Apesar De Tudo escrita por YSA


Capítulo 16
15 — Love and Death




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― Pensei que tivesse se esquecido de mim. ― Disse Helena acompanhando Thor. Ele olhou para a garota que estava atenta a tudo.

― Não era minha intenção. ― Riu topando no braço da garota.

― Tudo bem, só estava brincando. ― Enquanto Thor tinha saído por alguns minutos, Helena teve um momento sozinha. E se permitiu pensar nela e Thor. ― Mas quando você veio me procurar sabia que eu estava com problemas?

― Heimdall não conseguia vê-la. Você não estava mais na Terra. ― Respondeu Thor topando levemente nas costas de Helena. Helena calculava mentalmente que tinha andando bastante, mas valeu à pena ficar em frente a uma paisagem exuberante.

― Como isso é possível? ― Perguntou ela colocando as duas mãos apoiadas em algo parecido a concreto.

― Eu acreditava que estava e você não estava. Os noves reinos viajam dentro de Yggdrasil orbitando Midgard assim como seus planetas com o sol. A cada cinco mil anos, os mundos se alinham perfeitamente. É o que chamamos de convergência.

Enquanto Thor falava Helena se mantia concentrada para não perder o foco. Thor pegou a frágil mão da mulher a sua frente colocando junto com a sua e a demonstrou como seria o alinhamento. Helena mordeu os lábios encarando Thor que se aproximava cada vez mais.

― Durante esse tempo, as fronteiras entre os mundos ficam turvas. É possível que tenha encontrado um desses pontos. ― Continuou deixando Helena confusa, não pela história que ele contava, mas sim por causa da aproximação que a deixara ansiosa pelo que vinha em seguida. ― Tivemos sorte por ele ter ficado aberto. Assim que os mundos saem do alinhamento a conexão se perde.

Assim ele demonstrou com as mãos. Por alguns segundos eles ficaram se encarando. Helena parecia perdida olhando as íris tão profundas de Thor.

Helena POV

Sorri de lado ao vê-lo se aproximar. Há quanto tempo nos beijávamos? Com tantas coisas acontecendo eu nem mesmo me lembrava. Sua respiração ficou próxima cada vez mais, e rapidamente ele aproximou-se do meu rosto e beijou-me de forma ‘’desesperada’’.

Pareceu ser rápido, mas a sensação foi indescritível. Nós olhamos mais uma vez e rapidamente nos beijamos de novo, de um jeito diferente, com a sua língua pedindo passagem, e cada vez mais se tornando mais quente.

Coloquei minhas mãos em seu rosto e senti suas mãos segurando minha cintura, trazendo meu corpo perto do seu.

Apenas uma causa nos fez acabar com o nosso beijo, falta de ar. Ele olhava-me de uma forma tão misteriosa e ao mesmo tempo apreensiva. Balancei minha cabeça e mostrei um pequeno sorriso de que estava bem. Apesar do momento em que eu estava vivendo sob perigo, ao lado dele, eu sabia, que estava segura. Eu amava isso.

― Gosto do jeito que você explica as coisas. ― Segurei sua mão apreciando o momento calmo. Pena que isso não poderia durar por mais um tempo. Suspirei cansada e olhei para os seus olhos em busca de uma razão.

― O que vai acontecer comigo? ― Segurei sua mão para ter certeza que não era o fim de tudo.

― Vou achar um jeito de salvá-la Helena. ― Ele sussurrou beijando levemente meus lábios.

― Seu pai disse... ― Murmurei lembrando-me do pai de Thor, do seu jeito pessimista de avaliar o meu caso. Sem esperanças, ou fé.

― Meu pai disse não sabe de tudo. ― Seu rosto encostou-se ao meu e depois fechou os olhos. ― Confie em mim.

― Eu confio em você. ― Ainda naquele momento intimo, sinto a presença de alguém, mas não sabia quem ou onde que estava.

― Não deixe que ele ouça você dizer isso. ― Uma voz fez com que eu me afastasse de Thor rapidamente. Uma mulher extremamente linda, de cabelos cor de mel e com uma presença forte sorriu para mim. Correspondi envergonhada.

― Helena Fray... ― Senti minhas bochechas esquentarem ao ouvir daquele jeito a voz de Thor. ― Conheça Frigga, rainha de Asgard, e minha mãe.

Soltei suas mãos e Thor me olhou estranhamente. Foi meu estúpido da minha parte ter feito aquilo, mas eu não poderia ficar daquele jeito na frente de uma rainha, ainda mais de outro mundo, vai saber o quanto de poder ela tem comparado ao da rainha Elizabeth da Inglaterra.

― Oi. ― Foi à única coisa que conseguir dizer sob os olhares dos dois. Eu me sentia como uma criança. Sorri mais uma vez me sentindo um pouco incomodada com os olhares e desviei para a paisagem que estava atrás de mim.

...

