Belive me escrita por Lady Lucy


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal! Desculpe demorar tanto para colocar esse capítulo, ele já estava pronto mas minha vida deu uma enrolada e não consegui entrar na net. Os próximos serão postados de dois a dois dias. Bem, aproveitem esse. Boa leitura~



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Passado é uma coisa que a gente tem que deixar lá e seguir em frente.

Dois anos depois...

– Senhor! – gritou Basil adentrando a sala de reuniões onde se encontravam todos os aliados e pessoas com cargos superiores da Vongola.

– O que houve, Basil? – perguntou Nono, claramente já cansado demais para repreender o rapaz por sua ousadia.

– Vocês não vão acreditar nisso – comenta o rapaz olhando de relance para o mestre que agora franzia a sobrancelha, ainda sentado em sua cadeira.

– Tem várias coisas ao qual não acreditamos Basil – exaspera-se Reborn, não era mistério para ninguém que nesses dois anos o hitman se tornou um tanto irritadiço por não conseguir encontrar seu antigo aluno.

– O que aconteceu, Basil? – pergunta Dino já acostumado com o ex-tutor.

– Nós o encontramos – exclama chamando a atenção de todos os presentes para si próprio – Encontramos o Tsunayoshi-dono.

E apenas essa fala foi o suficiente para que a esperança enchesse o coração de cada um dos presentes e seus olhos se arregalassem além do inimaginável.

– Onde? – perguntou Reborn.

– Aeroporto Internacional de Tóquio, indo para Veneza, Itália.

Aeroporto Internacional de Tóquio – 09:34 da manhã

O barulho irritante dos passos e do relógio que fielmente faziam seu breve Tick, Tack já não importavam mais. No momento em que pesquei na minha fiel e agora um tanto velha mochila bege – ao qual estou tentado a aposentar – algum dos meus inúmeros livros. Sempre levo-os comigo para livrar-me de situações assim, de puro tédio.

‘Leio na mesma intensidade ao qual me alimento, mas ao contrário deste, os livros não iram saciar o corpo mas completaram a alma’. Era isso que eu sempre dizia quando alguém perguntava por que eu lia tanto. Não acho que ler seja um crime mas também entendo como se sentem as pessoas que não gostam de livros. Eu mesmo a cerca de três anos atrás não gostava de ler. Ao contrário, odiava. A única coisa que me chamava a atenção minimamente eram mangás, mas nem eles prendiam totalmente minha atenção.

Talvez essa seja a minha sina afinal, um garoto com transtorno de défice de atenção que era chamado fielmente pelos colegas de classe de Dame. Talvez se eles prestassem mais atenção poderiam notar que eu entendia, mas não sabia como responder e na maioria das vezes não estava prestando atenção.

Fechando meu livro, fixo o olhar sobre as pessoas apressadas que fazem seus caminhos pela multidão que ocupa uniformemente o aeroporto internacional de Tóquio. Pessoas ricas. Mulheres finas. Homens de negócios. Consigo localizar, no meio de tudo, três agentes da CEDEF. Uma mulher e dois homens de aproximadamente vinte a trinta anos de idade. Sorrio. Meu plano está indo às mil maravilhas.

Dois anos se passaram desde que eu me juntei a Scacchiera Famiglia. Há exatamente dois anos a Vongola vem me procurando fielmente. Duas semanas após sair de lá procurei saber o que havia acontecido. Encontrei algumas informações interessantes.

Primeiro: Vongola Famiglia e seus aliados estavam revirando o planeta atrás de Sawada Tsunayoshi e não iriam parar até encontra-lo.

Segundo: Federico, após algumas semanas do seu reaparecimento foi nomeado como possível candidato a décimo Vongola.

Terceiro: Todos acreditavam que o sequestrador de Federico era o responsável pelo meu sumiço.

Não posso dizer que fiquei feliz por saber que enfim, sentiram a minha falta, mas devido as circunstancias minhas ações foram as esperadas.

Tirei muitas conclusões precipitadas das quais me arrependo, é verdade. Federico apareceu muito fragilizado e incrivelmente fraco, Nono havia pedido para que Reborn o ajudasse, que o treinasse, já que o seu Dame aluno já conseguia se defender sozinho e estava bem adiantado.

