Colegas de Quarto escrita por raggedy man


Capítulo 9
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE E BOA NOITE!
Bem, como eu disse para algumas pessoas nos comentários, meu pen drive com a fic e todas as coisas que eu já escrevi, quebrou e não tem conserto. Então eu tive que escrever tudo de novo, mas estava tão desanimada que deixei bem de lado por um tempo.
Então o cursinho começou, fiquei bem focada em estudar e agora só estou escrevendo nos fim de semanas e nas poucas horas vagas que consigo, e como são duas fanfics, já aviso que vai demorar um pouco para serem atualizadas. Já aviso também que EU NÃO ABANDONO FICS. Então NÃO se preocupem se demorar muito, NÃO VOU ABANDONAR NENHUMA FIC!
Espero que todos vocês entendam.
Ps: Carol Almeida, como você deve ter percebido na resposta do seu comentário, deixei uma frase pela metade. Isso é por que o meu computador me odeia e de alguma forma, enviou sem eu terminar.
Eu iria dizer que a não ser que a pessoa seja como eu e que fique afim de um cara logo na primeira semana de aula e fica parecendo uma idiota pra falar com ele. Não seja assim.
Aproveitem!



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Já havia uns bons dez minutos que ele estava parado olhando para a porta verde escura do apartamento 26. James não queria estar ali, mas sabia que era necessário ter forças para tocar a campainha ao lado da porta e conversar com sua namorada a respeito de sua decisão. Entretanto, seria tão fácil dar a meia volta e ir embora sem entrar naquele apartamento. Estava até considerando essa possibilidade, mas seu dedo havia tocado a campainha do lado de fora. Após alguns instantes, a porta foi aberta e Emmeline, que usava algumas roupas dele que ele havia deixado da última vez que a visitara.

Ele gostava de ver a namorada mais ao natural. Emmeline era linda desde o momento que a conhecera e se apaixonara por ela. Era linda usando suas roupas caras e suas maquiagens de marca que ele mal sabia pronunciar, mas sempre que a via com suas roupas, sem maquiagem ou desarrumada em geral, conseguia se apaixonar mais ainda por ela.

– Oi... – Ela foi a primeira a falar. Sua voz não estava alterada, apenas cansada como sempre estava quando chegava de uma sessão de fotos muito longa.

– Oi, Emme. – Ele continuou parado em sua frente, sem saber o que fazer. Não sabia se ela gostaria que ele entrasse, então apenas passou seus dedos entre seus cabelos. Ela, percebendo que ele não havia tomado iniciativa de entrar, apenas deu um passo ao lado aceitando sua entrada.

O apartamento de Emmeline era totalmente o oposto do de James. Ela morava sozinha, então seu apartamento era mais bagunçado que o dele e o de Sirius juntos. Havia roupas, bolsas e sapatos jogados por todo o lado. Não era como se o apartamento fosse sujo, não se via um vestígio de poeira no lugar, mas a desorganização da namorada havia o feito imaginar como ele viveria naquela bagunça.

Tirando a bagunça, o local era bem bonito. Ela havia inúmeras fotos com amigas modelos que ele conhecia espalhadas pela casa, além de fotos com a família. Na parede, os quadros que predominavam eram de revistas em que ela aparecia na capa ou de fotos na passarela. As fotos dos dois ficavam no quarto.

– Então, decidiu o que vai fazer? – Ela perguntou se encostando na porta e levantando uma sobrancelha. James olhou para as longas pernas da namorada e ficou em silencio por um momento até perceber o que estava fazendo. Não podia se influenciar pelas lindas pernas que Emmeline possuía.

– Sim, decidi. – Ele se levantou para se concentrar nos olhos dela. – Emme, eu não posso sair daquele apartamento. Ele está em meu nome, o aluguel é caro e o trabalho de nenhum dos três vai conseguir pagar. Mas eu tão pouco quero terminar nosso namoro.

– Não é o que parece quando toda vez que eu e aquelas duas estamos no mesmo lugar você sempre as defendem. Parece que não tem namorada. Ou talvez é isso que queira, não?

– Não! – Ele se segurou para não gritar. – Emmeline, eu amo você. Entenda isso, eu amo você, não Marlene ou Lily. Eu estou apaixonado por você desde que nos conhecemos e você sabe disso, ok?

