Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 24
Ameaça é igual mato: está em todos os lugares


Notas iniciais do capítulo

Capítulo programado para uma semana exatamente do anterior.
Olha o que estou fazendo no meu sábado por vocês!!!!!!!!

Boa leitura!



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POV SPENCER

"Eu não sei o que você tem, só sei que gosto muito" -apocalyptic

Taylor andava muito irritada e para piorar o humor daquele ser complicado que eu amava, as chantagens de Alex só pioraram no decorrer dos dias.

—Não acredito que agora vou ter que fazer prova para ela, arrumar o jardim dela e acobertar as saídas dela com o Mike... Pobre Phil, deve ter milhões de enfeites na cabeça.

—Ela o trai mesmo, hein? Alex não me parece o tipo de menina que limpa o jardim.

—Claro que não faz isso, mas ela não devia ter mais chantagens no seu estoque.

—Bem capaz.

Taylor bufou e escondeu o rosto dentro da minha blusa.

 –Por acaso aí está gostoso é?

—Você nem faz ideia do quanto, meu amor.

Ri e no segundo seguinte meu avô adentrou a sala de estar.

—Vamos parar com essa indecência no sofá, vamos?

—Peter! –o repreendi.

Taylor saiu do seu “esconderijo” o mais rápido possível.

—Estou brincando, crianças. Acha que nunca tive minhas brincadeiras com sua avó?

Tay segurou o riso e eu soltei uma gargalhada alta.

—Poupe-me dos detalhes, sim?

—Ok. Spencer e Taylor, estarei no córrego, caso precisem de mim.

Ela virou-se para mim ainda rindo.

—Seu avô é uma piada.

—Realmente. É pior que muito adolescente esse aí.

                                                      oOo

Na sala de aula Alex mandava bilhetinhos para Taylor. Provavelmente a avisando quais seriam suas “tarefas” do dia. O que eu poderia fazer? Eu queria expulsar Alex da escola, da cidade, do estado, país e de preferência mandá-la para Marte, mas isso infelizmente não estava ao meu alcance no momento.

Um sentimento de incapacidade total invadia meu ser.

O sinal havia batido e todos os alunos estavam se retirando da sala e eu me sentei para ler um livro, tentando ao máximo não lançar nenhum tipo de olhar significativo para Taylor até que um papel caiu dobrado sobre minha mesa. Nele estava escrito:

“Querido Spencer, adoraria ter alguns pontinhos extras na sua matéria. Acho que os mereço não? Xoxo Alex”

—Vaca... –murmurei, imitando Tay.

Era só o que me faltava... Alex me “pedindo” pontos extras!

 

TAYLOR LINEHAN’

Alex abusava de seus poderes cada vez mais. Eu estava realmente cansada. Aquilo era sacanagem.

A campainha tocou por volta das nove horas da noite.

—O que você faz aqui? Nem comecei seu dever de trigonometria ainda...

—Não é isso. Você vai à casa do Mike comigo. –ela sorriu, presunçosa.

—Claro que não!

—Por que, não?

—Por que diabos eu iria? Você não precisa de mim lá.

—Mas eu quero que você venha.

—Não, Alex!

Alexia foi em direção ao meu braço, fincando as unhas naquele local.

—Ah, você vai sim. –ela sibilou.

Puxei meu braço e lancei um olhar de ódio para a ruiva histérica parada na minha porta.

Troquei de roupa rapidamente. Meu pai ciente de toda a chantagem nem falou nada quando viu Alex e muito menos quando sai de casa. Assim que chegamos à casa de Mike, Alex disse:

—A casa está uma verdadeira bagunça e eu não tive tempo de arrumar, faça isso para mim. Estarei ocupada entendeu?

—Sei que tipo de ocupação.

—Você não pode falar muita coisa. Você dorme com o professor!

—Antes o professor que o drogado imbecil.

—Cala a boca. Você é tão vadia quanto eu.

Ignorei aquele comentário e assim que entrei na casa me deparei com muita sujeira. Garrafas de bebidas por todos os lados, pacotes de chips e biscoitos, muita roupa espalhada e o chão estava melado.

—Oi, gracinha! –Michael disse para Alex a agarrando pelas coxas.

