Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 3
O Novo Professor


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o capítulo nessa fria sexta feira!

Não houve leitores novos, ao menos não mandaram reviews, mas... Ótimo retorno à aquelas que apareceram capítulo passado!

Boa Leitura! :3



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"Quem nunca se imaginou voltando ao passado e fazendo sua vida de outra maneira?" -autor desconhecido.

A única aula em que eu não definhava de tédio era a de história. O professor respondia pelo nome de Senhor Write . Era uma criatura peculiar da sua maneira. Sempre de óculos tartaruga, coluna curvada e casaco de algum pano que desconheço, da cor bege. Ele sempre respondia aos alunos com dedicação e falava das matérias com um brilho nos olhos notável, como se revivesse as próprias lembranças. Mas, ao mesmo tempo, era um homem sério e que exigia respeito. Os alunos e os problemas da vida faziam sua pressão subir consideravelmente, até que um dia seu coração, por fim, infartou.

O alvoroço era nítido naquela manhã, os adolescentes falavam entre si sobre o Senhor White e especulavam quem seria a pessoa a substituí-lo. Eu tentei ignorá-los ao máximo, de certa forma, me lamentava pelo meu velho professor. Apenas sentei-me em minha habitual mesa, abri o caderno e comecei a rabiscar coisas sem definições nas laterais.

De um momento para o outro, a turma inquietou-se e eu soube que o infeliz do professor novo havia entrado em classe. Alex cutucou meu braço com a unha pintada de azul celeste e sussurrou:

–Oh, pela santa vodca! Ele é uma delícia!

Resolvi olhar e me faltou oxigênio, no cérebro, nos pulmões e olhei abismada para o ser parado em frente a lousa. Ele estava com casaco de brim cinza, jeans, tênis casual e os cabelos penteados em ordem. Ainda assim, exalava charme e jovialidade. Era Spencer, o cara que havia me dispensado na boate.

–Não pode ser. –falei entre dentes, mais alto do que deveria. Chamando assim, não só a atenção dos meus colegas, como de Spencer também.

–Olá alunos! –começou o professor ignorando o fato de eu ter falado segundos antes. Estou aqui para substituir o senhor Write. Meu nome é Spencer Kutcher, mas para vocês Mister Kutcher.

–Alex, –sibilei tremendo. –Esse é o cara certinho da boate.

–Mentira! -ela olhou para Spencer de cima a baixo e mordeu o lábio inferior, em seguida sorrindo maliciosamente.

–Não mesmo.–eu disse séria.

–Ferrou.

–É. Bastante. – concordei.

O senhor Kutcher falou pelos minutos restantes da aula, nos pedindo para abrir em determinadas páginas do livro, fazendo anotações inteligentes no quadro e hora ou outra chamando atenção de algum aluno. Quando o som estridente e agudo do sinal tocou, tentei correr para fora de sala, mas fui retida pelo olhar de Spencer.

–Olá Senhorita Linehan, está melhor?

–Isso não lhe interessa.

E saí de passos firmes em direção ao corredor.

***

Estava em frente ao meu armário do colégio pegando algumas coisas que teoricamente teriam de ser necessárias, como cadernos e livros para supostos estudos. A escola estava completamente deserta naquele horário.

"Por que Spencer havia sido tão educado? Quero dizer, ele não gostou de mim, certo? Me chutou na boate e depois vem perguntar se eu estou melhor? Estava tão bêbada assim? E por que diabos estou me preocupando com isso? Acho que é tão raro alguém ser bom comigo, que estou até extasiada."

Bati a porta do armário com força, como se isso fosse capaz de expulsar os pensamentos.

–Ei!- ouvi alguém dizer atrás de mim. Virei-me para encarar a pessoa.

–Ah, é você senhorita Linehan? –perguntou Spencer.

–Vamos parar com essa palhaçada ok? Você sabe meu nome, sabe que me chamo Taylor, então pronto.

–Ok... Taylor, por que estava batendo os armários?

–Porque eu estava com vontade, Spencer.

–Mister Kutcher para você.

–Como quiser, Spencer.

Ele trincou os dentes irritado. Era divertido fazer o oposto do que me pediam.

–Taylor, não faça mais isso ou terei que levá-la para a diretoria.

–Diretoria por bater uma porta? Só pode ser brincadeira.

–É destruição de patrimônio público.

–Como quiser, Spencer. –eu disse com um sorriso forçado–.Tentarei me controlar.

–Obrigada, Taylor.

Saí da escola e fui para meu trabalho. Eu não parei de pensar em Spencer Kutcher... Afinal, quem era ele e porque era tão certinho? Apostava que só o fato de ser um professor não era motivo o suficiente. Mas não devemos julgar as pessoas antes de conhecê-las e eu não conhecia Spencer, mas a primeira impressão –no caso, me dispensar.– não havia sido das melhores.

Descontei toda minha raiva nas cordas da guitarra do mostruário da loja em que trabalhava. Não sabia tocar e isso ocasionava no proprietário me xingando horrores. Não gostava de trabalhar, mas se eu não ajudasse meu pai... Sabe-se lá o que aconteceria conosco!