Ela se aproximou dele e passou os braços em volta de seu pescoço. Emmeline era alta, como ele, portanto podia facilmente olha-lo nos olhos.

– Então o que vai fazer?

Ele respirou fundo.


Marlene nunca sorrira tanto. Tinha acabado de sair da entrevista com Apolline Delacour e a estilista a adorara. Praticamente tinham os mesmos gostos para roupas formais, apesar de Marlene ter uma visão muito mais atual, o que agradou a francesa uma vez que almejava os mais jovens como novo público.

Haviam conversado por horas que haviam parecidos minutos e no fim, ela havia contratado a loira para trabalhar com ela em um piscar de olhos. Não havia feito perguntas sobre seu trabalho anterior e ficou interessada em ver seus desenhos de roupas que almejava fazer para a venda. Amou todos. É claro que descordavam em alguns pontos, mas nada que não pudessem resolver no futuro. E no fim, ela havia a contratado dizendo que era uma das melhores que havia no mercado.

Estava agora a caminho do trabalho de Lily para lhe dar a boa notícia. Não aguentaria esperar a ruiva chegar em casa e contar por telefone não era tão emocionante quanto contar face a face. Entrou no local e foi direto para a mesa de Lily, perto do fim do grande corredor. Ela estava concentrada digitalizando algum documento que deveria ser importante, ou talvez não já que sua chefe era meio instável.

Marlene se depositou atrás dela e sussurrou.

– E a melhor jornalista de NY ataca novamente, e o seu alvo é nada menos que cachorrinhos atravessando a rua sem a supervisão de um adulto. Onde será que esse mundo vai acabar?

A ruiva riu e olhou para trás.

– O que você está fazendo aqui? Não deveria estar na sua entrevista? – Perguntou, mas ao ver a cara animada da amiga, sorriu ainda mais e levantou-se. – Não me diga que ela te contratou logo de cara.

– Você está olhando para a mais nova assistente júnior de Appoline Delacour, muito obrigada. – Ela disse sorrindo. Lily não hesitou nem mais um segundo e logo abraçou a amiga.

– Eu estou tão orgulhosa de você! Sabia que conseguiria! – Ela a soltou, mas não parou de sorrir. – Temos que comemorar.

– Exatamente. Eu só começo a trabalhar semana que vem, então eu preciso comemorar com estilo e é claro que a melhor forma de fazer isso, será dando uma festa em casa esse fim de semana!

Lily levantou a sobrancelha, nem um pouco surpresa. A amiga adorava festas e sempre que tinha a oportunidade, gostava de dar uma. Lily sempre concordava com a ideia, por que era sua oportunidade de fazer o que quiser e culpar na bebida, mas dessa vez ficou com um pé atrás devido ao não saber se os meninos concordariam.

– Você já falou com James e Sirius? Eles podem não gostar da ideia.

– Você conhece o Sirius? – Ela perguntou sentando-se em uma cadeira vazia próxima a Lily. Você pensa em festa e ele já descobre. E com ele concordando, não vai ser difícil colocar James no meio, não acha? – Lily revirou os olhos e Marlene sorriu ainda mais. – Ótimo. Chame Alice por mim, ok?

– Tudo bem. – Ela abraçou Marlene mais uma vez, que se levantara para ir para casa. – Vejo você em casa. Estou orgulhosa de você.

– Obrigada, Lily. – Marlene respondeu, já se retirando do local, ainda sorrindo. O dia não podia ficar melhor, ela pensou.


Sirius havia acabado de chegar na porta de seu apartamento, suado. Sua moto havia quebrado perto do trabalho e ao deixa-la no conserto, esquecera completamente que não havia dinheiro algum para tomar um taxi ou um ônibus. A solução foi vir a pé do outro lado da cidade para sua casa. Apesar de ser um bom atleta e ter o tipo físico que tinha, uma coisa era correr por alguns quilômetros, outra era atravessar a cidade a pé.

Ao entrar no apartamento, já retirou a blusa e a jogou em um canto qualquer, indo diretamente para o banheiro. Antes de poder chegar até o corredor, viu um monte de caixas abertas, todas em direção ao quarto do James.

