POV ALEX’

"- Vivemos em um mundo de máscaras, onde todos fingem ser o que não são." -Alguém disse por ai.

Se era guerra que Taylor estava a procura, seria guerra a encontrar.

Tinha acabado de brigar com ela, meu sangue fervia, o ódio era mais do que evidente em meus olhos, eu queria socar o primeiro idiota que aparecesse a minha frente, mas para evitar uma possível visita á delegacia resolvi ir logo para casa sem olhar para trás.

Assim que cheguei em casa fui em direção a geladeira, precisa de uma bebida alcoólica, a primeira coisa que vi foi uma cerveja. Eu nunca amei cerveja, com certeza não era minha primeira opção em bares e festas, entretanto como precisava de álcool percorrendo minha corrente sanguínea nem dei muita importância para o que seria.

Logo depois de tomar todo o conteúdo da garrafa tomei um banho gelado e dormi.

...

O jantar estava ótimo, como sempre. A cozinheira da casa fazia tudo muito bem, óbvio. Eu já havia terminado de comer, porém por ordens expressas do meu pai tinha sempre que me permanecer na mesa até todos acabarem. A campainha tocou, meus pais trocaram olhares e voltaram a comer. Ou seja, eu iria ver quem era na porta.

Olhei pelo olho mágico, era Phil, meu namorado.

–Olá, minha linda.

–Oi, Phil.

–Que cheiro é esse? Parece álcool... Andou bebendo de novo Alex?

–Não, não. –menti. –Algum bêbado deve ter passado por aqui e derramado um pouco de bebida.

–Hmm... –ele disse não acreditando muito na minha mentira.

–Quer entrar? –perguntei.

–Sim.

Phil entrou depois de dizer um “licença” bem baixinho.

–Olá Senhor e Senhora Carter. –ele disse cumprimentando meus pais.

Minha mãe até levantou-se da cadeira, deu um abraço em Phil e falou:

–Olá, querido. Por favor, me chame apenas de Lucy.

–Ok, Lucy. -Phil então sorriu.

–E como vai a escola, rapaz? –meu pai perguntou.

–Vai muito bem, obrigada por perguntar.

–Que isso querido, não precisa agradecer. –mamãe disse.

Não estava mais aguentando aquela ladainha, então puxei Phil até meu quarto, tranquei a porta e sentei-me em cima da minha escrivaninha.

–O que aconteceu, ruivinha? –Phil perguntou pegando uma mecha do meu cabelo e passando-a por trás de minha orelha.

–Briguei com uma amiga de infância.

–Que ruim.

–Sim, mas não quero conversar sobre isso.

–Quer conversar sobre o que então?

–Não quero conversar...

–E quer fazer o que então?

–Que tal isso? –perguntei provocante e beijando seus lábios.

O beijo, digamos, ficara mais interessante e eu aproveitei parar tirar a camisa de Phil, ele logo em seguida desabotoou minha blusa xadrez vermelha e a tirou. Minhas mãos desceram rapidamente para o zíper de sua calça, mas algo me impediu.

–Alex, -ele disse ofegante- seus pais estão em casa e ainda é muito cedo para isso.

Muito cedo? Afinal de contas, meu namorado era um homem ou um rato?

O encarei perplexa, aquilo era uma imensa sacanagem. Acendia meu fogo e não tinha a decência de apagá-lo. Isso me lembrou Spencer e Taylor por um momento.

Estava perdida em meus pensamentos e quando dei por mim ele já havia vestido sua blusa, encarou-me por alguns minutos e beijou-me na testa. Sim, na testa! Assim que vesti minha blusa o levei até a porta.

Então ia ser assim? Ele não me queria? Tinha quem quisesse. Peguei meu casaco e caminhei até a casa de Mike.

–Oi gata, o que faz aqui?

–Vim te ver, ué.

Ri com aquilo, peguei a Albsolut novamente e a levei até a boca, tomei mais alguns goles olhando diretamente para Michael, que mordeu o lábio inferior e veio até mim me beijando ardentemente. Uma coisa que eu adorava em Michael era sua disposição e seu jeito impulsivo. Ele logo me colocou em cima da bancada e começou a me beijar, depois passou suas mãos pela minha cintura e começou a subi-la lentamente, aproveitando assim para retirar minha blusa. Eu, com minhas mãos ágeis fui até o zíper da sua calça o abrindo e logo em seguida retirando sua blusa. Mike beijou toda a região do meu busto e colocou-me em seu colo, levando-me para o sofá. Terminamos de tirar a roupa e nos entregamos a uma noite de muito calor e diversão.

***

POV TAYLOR.

"Eu quero você. Sério ou sorrindo. Me mordendo ou me beijando. De bom ou mal humor. Eu quero você, aqui e agora." -Um apaixonado no mundo.