Federico teve um surto quando percebeu que não seria o décimo então eles fizeram que ele pensasse que seria, um ‘não, você não será o décimo’ só iria piorar seu estado. Tudo foi acarretado de maus entendidos, muitos, muitos mal entendidos.

Mas passado é passado, não se pode modifica-lo.

Os agentes da Vongola estavam se aproximando, constatei, hora de se mover. Tinha um plano a seguir e não poderia ser pego agora.

Suspirando. Peguei minha mochila e a joguei em minhas costas. Estremeci com o peso dela. Caminhei até a porta de entrada dos jatos privados rapidamente, tomando cuidado para não perde-los de vista. Pelo canto dos olhos percebi que um dos indivíduos falava ao telefone. Chegando na entrada a comissária de bordo imediatamente me notou se curvando suavemente.

– Bem vindo de volta Sawada-sama, espero que sua viagem tenha sido de seu agrado – disse sorrindo amavelmente, sabia que ela tinha uma queda por mim e ela sabia que não conseguiria meu coração, ele já era ocupado por outra pessoa.

Sorri enquanto me apoiava no lado direito do meu corpo. Milena, a comissória particular da família corou enquanto desviava o olhar. Levantei uma sobrancelha, pelo menos ela não gaguejou dessa vez.

– Ocorreu tudo bem, de qualquer modo estou saindo, tome cuidado Milena – digo enquanto lhe dou um beijo na bochecha. Uma despedida, não pensem besteira!

Abri a porta e desci a escada que me levaria para a pista restrita. Um lance de vinte e dois degraus e eu já estava desejando os meus remédios. Caminhando até o jato não consegui deixar de sorrir para a insígnia da família na porta. Caminhei até a escada que levaria ao jato. Mais escada. Muitos outros degraus. Suspirei com o pensamento.

O piloto saiu e acenou com a cabeça em respeito. Tsuna passou por ele e entrou no jato. A porta se fechou assim que tudo estava pronto.

O piloto caminhou até o moreno assim que ele se acomodou em sua cadeira.

– Às suas ordens, jovem mestre – falou com certo respeito.

– Saia imediatamente. Fase um do plano está completa. Mova-se para a fase dois. – Tsuna ordenou, sua voz não tinha qualquer chance de argumentação mesmo que seu olhar pedisse que ele dissesse não. – Será que eles vão descobrir para onde eu vou?

O piloto concordou com a cabeça, mas então percebeu que o moreno não estava prestando atenção em si mas em sua box que havia saído por conta própria e se enrolou em torno de si na outra poltrona. Sorriu com a visão.

– Tenho certeza que sim, senhor – disse se virando para se dirigir à cabine.

– Tem certeza que não quer voltar para a Irlanda para visitar sua família Jose? – veio a voz do moreno assim que sua mão chegou na porta.

Jose, o piloto, virou-se para encará-lo.

– Eu não estaria aqui se não fosse por você, Senhor Tsunayoshi. Minha família compreende e estão felizes que sou capaz de ajudá-lo de alguma forma – falou enquanto seu sorriso aumentava.

– Bem, mas pelo menos visite-os de vez em quando, ok?

Jose sorriu, sabia muito bem o que havia acontecido entre o jovem mestre e seu pai.

– Claro – respondeu – Se o senhor me der licença...

– Claro. Vá.

Suspirando Tsuna afivelou o cinto de segurança. As coisas vão começar a ficar interessantes. Olhando para a janela do avião o sono adentrou seu corpo. Enquanto pegava no sono a voz do Chequer Face voltou a sua memória.

“Durma agora, Tsuna, porque aqueles monstros não vão o seguir toda a noite”

– Chefe louco – sussurrou sorrindo de canto enquanto finalmente entrava em seus sonhos um tanto nebulosos.

Veneza – Itália, 06:45 da tarde/noite

– Como assim vocês o perderam de vista?! – Vocifera o líder da CEDEF.

– Ele desapareceu assim que o carro entrou na rodovia – fala um jovem, provavelmente um dos muitos agentes que entraram recentemente na Vongola – temos as imagens senhor.

