Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 4
Meu "Herói"


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii como combinamos e foi prometido!

MUITÍSSIMO bem-vinda:
—Anne

Informações lá embaixo!

Boa leitura! :3



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"Acredite. Você ainda tem muita coisa pra ver e pra viver. Não pense em desistir agora." -autor mais que desaparecido.

Acordei no meio da noite, arfando e com o corpo tremendo. Depois daquele pesadelo era impossível de se voltar a dormir, então, levantei.

Pulei o muro do cemitério –só por caráter de curiosidade era apenas um pouco acima de minha cintura– e caminhei em direção onde jazia minha mãe. Para as pessoas normais, um cemitério tão antigo quanto a pequena e pacata cidade do interior, podia ser bem amedrontador... E realmente era. Principalmente a falta de luz e as gárgulas em meio ao breu. Todavia, eu saía demais, principalmente à noite e acompanhada de Alex e raras vezes Megan me deixava entrar em casa. Minha única opção além da casa da minha amiga ruiva, era o cemitério. –Por motivos que um dia vocês descobrirão, a casa da família Carter, era consideravelmente pior do que alguns hectares de terras cheio de gente em decomposição.

Me debrucei sobre as lápides.

–Olá Fabrício, mamãe e vovó. Como estão? Melhor do que eu. Garanto.

Senti-me uma completa idiota conversando com três lápides, mas de um jeito estranho isso me fazia sentir melhor. Muitas vezes ficava ali, apenas conversando com eles, contando coisas, imaginando outras que poderiam ter acontecido se não houvesse morrido...

E, por fim, tirei um cochilo no orvalho.

Quando acordei, minhas costas protestavam com razão. Uma figura curvada, excepcionalmente magra e de passos lentos, aproximou-se de mim. Era Norman, o coveiro do nosso pequeno cemitério. Ele sempre estava por lá, tinha até uma pequena habitação por ali. Já nos conhecíamos, nossa "amizade" durava anos. Norman, como sempre em seu macacão encardido de terra, botas de plástico e algum instrumento –geralmente de jardinagem– em mãos, entregara para mim um sanduíche de queijo quente e um copo de leite fresco. Agradeci com um aceno e ele acenou de volta. Era uma amizade peculiar.

Passei em casa, peguei minha mochila e fui para a escola.

Quando cheguei já estava no segundo horário:

–Não sei se deveria deixa-lá entrar senhorita Linehan, o sinal já bateu há três minutos. – disse Tamy, nossa repugnante e assustadora professora de matemática. Seu maldito blazer preto era sagrado, ela sempre estava com ele, cabelos espichados para trás em um coque apertado constituído de cabelos grisalhos e corpo semelhante a de um bicho de pau, ela mexia o nariz nervosamente enquanto falava.

–Sabe, eu realmente não me importo de não ter que olhar para sua cara.

Tamy ajeitou seu casaco de seu blazer preto, mexeu seu minúsculo nariz arrebitado e voltou para mim:

–Entre, senhorita Linehan.

Naquele dia, não havia aulas com Spencer, e agradeci mentalmente por isso. Era bizarro nosso tipo de interação.

Depois do meu trabalho finalmente cheguei à minha casinha minúscula e desabei na cama que podia chamar de minha. Por mim ficaria deitada pelo resto da vida, mas prometi para Alex que a encontraria na boate e se eu não chegasse atrasada correria o risco de achar Alex bêbada, ela ficaria p da vida e iria se vingar. E as vinganças da Alex eram as piores que eu conhecia.

Fiquei encarando o relógio do despertado vendo cada segundo passar. Quando finalmente marcou vinte duas horas me levantei, tomei um banho rápido e procurei alguma roupa que prestasse. Acabei optando por uma calça xadrez vermelha, camiseta preta com duas cruzes douradas -uma de cabeça para baixo e a outra na posição normal, all star e meu pingente, gracioso e delicado como minha mãe. Podia não combinar com a roupa, mas eu não iria tirá-lo por nada desse mundo. Meus cabelos tingidos de preto, estava rebeldes e volumosos. E a maquiagem basicamente lápis preto e rímel.

