Ops! Paixão Errada escrita por Samyni


Capítulo 1
O Começo de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Essa historia é dedicada á minha tia Maria Helena que morreu de eclampse e ao meu primo Fabrício que morreu minutos depois do nascimento.... Assim deixando meu tio e minha prima Brunna sozinhos no mundo! Descansem em paz!!PS. Sim, você que conhece essa história estou a repostando novamente, já que o Nyah a excluiu por causa de UMA IMAGEM A MAIS. Três anos de esforço e trabalho para eles acabarem... Certo.Minha meta é chegar novamente aos 200 leitores, 1.310 reviews e 34 recomendações, então por favor me ajudem!!! Boa leitura!



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"Já tinham me dito que perder alguém não era fácil, mas nunca imaginei que seria tão difícil"-autor desconhecido.

FLASH BACK ON

“Mamãe me fez uma sopinha, ela colocou a tigela em minha frente e comecei a tomar o conteúdo de letrinhas enquanto ouvia a conversa de meus pais:

–Mary Ellen, meu pai diziavamos ao hospital, você parece mal.

–Não, tudo bem. Vamos amanhã de manhã.

Minha mãe estava realmente pálida, diferente, com uma aparência cansada e extremamente doentia... E aos meus nove anos de idade eu já entendia isso. Mary Ellen Linehan estava grávida do meu irmão, Fabrício que á esta altura deveria estar com oito meses.

Meu pai continuava falando que minha mãe deveria ir ao hospital, mas ela negava veementemente.

Fomos dormir. Naquela noite, eu dormi na cama de meus pais e eu posso garantir que mamãe não dormiu, mexeu-se a noite inteira, queixando-se de dores cabeças e visão turva.

De manhã cedo, antes das seis de uma manhã pálida de domingo, minha mãe suava frio e tinha dificuldades para respirar. Saímos de nossa mais do que humilde casa -na época morávamos em Boston- e fomos em direção ao pronto socorro mais próximo.

Quando chegamos ao hospital meu pai gritava e os médicos vieram socorrer minha mãe.

Eu e meu pai estávamos na sala de espera. Meu pai, Nicholas estava com as mãos cobrindo seu rosto e eu olhava tudo a minha volta com minha boneca de pano abraçada ao peito. Um médico sussurrou alguma coisa no ouvido de meu pai e ele logo levantou a cabeça e me chamou. Percebi que meu pai chorava, isso me assustou, eu nunca o tinha visto chorar antes.

Entramos em uma sala escura, onde as poucas luzes que havia estavam em direção á minha mãe, clareando seu rosto e deixando evidente sua expressão de medo e pânico.

–Ela teve eclampse.

–Eclampse?- meu pai perguntou.

– A pré-eclampsia e a eclampsia podem ocorrer nos últimos meses da gravidez. A pressão fica muito alta e isso pode levar á morte. Teremos que fazer a cesária para a retirada do bebê.

Cortaram a barriga de minha mãe. Sangue... Larguei minha boneca no chão. Minha mãe gritava:

–Que dor de cabeça... Ah!!!- e continuou ofegante - Nicholas, cuide da Taylor, ela é nosso único e maior tesouro.

–Não, Mary... Não fale uma coisa dessas. Você não irá morrer.

Minha mãe o ignorou e disse para mim:

–Taylor, seja boazinha...-ouvi o choro fraco do meu irmão -A mamãe sempre irá te amar. Não importa onde ela ou você estiver, sempre estarei ao seu lado. Lembre-se... Toda vez que o sol nascer é a mamãe sorrindo para você.

–Mamãe...- sussurrei.

Aquele som estridente mais parecido com a sílaba "pí" soou aos quatros cantos da sala.

Minha mãe se fora e comecei a chorar. Os médicos corriam para lá e para cá., enquanto isso os enfermeiros gritavam:

–Faltou oxigênio no cérebro do bebê!

Encostei a cabeça no peito de minha mãe, eu chorava descontroladamente.

Fabrício, meu irmão prematura foi colocado em aparelhos e minutos mais tarde aquele mesmo "Píí" .

Outro "píí" significava que eu também perdera meu irmão....

O velório? O mais triste do mundo. Meu pai teve que enterrar a esposa e o filho.

–Nunca vi um bebê mais lindo que esse. Uma pena.- eu ouvi uma mulher dizer.

Acho que a parte mais difícil foi ver minha mãe e meu irmão irem para debaixo da terra. Doeu porque eu sabia que eles nunca mais iriam voltar. Eu ia crescer sem o conforto dos braços maternos.

Meu pai? Inconsolável!

FLASH BACK OFF

Uma veia estourou na cabeça de Mary Ellen, minha mãe, assim causando sua morte.

