Belive me escrita por Lady Lucy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho por causa que o transito estava péssimo, cheguei em casa apenas agora.
Boa leitura~



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Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos feitos de ferro.

Vongola Mansão – Veneza, Itália

08:21 da noite – Baile de máscaras

A música clássica tocada pelos músicos ao fundo era suave como o tecido de seda do seu vestido, calmo, leve. Observava o vai e vem dos casais no centro do salão. Alguns conversavam perto das mesas, outros, como si, estavam com suas famílias enquanto esperavam que seu chefe voltasse de onde quer que tivesse ido.

Seus cabelos loiros haviam sido arrumados em uma trança, a fita verde combinava perfeitamente com o vestido e seus olhos. A máscara prata ocupava somente metade do seu rosto deixando a boca a mostra. Havia escolhido tudo às pressas, lembrava-se. Em apenas quinze minutos montou um look que faria os estilistas babarem. Seu irmão, lembrou sorrindo, havia quase dado um chilique quando viu o vestido.

O vestido era verde, sem tecido nenhum nas costas e tomara que caia colado ao corpo. Na cintura um cinto prata combinava com o salto agulha que tinha no pé. Da cintura para baixo o tecido flutuava, um modelo muito bonito de um vestido de princesa. Mas, ela conseguia concordar que os meninos chamavam tanta atenção quanto si.

Vince usava um dos ternos que ocupavam seu guarda roupa. O tecido preto combinava perfeitamente com a camisa azul clara. A gravata estava perfeitamente arrumada, coisa que, sabendo ela, irritava o irmão para o além do inimaginável, pois o mesmo odiava essa peça veementemente. Os cabelos loiros estavam penteados para trás enquanto uma ou duas mechas caiam para frente na frente da máscara azulada idêntica à da irmã. A taça de champanhe equilibrada perfeitamente em sua mão, já meio consumida.

Tsunayoshi era de longe o mais deslumbrante. Seu terno Armani perfeitamente alinhado combinando com a camisa branca. A gravata havia sido retirada ainda no carro a caminho daqui, incomodava e o asfixiava segundo o moreno. O cabelo ainda desafiava a gravidade mas com menos intensidade já que ele havia crescido e o peso o puxava para baixo.

A corrente estava aparente em seu pescoço mesmo estando em baixo da camisa. Os anéis, do Natsu e mais dois classes A estavam em sua mão direita. Três outros anéis classes A ganhavam atenção na mão esquerda sendo que ocupavam o dedão, o indicador e o médio. Na direita ocupavam o mindinho e o indicador, Natsu ocupava o anelar, como era de costume. Ele havia crescido, estava alto, media um metro e setenta e quatro de altura, um gigante em comparação a si mesma.

Sua pele porcelana brincava com a máscara prateada com detalhes em ouro tal como seu terno tinha detalhes dourados nos botões. A máscara ocupava seu rosto nas regiões da testa, olhos e parte da bochecha deixando aparente do nariz para baixo, mostrando o sorriso galanteador que ocupava seus lábios rosados.

As meninas e algumas senhoras o fitavam deixando de lado os outros homens no salão. Em apenas quinze minutos três foram as jovens que vieram lhe pedir uma dança que ele, claramente, dispensou-as educadamente.

– Mana? – chamou Vince – Você está bem? Parece estar pensativa...

– Não é nada – respondi.

Olhei para o Tsuna que estava conversando com uma outra menina. Ruiva com cabelo cacheado solto. Seu vestido era amarelo e claramente não combinava com seu porte.

– O que você está olhando? – perguntou Vince olhando para o mesmo lado que eu – Oh, o Tsu? Está com ciúmes, maninha?

– Quieto, Vicente – resmunguei – E pare de chama-lo assim, estamos na Vongola, esqueceu?

Ele permaneceu quieto mas pude sentir seu olhar e tinha quase certeza que em seus lábios existia um sorriso. A menina havia ido embora, certamente havia sido recusada. Tsuna havia apanhado um copo com champanhe com um dos empregados e agora caminhava em nossa direção.

– O que houve? – perguntou sorrindo – Vocês dois estão me fitando a alguns minutos.

Fiquei quieta enquanto o observava bebericar sua bebida, seu olhar nunca nos perdendo. Abri minha boca para falar algo mas as portas do salão se abriram mostrando os anfitriões. Todos se levantaram para conseguir vê-los. Primeiro apareceram os guardiões da nona e da décima geração e em seguida o nono e seu filho, Federico. Sorrindo o nono agradeceu a presença de todos e continuou seu discurso.

Veneza – Itália, Vongola Mansão,

09:21 da noite, Baile de máscaras.

Ele não estava feliz.

Não iria mentir.