É impressionante como um sentimento surge e tudo a sua volta. É clichê dizer assim, mas para algo ser clichê, ele precisa ser comum. E são raríssimas as pessoas que nunca se apaixonaram algum dia.

Quando alguém está gostando de outro alguém, é evidente. A tristeza é possível de ser escondida atrás de máscaras de sorrisos. A alegria consegue ser contida, quando se está quieto em seu canto, recluso dos curiosos. Já a paixão, ou amor, muda a forma do ser humano sorrir, olhar e pensar.

Por que será? Eu perguntava isso ao meu pai sempre quando era pequena e ele sempre me respondia: “É o amor!” Eu perguntava: “Mas pai, o que é o amor?” E ele respondia: “Ah filha, não é uma coisa fácil de explicar, pois o amor não é complexo, é mágico, é respeitoso, é paciente, é inesperado, é bom... É simplesmente amor! Não se explica, apenas se conquista e se aplica

E eu finalmente entendia o que era “Amor”, só não sabia explicar.

Alguém algum dia encontrou um modo de explicá-lo sem ser imutável? Cada um tem sua forma de amar.

Estava no sofá ainda com Spencer, escorada nele e ele fazendo carinho em meu cabelo quando ele perguntou:

–Alguma novidade?

–Depende...

–De que?

–Da pessoa que se trata.

–Seu pai?

–Ele está feliz com minhas visitar continuas, nada de novo.

–Hmm... Alex?

–Briguei com ela hoje.

–Por quê? –ele perguntou perplexo.

–Ela deu chilique! Falou que agora que estou contigo eu mudei, que não sou a mesma Taylor de sempre, que ela quer a amiga doida e bêbada dela de volta e blá-blá-blá.

–Como sua amiga o certo é ela querer que você fique feliz, que queira o seu bem e não te incentivar a ir para o fundo do poço! Se ela quer acabar com a vida dela então acabe, só não te arraste junto.

–Concordo... Por isso não vou pedir desculpas e nem nada.

–Sinto muito que vocês tenham brigado, mas eu estou aqui viu, meu amor? Sempre.

–Obrigada, Spencer.

Sorri e o beijei.

–Bem, vou ter que ir.

–Ah não... Não vai, por favor. –choraminguei.

–Não faça isso, porque eu tenho mesmo que ir. Não podemos ficar correndo tantos riscos, os vizinhos podem ver algo e você já sabe né?

–Sei sim...

Spencer já foi se levantando do sofá quando eu perguntei:

–Você não está se esquecendo de nada?

–Ah... –ele disse vindo até mim e me beijando.

–Gostei, mas não é isso.

–O que é então?

–Suas roupas, talvez.

Ele riu e pescou suas roupas pelo chão e logo se vestiu. Eu coloquei as minhas e o levei até a porta dos fundos.

–Não se esqueça de estudar, ok? –ele disse, logo em seguida me beijou e foi embora.

Abri a geladeira e fiz um lanche, tomei um banho, deitei em minha cama e estudei até cair no sono.

Acordei ainda com sono, tomei meu café da manhã, arrumei minhas coisas para a escola e troquei de roupa.

Assim que cheguei à escola vi Alex andando com Michael, eles não estavam de mãos dadas e nem nada do tipo, já que eles não eram namorados e nem sentiam nada um pelo outro. O que era um para o outro afinal de contas? Acho que um passa tempo.

Fingi que não a vi, seria mais seguro, pois Alex adorava um bom barraco. Assisti às aulas normalmente, sempre ignorando o fato de ela existir. No almoço, sentei-me com Josh. Ele era amigo meu de infância, ele andava comigo e com Alex, mas quando crescemos começamos a frequentar boates, a beber demais e tal. Alex começou a implicar com Josh, com seu jeito mais quieto, com seus joguinhos de computador, passou a humilhá-lo então ele se afastou de nós.

Depois de conversar bastante com Josh e relembrar nossos momento da infância voltei para as aulas. Tive até teste surpreso de química e fui incrivelmente bem.

...

POV ALEX

A noite? Como eu havia dito foi quente e divertida. Passei a noite em claro “brincando” em todos os cômodos da casa de Michael, realmente aquele homem era fogo.

Uma hora antes de levantar para ir pra escola tirei um cochilo na cama de Mike. Não bebemos muito, por esse motivo conseguimos levantar para ir à escola.

Passei em casa antes e troquei de roupa após um banho rápido.

Taylor estava lá na escola.

Tinha pena dela. Tornou-se tão inocente e boba. Andou com o idiota do Josh, até. Ela me conhecia, será mesmo que ela achava que eu não iria fazer nada com ela? Se ela achava que eu ia ficar quietinha na minha estava completamente enganada.

***