– Ah não... James?! – Ele gritou o nome do amigo, ainda olhando para as caixas. Alguns segundos depois, ele apareceu na porta. Sirius o encarou. – Não me diga que você vai mudar pra casa da Emmeline.

– Sirius...

– Mas que droga, James! – Ele exclamou o olhando bravo. – Ela mora longe pra caramba, nunca deixa a gente fazer nada na casa dela para as roupas não estragarem e mesmo assim você vai morar lá? Saiba que o videogame ficará aqui.

James revirou os olhos e apontou para a caixa mais próxima de Sirius.

– Abra.

– O que? – Sirius perguntou dando um passo para trás. – Eu não quer ver uma pilha de cuecas sujas ou qualquer coisa que eu sei que vou me arrepender por ter aberto.

– Apenas abra, idiota. – O moreno revirou os olhos.

Sirius encarou a caixa por alguns segundos antes de abri-la. Ficou ainda olhando por alguns segundos antes de levantar o olhar com um sorriso irônico.

– Ora, James, eu não sabia que gostava de usar roupas femininas. – Ele pegou um vestido vermelho curto. – Esse deve combinar com o seu tom de pele, pra ser sincero.

James ficou em silencio, apenas olhando para o amigo e esperando que ele se tocasse do que estava segurando na mão. Não durou nem trinta segundos, antes de seu rosto ficar em choque e encarar o amigo com descrença.

– Não. Não me diga que...

– Eu me mudei! – Emmeline, vestindo apenas shorts e uma camisa velha com vários botões abertos, disse sorrindo e abraçando a cintura de James animada. O namorado sorriu, mas ainda não tirou os olhos de Sirius, que ainda segurava o vestido. – Não é ótimo?!

Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, o celular da morena tocou e ela entrou no quarto novamente para atender. James passou sua mão pelos seus cabelos e levantou as sobrancelhas para o amigo.

– O que acha? – Perguntou hesitante. Sirius respirou fundo.

– Acho que Marlene vai te matar quando descobrir. E, acredite, eu não vou impedir. – Respondeu entrando no banheiro para finalmente tomar seu banho.


Como a encarregada da semana, Marlene estava no mercado perto do apartamento para comprar alguns itens que James precisava e algumas coisas extras para sua festa. A maioria das coisas da lista ela já havia pego e no momento, estava na sessão de bebidas alcoólicas, pegando algumas. Tinha certeza que havia muitas debaixo do armário da cozinha, o chamado estoque especial de Sirius, mas não custava levar algumas extras em caso precisasse.

Após pegar alguns de seus favoritos, foi com o carrinho para a sessão de doces. Como já era tarde da noite e ela havia passado a maior parte da tarde no mercado, apenas andando pelos corredores, não foi uma surpresa ter encontrado a sessão vazia.

Pegou a lista que ela e Lily fizeram na noite anterior e começou a colocar no carrinho tudo que via pela frente. Não era segredo para ninguém que chocolate era a fonte de vida das duas amigas.

– Com licença, mas pode deixar uma dessas barras para mim? – Uma voz veio de trás da loira, a fazendo olhar por cima do ombro. Um garoto um pouco mais velho que ela, se ela não se enganara, moreno e de olhos verdes estava apontando para as inúmeras barras de chocolate que estava em seu carrinho.

– Ah, me desculpe. Eu pensei que ninguém as comesse. – Ela respondeu entregando duas barras para ele. – Normalmente todo o estoque fica nas prateleiras. Pelo menos foi o que um cara que trabalha aqui me disse.

– É, ele me disse a mesma coisa. Mas julgando pelo seu carrinho, é mentira. – Ele sorriu colocando as barras em seu próprio carrinho. – Obrigado pelas barras, por falar nisso.

Marlene sorriu.

– Por nada. Eu sou Marlene.

– Benjamin. Ou Benjy. Prazer em conhece-la. – Ele disse empurrando seu carrinho para o caixa e a deixando para trás, com seus doces.

Algum tempo depois, Marlene foi ao único caixa disponível para pagar suas compras. A adolescente que a atendia, entregou um papel dobrado para ela. Ao abrir, viu que ali continha o nome e o telefone de Benjy. A loira sorriu e o guardou no bolso, pegando suas compras e indo para casa.


