Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 17
Resposta da Pergunta Interessante


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!!

Bem-vinda:
—Aninha Moon

Mais um capítulo!

Boa leitura :3



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"É como dizem: O abraço é o encontro de dois corações." -autor desconhecido

“–E me diz: o que um homem certinho, fofo, santinho e etc fazia em uma boate?

Ele engoliu em seco.”

Continuava parada esperando uma resposta, uma resposta que não chegava.

–O gato comeu sua língua, Spencer?

–Não vai adiantar eu te contar hoje, você está tonta, nem vai se lembrar... Vá dormir Taylor, eu lhe conto amanhã.

–É claro que não estou tonta... Ok, talvez um pouco, mas eu estou sã não estou? Afinal de contas, como uma tonta pensaria em uma coisa dessas? –falei ignorando o fato de que Alex estava completamente bêbada quando “abriu meus olhos” para aquela questão interessante.

–Ok. Vou abrir o jogo pra você.

Dessa vez, eu engoli em seco.

Ele pegou minha mão, sentou-me no sofá e sentou-se ao meu lado.

–Sabe, existe certos esteriótipos que são difíceis de se quebrar. Eu não acredito piamente que todas as pessoas que vão a boates bebem até cair, ficam com mil pessoas e fazem atrocidades, sei que não é bem assim que a banda toca. Porém, sim, eu tenho um certo receio quanto se trata de casas noturnas. É um motivo pessoal.

–E você não vai contar para a sua namorada? –perguntei.

Spencer suspirou.

–Quando se é jovem, somos imprudentes na maioria das vezes. Fazer besteira é o "hobbie" de muitos. E sempre houve problemas entre os meus pais. Desde que eu me lembro por gente, eles brigavam e jogavam indiretas um para o outro. Sem contar o favoritismo que era nítido. Minha casa era como a Segunda Guerra Mundial. De um lado, eu e minha mãe. Do outro, minha irmã e meu pai. Emma nunca deu certo com nossa mãe. Eu sempre fui mais para o lado materno do que o paterno, mesmo com a relação boa com meu pai... Quando eu era adolescente, Taylor, eu me senti revoltado, lesado pela situação toda.

"Minha adolescência não foi tão diferente da sua. Eu saia, muito. Às vezes voltava na mesma noite, outras não. Algumas vezes parei no hospital por brigas... Eu namorava uma garota nessa época. Ficamos juntos por muito tempo. E de certa forma, combinávamos. Ao menos naquela época. A questão, na verdade, está em uma noite normal de bebedeira e algumas drogas, na faculdade. Eu arranjei briga. Isso, porém, não era novidade. Para mim e para ninguém. Eu estava tão bêbado e tão chapado, que não segui a lei do "bata em alguém do seu tamanho"... Os caras eram fortes, Taylor. Eram quase monstros! E eu arranjei briga com eles. Fantástico. Ashley, minha namorada daquela época, ligou para minha irmã, que pediu ao meu pai para me "socorrer" ou "me acalmar"."

Segurei a mão de Spencer.

–Ele apareceu por lá. Era um bom pai, sabe? Quando sua cria estava em perigo, o rei da selva aparecia. Era tão típico dele... Os caras não se importaram se ele era um homem já depois dos cinquenta. Agrediram ele... Repetidas vezes. Nem sei o que eu fazia no momento. Eu estava olhando, disso me lembro, mas fiquei parado? Tentei ajudar? Eu ri igual um drogado de merda? Não sei. Minha irmã estava lá? Não faço a mínima ideia. Perfuraram a bexiga dele... ele teve uma hemorragia interna... Meu pai não sobreviveu.

–Spencer, eu sinto muito!

–Eu sinto mais. Desde então, me sinto culpado. Minha mãe, apesar de ter uma relação horrível com ele, entrou em depressão e se mudou para longe. Eu terminei a faculdade, prometendo nunca mais ingerir drogas ou uma gota de álcool. Só o cheiro já me faz lembrar daquele dia... Emma, minha irmã, também se mudou e trabalhou e trabalha sabe Deus no quê. Eu até tentei continuar com a Ashley, entende? Arrastei os últimos anos da faculdade aturando ela. Sinceramente, ela era dramática demais e pioria se tivesse que olhá-la todos os dias com chamas ao redor das órbitas, se por acaso sonhasse em terminar. Nos afastamos cada vez mais. Eu não a suportava em um certo período. Quando a faculdade acabou e eu estava mais sozinho do que nunca, vim para Lynn morar com meus avós a fim de começar uma vida nova, em uma cidade tranquila... Surgiu na minha cabeça ir a boate naquele dia, apensa para conhecer pessoas, mesmo. E então, você apareceu...

