da morena e saiu andando tropeçando nos corpos inertes e sujos.
― Draco, não me deixe aqui, por favor – implorou ela. Mas o loiro estava apavorado demais para voltar e buscá-la. Estava cheio de nojo e raiva dentro de si.
O loiro sentou-se na cama em um pulo. O suor escorria por seu corpo. Ele tremia muito e seus olhos jorravam lágrimas. Tudo parecia tão real.

No dia seguinte, Hermione ia caminhando pelos corredores, brincando com os próprios dedos, quando sentiu alguém puxá-la.
― Se eu não estivesse acostumada com isso teria morrido do coração – disse ela, sendo interrompida por um beijo do loiro.
― Senti sua falta. Você não veio ontem – disse ele entrelaçando seus dedos nos dela.
― Você sabe que estou ajudando Harry com coisas secretas – respondeu baixo.
Mas por algum motivo ele sentiu a mão da morena tremer e estranhou o fato.
― Preciso ir – Hermione demonstrou muita pressa.
― Aconteceu alguma coisa? – o loiro arqueou a sobrancelha.
― Não. Apenas tenho algumas coisas para fazer – disse o beijando com certa frieza.
Draco estranhou a atitude da garota. Na verdade ela estava estranha havia algum tempo. Ele então tomou atitude e resolveu segui-la. Atrás de uma parede viu quando a Lovegood caminhou até Hermione e entregou-lhe um papel.
― Harry disse que vai te esperar lá – a loira deu o recado.
― Então para que o bilhete? – Hermione perguntou.
― Não sei, eu não li – a loira colocou as mãos na cintura. ― Esse jogo é perigoso, Hermione, tome cuidado – aconselhou.
― Não estou jogando. As coisas simplesmente começaram a acontecer – fechou os olhos.

Luna deu de ombros e saiu saltitando. Hermione retomou a caminhada e sorria enquanto lia o bilhete.
Quando se deu conta, Draco estava perto da entrada da Sala Precisa e Hermione estava entrando. Quando ela entrou, ele correu o mais rápido que pôde e entrou antes que a porta sumisse.
Hermione caminhou até Harry e balançou o bilhete. Ele sorriu timidamente para ela.
― Fiquei curiosa – começou.
― O que disse á ele dessa vez? – perguntou.
― Ele quem? – Hermione tremeu.
― Você acha que eu sou idiota? Eu sei sobre o Malfoy, sei que estão juntos há anos – revelou.
― Então por que você me chamou aqui? Quer uma confirmação? – cruzou os braços.
― Não – disse caminhando até ela.
Harry descruzou os braços da morena e ela os colocou ao redor do pescoço do rapaz. Eles se encararam por alguns instantes. Draco não queria acreditar naquilo. Não podia acreditar.
Hermione colou os lábios nos do “amigo”. Era um beijo urgente, totalmente desesperado. Ela o beijava de uma maneira que jamais havia beijado o loiro. As mãos de Harry desenhavam a cintura e as costas da morena enquanto ela cravava as unhas longas em seu pescoço.
O loiro saiu de detrás de um monte de coisas velhas batendo palmas ironicamente.
A morena largou Harry e levou a mão á boca, seus olhos marejaram.
― Meus parabéns, Granger, você acabou de receber o prêmio de melhor mentirosa do ano. Ou melhor, você é a melhor mentirosa desde que o mundo existe – o loiro parou em sua frente.
― Veja bem Malfoy... – Harry tentou falar. Tentou.
Draco virou-se para ele e em um momento de fúria acertou um soco na boca do rapaz, que cambaleou para trás. O loiro segurou Harry pelo colarinho e jogou-o no chão e, com ele já caído no chão, Draco chutou-o diversas vezes.
― Pare com isso, Draco! Por Merlin! – pedia desesperadamente a morena.
― Cala a droga da sua boca! – Draco gritou na direção de Hermione, que se assustou. ― Você não passa de uma... – começou.
Hermione impediu que ele terminasse a frase acertando um tapa no rosto do loiro, que sorriu sarcástico.
― Não permito que fale assim comigo – a morena se defendeu. ― Não tenho culpa se você não foi capaz de assumir nosso relacionamento. Você escolheu isso Malfoy – acusou ela.
― Eu joguei fora anos da minha vida por sua culpa, sua vagabunda – gritou. ― Eu ganhei a inimizade do meu pai por contar a ele que te amava e como você me paga?! Assim – segurou o braço da morena e sacudiu.
― Eu não o obriguei a fazer nada disso – Hermione vociferou. ― Eu o amo Draco – fechou os olhos.
Draco perdeu todo o resto de controle que lhe restava. Hermione sentiu o peso da mão de um Malfoy em seu rosto e caiu no chão com a mão levada ao lugar que ardia como uma queimadura.
Ela chorava, ele andou para trás, tropeçando em seus próprios pés saiu do local. Mas ela iria se arrepender de tê-lo traído, ele tinha certeza disso.

Eu não posso acreditar que tive que ver
A garota dos meus sonhos me traindo
A dor que você causou me deixou morto por dentro
Eu vou garantir que você se arrependa daquela noite


O loiro entrou no dormitório e se jogou na cama. As lágrimas incendiavam cada local que tocavam. O gosto das lágrimas era amargo. Ele olhou para as mãos e se perguntou o como havia sido tão corajoso e covarde a ponto de bater na garota que amava.
Draco fechou os olhos e pôde, de alguma maneira, sentir a respiração de Hermione. Era como se ela estivesse ao seu lado, abraçada a ele e chorando. Ela havia se tornado o fantasma que ele tinha certeza que iria assombrá-lo até seu último suspiro. Agora voltar a abraçá-la era impossível, estava fora de alcance. Ele sentiu um ódio enorme por ela naquele momento. A culpa de toda essa briga era totalmente dela.

