Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 20
Clichê dos Pais


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeeeeeeeeeeei do interior.
Nem queiram saber a depressão que entrei lá!
Mas aí fui pra praia e agora to bem :D
Leiam u.u
Boa leitura! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523842/chapter/20

"Percebi que era você quando via um casal e me imaginava ao seu lado -ummeninociumento"

Na sexta-feira logo após a aula e o trabalho fui ver meu pai.

–Olá, papai. Como vai o senhor?

–Oi, filhota. O doutor quer falar com você.

Na hora me percorreu um frio na espinha. Será que meu pai havia piorado?

–Sobre o quê?

–Bem, filha, não creio que seja por causa da Senhora Piece, né?

–Papai, seu palhaço! Afinal de contas, quem é essa tal de Senhora Piece?

–A paciente do quarto ao lado. Uma senhora simpática, devo admitir.

–Uhum, sei... Vou procurar o Doutor, então.

Fui até a secretaria do hospital e perguntei onde o médico do meu pai estava. A secretária me informou que se encontrava na Ala Infantil. Fui até lá procurá-lo e dei de cara com várias crianças doentes, com queimaduras de terceiro grau, com alguma deficiência física ou mental...

–Ei, pequena! –falei para uma menina loirinha que carregava um livro quase do seu tamanho – Você sabe onde o Doutor Jerry Lincoln está?

–Ah moça, sei sim. Venha comigo. –a pequena de uns seis anos no máximo foi me puxando até encontramos o Doutor Lincoln.

–Oi, minha princesinha. –ele disse agachando para apanhar a menina do chão. – Oi Taylor, esta é minha filha Melanie. Filha, esta é a Taylor, filha do Nick.

–O moço que lê historinhas para mim?

–Esse mesmo.

–Ahh, sei! Ele fala que eu pareço demais com a filha dele. Papai, será que vou ficar tão bonita quanto ela quando eu crescer?

Dei uma leve risada com o comentário da pequena. Nem sabia que ela era filha do doutor e que meu pai lia historinhas para ela.

–Você ficará mais bonita do que eu, Melanie. –respondi e ela sorriu. –Doutor, o que o senhor gostaria de falar comigo em relação ao meu pai?

–Ah, sim... Seu pai está bem melhor, Taylor. Creio que suas constantes visitas não o deixaram perder as esperanças. Se você quiser levá-lo para casa sinta-se a vontade, mas ele terá que voltar aqui de segunda a sexta para continuar a quimioterapia. Depois do seu trabalho para ser mais exato, assim você faz companhia a ele.

–Sim, claro! Obrigada, Doutor, muito obrigada.

Realmente eu fiquei feliz, teria meu pai em casa de novo e iria cuidar dele... O melhor possível.

Eu, Doutor Lincoln e sua pequena Melanie chegamos ao quarto de meu pai, contamos a ele que sua volta para o “lar” estava “marcada” para o dia seguinte. E bem, acabamos chorando de emoção... E a Melanie ficou feliz de saber que o veria sempre.

Fiquei mais um tempo por lá, apenas conversando e brincando com Melanie. Depois fui para casa, precisava arrumar tudo para a volta de meu pai ao lar! Limpei a casa de cima a baixo, inclusive seu quarto... Foi o que mais caprichei, troquei todas as roupas de cama, passei suas roupas, seu pijama favorito, seu armário e a estante de livros.

Fiquei tão cansada que apaguei assim que deitei em minha cama.

Acordei depois das onze horas, contente por ser sábado. Levantei da cama de pijamas mesmo e fui arrumar algo para comer. Estava no meio da comida quando o telefone da cozinha tocou. Fui atender.

–Alô?

–Oi, minha linda!

–Bom dia, amor.

–Tem o que planejado para hoje? –Spencer perguntou.

–Nossa, nem te conto a novidade! Ontem fui ao hospital, não é? E o médico do meu pai falou que ele pode voltar para casa hoje mesmo. Mais tarde irei buscá-lo.

–Sério? Que ótimo, meu bem!

–Sim, sim. Por quê? Por acaso estava planejando algo para hoje?

–Queria te ver, mas esse é mais um momento seu e do seu pai. Posso te ver outro dia. Não tem problema.

–Ok. Vemos-nos amanhã então, okay?

–Não vai querer passar o fim de semana inteiro com seu pai?

–As saudades dele irei matar hoje, mas a saudade de ti também preciso matar, não é mesmo? –Falei.

