Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 12
Visitante Indesejado


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiii gente!!!!!!!!!

MUITO obrigada pelos feliz aniversário! São uns fofos *-*

Boa leitura!!!!!!!!!!!!



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“Engraçado, porque todas as noites eu vou dormir com você na cabeça.” -Tati Bernali

Realmente era a porta da frente, logo depois ouvimos passos cuidados de encontro ao chão de madeira.

–Silêncio! O Spencer deve estar dormindo. –ouvi uma voz feminina vindo da sala.

–São meus avós. –Spencer disse. –Eles voltaram do cruzeiro que estavam comemorando os cinquenta anos de casados. Anda, vista-se. –ele disse jogando a blusa dele que antes, alguns minutos antes da interrupção, estava em meu corpo.

Eu me vesti o mais rapidamente possível e ele também.

–Preciso me esconder? –perguntei.

–Acho que não. –ele disse atento aos diálogos que vinham da sala de estar.

–Irei dar um beijo de boa noite em meu neto. –disse a avó de Spencer.

–É. Você terá que se esconder. –ele olhou para mim com os olhos de medo, ou algo assim.

Escondi-me dentro do armário, e colei o ouvido na porta, a fim de ouvir o que aconteceria. Me sentia como um amante ou ladrão que por conta de distrações não conseguem abandonar a casa antes do esperado. Estava me espremendo entre calças jeans e casacos de inverno que emanavam o cheiro habitual de Spencer.

Somente ouvi um diálogo baixo e abafado:

–Spencer querido, voltamos.

–Hm? Vovó? –Spencer fingiu estar sonolento.

–Shiiiuuu... Pode dormir, querido. Boa noite.

–Boa noite.

Ouvi a porta do quarto se fechar, Spencer abriu a porta do armário. Me olhou de cima a baixo com os olhos preocupados, pegou minha mão e disse:

–Vamos dormir.

–E sua avó? Imagino que ela não gostará muito do fato de eu estar aqui. –coloquei as mãos na cintura.

–Não há como eu te levar para casa. Ela irá acordar e perguntar onde eu fui á essa hora da noite. –ele respondeu, passando a mão pelo rosto.

–Mas... –tentei argumentar.

–Amanhã te apresento á eles, mas hoje temos de ficar aqui, quietos, entendeu?

–Ok.

Deitei na cama de Spencer, ele me abraçou mais forte do que o esperado e dormimos.

–Hey, Taylor. Acorde.

–Hãm? Por quê?

–Olha, sua roupa está molhada dentro do banheiro. Não tem como eu te apresentar aos meus avós com você vestida apenas com calcinha e minha camisa, então vamos até a sua casa, você toma um banho, escolhe uma roupa qualquer e voltamos.

–Assim quando sua avó nos ver chegando vai ser como se você tivesse na verdade me buscado. –conclui, entendendo o plano.

–Exato. –ele sorriu, como se mentalmente dissesse ‘minha garota!’

Levantei da cama, peguei minha roupa molhada no banheiro, as coloquei dentro de uma sacola plástica que Spencer me entregou e andamos de fininho até a garagem. Fui o mais cuidadosa possível para não bater nem a porta do veículo.

Spencer deu partida no carro e fomos em direção a minha casa.

O caminho com muitas árvores, uma estrada retilínea borrada aqui e ali de neve, já me eram comuns naquela época. Tornaram sem plano algum, a minha rotina.

Não pude evitar de refletir que se não fosse a intromissão dos avós de Spencer, algo muito bom teria acontecido. Recorrendo as lembranças da noite anterior, Spencer jamais poderia negar que perdeu o controle da situação e principalmente que me desejava veementemente. A sensação era boa, tenho de admitir.

Entramos em minha casa, a porta fechou-se atrás de nós. Me senti constrangida, afinal de contas não gostava do fato de morar em uma casa minúscula, velha, feia e já em péssimo estado. Ainda mais por ele estar olhando todos os cantos, como se fosse um corretor de imóveis meticuloso.

–Vou tomar um banho. Sinta-se a vontade. –falei subindo as escadas e indo tomar meu banho.

A água estava morna, do jeito que eu gostava. Meu banho foi um pouco demorado, mas proveitoso.

Sai do banheiro enrolada na toalha, encarei meu guarda-roupa. Ele estava praticamente vazio, pois eu tinha esquecido de lavar as roupas do cesto.

Agachei e abri a gaveta, onde encontrei uma calça jeans preta e uma blusa preta também. A blusa preta era para "ocasiões especiais", mas foi a única que achei. Peguei minha bota preta e a calcei.

Desci as escadas antes mesmo de me maquiar, queria ver o que Spencer estava fazendo.