Eu te sinto perto, eu sinto sua respiração
E agora é como se você estivesse aqui
Você está me assombrando
Você está fora de alcance, você está longe de vista
Você é a razão de nós começarmos essa luta


Ele olhou ao redor do quarto e viu a silhueta da morena em cada lugar que seus olhos alcançavam. Ele sentou na cama e quando olhou para o grande espelho á sua frente viu o rosto alvo e os olhos castanhos brilhantes de Hermione refletindo no espelho. Draco pegou a primeira coisa que sua mão apalpou e jogou contra o espelho que trincou. A imagem dele refletia deformada. Ele queria esquecer aquele momento, queria esquecer a traição de Hermione, queria esquecer o amor que sente por ela, queria esquecer cada segundo que passou ao lado dela. Todos os momentos bons que não deveriam ter acabado tão cedo.

Em nossa casa, eu odeio aquele lugar
Em todos lugares que ando vejo seu rosto
Tento apagar a memória com uma chama
E espero nunca ter que te ver de novo
Parado aqui nesta sala queimada
Você percebe que o final não poderia ter vindo tão cedo


Agora tudo estava claro na cabeça dele. Cada vez que Hermione arrumava uma desculpa para sair de perto dele, era para Harry que ela corria. As mentiras dela haviam matado Draco por dentro, mas as mesmas mentiras que haviam o matado não feriam em nada Hermione.

Está claro para mim as mentiras que você usa
As que me matam não te ferem


~~
Dois anos depois...
~~


O Mundo Bruxo estava em guerra. Draco via pilhas e pilhas de mortos. Muitos deles eram conhecidos e isso o deixava com vontade de vomitar. Ele via pessoas sendo assassinados de maneiras cruéis todos os dias.
Draco havia ouvido Hermione gritar quando sua Tia Bella havia torturado a garota. E, por algum motivo, sentiu compaixão, sentiu pena. Os gritos agonizantes dela o matavam por dentro. Enquanto ela gritava, ele lutava contra seus instintos e sentimentos, que imploravam para que ele a defendesse.
Ela e seus amigos haviam fugido da Mansão logo depois.
Draco olhou para o lado e lá estava Luna Lovegood com seus grandes olhos azuis imóveis, seu rosto e corpo machucados e seu peito inerte. O loiro queria não ter sentido, mas sentiu um aperto no peito saber que parte daquilo era sua culpa.
― Draco – ouviu alguém chamar seu nome e se virou.
Seus pais também viraram para ver quem era. Hermione virou a cabeça para o lado e cuspiu sangue, seu peito arfava. Narcisa segurou o braço do filho, mas ele se soltou e caminhou até a morena.
― O que você quer? – perguntou ríspido. Mas em seu interior ele estava destruído.
Embora ele tenha passado noites e noites sonhando com o dia que a veria morrendo e implorando por seu perdão, nunca havia desejado verdadeiramente aquilo.


Eu estou fugindo de uma zona de guerra
Eu não posso mais fazer isso
Eu estou fugindo de uma zona de guerra
Estamos lutando para quê?


A morena fez o possível para encará-lo.
― Me perdoe. Hoje sei o quanto eu te amei e não posso morrer sem o seu perdão – engasgou com o próprio sangue.
― Eu te perdoo – as lágrimas escorreram pelo rosto alvo.
― Eu amo você, não se esqueça disso. De todas as mentiras que contei a única coisa que não era mentira era o meu amor por você – sufocou.
― Não feche os olhos – implorou.
Draco apoiou a cabeça de Hermione em seu braço e ela sorriu fraco. Um sorriso sincero para balbuciar seu último adeus. Seu peito desceu, mas nunca mais subiu.
Draco abraçou o corpo sem vida, sussurrou no ouvido da morena um último “Eu amo você”, colocou o corpo dela no chão fechando os olhos da mesma com carinho e levantou-se.
O loiro caminhou até a família, Narcisa abraçou o filho e Lucius acariciou o cabelo do filho. Ele era pai e sabia a dor que o filho estava sentindo naquele momento. Os três então abandonaram a zona de guerra.
Draco havia deixado que Hermione fosse em paz, agora tinha que aprender a dizer adeus.
Pela última vez Draco abandonara algo que amava, pela última vez Draco abandonou o corpo de sua amada Gryffindor, sua Hermione.

Eu, eu, eu sei que eu tenho que deixá-la ir
Eu, eu deveria saber
Eu tenho que aprender a dizer adeus agora
Eu derrubo minha armadura
E abandono o campo de batalha
Pela última vez agora
Eu, eu, eu sei que estou fugindo de uma zona de guerra


Pela última vez ele olhou para trás e apertou dentro de seu bolso o pingente que trazia as iniciais de sua amada. HG. Hermione Granger.
Draco fugiu da zona de guerra para nunca mais voltar, mas não deixaria de amar aquela que era a eterna dona de seu coração, embora o tivesse traído da maneira mais dura.


♪♪ I know I'm running from a warzone ♪♪


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado & não esqueçam de deixar reviews ♥ Xoxo!