Aprovei o resultado.

Saí de casa e cheguei na boate, segundos depois Alex entrou, de saia e blusa decotada:

–E aí Taylor?

–Oi, Alex.

Ficamos em silêncio até que a boate finalmente encheu, observávamos o movimento, até que encontrei alguém conhecido. Cutuquei Alex com o ombro e apontei para o ser.

–Olha Alex... O loirinho da semana passada.

–E bem ali, Taylor, está o professor Kutcher, SEU Spencer.

O loirinho, o professor... Por que diabos me passou pela mente escrito em néon: "Não vai dar certo" ?

–Você não vai falar com ele? –perguntou Alex interrompendo meus pensamentos.

–E você vai falar com o loirinho?

–Vou, Philip é legal.

–Sei o que você quis dizer com legal. -gesticulei com o copo em mãos.

Rimos.

E lá se foi Alex falar com o loirinho de cabelos encaracolados e cara de anjo. Com certeza um homem que nunca imaginei que lhe atraía.

Continuei com meu copo, até este terminar e eu buscar um próximo, que teve o mesmo fim do anterior e por aí adiante... Em algum momento, ao qual não me recordo, passei mal e corri para o banheiro que se localizava no fim da propriedade.

Depois de lavar minha boca das formas possíveis e conhecidas pela minha mente abalada naquele momento, tirei uma bala de menta do bolso e fui para a pista de dança. Onde comecei a dançar com um homem alto, moreno, que deveria ser bonito.

Ele me chamou no bar depois da dança e eu bebi mais. Bom, daí em diante eu lembro que houve uma briga na boate entre o moreno que eu estava “pegando” e um cara aí... Estava difícil de ver, estava tudo embaçado e girando como um brinquedo de parque de diversões.

***

Acordei olhando para o teto. Eu não conhecia aquele lustre de aparência refinada, levei minha mão à cabeça, “que ressaca”. Sentei na cama de casal e olhei em volta. O quarto que me encontrava, era de um tom verde bem clarinho, os móveis eram antiguidades e escuros e a decoração perfeita, de um ótimo gosto. Já ia me levantar e pegar minhas roupas para ir embora quando percebi que vestia minhas roupas... Estranhei. Coisa rara.

Olhei para o lado e em cima do criado mudo estava um café da manhã completo, igual aos dos filmes. Tinha panquecas, uma maça, um suco de laranja, manteiga para as panquecas e uma margarida –a flor favorita de minha mãe– em um jarro transparente e delgado.

“Eu só posso ter morrido” então só me restava aproveitar, certo? Comi cada pedacinho do meu café da manhã, saboreando cada mordida.

Depois de comer o melhor café da manha da minha vida demorei alguns minutos para criar coragem e descobrir onde eu estava...

A casa era grande, realmente bonita. Fui em direção ao jardim, nele tinha várias rosas brancas e amarelas. “Acho que estou em uma fazenda”, foi meu pensamento.

Rodeie a fazenda e havia um curral... No curral não tinha vacas e nem bezerros... Ou sei lá que tipo de bicho que tem no curral! Aproximei-me mais e vi um homem de costas. Ele tinha os cabelos negros como um corvo, era mais alto que eu. O homem misterioso se virou e eu pude ver seu sorriso perfeito.

–Bom dia Taylor! - disse ele andando até mim.

–VOCÊ?

–Que ingratidão, Taylor. Sabia que eu te salvei? -ele sorriu.

–Você me salvou Spencer? Ah, conta outra!

–Pelo jeito você não se lembra... - ele disse caminhando em direção a uma mata e mesmo com os avisos que revolvemos dos adultos quando somos crianças, fui atrás. –Você pelo menos se lembra que você estava bebendo no bar com um rapaz moreno?

–Sim. –como poderia esquecer dele?

–Pois bem, e você se lembra dele brigando?

–Sim, mas não me lembro com quem...

–Era eu.

–Ham? Por quê?

–Eu tive uma ligeira impressão de que ele queria te fazer mal, então eu... Eu...

–Partiu pra cima dele?

–É. –e deu de ombros.