Narrador POV’

Não muito distante dali, dentro de uma sela especial, mas ao mesmo tempo, sendo uma prisão entediante, Loki jogava uma das taças que haviam trazido para o seu lanche, ele havia notado o quão importante era para os servos do reino. Observou minutos se passarem e de forma grotesca e idiota que havia deixado seu precioso tempo passar. Parou por um instante Loki parou e segurou a taça no alto. Grunhidos de desesperos e batidas altas. Não era normal. Só se fosse alguma rebelião, que estava muito longe de acontecer. A luz da sua ‘’prisão individual’’ abaixou de forma inesperada, e os gritos aumentaram o fazendo se levantar. Loki ouvia atentamente aos barulhos e estrondos no corredor da prisão. Sentiu uma pontada de curiosidade. Aquilo estava prestes a cair em pedaços? De forma sorrateira, se aproximou da tela de segurança e viu vários prisioneiros miseráveis correrem. Logo se surpreendeu ao ver um sujeito diferente, era grotesca sua aparência. Ele subiu os degraus até a tela e encarou Loki. Loki olhou ansioso para que ele quebrasse a tela de segurança. Mas o que estava do lado de fora estranhou, sozinho, de boa aparência, e não ter medo de se aproximar sem conhecer qual perigo estava enfrentado, era melhor manter distância.

― Vá pelas escadas à esquerda. ― Falou Loki calmamente encarando o ser misterioso que apena grunhiu e andou por onde ele havia dito.

Helena POV’

Um alto barulho, como um sino ou algo do tipo, movimentou todo o lugar, vários homens com a mesma roupa corriam com armas, olhei para Frigga que estava a olhar para onde Thor dizia.

― As prisões. ― Disse ele num tom duvidoso. ― Loki. ― Pronuncio em uma urgência o nome do seu irmão, a ovelha negra da família.

― Vá. ― Minha boca devia estar aberta. Eu precisa de Thor, tinha que estar ao lado dele. Meu coração parecia bater a mil, e minha necessidade em ficar ao lado dele era urgente. ― Eu cuidarei dela. ― Neguei com a cabeça para Thor que lançou seu olhar preocupado para mim.

Eu tinha que ficar viva para lembrar aquela cena. Thor jogando sua antiga capa e pulando da sacada. E num instante, seu Mjolnir apareceu e uma nova capa vermelha tomou conta da antiga. Minha expressão deveria ser a mais idiota possível.

Ela apenas segurou minha mão e entramos em um corredor dando entrada para o centro daquele castelo.

― Odin. ― Sua voz calma e serena chamou pelo homem que dava ordens a vários que faziam segurança das redondezas.

― Frigga. ― Ele disse em um tom surpreso. ― Vão! ― Gritou ele para os homens amontoados e olhou para a mulher normalmente. ― É um conflito.

Disse ele mantendo o olhar apenas para Frigga, ele não gostava de mim! Não gostava!

― Nada a temer. ― Ele falou segurando firmemente uma lança. Frigga sorriu como uma criança prestes a contar algo grandioso.

― Você nunca soube mentir. ― Disse ela calmamente. Um tapa doeria menos ao ver Odin olhar-me envergonhado. Eu ria muito, pena que era mentalmente.

― Leve-a para os seus aposentos. ― Bufei discretamente e mais outra sensação senti, de que várias pessoas passavam ali. Uma mulher chamou minha atenção. Era muito bonita, e seus cabelos mais ainda, parecia ser forte, uma verdadeira guerreira. A presença dela fez ficar em alerta, já que o seu olhar não foi o dos melhores.

― Irei quando for seguro. ― Desvie dela para olhar Odin que falava sem parar.

― Tome cuidado. ― Pediu ela com uma voz muito calma.

― Apesar de tudo que eu sobrevivi, minha rainha ainda se preocupa comigo. ― Ele colocou uma das mãos sob o rosto dela. Gestos afetivos, não, por favor!

― Só me preocupo com você é que sobreviveu. ― Umas de suas mãos toparam meu ombro e direcionou-me para outro lugar, bem longe dali. O que me deixava aflita e ao mesmo tempo aliviada foi à ausência de Jane, onde estaria?

― Agora, ouça-me. ― Fui pega de surpresa por Frigga que tirou uma espada de um guarda. ― Preciso que faça tudo que eu disser, sem questionar.

― Sim, senhora! ― Eu nunca fui de desobedecer às ordens, mas como a dela, nunca que iria perguntar o porquê daquilo. Já não me reconhecia.

...

Vários barulhos e tremores eram sentidos por todos do palácio, e eu estava desesperada pelo que estava prestes a acontecer. Em um vasto corredor, vários guardas faziam a segurança. Eu e Frigga mantia os passos rápidos e apressados há minutos. Ela sentia que algo de ruim ia acontecer. E eu também senti.