Depois fui para casa, exausta e refletindo sobre o começo do meu dia.

***

Estava em meio a uma aula do Spencer, no dia seguinte. Ele falava sobre a Guerra Civil/ Guerra de Secessão do ano de 1861 quando me desliguei do som de sua voz e comecei a pensar o quão estranho era o fato de ter ficado com o meu professor. Era bizarro além dos limites pré-estabelecidos.

Resolvi desviar minha atenção para outra coisa e escolhi o cordão da minha mãe que balançava em meu pescoço. Aquele cordão era a prova de que alguém havia realmente se importado comigo, me amado até hoje. Ao menos uma pessoa...

No dia seguinte acordei atrasada para olhar o nascer do sol, mas deu tempo de me arrumar e tomar o café da manhã. Fui andando até a escola, não morava longe do centro, onde minha escola se localizava. Alex com seus cabelos vermelhos esvoaçando chegam até mim:

–Taylor, eu estava ouvindo o que as tietes oxigenadas estavam falando e advinha qual era o assunto que aquelas patricinhas estão escrevendo em seus diários felpudos e rosas?

–Qual? –perguntei nem um pouco interessada.

–O professor Kutcher, seu Spencer.

–Meu Spencer? De onde você tirou essa ideia Alex?

–Você ficou com ele, não está lembrada burra?

–Só fiquei com ele, retardada. Ele me rejeitou, está lembrada? –rebati.

–Verdade, mas ele já foi seu. Aposto que você é a única da escola que já beijou ele.

–Como se isso fizesse alguma diferença. –respondi ainda sendo seca.

–Anda, temos aula.

–Não quero ir para a aula. – fiz cara de tédio e bati os pés como uma criança mimada.

–E você acha que eu queria Taylor? Eu preferia estar no bar bebendo.

–Bebendo às nove da manhã, Alex? –perguntei quase rindo.

–É! Por que não?

–Ok. Neste caso vamos para a aula.

–Ah, por que Taylor?

–Um: á estou cansada de te levar em casa quando você está bêbada. Dois:Você é forte! Não é sempre que consigo te desenroscar do colo de um cara e três: Os bares estão fechados.

–Não tem problema. Vamos ao supermercado.

Pensei um pouco, até que não era uma má ideia.

–Vamos. –eu disse por fim, dando de ombros.

O sinal tocou. Sabíamos que tínhamos que “fugir” rápido, começamos a correr em direção á saída, mas quando estávamos perto da porta o professor Kutcher parou bem na nossa frente e disse:

–Aonde pensam que vão?

–Ham... Estávamos... Bem precisávamos ir... Ham...

–Por favor, vão para suas classes.

Resmunguei e fomos para a classe.

A aula do professor Kutcher – ao qual, Alex ainda preferia chamar intimamente de "o Spencer da Taylor"– foi muito engraçada. Muitas meninas idiotas e melodramáticas ficaram suspirando e algumas até piscaram para ele. Orgasmos múltiplos planavam em suas imaginações.

Estávamos indo para casa quando Alex perguntou:

–O que vamos fazer no fim de semana?

–Eu não sei você, mas eu vou fazer o de sempre... Arrumar a casa se eu tiver a fim, mandar meu pai parar de fumar e beber, visitar minha mãe, Fabrício e minha avó, boate... Essas coisas.

–Então está combinado, não é, Taylor? Amanhã te encontro na balada Somentimes Happy às vinte e três horas. Não se atrase hein? –e jogou um beijo enquanto entrava em sua casa.

–Ok. –respondi.

O dia passou como o de costume... Fui para meu trabalho, cheguei em casa e coloquei um CD de rock bem alto, comi algo, tomei meu banho e fui dormi.

Para completar minha semana, naquela mesma noite sonhei com Alex. Ela estava em um lugar que me lembrava florestas ou ao menos matas fechadas, havia várias árvores compridas, muitos pinheiros e o solo era úmido. Havia matas como essa ao redor de Lynn... Não que alguém as frequentasse muito. Alex estava deitada no chão úmido composto por folhas antigas, com uma faca suja de sangue ao seu lado e havia um homem. Ele saiu depois de enfiar a faca várias vezes no corpo de Alex. Assim que o homem saiu –estava muito escuro, não houve como identificá-lo.– eu fui correndo até Alex. Ela estava coberta de sangue, com os olhos abertos me encarando, porém a vida já havia se esvaído de seus olhos. Ela estava morta.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é um tanto corrido né? Muitas coisas aconteceram, eu tentei deixar o menos resumido possível para vocês se habituarem mais e entrarem mais no enredo, ok? Espero que tenham gostado, porque trabalhei pra cacete nele a tarde toda, pq assim, tava deplorável, entendem? Tenho até vergonha! Mas... É isso. Consertando a história que uma garota de treze anos escreveu mil anos atrás '-'

Me digam exatamente tudo o que acharam ok? Nos reviews e pá... Gente, recomendem a fic PARA os seus coleguinhas aqui do Nyah, ajuda a Saah aqui chegar na meta, vai ~olhinhos piscando docemente~

Beijinhosssssssssssssssssssssss seus lindos!

~Samyni



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