Por essa eu não esperava. Aquele nerd tinha músculos fortes o suficiente para apunhalar alguém?

Subimos em um morrinho e do outro lado havia um córrego. Ele era lindo, a água cristalina, as pedras lisas e o crepitar dos sons um verdadeiro calmante para a alma...

Sentamos-nos em uma pedra enorme que ficava no meio do córrego e até esta chegar, tivemos de pular por cima de outras que tinham tamanhos menores, como amarelinha.

–E como vim parar aqui? – perguntei.

–Ah, quanto a isso... Desculpa, não sabia onde você morava e estava completamente desacordada.

–Mas a Alex sabe e ela estava lá, na boate.

–Digamos que Alexia estava muito “ocupada”.

–Não estou surpresa. Bom, Spencer... Quantos anos você tem mesmo?

–Vinte e quatro e você? Dezessete ou dezoito?

–Dezenove e antes que você pergunte... Sim, eu repeti uma série.

–Ah. - ele respondeu.

Era estranho o quanto aquele lugar me transmitia paz. O barulho da água correndo a centímetros dos meus pés, o cheiro dos pinheiros que tinham em algum lugar por aquela mata, o som dos passarinhos, a brisa leve tocando em meu rosto, o perfume das flores, o cheiro de Spencer... O-oh. Eu disse cheiro de Spencer? Quando você repara no cheiro de alguém e torna percebível e até por ansiá-lo é um problema bem sério chamado: "Paixonite avançada crônica", não tem cura e o único modo de livrar-se dela é ter o coração partido.

–Você mora aqui nessa fazenda? - perguntei quebrando o silêncio que já estava entre nós há algum tempo.

–Agora sim. No momento estou sozinho, pois meus avós estão em um cruzeiro comemorando os cinquenta anos de casados. A fazenda é deles.

–E seus pais?

–Minha mãe mora em Nova York. Nasci e cresci em Boston, depois me mudei para Nova York quando minha mãe foi e agora resolvi vir pra Lynn, achei que seria mais fácil de lecionar em uma cidade pequena.

Então quer dizer que o professor Kutcher me “salvou”, me trouxe para a casa dele e me fez um café da manhã?! Estava nítido o porquê de eu, dadas as circunstâncias, acordara de roupa.

–Você tem irmãos Spencer?

–Uma irmã, Emma, ela mora em Chicago com o marido e filhos. E você?

–Vivas tenho três.

–Vivas?

Não se comenta assim, quando você conhece a pessoa há só alguns dias que sua mãe morreu no nascimento do seu irmão, que também morreu, e depois sua avó e logo em seguida a vida lhe mandou uma madrasta que perderia até para a madrasta da Cinderela de tamanha crueldade, que seu pai não lhe dá a mínima atenção... Contudo, as palavras simplesmente fluíram da minha boca. Sem porquê, apenas contei.

Talvez Spencer transmitisse alguma confiança e paz que me permitiu tal ato. Talvez...


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Notas finais do capítulo

Também tive bastante trabalho com esse capítulo, estou mudando a Tay bastante gente, ela era muito criança quando comecei a escrever essa fanfic e aí ela ficou parecendo mais uma garotinha mimada do que uma pessoa independente e sem escrúpulos como eu gostaria de transmitir...
Então tirei muitos diálogos, acrescentei outras informações que acontecerão no futuro para poder ficar de acordo, entendem?
E até mudei o nome do coveiro! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' séries influenciando-me como sempre ...
Antes eu colocava a Taylor bem "piriguete" sabem? Tipo, nesse cap antes ela tava de mini saia, top, bota até os joelhos.. Que bosta. Aí mudei. Me senti mal, sei lá. Coloquei essa roupa que tem um link ai, super foda, eu adorei. Vocês gostaram?
Me digam tudinho exatamente hein?!

Bjinhossssssssssssssssssssssss
~Samyni

PS. Tentei ir mais devagar quanto aos sentimentos da Tay também... Como não irei acrescentar capítulos com mais acontecimentos, irei colocar outros pequenos dentro desses caps já prontos, então estou adiando sentimentos novos para os próximos caps ok? :*



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