Estava no meio da limpeza da cozinha quando ouvi barulhos vindo do andar de cima. Não, não eram barulhos “normais”. Resolvi subir as escadas lentamente.

—Você está lerda hoje hein? –ouvi a voz de Michael dizer.

—Estou sendo o mais rápida que consigo!

—Não está sendo o suficiente.

—Para de gritar comigo! Assim desconcentro.

—Você é uma idiota mesmo. Não sabe fazer nada!

—Para de gritar comigo, caramba!

—O que? Não aguenta a verdade, incompetente?

—Michael! Calma! Larga essa garrafa. Michael! Para, Mike!

E por fim um barulho de vidro se quebrando. Alex soltou um grito agudo –o mesmo grito dos sonhos, então adentrei o quarto. Ela se encontrava nua da cintura para baixo e ele o mesmo. Virei meu rosto para Alex. Sangue... Havia um corte bem grande acima do seu cotovelo.

—Aii... Taylor, me ajuda.

Abaixei para puxá-la e Michael gritou:

—A deixe aí ou...

—Ou o que, seu drogado de merda?

—Ou me satisfará contra sua vontade. Anda, largue ela. -ele ordenou, embriagado.

Olhei confusa para Alex e depois para Michael. Ele era mais forte do que eu, enfrentá-lo não era uma boa opção.

—O que eu faço, Alex? –sussurrei no ouvido da ruiva.

—Vai. Desça. Eu vou depois.

—Bem depois. Você ainda tem certos assuntos pendentes. –Michael disse.

Saí do quarto tentando não olhar para Michael. Voltei aos meus afazeres, tentando ignorar os gritos e choros de Alex no andar de cima.

oOo

—Taylor, acorde! – Alex me chacoalhava.

—Sim?

—Você adormeceu... Vamos embora?

—Ok.

Desgrudei minha cara da bancada da cozinha e fomos andando até a porta. Comecei a reparar em Alex. No lugar do corte ainda aberto havia sangue seco. A região das suas coxas –completamente visíveis por conta da saia curta– estava com hematomas e tive a impressão de vê-la enxugando uma lágrima.

Ele havia estuprado minha ex-amiga, isso era claro.

—Ele te deixou ir embora ou você o esperou dormir?

—A Amy J. chegou para distraí-lo. Não precisa mais de mim.

Abaixei a cabeça sem ter o que dizer.

oOo

O fim de semana chegou com o arrastar dos dias. E sim, eu continuava sob ameaça de Alex.

Ao acordar sábado optei por um banho, comi meu café da manhã, escolhi uma roupa e passei o resto da na casa de Spencer. Brincamos, estudamos um pouquinho e entramos no assunto Alex. Contei a Spencer o que tinha presenciado no dia que tinha que ir à casa de Mike e ele após um tempo calado pronunciou algumas palavras:

—Alex está com problemas... E você não deve aceitar voltar lá, entendeu? É muito perigoso. Poderia ser você!

—Sim.

—Não passou por sua cabeça que esse cara deve estar ameaçando ela?

—Como assim?

—Pensa, Tay: a Alex não gosta de ser mandada então porque ela faria tudo que Michael manda?

—Porque ela gosta dele?

—A ponto de deixar que ele a machuque e ao ponto de dividi-lo com dezenas de mulheres? Não sei, não.

—Eu sei que isso está estranho, mas continuo com raiva dela. Os fins não justificam os meios, Spencer.

—Eu sei, eu sei. –ele disse.

Soltei um longo suspiro e Spencer me abraçou.

—Não fique assim, está bem? Tudo vai melhorar.

Olhei para Spencer e sorri depositando um beijo em seus lábios.

—Obrigada, amor.

—Sempre estarei aqui, Tay. Sempre.

—Promete?

—Prometo.

Uma hora depois estava escorada em Spencer vendo um filme. A localização exata de nossas roupas? Eu não posso informar.

Depois de comentar sobre o nome do menininho do filme meus olhos estavam pesados de tanto sono, mas fiquei acordada tempo suficiente para ouvir Spencer sussurrar:

 –“Qual será o nome do nosso filho?”


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Notas finais do capítulo

Eu gosto super dos próximos capítulos, as coisas melhoram um pouco, mas me digam o que acharam desse...
Eu particularmente o acho triste, não sei

Beijão
—Samyni



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