Spencer enxugou disfarçadamente as lágrimas que escaparam durante a história.

Ele nunca havia comentado sobre a morte do pai. Por conhecer seus avós, achei que a família dele era a típica perfeita ou ocupada demais para se verem sempre... Mas, mais uma vez, tirei a prova de que as aparências enganam. O que eu podia fazer em uma hora daquelas? Afinal, eu sabia o quanto era ruim perder alguém, todos nós sabemos. É complicado e sempre odiei o “Vai ficar tudo bem, tudo vai se resolver” porque, no final não se passava de uma mentira. A pessoa nunca volta, não fica tudo bem, não ficou tudo bem para mim... Todavia, não temos outra saída a não ser nos acostumar com a ausência dessas pessoas que se foram.

Achei melhor não falar nada, já que eu estava “meio” tonta e com pensamentos revoltados naquela noite.

O abracei forte.

Com o tempo aprendemos que a melhor coisa em uma hora dessas é um abraço e logo depois fomos dormir.

...

Virei-me para o lado, queria dormir mais um pouco e de preferência abraçada a Spencer, mas não o achei.

Havia um bilhete em seu travesseiro, peguei o papel, o desdobrei e comecei a ler:

“Bom dia Tay, dormiu bem? Tive que sair mais cedo, por causa dos vizinhos. Você se lembra do que eu te contei ontem ou a bebida fez efeito? Te encontro na escola, ok? Seu café da manhã está lá na cozinha. Aproveite! Beijos, Spencer.”

Levantei da cama com muita dificuldade e fui até a janela... O dia nem tinha amanhecido, minha cabeça doía demais e sim, eu lembrava de tudo da noite passada. Tomei um banho quente, escolhi uma roupa –uma blusa cinza com pregas pretas, calça preta, meu pingente e all star–, tomei o café da manhã que Spencer deixou –café forte, torrada e biscoitos– e fui para a escola.

Prestei atenção em todas as aulas, conversei quase nada com Josh e nem avistei Alex direito, já que em todas as aulas que temos juntas ela dormiu.

As aulas foram passando, algumas rápidas e outras mais lentas que uma tartaruga dormindo.

Vi Alex no fim do dia, dessa vez acordada e fui até ela a passos rápidos.

–Oim ruiva!

–Oi, loira. Levou muita bronca do professor de história?

–Mais ou menos. –admiti- Ele me contou o porque de estar na boate naquela noite em que o conhecemos.

–Sério? Conta-me!

É... Ela milagrosamente lembrava-se de pelo menos isso da noite anterior, contei a Alex alguns dos motivos, ela ouviu tudo com uma cara de deboche e disse por fim:

–Só isso? Pessoas morrem. Drogas fazem isso. Outras pessoas fazem isso. Meu Deus, que homem dramático! Conseguiu te superar viu, Taylor.

–Como é? Você disse mesmo isso? Dramática? Eu, caramba?

–Sim. Você nem é ignorada pela sua mãe como eu. –ela deu de ombros e bateu a porta do armário.

–Deve ser porque ela morreu, não?

–É. Tanto faz. Sei lá.

–Tanto faz nada! Qual o seu problema, garota? Você sempre foi assim? Egoísta e mesquinha ou eu era tão estúpida como você que nem havia reparado?

–Eu não sou egoísta e nem mesquinha, você que está toda retardada e sentimental demais. Eu te pergunto Taylor, até quando essa palhaçada de namorar o professor vai durar? Eu já cansei! Quero minha amiga de volta, quero a bêbada louca, rebelde, a sem noção, a doida, a revoltada... Que estava disposta a beber vodca às nove horas da manhã e não usava roupas... Claras como as que você agora inventou de usar!

–Chega ,Alex! Eu ainda sou a Taylor, só percebi que não adianta nada eu ser louca, sem noção, bêbada e o diabo A4. Dessa forma eu vou acabar com minha vida.

–Meu Deus! Não acredito que Taylor Linehan disse isso! Você não é minha amiga, não mesmo. Você se tornou outra pessoa, uma pessoa chata, se tornou uma adulta.

–Eu tenho dezenove anos, merda, sou adulta! Já estava na hora de agir como tal.

