Desejo e Reparação escrita por Ella Sussuarana


Capítulo 21
III - Capítulo 19: O dia em que a professora McGonagall fez o impensável, o inadmissível


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo poderá render boas risadas ou delírios de fangirl, vocês que decidem kkkk



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Parte III

{Uma valsa que resultou em uma queda}

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Capítulo 19: O dia em que a professora McGonagall fez o impensável, o inadmissível

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Em menos de uma semana, ocorreria o tão esperado Baile de Inverno.

Três vezes por semana, a professora Minerva fazia questão de que todos os alunos de Hogwarts ensaiassem valsa, para que ninguém pisasse num pé errado e humilhasse, para sempre, a reputação da prestigiada escola.

Nas primeiras vezes, a professora permitiu que os alunos escolhessem os seus pares, por achar que se sentiriam menos envergonhados ao dançarem com alguém que simpatizassem. Porém, com o baile tão perto, ela queria tentar misturá-los, para que eles perdessem a vergonha e aprendessem a se divertir de verdade numa festa. De fato, quem a questionasse sobre isso, ficaria impressionado com a alma jovial da velha e apática mulher.

Num dia em particular, ela fez o impensável, o inadmissível: ouso parear Hermione Granger com Draco Malfoy.

Quando ela pronunciou os nomes, todos os bruxos presentes reversaram um olhar espantado entre o sonserino loiro e a bruxa mais brilhante da sua geração. A larga sala tornou-se silenciosa, de repente, mesmo a música que ressoava de um antigo aparelho no canto pareceu ter se extinguido. A pressão da expectativa pelo próximo movimento recaiu sobre as cabeças e os ombros de todos, fazendo-os sentirem-se, subitamente, muito desconfortáveis, como se estivessem presos numa fornalha.

Rony abriu e fechou a boca diversas vezes, sem conseguir fazer com que uma palavra lhe escapasse. Harry segurou o braço de Hermione, como se para preveni-la de azarar a professora.

Draco ergueu-se de seu assento e andou, vagarosamente, ao lado oposto do cômodo, oferecendo uma mão à sua companheira.

O ambiente se tornou ainda mais tenso. Algumas garotas soltaram uma risadinha nervosa e foram rapidamente acotoveladas para se calarem. Tinham medo de que qualquer som precipitado fizesse a pólvora contida no ar pegar fogo e, bem, depois disso, todos eles sairiam voando por aí de um jeito não muito agradável.

– Hermione Granger, não me faça repetir uma terceira vez – proclamou a professora McGonagall.

Hermione levantou-se, tensa. Todos estavam igualmente tensos, exceto Draco e a professora McGonagall, quem poderia revirar os olhos para a situação, se estivesse se sentindo no humor necessário para isso.

Hermione recusou-se a segurar a mão do sonserino, até que todos os pares estivessem formados e fosse inevitável que ela tivesse que dar dois passos para próximo dele, mesmo que quisesse dar outros vinte para trás.

Em nenhum momento o sorriso de escárnio se desfez no rosto de Draco, assim como o a pose firme de sua mão erguida no espaço entre ambos, como um desafio à garota.

Ao segurar a mão dele, Hermione sentiu-se gelar por completo, não porque estava nervosa ou ansiosa por estar tão próximo a ele, mas por se sentir enojada por tal contato físico – era a sua pele nua na pele nua dele. E a única coisa na qual ela conseguia pensar era naquela visão sem noção, em que ela escutara a sua voz pronunciar o nome horrendo dele com tamanho clamor, que mais parecia estar recitando uma preze para que a chuva despencasse no sertão.

Eles dançaram de forma descompassada, mantendo uma distância segura entre os seus membros. Hermione olhava para todos os lugares, menos para aqueles ridículos olhos azuis. Draco, contudo, fazia questão de manter um olhar desafiador sobre ela, para mostrar que não estava intimidado.

Ele não conseguia evitar lembrar-se da visão, do momento em que ela inclinou-se nas pontas dos pés para beijá-lo e, o mais inacreditável, no qual ele a correspondeu, com veemência, com um vestígio de sorriso maroto nos lábios, que se partiam para receber os dela. Ele nunca entenderia o que o compeliria a beijá-la, ela sequer tinha uma boca bonitinha.

Era mentira.

Com a proximidade, podia ver. Ela tinha lábios grossos e róseos avermelhados apertados em desgosto, o que somente os fazia parecer mais interessantes. Interessantes, não provocativos. Era diferente, pensou Draco. Se eles fossem provocativos, desejaria beijá-los; contudo, como eram apenas interessantes, queria apenas estudá-los com esmero. Era diferente, repetiu para si mesmo. Estudar era algo chato e cansativo, algo que não servia a um bruxo rico e naturalmente poderoso como ele.

Apesar disso, ele estudava e tirava boas notas, para tentar aliviar o peso do seu sobrenome nos seus ombros.

Draco vacilou, perdeu a compostura e quase pisou no pé de Hermione. Subitamente, ele se deu conta de que não tinha ideia de como chegara àquela linha de raciocínio, os seus pensamentos simplesmente fluíram, livres de razão, enquanto seus olhos continuavam aficionados nos lábios dela.

Ele poderia ter se engasgado com o ar, se essa não fosse uma atitude patética, que não cabia ao herdeiro da família Malfoy.

Eles rodopiaram duas vezes. Alguém bateu no ombro de Draco, empurrando-o para frente, no meio da terceira volta. Hermione entreabriu os lábios, deixando um som de surpresa lhe escapar, ao sentir o peito dele chocando-se contra o dela. Imediatamente, ela fez uma expressão de cólera.

Ele, no entanto, pode jurar que por um breve e insustentável momento sentira os lábios dela pincelarem os dele, um movimento lento e arrastado, que o fizera engolir em seco e suar frio.

No momento seguinte, ele a largou, praticamente a jogando para longe, gritou que não aguentaria mais aquela situação ridícula, girou nos calcanhares e chutou a porta atrás de si.

Hermione esperou dois segundos para, como ele, sair revoltada da sala.

Quando a porta fechou-se uma segunda vez, os bruxos e bruxas ali presentes soltaram o ar preso em seus pulmões, enfim.

Harry teve o bom senso de impedir que a professora fosse atrás de Hermione, mas a incentivou a punir o Malfoy. No final, ficou decido que tanto a Sonserina quanto a Grifinória perderiam vinte e cinco pontos, por causa da persistência de Harry em manter Minerva longe das portas.


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Notas finais do capítulo

Gente, que capítulo divertido. Isso é só um teaser do que estará por vir no tão esperado Baile de Inverno. Muita coisa acontecerá, relacionamentos serão destruídos ;) Se preparem!
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Bjão! Obrigado por continuarem a acompanhar a fic e a me deixarem comentários lindos! Papai Noel não esquecerá de vcs ;)
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P.S.: Estou pensando em escrever um especial de Natal de presente para vocês. Então, quero que vocês digam, de verdade, tudo que gostariam de ler, e, aí, pegarei as melhores ideias (ou tudo o.o) e montarei uma oneshot super especial :*