Lily adorava a chuva. O barulho era reconfortante, a sensação de frescor era maravilhosa e o cheiro era a sua parte favorita. O único problema era ir a pé para casa embaixo da mesma. Sua roupa estava molhada e pesada, seu cabelo grudava em todos os locais de seu rosto e mesmo fazendo o possível para que sua maleta com alguns papeis importantes não molhassem, tinha certeza que eles já eram.

Felizmente, já estava na porta de seu prédio e logo estaria embaixo de seu chuveiro e em sua cama. Ao entrar, encontrou Marlene com algumas sacolas, esperando pelo elevador.

– Oi! – Ela cumprimentou a amiga. Marlene olhou para Lily.

– Meu Deus, Lily. Você veio embora a pé?!

– É, o metrô para cá estava quebrado. – Disse pegando algumas sacolas da mão de Marlene. – Então tive que vir a pé, mas o tempo não quis colaborar comigo. É nessas horas que eu sinto falta da Lola.

Marlene sorriu.

– Eu também. Quem sabe se eu guardar alguns salários eu consiga pagar o conserto dela? – Ambas entraram no elevador e apertaram o botão para o seu andar. – Chamou Alice?

– Chamei, ela disse que estará aqui. E deixei bem claro que era para avisar o Frank para não chamar Amus. – A ruiva disse respirando fundo. – Ele está um inferno no trabalho. Duas secretarias vieram me perguntar se eu ainda estava saindo com ele por que, aparentemente, ele não para de falar sobre mim.

– Ele está te incomodando? Por que eu posso ar uma passadinha no jornal e acidentalmente quebrar o amiguinho dele.

Lily sorriu e saiu do elevador.

– Não precisa, ele é inofensivo e eu consigo dar conta. – Ela disse colocando a chave na porta. – Eu disse para elas que ele estava saindo com um cara do financeiro.

Marlene colocou a mão no peito e fingiu estar emocionada pelo o que a amiga havia acabado de dizer.

– Eu estou tão orgulhosa de você.

Lily revirou os olhos e finalmente abriu a porta do apartamento, entrando e colocando as compras em cima do sofá e sentando-se em outro. Marlene fez o mesmo e logo retirou o salto que usava e pegou no colo Baleia, sua gata, que dormia ali perto.

Logo, ambas olharam para inúmeras caixas que ocupavam o canto da sala e se entreolharam-se. E logo o pior veio à mente.

– Eu não posso acreditar que James vai se mudar para a casa da jararaca de esquina.

– Jararaca de esquina, Lily? – Perguntou fazendo carinho atrás da orelha da gata.

– Jararaca normal vale uma fortuna. As de esquinas... Bem, valem o que lhe pagam, não?

Não apenas uma onda de gargalhadas veio de Marlene, mas de Sirius que estava encostado na porta entre a sala e o corredor dos quartos, apenas observando a conversa de ambas. Ele se juntou no sofá ao lado de Lily e parou de sorrir.

– Vocês vão matar James, mas ele tem uma surpresa. – Antes que as duas pudessem falar alguma coisa, ele virou a cabeça em direção aos quartos e gritou. – JAMES, ELAS CHEGARAM.

Logo, o moreno veio para a sala com uma cara tensa e repetitivamente passando a mão em seus cabelos em sinal de nervosismo.

– Bem... Vocês devem ter percebido todas essas caixas e imaginado que eu estava me mudando, certo? – Ele perguntou e as duas concordaram com um aceno lentamente. – Não foi exatamente o que aconteceu... Quando eu fui para a casa de Emmeline, nós conversamos e decidimos que o melhor para o nosso relacionamento e para a minha amizade com vocês três, seria se... Sabe... Seria se...

Ele não conseguiu terminar a frase, uma vez que Emmeline apareceu ao lado dele e segurou sua mão, sorrindo ironicamente para as duas garotas no sofá.

– Eu me mudei! Não é o maximo?

– O que?! De jeito nenhum! – Marlene disse levantando-se e colocando Baleia no chão, que logo saiu pela janela do apartamento. – Você é insano, Potter?

– O apartamento é dele e ele faz o que quiser. – A morena falou sentando-se ao sofá e cruzando as pernas. – O nome dele está em tudo aqui, então se vocês se incomodam, a porta está ao seu dispor.