Ouvi Spencer rir do outro lado da linha. Sabia exatamente qual era aquela risadinha. Era a que ele usava sempre quando eu falava algo carinhoso ou fofo. Uma risadinha curta.

–Tudo bem então, Tay. Até amanhã. Beijos.

–Até! Beijinhos.

Desliguei o telefone meio boba ainda, terminei de comer minha comida, lavei a louça e fui trocar de roupa.

***

–Seja bem-vindo, pai!

Papai olhava para todos os lados, sorrindo e reconhecendo cada detalhe de nossa casa. Foi andando casa adentro e por fim falou:

–Você cuidou da casa muito bem, hein?

–Óbvio, não é, pai? E dei uma caprichada ontem, já que você voltava hoje.

Ele se sentou no sofá e respirou profundamente. Coloquei uma manta sobre seu colo e perguntei:

–Quer um chocolate quente? Hoje está muito frio.

–Aceito sim, filha.

Deixei papai na sala e fui preparar chocolate quente para nós dois e de vez em quando dava uma espiadela na sala para ver se estava tudo bem com ele. Não que eu tivesse medo dele passar mal ou encontrar alguma bebida - já havia cuidado delas, estavam muito bem escondidas-, mas sim porque ainda não estava acreditando que ele finalmente estava ali, comigo. Achava que estava sonhando.

–Aqui está, pai. –eu disse lhe entregando a xícara de porcelana branca com detalhes marrom.

–Obrigado.

Esperamos um pouquinho e demos um gole em nossas xícaras.

–Então... Quando vai me contar?

–Contar o que, pai?

–Sou velho, mas não sou bobo, Taylor. Quem é o rapaz?

–Rapaz? Que rapaz, pai?

–O que libertou minha adorável filha daí de dentro. –ele disse apontando para o meu coração.

–Por que você acha que algum rapaz tem que estar envolvido nisso?

–Taylor! Sou experiente. Vamos filha, não me esconda.

Suspirei fundo em sinal de rendição e perguntei:

–O que quer saber?

–Hm... É da sua escola?

–Sim. –“podemos dizer que sim né?!”

–É da sua sala?

–Não tecnicamente. –“não só da minha.”

–Como ele é filha.

–Fisicamente?

–É. Também.

–Hm... Mais alto que eu, olhos claros, cabelos negros, físico normal, magro... É fofo, muito gentil, inteligente, ótimo cozinheiro... – “bom de cama” {disfarça...}

–E o nome? –papai perguntou.

–Spencer.

–Spencer o quê?

–Kutcher. Spencer Kutcher.

–Neto da Elizabeth?

–Esse mesmo. O conhece?

–Elizabeth falava nele às vezes, nele e na irmã dele. O pai dele morreu, não é?

–Sim, sim. Ham... Pai?

–Oi, filha.

–Promete que se eu te contar algo, não vai me julgar e nem me proibir de namorar Spencer?

–Só me diga que você não está grávida.

–Não estou grávida, pai! Mal conseguimos nos sustentar, imagina mais uma pessoa nessa casa...

–Foi nisso que pensei, mas daqui um tempo quero netos viu? Mas me diga o que é.

–Hm... Bem... Sabe o que é? É que... O Spencer... Não é estudante... É meu pro-pro-fessor de história.

–Ah, bom. Eu imaginei. Digamos que você não esconde muito bem... Só tomem cuidado ok? Para a escola não descobrir, se não ele será demitido. E não conte para mais ninguém a não ser Alex. Talvez nem para ela...

–Ela já sabe e não gostou nada. Tanto é que brigou comigo, só porque eu estou diferente.

–Amiga da onça essa que você tem. Adolescentes dizem que namorados são passageiros, mas amigos são para sempre. Nem sempre é assim. Espero que o seu caso seja este.

–Eu não sei pai, só estou com medo de que algo aconteça.

–Eu entendo, mas pensamento positivo.

Sorri e tomei mais alguns goles do meu chocolate quente.

–Taylor?

–Sim, pai?

–Só mais uma coisa...

–O que?

–Traga esse Spencer aqui amanhã. Quero ter uma conversa com ele.

Gelei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram???
Meio parado, eu sei, o próximo é bem melhor, pq é o Spencer que conta ~amozinho~
Deixem reviews!
Beijossssssssssssss
Samyni



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ops! Paixão Errada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.