Minha mãe foi enterrada em Lynn, Massachusetts. Uma cidadezinha próxima de Boston. Alguns meses depois a mãe de minha mãe morreu de câncer, assim eu e meu pai mudamos para Lynn. Fomos morar na casade minha falecida avó.

Um ano depois da morte da minha mãe, meu pai estava desesperado, pois não tinha quem cuidasse de mim, então ele se casou com uma qualquer. Nesse período sempre me diziam "você se parece demais com sua mãe... Os mesmos cabelos, os mesmos olhos, o mesmo jeito de se vestir.." Eu sentia orgulho de parecer-me tanto com minha mãe. Ele era incrivelmente bonita. Mas o que me causava a sensação de orgulho também causava dor.

Megan, minha madrasta disse que quando se casasse com meu pai se livraria de tudo da minha mãe. E ela fez exatamente isso, mas antes eu peguei alguns pertences da mamãe e isso incluía suas roupas, seu perfume favorito, fotos, álbuns, uma caixinha de jóias e um medalhão de ouro que quando se abre há uma foto de minha mãe e outra de meu pai, um de cada lado.

Como eu disse antes, eu estava cansada de todos dizerem que eu era igual a minha mãe, então aos doze anos alisei meus cabelos loiros cacheados e os pintei de preto. Troquei os tons de cores favoritos de minha mãe para roupas- pérola, rosa bebê e amarelo claro- por pretas, roxas e vermelha.

Minha madrasta não me batia, mas pouco a importava o que eu fizesse. O que eu fazia ou deixava de fazer, não merecia seu interesse.

Também foi aos doze que a filha de Megan com meu pai nasceu... Anne. E foi com essa idade que parei de me importar com os estudos e em tornei fácil quando o assunto era sexo oposto.

Aos treze Amelia nasceu, e com treze comecei a andar com uma turma que minha mãe, se estivesse viva, me proibiria de andar.

Aos quatorze eu fazia frequentes visitas ao cemitério, ia visitar minha mãe, minha avó e Fabrício. Nessa idade arranjei um emprego na loja de instrumentos musicais, para que eu queria dinheiro?

*Éramos pobres.

*Os meus amigos iam beber e eu também, para isso era preciso dinheiro.

*Precisava de dinheiro para comprar roupas

*Só o salário de meu pai não dava para manter nós quatro.

E foi com meu salário megera que consegui comprar tinta preta e roxa para pintar meu“quarto”.

Aos quinze anos eu ia muito em baladas e chegava tonta em casa no dia seguinte e foi com quinze anos que tomei bomba na escola.

Com dezesseis eu cuidava de Anne e Amelia, repetia o primeiro ano do segundo grau, continuava trabalhando e bebendo. E com dezesseis anos acordava na companhia de um cara estranho. Eu pegava minhas roupas e ia para minha casa. Minhas visitas ao cemitério continuavam frequentes. Eu gostava de achar que estava conversando com minha mãe, me tranquilizava mesmo parecendo coisa de gente não mentalmente normal.

Aos dezessete passei de ano. Claro, bebidas, baladas e rapazes continuavam na mesma. Já sei. Já sei... Eu era uma "vadia revoltada".

Quando eu tinha dezoito anos minha terceira irmã, Lily nasceu. Lily era a única que eu tinha certeza que era filha de meu pai, porque ela é igualmente loira igual a nós, o mesmo material genético. E mais tarde descobrimos que Megan tinha um amante. Meses depois do nascimento de Lily meu pai se separou de Megan e ela e minhas meias irmãs foram morar na cidade vizinha. Assim pude mudar para meu antigo quarto -antes eu dormia em um micro quarto que também era usado como porão, só que não no subsolo- e o pintei de preto e roxo. Ficou feio, mas na época eu gostava.

***


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Notas finais do capítulo

Certo. Certo. Para quem nunca leu... Vai melhorar, a história da Tay é bem difícil, mas as coisas ficam interessante. Se houver aqui alguém relendo, eu peço POR FAVOR, para não dizer spoiler algum nos comentários, é sério hein? Vou repreender se ver. Me digam o que acharam, todos. Por favor. Eu sinceramente não ia postar Ops de novo, só de pensar me dera uma preguiça fenomenal, uma tristeza e um vazio do caramba. Mas como algumas pessoas insistiram e como meu namorado disse "Suas histórias são quem você é, não pode desistir delas" aqui estou eu... Se alguém quiser saber eu explico melhor nos comentários. Chega né? Postarei TODAS AS SEXTAS-FEIRAS. Como a fic está terminada há quase um ano já, não haverá atrasos. ;)Bjinhos~Samyni