Lily levantou-se e encarou James.

– Como você pode ter achado que convidar sua namorada para morar aqui sem consultar ninguém estava tudo bem? – Ela perguntou colocando a mão na cintura. – Seu nome pode estar em todas as contas e todos os contratos do apartamento, mas não é o único que mora aqui e que vai ter que aguentá-la

– Meninas, vocês estão exagerando. Nada vai mudar. – Ele prometeu. Sabia que deveria ter consultado-as antes, como Lily disse, mas estava tão desesperado em salvar seu namoro que sugerir que mudasse para seu apartamento foi a única solução que conseguiu chegar. No momento, estava se odiando por ter tomado uma decisão tão precipitada, mas não havia nada que ele poderia fazer no momento.

– É bom que não mude mesmo. – Marlene disse pegando sua bolsa e subindo para o terraço. Lily pegou as compras e sem dizer nenhuma palavra, foi para a cozinha, deixando os meninos e Emmeline sozinhos e em silêncio.


Fumar havia sido definitivamente algo do passado de Marlene. Mas, eventualmente, quando estava estressada, nervosa ou triste, usava o que chamava de cigarro de emergência. Lily, obviamente, não sabia desse habito da garota, pois sabia que reprovaria do mesmo jeito que reprovara quando era mais jovem e fumava praticamente três maços por dia.

No momento, estava nervosa. Odiava decisões tomadas sem sua presença e muito menos que Emmeline fosse uma dessas decisões. Era normal em seu cotidiano ser odiada pela maioria das garotas, mas normalmente essas garotas nunca faziam nada, apenas a odiava. Emmeline, entretanto, só havia trazido desgraça em sua vida.

Por causa dela, havia perdido seu emprego que tanto batalhara para conseguir, além de seu carro, a única coisa restante de sua mãe. E agora morar sobre o mesmo teto, o que ela poderia fazer? Roubar seus desenhos e vende-los para concorrentes? Rasgar seus desenhos? Colocar fogo em suas roupas? Trazer o inferno para a vida de Lily e a dela?

– Droga, preciso de outro cigarro. – Disse para si mesma abrindo sua bolsa e procurando outro cigarro.

– Eu não sabia que fumava. Definitivamente não estava na sua ficha para alugar o apartamento. – Sirius disse terminado de subir os últimos degraus.

– Não conte para Lily. – Falou achando o maço de cigarro no fundo da bolsa e pegando um. Sirius aproveitou e pegou um, acendendo-o.

– Não conte para minha mãe.

Ambos começaram a fumar em silêncio, olhando a cidade abaixo deles.

– Eu acho que vou alugar o apartamento do lado e me mudar com a Lily. – Ela disse subitamente. – Você pode vir, se quiser. Deve ter a mesma quantidade de quartos que o nosso tem agora.

– Valeu, mas fique sabendo que já foi alugado. – Ele disse depois de uma longa tragada. – Dorcas e Remus vão morar lá e se mudam semana que vem.

Ela suspirou.

– Bem, então deve ter algo para alugar em outro lugar da cidade. – Ela falou pensativa. – Lily conhece a mulher que publica a sessão de imóveis, ela deve saber de algo e pode nos ajudar.

– Mar, pelo amor de Deus, vocês não vão se mudar. – Ela olhou para ele com uma sobrancelha arqueada. – Eu conversei com a Lily, ela disse que vocês ficaram três meses atrás de um lugar para morar até acharem aqui. Não vai ter tempo ou energia para fazer isso depois que começar a trabalhar. Esse lugar é perto, é bom e me tem bem no quarto ao lado. O que mais você precisaria?

Marlene riu e bateu seu ombro nos dele.

– Paz? Sossego? Uma vida sem Emmeline? Ou uma vida sem ver seu amigo? – Disse olhando para baixo em direção as partes de Sirius. – Você escolhe.

– Você não achou pequeno de verdade, né? – Perguntou um pouco preocupado. Marlene riu e revirou os olhos, apagando o cigarro no concreto. Ela depositou um beijo em sua bochecha e pegou sua bolsa, se dirigindo à escada de incêndio.

– Boa noite, Black.


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Notas finais do capítulo

E então? Quantos de vocês querem me matar por isso? DESCULPE! Não se esqueçam de comentar :)