Ele estava parado, olhando os quadros e portas retratos da sala de estar.

–Sua mãe era linda. –ele disse. –A pequena sorridente vestida de rosa é você?

–Sim, sou eu.

Spencer finalmente se virou para mim, me olhou de cima a baixo e disse:

–Você só tem roupa preta?

–Praticamente sim.

–Não tem nenhuma outra que não seja preta?

–O que há de errado com minhas roupas? –perguntei séria.

–Nada, mas é que minha avó tem algumas cismas com pessoas que só vestem preto. Algo sobre influência satânica, meu amor.

–Então quer dizer que ela não irá gostar de mim pelo o que eu visto? –perguntei com uma mão na cintura e a outra apoiando no vão da escada.

–Não, mas a primeira impressão dela, o primeiro pensamento já seria negativo, entende? Ela criaria um pré-conceito já ruim, que por sinal, seria dificultoso de quebrar.

–Ok. Vou procurar algo que não seja preto. Era só falar isso, não precisava dessa explicação pomposa.

Achei aquilo um tanto idiota, pois ele não precisava da autorização da avó para namorar certo? Certo. Porém, quando estamos em um relacionamento, queremos a aprovação do máximo de pessoas possíveis. Se estar com alguém já não é fácil, quando os outros acham errado e jogam pragas e apontam, torna-se mais difícil ainda.

Comecei a subir as escadas, me virei e perguntei á Spencer:

–Você vem ou não vem? Tenho que saber se sua avó aprova certas roupas.

–Sim, estou indo.

Chegamos até meu quarto, Specer olhava tudo em volta. Ainda.

–Olhe dentro daquela gaveta. –eu disse apontando para a primeira gaveta da cômoda.

Ele mexeu um pouco, revirou algumas coisas e de lá tirou uma blusa tomara que caia meio rosa. Eu tinha esquecido completamente da existência daquela roupa, fazia anos que não a via. Não seria minha primeira opção, pois era muito clara, mas cedi.

–E a bota? Poderia trocar? –Spencer perguntou.

–Você está de brincadeira? Não tem nada de errado em uma bota!

–Não, desculpe Taylor. Sei que estou sendo muito chato.

–Sim, está! Você é muito chato Spencer!

–E você é linda.

–Argh! Vou trocar a bota.

Em uma verdadeira caça ao tesouro, achei uma sapatilha semi-nova de uma das minhas irmãs. Com a roupa, até que não ficou ruim.

Me maquiei levemente, dispensando completamente o uso exagerado do lápis e rímel.

Então saímos com muito cuidado da minha casa, atentos aos vizinhos. Bati a porta do carro e esperei os minutos passarem.

–Está nervosa? –ele perguntou.

–Por quê? –perguntei.

–Por que você está roendo as unhas.

–Ahh,.. Talvez um pouco, não sei.

–Vou estar do teu lado o tempo todo, Taylor e não é minha avó que determina com quem devo namorar, mas é que eu gosto de saber que ela não tem nada contra sabe? Facilita um pouco.

–Sei...

Chegamos a casa de Spencer, eu balançava meu pingente de uma lado para o outro. Estava nervosa, lembrei-me de Spencer falando que a avó não determinava com quem ele namoraria eu queria que ela gostasse de mim.

–Acalme-se. –ele sussurrou em meu ouvido segurando minha mão.

Ele abriu a porta principal. Seu avô estava sentado lendo um jornal local e sua avó estava na cozinha, mas quando ouviu a porta se fechando veio abraçar Spencer. Quando ela finalmente me notou abriu um sorriso:

–Quem é essa menina bonita Spencer?

–Vó Lizzie, eu gostaria de te apresentar Taylor...

–Olá Taylor! Sou Elizabeth, muito prazer.

–O prazer é todo meu. –tentei ser simpática.

–Oi, meu nome é Peter. –disse o avô de Spencer me cumprimentando com um aperto de mãos.

–Espere, você é a filha da Mary Ellen não é mesmo? –cidade pequena, todos te conhecem, impressionante.

–Sim. –respondi.

–E seu pai, como está?

–Ele está doente, com câncer no pulmão.

Spencer me lançou um olhar de reprovação.

Oops.

***

A conversa foi longa, muito longa mesmo. Contei detalhes da doença de meu pai e Elizabeth perguntou onde conheci Spencer, olhei para ele com um olhar de "O que vamos fazer?", ele simplesmente falou:

–Ela é minha aluna.

–Mas isso não é errado? –Peter, o avô de Spencer perguntou.

–Não vovô, não há nada de errado em gostar de alguém. Porém, isso vai contra as regras da escola sim, professores não podem se envolver com alunos, mas o que eu posso fazer? Aconteceu.