–Aquele besta melodramático do Spencer te transformou em uma retardada... Quando ele começar a te obrigar a estudar, te vigiar vinte e quatro horas por dia, te mandar pra uma faculdade, parar de viver e afins não me procure ok? Porque eu te avisei!

–Não irei de procurar, não mesmo. Afinal, antes só do que mal acompanhada não é mesmo?

Saí andando, fui para meu trabalho. Nossa briga não tinha sido feia levando em consideração pessoas que um dia havíamos sido, se tivesse acontecido a alguns meses atrás possivelmente teríamos ido parar no hospital. Entretando, a amizade sofreu um abalo. Jogamos na cara uma da outra o que pensávamos. E orgulho ferido não é facilmente constituído.

Depois do meu trabalho fui visitar meu pai, ele estava absorto em seus pensamentos, para variar um pouco.

–Olá, papai.

–Oi, minha pequena. Como vai?

–Bem e você?

–Estou melhor, hoje sonhei com você e agora você está aqui... Não tem como meu dia ser melhor.

–Aé? E que tal prolongar nossa visita de hoje?

Papai sorriu, gostando da ideia. Fiquei com ele até anoite.

Cheguei em minha casa e quando Spencer me viu chegando saiu da árvore em que se escondia com as mãos nos bolsos.

–Desculpa, estava com meu pai... Acabei ficando por lá mais tempo hoje.

–Tudo bem. –ele respondeu e entramos em casa.

Fiz um lanche rápido e Spencer continuava parado a minha frente.

–Eu me lembro de ontem, ok? –falei quebrando o silêncio.

–Eu imaginei...

–Spencer, estou começou a me sentir culpada. Acho que te obriguei a dizer algo ao qual não estava preparado.

–Desculpa, mas... –Spencer nem conseguiu terminar a frase, acabou abaixando a cabeça.

Levantei-me de minha cadeira e fui até ele, sentei em seu colo, fiz um breve carinho em seu rosto –que a essa altura já não estava abaixado– e disse:

–Desculpa, prometo que nunca mais te faço me dizer nada, assim. E meu amor, você não tem culpa, foi coisa de adolescência, coisa impensável, você não tem culpa, não tem mesmo... De jeito nenhum e estou aqui ok? Para sempre, não importa o que aconteça, sempre estarei aqui para te apoiar e abraçar.

–Obrigada Tay, muito obrigada. Eu te amo muito, menina, sabia?

Sorri e disse:

–De nada. Sei sim.

E fiquei calada. Notei que Spencer esperava que eu falasse algo, mas eu olhei para teto, para o lado, para a janela como se não soubesse de nada.

–Hey. –ele disse e me cutucou na barriga.

–Oi?

–Não tem nada a dizer não?

–Como assim?

–Eu disse que te amo e você disse "eu sei". Que sem graça! Não me ama não? –ele perguntou entrando no clima da brincadeira.

–Eu? Claro que não! Eu te odeio. Nunca te falei isso não?

–Aé? Me odeia? Vamos ver se agora você vai me odiar.

Spencer levantou-se da cadeira, me pegou no colo e começou a me girar e andar em direção a sala. Comecei a ficar tonta e gritei o tempo todo.

Ele tropeçou nas costas do sofá e caímos sobre o mesmo. –detalhe interessante: eu caí em cima de Spencer–

–Ainda me odeia? –ele perguntou desta vez com cara de carente.

Eu ri e disse:

–Nunca te odiei, bestão! Eu te amo!

Ele sorriu e me beijou. Sentamos direito no sofá e voltamos a nos beijar...

A vida é cheia de detalhes interessantes.

***


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Notas finais do capítulo

Fiz uma reforma nesse negócio por duas horas! Achei melhor do que como estava...

Espero que tenham gostado.

PASMEM! SPENCER ERA DROGADO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK vamos jogar isso na cara dele.

Skins, olha o que cê faz com as minhas fics, mds '-'

Gente, n existem bons garotos, existem garotos que omitem. Aprendem.

Enfim, me digam tudo o que acharam sim? E pra quem não lê minha outra fic, apareça lá num momento de tédio ou em que precise de rir, sim?
http://fanfiction.com.br/historia/433660/Amor_as_Avessas/

Bjinhossssssssssssssssssssssssss E NÃO ESQUEÇAM DOS REVIEWS, RAPARIGAS!

~Samyni



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