Ao ver, bem na claridade do palácio, onde ainda se via o céu, uma escuridão tomou conta e do nada, uma espécie de nave entrou quebrando e arrastando tudo que estava à frente. Frigga segurou as pontas dos vestidos e com um olhar só correu como se estivesse em uma maratona. Eu não podia fazer nada, nem chamar por Thor, fiz o mesmo que ela, segurei meu vestido e corri como nunca. Entramos em uma espécie de quarto e ficamos por uns minutos respirando. Com todo respeito, uma rainha como ela tinha mais fôlego que eu. E tinha muita disposição. Eu estava me sentando em um lugar no centro do quarto e pensei que se tivéssemos corrido mais um pouco, iríamos parar mais longe daquela confusão.

― Eu preciso de fôlego. ― Murmurei ao vê-la olhar-me diferente e depois olhou para a porta. A qual se abriu revelando um ser diferente demais do que eu já tinha visto. Minha pele toda se arrepiou, uma sensação estranha em meu corpo foi sentida, e meu coração pareceu parar de bater. Engoli em seco e corri para trás de Frigga que mantia uma espada nas mãos.

― Pare criatura e talvez sobreviva a isso. ― Um aperto no meu coração tomou conta e toda angustia veio à tona. Eu preciso de Thor, e todos meus pensamentos foram em busca dele.

― Sobrevivi a coisas piores, mulher. ― Sua voz grossa ecoou por todo o quarto. Mesmo assim, a voz de Frigga acalmou minha mente fragilizada pelo medo.

― Quem é você? ― Perguntou ela se aproximando do ser estranho. Eu desejava não ser a platéia daquele bendito show.

― Sou Malekith. ― Um estralo em minha cabeça, como se fosse para eu acordar de todas as bobagens que pensava, avisou-me que eu sabia quem era ele, relacionado ao Éter que estava dentro de mim. ― E quero o que é meu. ― Ambos olharam para mim. Frigga pareceu mandar um ultimato e andei para outro espaço mais afastado. Eles começaram a lutar o que me deixou em pânico, já que eu não conseguia fazer nada para me defender. Não era fácil tirar esse Éter de mim e dar? Eu sei, eu sei. Ele poderia dominar o universo. Mas também não poderiam usar esse Éter contra ele, ou isso era apenas uma chave para desencadear uma força maior por de trás de tudo isso? Era eu e minhas duvidas que observava tudo de perto.

Bom, ela parecia estar ganhando naquela luta. Ágil e inteligente desviava dos golpes de Malekith deixando-o surpreso.

E num instante ela estava com a sua espada sob o pescoço do inimigo e quando menos esperei um ser grotesco e horrível, tomou a espada de sua mão e a pegou pelo pescoço. Eu sabia que tudo acabaria dando errado. Pensei em correr, mas era trabalho perdido, não poderia a deixar. Nem Thor aparecia, nem ninguém. Minha visão ficava cada vez mais turva e meu corpo a ficar fraco. Não agora Helena!

Os pés de Frigga levantaram do chão e o seu olhar caiu sobre mim.

― Thor, por favor. ― Murmurei baixinho para mim mesma. ― Thor...

― Você pegou algo criança. ― Ele se aproximou e desafiou-me. ― Devolva-me.

E por engano da minha mente, ele havia passado as mãos sob o meu corpo, e como uma ilusão desapareceu meu ‘’eu’’. E eu estava escondida atrás das cortinas a observar quase tudo.

― Bruxa! ― Gritou ele para Frigga que o olhou satisfeita. ― Onde está o Éter?

― Eu nunca direi. ― Disse ela com esforço. Eu não conseguia ver mais nada. Apenas escutava as vozes.

― Eu acredito em você. ― Um grito estrondoso como trovões, um grunhido de dor e um baque tomaram conta do cômodo. Foi tudo que eu havia conseguido ouvir. Esperei por um momento ao ouvir que tudo tinha acabado. Meus cabelos que antes estavam impecáveis estavam desamarrados, com pequenas ondas nas pontas. Minhas mãos com alguns cortes juntamente com os braços. Suspirei e vi Odin, pai de todos, com uma expressão de tristeza. Seu olhar estava fixo no chão. E o que eu menos esperava tinha acontecido. Rapidamente vi Odin sair da entrada e correu para dentro. Esperei, contei mentalmente, aquilo tinha sido causada por minha culpa, ela tinha me protegido. Eu fiquei mais surpresa ao ver Odin com Frigga em seus braços. E Thor há manter um olhar sob sua mãe falecida.

O momento era profundo entre os dois, a morte era difícil de lidar, ainda mais se tratando da rainha de Asgard. De forma sorrateira e sutil, andei sem ser percebida pelos dois homens, andei até a porta e não liguei para o que eu viria em seguida. Se iria me machucar ou morrer, dane-se! Para mim não tinha mais razão. Ouvi alguém chamar meu nome três vezes. Mas apenas dei as costas e caminhei em direção a um guarda.

...


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