Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 2
Boate


Notas iniciais do capítulo

Hello babys!!!

Como prometido, aqui está mais um capítulo.. Estou fazendo alterações na história, descrevendo coisas que aos 13 anos eu deixava passar despercebido. Espero que tenha ficado melhor!

Bem-vindas:
—ArayaN
—nathyy

Às outras, um ótimo retorno! ;)

Boa leitura! *-*



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"Podem me chamar de tudo, menos de fraca, você não sabe nem da metade das coisas pelas quais eu tive que passar." -autor desconhecido.

Aconteceu algo quando eu tinha 19 anos que me fez mudar, me fez repensar, me fez abrir os olhos, me tornei uma pessoa diferente... Voltei a ser quem eu era antes. Quem foi responsável por isso? Verás caro leitor.

Estava em frente a lápide de minha mãe, onde havia entalhado em pedra:

“Aqui jaz Maria Helena Linehan.

23/06/1970

11/09/2001 ”

Sim, sua morte coincidira com o ataque terrorista às torres gêmeas. O país inteiro oficialmente estava de luto. Pode parecer insensibilidade da minha parte, porém, a dor da ausência de minha mãe era maior do que as imagens intermináveis dos aviões colidindo com as torres e o número cada vez crescente das mortes.

–Boa noite, mamãe. –eu disse olhando para sua lápide com lágrimas nos olhos. –Trouxe margaridas, suas favoritas.

Contei a ela como eu estava feliz por Megan ter ido embora de minha casa. Eu gostava, ou melhor, gosto das minhas irmãs, mas de Megan não, por motivos evidentes.

Deixei flores para minha avó e para meu irmão Fabrício. Enxuguei as lágrimas do rosto e fui pra a boate, já era noite há algumas horas, pra falar a verdade era quase madrugada.

Quando cheguei à boate, uma propriedade pequena e claustrofóbica com luzes coloridas de doerem os olhos, acentos vermelhos e pretos com revestimento de falso couro e o cheiro nítido de álcool e fumaça, todos meus amigos já estavam bêbados, inclusive Alexia, minha melhor amiga apelidada de Alex. –ela não ficava nada satisfeita quando a chamávamos de Alexia, seu nome de batismo.

Estávamos no barzinho bebendo quando Alex perguntou grogue:

–Topa um desafio?

–Fala.

–Eu duvido que você fica com aquele cara. –ela disse apontando para um cara bonitinho, mas certinho demais. Alex me conhecia, ela sabia que eu não ficaria co aquele tipo de cara –só se me pagassem–. Eu geralmente ficava com homens iguais a mim: inconsequentes, extrovertidos, festeiros, fãs de preto e tatuagens destruídas pelo corpo –mesmo que eu não as tivesse.

–Você está louca, Alex? Não.

–Eu fi-fico com qualquer... Qualquer cara que você apontar se você ficar com... El-Ele! –disse Alex tropeçando nas palavras de tão bêbada.

–Hum... Que tal aquele? – apontei para um loirinho excluído num canto.

–O-ok. Mas você vai ter que ficar com o senhor certinho ok?

Alex se levantou quase caindo e foi em direção ao loirinho.

Era minha vez de cumprir com o trato. Peguei meu copo de cerveja e fui dançar perto do senhor certinho.

–Oi, qual é seu nome? –perguntei, após aproximar meus lábios de seu ouvido.

–Spencer e o seu? –ele perguntou, não muito interessado.

–Taylor. –respondi e ele assentiu.

Spencer tinha cabelos negros levemente atrapalhados como um corvo, olhos cinzas que lembravam uma nuvem carregada na primavera, pele clara e era magro, seus músculos não eram nítidos, mas havia um ar genial, quase poeta em seu ser.

O puxei para mais perto do bar, era mais calmo e tinha menos barulho.

–E o que você faz em Lynn? –perguntei.

–Bem, eu terminei a faculdade e...

Ele contou sobre esse período de sua vida, a transição de universitário para a vida de adulto com um emprego "de verdade", responsabilidades, mudança... Ouvi, tentando aparentar interesse enquanto virava um copo atrás do outro. Por fim, não prestava mais atenção, não escutava e nem sabia o que estava fazendo. O álcool tomara conta do meu bom senso –se é que ele já havia existido.

Lembro-me de beijar Spencer, de dançar loucamente na pista de dança e de convidá-lo para dormir comigo –não íamos dormir, íamos... Ah, não vou da explicação sobre como surgiram os bebês! Mas ele me disse não.

Assim que levei um fora fui procurar Alex, ela estava de frente para o loirinho, em seu colo, o beijando. E o loirinho estava aproveitando da situação para passar a mão em seu corpo.

A arranquei de seu joguinho sedutor a força, a deixei em sua casa e caminhei aos tropeços até a minha.

Acordei antes do nascer do sol. Fiquei um bom tempo olhando em direção ao céu. E quando o sol nasceu lembrei de minha mãe dizendo: “Sempre que o sol nascer é a mamãe sorrindo para você.”

–Sinto sua falta. –murmurei e lágrimas começaram a rolar por meu rosto.

Ainda estava cedo. As aulas só começavam às nove horas e ainda eram seis.

Comecei a olhar o medalhão que minha mãe me deu, eu nunca o tirava do pescoço. Era basicamente uma joia dourada em forma de coração, que se abria e de cada lado havia uma foto, meu pai e minha mãe, respectivamente. Eu o adorava com todas as forças.

Tomei meu café da manhã –torradas queimadas com manteiga de amendoim e uma latinha de Coca zero, vesti minha calça preta habitual, all stars também pretos e jaqueta jeans, passei rapidamente rímel e lápis de olho e saí pela porta. Andei preguiçosamente em direção a escola, onde eu particularmente chamava de “Calabouço do Conhecimento”.


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? me digam tudo nos reviews hein? ;)

Bjinhosss
~Samyni

PS. Coloquei pra postar sexta, dia 18, mas sabe-se Atenas pq, ele postou hj --'



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