Ele não estava nem um pouquinho feliz.

Fazia uma hora que o nono Vongola havia lhes dado as boas vindas e após isso a música começou e os casais foram liberados definitivamente para dançar, e desde então várias meninas o haviam chamado para dançar. Não sabia quantas eram, havia parado de contar depois da vigésima moça. Tudo aquilo estava o irritando ao extremo, por que, apesar de ele negar todas as vezes elas continuavam a lhe pedir, e pedir.

Após dispensar mais uma jovem, essa sendo a filha do chefe da divisão de inteligência da Vongola, teve, por fim, um tempo sem ser incomodado. Havia percebido que Vince e Mari estavam dançando com seus pares no centro do salão. Sorriu observando-os, em pouco tempo os dois haviam se tornado algo próximo a irmãos para o moreno.

Pescando mais uma taça de champanhe e a levando a boca observa o nono Vongola e seu filho. Os dois foram cercados por outros chefes da máfia a alguns quinze minutos e não conseguiram se libertar até agora. Sorriu novamente abaixando a taça na altura do abdômen. Caminhou até aquele mar de gente e sorriu para alguns dos chefes. Passando pelo meio dos homens chegou até os dois chefes da Vongola.

– Com licença – falou ficando ao lado do nono – Eu poderia conversar com o nono e seu filho? A sós quero dizer.

– Claro, Sílvio – respondeu o chefe da Magueta família.

Sílvio Tempesta, esse foi o nome que Chequer Face escolheu para si quando se juntou a família. Sílvio, com o S representava Sawada e o T de Tempesta era para Tsunayoshi.

– Obrigado – falou o moreno sorrindo enquanto via os chefes se afastarem, virando-se encontrou o nono e Federico olhando para si, seu sorriso aumentou enquanto levava a taça a boca – Devo dizer que é um prazer conhece-los – disse tomando sua bebida.

– Digo o mesmo senhor...? – perguntou Federico.

– Sílvio, Sílvio Tempesta.

– Digo o mesmo senhor Tempesta – falou Timóteo.

– Ah, não, me chamem de Sílvio, não gosto de formalidades – interrompeu o moreno, sorrindo de canto.

– De qualquer modo, Sílvio, agradeço por ter vindo – falou Federico – Sua família está onde?

– Meu braço direito e sua irmã estão na pista de dança, já meu pai se perdeu na multidão a algum tempo – disse levando novamente a taça a boca.

Sorrindo o nono iria falar algo mas foi chamado por um homem. Ele era alto e tinha cabelo prateado.

– Hayato, aconteceu algo? – perguntou Federico olhando para o prateado e os outros sete que vinham atrás dele.

– O chefe da família Rivera gostaria de parabeniza-lo – fala dirigindo um rápido olhar para o moreno que havia bebericado sua bebida e colocado a mão que continha o anel do Natsu no bolso da calça.

Logo os homens que tanto admirou e o chefe que considerava um avô saíram de sua vista. O moreno portador das tão temidas ‘mordidas até a morte’ havia lhe enviado um olhar frio e um estreitar de sobrancelhas que quase fez com que o Tsuna repensasse se seu disfarce estava realmente bom.

Suspirando viu mais uma moça vir ao seu encontro, sorrindo ouviu-a gaguejar se apresentando. Essa noite iria ser longa...

Vongola Mansão – Veneza, Itália

11:58 da noite

O céu noturno era ocupado por milhares de estrelas até onde se era visto, a lua cheia iluminava o lindo jardim da mansão. Suspirando tirou o chapéu e libertando os rebeldes cabelos negros, tais como seus olhos.

Havia passado todo o resto do dia atrás do seu Dame aluno mas não havia encontrado nada. Estivera em todos os lugares onde ele havia sido visto mas não encontrara nada. Ele. O assassino número um, não havia encontrado nada!

– Aproveitando a noite? – veio uma voz aveludada e firme por trás de si, virou-se encontrando um moreno com uma máscara prateada. Como não havia sentido a presença dele, não havia baixado a guarda.

– Quem é você? – perguntou friamente.

– Sílvio Tempesta a seu dispor – falou o moreno colocando a mão livre atrás das costas e se curvando ligeiramente – É um prazer poder encontrar o melhor assassino do mundo.

Encarou-o por algum tempo levando o chapéu a sua cabeça. Viu de canto de olho os guardiões tanto da nona e décima geração seguidos pelos chefes das famílias que estavam hospedadas na mansão. Pelo olhar no rosto do moreno ele também havia percebido a chegada dos outros.

– E devo dizer, Sílvio – começou a falar Byakuran sendo seguido pelos outros, o nono e Federico logo atrás – A qual Famiglia você pertence?