– Chame Reborn, ele deve estar com Federico – disse Timóteo em sua voz autoritária.

– Sim – falou o homem e saiu apressadamente atrás do assassino.

O escritório do nono estava lotado de pessoas. Iemitsu e Dino não sairiam dali enquanto o moreno não fosse encontrado definitivamente. A ex-arcobaleno do céu, Yuni e Byakuran, o chefe da Famiglia Gesso e portador do anel mare estavam nervosos e sendo assim, não sairiam dali enquanto não vissem o outro céu. Basil estava ao lado de seu mestre, talvez, tão ansioso por ver o moreno. Afinal, foi por causa dele que eles perderam o moreno, por ele não prestar atenção o suficiente.

Cerca de dez minutos depois as portas duplas deram lugar a um homem com costeletas negros. Rapidamente fazendo uma reverencia ele caminha até a mesa do chefe.

– Precisa de algo, Timóteo? – pergunta. Estava curioso e apreensivo apesar de seu semblante em branco.

– Estávamos seguindo Tsunayoshi-kun mas ele misteriosamente desapareceu na quinta avenida. – fala o Vongola nono – Quero que vá atrás dele.

– Certamente – diz sorrindo – Irei agora mesmo.

Fechando as portas e ouvindo o burburinho de dentro do escritório o assassino sorri. Não um simples sorriso, mas um que prometia um mundo de tortura por seu aluno ter desaparecido.

Por que, apesar de ser quem era, ele não conseguiu encontra-lo. Ele. O grande assassino número um do mundo não conseguiu encontrar um mero garoto de dezesseis anos de idade.

Ah, mas ele iria se vingar do Dame-Tsuna, e como ia.

Veneza - Itália, 07:00 da noite

A enorme mansão em estilo vitoriano em tons claros de branco e bege se ergueu da colina quando o carro luxuoso adentrou a propriedade. As flores em tons coloridos como o arco-íris e a copa de algumas arvores balançou quando o vento passou por elas. Suspirando Tsunayoshi apoiou o queixo na mão direita, esta que estava apoiada na porta do carro. Havia trocado de roupa, agora vestia uma calça jeans escura e uma blusa laranja degrade sem manga e com touca. Uma jaqueta negra jazia no banco do carro.

– No que está pensando? – veio uma voz assustando minimamente o moreno e o tirando de seus pensamentos.

Virando o olhar para o motorista o moreno sorri. Um jovem dois anos mais velho que ele estava no comando da BMW negra. Seu cabelo loiro repicado caia em direção a nuca, a franja cobrindo parcialmente seus olhos verdes. Vestia um terno negro sem gravata, a blusa vermelha destacava-se no homem. Um sorriso brincalhão se espalhou pelos seus lábios.

– Em nada Vince, apenas estou com saudade do Yuu – falou o menor com um sorriso.

Vicente Mason. Chamas da tempestade como chama principal e do sol como secundária. Tsuna o encontrou a um ano e meio quando viajava a negócios pelo Brasil. Ele é originalmente italiano mas se mudou quando os pais faleceram. A causa mortis? Máfia.

– Pois estou declinado a achar que não é apenas isso, Tsuna – fala estacionando o carro na entrada da mansão, virando-se para encarar o chefe – Você estava pensando na Vongola, não é?

Tsuna não respondeu, não imediatamente. Seu olhar se perdeu no rosto do homem mais velho.

– Por que – sussurrou – por que acha isso?

– Você está apenas se entregando Tsuna – falou tristemente – Gaguejou agora – falou levando a mão pelos cabelos - Sente saudade, estou certo?

Tsuna apertou as mãos em punhos. Sua mente voltando em tudo que havia passado naquela família. Sua mente era nebulosa, talvez precisasse tomar seu remédio mais vezes por dia, pensou.

– Eu – começou – Eu não vou negar, Vince. Mas isso é passado, amo minha nova família. Sou leal e você sabe disso.

O mais velho ia falar algo, mas quando sua boca se abriu percebeu que o outro já havia saído do carro. Suspirando culpado correu atrás dele deixando a chave do carro na mão de um dos empregados.