Quando Spencer disse isso um enorme sorriso surgiu em meu rosto.

Afinal de contas, todo o meu nervosismo e medo foi em vão já que Elizabeth pareceu gostar de mim e Peter também. Contudo, esse frio na barriga e conhecer parentes daquele que você gosta é completamente normal.

****

–Taylor! Preste atenção! –Spencer falou tirando-me de meus pensamentos.

–Hãm? Oi? Desculpe. Me distrai.

–Tudo bem, mas voltando aos estudos...

Fomos para o córrego logo depois que minha conversa com os avós dele acabou. E por sorte meus livros haviam ficado na casa dele.

Estudamos a tarde inteirinha naquele cobertor, debaixo da árvore sentindo os cheiros da natureza, desta vez Spencer não me jogou no córrego... Ainda bem. No pôr do sol voltamos para a casa de Spencer para lancharmos.

–Estudaram direitinho? –Elizabeth perguntou.

–Sim. ]–respondi sorrindo.

–Então você irá tirar total nessa prova!

–Assim esperamos. –disse Spencer.

Terminamos o lanche na varanda. Eu adorava a casa de Spencer, a paisagem, o silêncio... Simplesmente tudo!

–Eu vou te levar para casa agora. –Spencer disse se levantando da cadeira.–Então você toma um banho, dá uma revisão em tudo que estudamos hoje e descansa.

–Ok.

Despedi dos avós de Spencer, ele me levou em casa. O trajeto foi todo feito em silêncio. Estávamos exaustos.

–Obrigada por ajudar nos estudos.

–De nada. –ele respondeu sorrindo e me beijou.

Droga, eu não podia simplesmente tomar banho e estudar. Tinha algumas coisinha a fazer antes...

Coloquei um som alto e fui colocar as roupas para lavar, limpei o chão mais ou menos, até olhar as fotos que Spencer anteriormente havia comentado. Minha mãe sorrindo no balanço, todos nós colocando a mão direita no ventre volumoso onde Fabrício se encontrava.

Alguns dias eram difíceis de suportar tudo. Algumas lembranças ainda machucam mesmo com o passar do tempo.

Mas a vida continua, com eles ou não.

Olhei o relógio de pulso, ainda tinha que estudar, tomar banho e dormir.

Entrei em casa um tanto apressada, resolvi tomar banho antes de estudar. Meu banho foi rápido já que eu tinha pressa.

Assim que sai do banho peguei meus livros e anotações e sentei em minha cama. Comecei a ler tudo aquilo e admito que fiquei um tanto surpresa, pois eu lembrava de cada letra, casa informação, cada vírgula que continha naqueles papéis.

Não demorou muito para eu cair no sono.

"O bosque. Aquele maldito bosque. Não aguentava mais aquele suspense todo. Estava frio, muito frio.

–Taylor! - o grito desesperado de Alex quase me fez pular de susto.

–Onde você está em Alex? -perguntei a mim mesma.

Andei por entre as árvores, o chão estava escorregadio. Os gemidos de Alex estavam cada vez mais perto.

Eu tentava ficar calma, mas meu coração saltitava, minhas mãos soavam e tremiam.

Até que tropecei na raiz de uma árvore e caí bem a frente de um tênis preto.

–Ora, Ora... O que temos aqui? -ele perguntou com uma voz zombadeira. Estava muito escuro, não foi possível reconhecer aquele rosto. -Olá Taylor. O que faz aqui? Veio salvar sua amiguinha? Que tolice.

–Taylor! -ouvi Alex, me virei para olha-lá.

–Alex...

–Ajude-me. -ela suplicou.

–Estou tentando!

–Cala a boca suas vadias! -ele reempreendeu.

–Taylor, lamento muito que você tenha vindo. Não queria que você morresse agora, mas já que tu descobriu quem sou eu... Não tenho outra opção.

Ele foi até Alex, as mãos dela estavam amarradas e sangrando. Ele posicionou a faca no pescoço de Alex e ela soltou um gemido de angústia.

–Pena que você verá isso.. -ele disse e passou a faca no pescoço de Alex.

Sangue. Muito sangue. Ajoelhei perto do corpo de Alex e comecei a chorar.

–Seu cretino... -murmurei enquanto abraçava o corpo da ruiva sem vida.

–Sua vadia... -ele disse e senti uma forte dor nas costas."


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Notas finais do capítulo

E então?? GOSTARAM?? me digam tudo o que acharam!!!

Nota hj pequena, meu teclado estragou ontem e estou usando um antigo super duro e de dificil uso

Bjinhossssssssss
~Samyni



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