– Que pergunta indelicada Byakuran-chan – falou Sílvio – Mas devo dizer-lhe a verdade, sou o próximo chefe da Scacchiera Famiglia.

– Scacchiera? – perguntou o nono.

– Sim, Timóteo – respondeu sorrindo, acabando com um último gole a bebida que residia em sua taça – Devo parabeniza-lo pelo maravilhoso champanhe, Vongola.

Os sinos da basílica do centro tocam anunciando que já eram doze horas da noite. Os fogos coloridos explodiram no céu noturno anunciando que conforme a tradição, as máscaras de todos deveriam ser retiradas. Suspirando todos retiraram as máscaras, um por um, mostrando seus rostos a todos.

Reborn levou seu olhar para o moreno. Todos os outros haviam feito a mesma coisa, agora, fitando o jovem moreno. Suspirando ele depositou a taça em uma das bandejas que estavam com os empregados. Com a mão direita ele tocou a máscara hesitando. Notei um anel familiar no dedo anelar. Natsu. Arregalei meus olhos em reconhecimento a esse fato. Lentamente ele retirou a máscara apenas para revelar, o Tsuna.

Suspiros e pequenos gritinhos, esses providos das meninas, saíram dos outros. Consegui apenas ficar ali, parado.

– Atum? – veio a voz do chefe da CEDEF.

Tsuna olhou para ele e sorriu, porém havia algo diferente nele. Quero dizer, ele havia crescido, deveria ter dezoito anos, quase alcançava a minha altura. Suas feições haviam amadurecido, mostrando um jovem de beleza radiante e devo dizer que ele havia ganhado um pouco de massa corporal também, não excessiva, mas havia adquirido.

Seu olhar, entretanto era o que mais havia mudado. Estava mais estreito, mais vivido. Era como se toda aquela inocência que o tornavam tão fofo quando pequeno fossem substituídas por malicia. Me assustei quando seu olhar ganhou um lampejo de laranja e pela reação dos outros eles também haviam visto.

– Dame-Tsuna? – perguntei sorrindo.

– Você já deve ter percebido que não sou mais um Dame, Reborn-san – falou com uma voz fria, autoritária. Era a voz de um chefe.

– Meu filho – gaguejou Iemitsu – Você voltou.

– E é ai que você se engana Sawada – veio uma voz do nada.

Tsuna se virou para trás e sorriu. Um sorriso verdadeiramente alegre, não como aqueles que havia dado até agora

– Pai – falou ainda sorrindo.

– Pai? – perguntou Iemitsu.

Tsuna apenas olhou para ele e sorriu de lado. Virando-se novamente para o homem ele caminhou até ele nos deixando saber quem era. Um homem com terno e chapéu de ferro, uma máscara quadriculada em sua face sorriu para o Tsuna.

– Chequer Face? – perguntou Yuni.

– Olá, descendente de Sepira – respondeu aquele homem enquanto passava um braço em volta do Tsuna. Pelo estremecimento geral percebi que minha aura assassina já devia estar sendo derrubada a baldes do meu corpo.

– Chequer Face, o que você fez para...? – começou o nono mas foi interrompido pelo mesmo mencionado.

– Eu não fiz nada, Timóteo, essa foi uma escolha do Tsuna – disse olhando para o moreno que sorriu para si e depois voltou seu olhar para nós, seu sorriso sumindo de seus lábios – Mas, creio eu que já esteja tarde.

– Foi muito bom revê-los – falou Tsuna – Mas devo dizer que se isso depender de mim, não irá acontecer novamente tão cedo – Sua voz vazava veneno.

– Até logo Vongola – falou Chequer Face sendo envolvido pela névoa. Olhei para o Tsuna, ele também estava sendo envolvido pela névoa.

Com um último sorriso ele desapareceu totalmente. Suspirei e então tratei de parar a minha aura assassina. Yuni caiu sentada na beirada da fonte junto com Chrome, as duas estavam chorando. Iemitsu estava sendo amparado por Basil e chorava baldes. Os outros estavam pálidos e não haviam se movido um centímetro.

– Vou atrás dele – falou Iemitsu.

– Como? Não sabemos onde ele está – falou Federico.

Suspirei e sorri abaixando a aba do meu chapéu.

– Não é bem assim, Baka-Rico – falei atingindo a atenção geral – Ou, já se esqueceram que ele nos disse que estava na Scacchiera Famiglia, e se não me engano – disse com veneno na voz – Chequer Face é o chefe dessa Famiglia.

Agora sim, eu sabia onde ele estava.

Agora ele não escaparia.

Preparasse Sawada Tsunayoshi.


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Notas finais do capítulo

Saiu pequenininho~
O próximo vai ser maior, prometo :3
Até quarta minna~



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