– Tsu~na~! – gritou uma voz feminina por trás dos dois.

Os dois se viraram apenas para o jovem moreno ser abordado por uma menina. Seus cabelos loiros sujos com olhos verdes declaravam de quem ela era irmã. Mariana Mason. Irmã mais nova do Vicente. Tinha dezesseis anos. Era baixinha para a idade, aparentando ter apenas quinze anos.

– Hey, Mari! – cumprimentou-a sorrindo, em pouco tempo a menina havia se tornado uma irmãzinha para o moreno, tal como Lambo.

– Mari, eu sou seu irmão, não recebo nem um abraço? – emburrou-se Vince cruzando os brações e fazendo um bico.

A menina soltou o Tsuna e olhou para o irmão, pensou por um tempo e simplesmente mostrou a língua.

– Não – falou enquanto corria alegre para dentro da mansão.

Tsuna apenas riu enquanto Vince se afundava em depressão. Dando tapinhas suavemente nas costas do amigo o moreno se dirigiu para dentro da mansão. Mal poderia segurar a ansiedade de ver o Yuu novamente mas parecia que não seria tão cedo que poderia vê-lo.

– Tsunayoshi – chamou Chequer Face aparecendo nas escadas do nada, como fumaça, ou névoa.

– Sim?

– Arrume-se, nós vamos a uma festa.

– Festa? – pergunta confuso.

Chequer Face apenas mostra o convite. Tsuna pega e abre o envelope branco com tom claro de laranja. O convite tinha um tom mesclado de laranja e vermelho no papel branco.

Caro chefe da Scacchiera Famiglia,

Por meio desta carta gostaria de convidá-lo para a festa anual da Vongola. Este ano estaremos realizando um baile de máscaras para comemorar o aniversário do meu filho, e herdeiro da Vongola, Federico.

Sentir-me-ei muito honrado se o senhor e sua Famiglia pudessem comparecer a esse modesto baile.

Com respeito

Vongola nono, Timóteo e sua família.

Seus olhos se arregalaram assim que terminou de ler. Olhando para o homem com o chapéu de ferro apenas conseguiu abrir a boca e fecha-la logo em seguida, parecendo um peixe. Estremeceu pensando em como Reborn o puniria por agir tão dame, depois de tudo que passou para deixar esse seu lado.

– Arrumem-se – ordenou Chequer Face sorrindo para todos, já havia esperado aquilo do moreno – Nós estaremos saindo em uma hora. Esteja pronto – falou a última parte apenas para o moreno.

E com isso todos saíram para seus respectivos quartos. Tsuna entrou no quarto de número vinte e sete. Era seu número da sorte, havia pedido para Chequer Face para ficar com ele. Olhando para dentro deu de cara com uma das empregadas.

A moça, Roberta Martins, era ruiva e tinha olhos castanhos. Vinte e cinco anos e trabalhava para a família a quatro.

– Você pode ir Roberta – ordenou entrando no quarto e assustando a mulher que arrumava a cortina.

A jovem moça se curvou respeitosamente e saiu daquele quarto. Olhando para sua cama o moreno sorriu. Havia outro moreno dormindo na cama de casal. Caminhando até ele Tsuna se inclinou para depositar um beijo na testa do outro, retirando alguns fios caramelo do rosto do adormecido. Fitando o rosto do pequeno carinhosamente Tsuna se afastou. Largou a mochila em qualquer lugar e caminhou pelo quarto buscando as coisas para seu banho. Mesmo com todo o barulho que provocou o adormecido não se mexeu um milímetro.

– Boa noite, Yuu – falou enquanto se dirigia para o banheiro – Espero que não me de trabalho hoje, estou com certa pressa para um compromisso.

Ouviu um resmungo suave e parou em seus passos mas o outro moreno apenas se virou em sua cama, ainda mergulhado em seu sono. Sorrindo Tsuna entrou no banheiro, fechou a porta e ligou o chuveiro. Essa festa iria ser interessante e ele iria adorar ser o personagem principal da trama, e como ia.


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Notas finais do capítulo

É isso! O próximo sai segunda a noite, assim que eu chegar do curso, isso é as seis horas. Até minna!~



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