Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 8
Capítulo 8: Caroline Brown


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI GENTE, POST DUPLO DNV PORQUE EU PROMETI TRETA PRA VOCÊS! JÁ VIRAM AQUELE TRAILER? MEUS DEUSES, QUINTA TEMPORADA VAI SER BOMBASTICA, SUR-TEI!
Quem viu as fotenhas do Chandler na Comic com o pudim? *-* Dyvo...
Espero que gostem!
Gente, vocês não sabem a felicidade no meu coração com os reviews de vocês, mds, você são as melhores leitoras ever! Obrigada por todo o carinho, todo apoio e a inspiração que vocês me passam gente, é sério, vocês fazem meus dias, sério, AMO VOCÊS! Espero que esse capítulo esteja a altura U.U
Anne.



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No dia seguinte a ida a cidade acordei tarde por causa do remédio para dor de cabeça, mas mesmo assim estranhei que nenhuma das crianças viesse me chamar (provavelmente a pedido de Carol) então me levantei e tomei café, sem encontrar Carl pelo caminho porque com certeza ele estava na horta ou convencendo Rick a deixa-lo fazer alguma coisa ariscada.

Depois do café Hershel trocou meu curativo e colocou outra faixa na minha cabeça, que foi motivo de curiosidade geral para as crianças – Hope, eu posso usar um desse? Hope, porque você esta usando isso? Hope, eu posso ver seu machucado? Hope, esta doendo?

Respondi a maioria das perguntas antes que Karen viesse e mandasse todos irem brincar para que eu não enlouquecesse.

– Posso ajudar em algo? – perguntei quando a vi colocando luvas de limpeza.

Karen era uma das mulheres mais fortes da prisão, como Michonne e Sasha, era muito bonita e estava namorando com Tyreese desde que chegaram aqui, pelo o que eu sei.

– Não precisa, temos muita gente para ajudar e você precisa descansar. – ela puxou de leve minha faixa.

– Eu estou ótima, já descansei bastante.

– Não precisa cuidar de nada hoje mocinha, esta tudo certo então tire o dia livre, leia, procure Carl, Patrick ou Beth. – eu assenti sem escolha, ela sorriu pra mim e saiu andando.

Não fiz nenhuma das tarefas diárias que normalmente faço porque ninguém permitia – o ferimento foi só na cabeça, meus braços ainda estão aqui gente – então resolvi não atrapalhar seja lá o que Carl, Beth ou Patrick estivessem fazendo e passei quase o dia todo na biblioteca, escondida entre as estantes com o diário de Caroline Brown.

Caroline se revelou uma ótima escritora mesmo que só estivesse relatando suas experiências no primeiro ano do colegial, a vida e os pensamentos dela eram muito interessantes (e engraçados) então ler o diário foi como escapar da minha realidade atual para ter uma adolescência normal.

Um dos melhores pontos que ela abordava era Jake, o garoto por quem ela estava apaixonada e admirada desde o primeiro dia em que escreveu, e agora finalmente parecia ter a notado.

26/05/2012 – Quinta-feira

Querido diário,

De duas uma: Ou eu tinha um bicho grudado no meu cabelo ou Jake Carter realmente estava me encarando na aula de Historia. Foi muito tenso, eu estava surtando e a única coisa que me lembro desta aula foi Jake dizendo “1978”. Deus sabe que não deu tempo de pentear o cabelo hoje de manha, mas será que estava tão ruim assim?

Esbarramos-nos no corredor porque os armários são próximos, mas foi tão rápido que na hora eu nem percebi que era ele, como ele me reconheceu se a única coisa que dissemos um para o outro até hoje foi “Me desculpe”?

Por fora eu estava calma (espero ter parecido), mas por dentro eu queria abrir um buraco no chão e ficar lá até o sinal bater. Eu devia estar feliz, mas Jake nunca olhou tanto para mim desde que escolheu se sentar na terceira cadeira no canto esquerdo da sala então porque olharia agora?

Quando o sinal bateu, eu não sabia se deveria correr até o banheiro para confirmar que meu cabelo estava um desastre ou esperar que Jake viesse falar comigo, o que não aconteceu porque Ella Jones o puxou para falar de um trabalho sobre sapos.

“Certo, deixe a Caroline para lá, vamos falar sobre sapos.”

Eu saí da sala e fui diretamente para o banheiro, e a minha surpresa foi que meu cabelo não tinha nada de anormal – quer dizer, de mais anormal, porque ele já nasceu assim – isso significa que Jake estava me encarando.

E agora eu não vou nem conseguir dormir pensando nas mil possibilidades do que ele pode estar querendo. Você sabe que esta ferrada quando o melhor do seu dia foi uma pessoa que nem se quer falou com você.

Amanha tenho Biologia ao lado dele, e não sei se vou sobreviver se ele der uma de Edward Cullen – Deus me ajude.

Xoxo,

C. B.

Depois de ler quase a metade do diário eu já me sentia triste e feliz ao mesmo tempo, triste pela morte de Caroline agora que eu queria tanto tê-la conhecido pessoalmente, e feliz por ter colocado o diário na bolsa no dia anterior.

Gostaria de ter a conhecido, me tornado amiga dela, comprovado que Jake era tão lindo quanto ela dizia ser e poder baixar todas as musicas escritas nos cantos das folhas e na contracapa do diário.

– Ei. – me assustei e olhei para cima, Carl estava em pé ao meu lado – Calma, é só o Cowboy.

– Ah, Cowboy... – sorri e relaxei, ele se sentou ao meu lado no chão – Oi.

– Oi. – ele riu e me estendeu uma maçã – Karen me disse que estaria aqui.

– É, ninguém deixou que eu me esforçasse – revirei os olhos – então vim pra cá ler.

– Podia ter me procurado. – ele pegou a capa do diário para ler o que estava escrito – Caroline Brown.

– Não queria te atrapalhar. – fechei o diário e estendi para ele.

– Você me livraria de pegar cocô de cavalo e falar com os porcos.

– Eu faço companhia a você da próxima vez. – ele sorriu – Mas só companhia.

– Nada disso, vou te ensinar a ser uma fazendeira, cocô faz parte. – fiz cara de nojo pra ele – Esse livro é o que você pegou lá na cidade?

– É um diário. Achei que ela gostaria que fosse lido. – dei de ombros e peguei o diário de volta.

– Mas são os segredos dela. – ele disse levantando a sobrancelha.

– É a vida dela, ela ficaria feliz se alguém se lembrasse, principalmente porque Caroline é uma pessoa boa por tudo o que eu já li. – fechei o diário e o coloquei de lado – Então você esta de bom humor hoje, devia mesmo ter aproveitado isso.

– Não sou mal-humorado. – que piada.

– Às vezes é. – ele fingiu ficar ofendido – Não devia, fica mais bonito sorrindo.

Ele olhou pra baixo e mordeu a maçã, sem graça. Deixar Carl Grimes sem graça estava na minha lista de melhores coisas do apocalipse, junto com “Fazer Carl Grimes rir”.

– Sabe, lendo o diário dela eu me senti uma adolescente no mundo normal de novo. – ele voltou a olhar pra mim.

– Como é ser uma adolescente no mundo normal? – ele começou a brincar com o cadarço do meu tênis.

– Segundo ela, é ver Disney Channel, andar de bicicleta, ver filmes, ter amigas, ir à escola, se apaixonar... – lembrei-me de Caroline falando do Jake, descrevendo-o como um “semideus”.

– Já se apaixonou alguma vez? – aquela pergunta me deixou surpresa.

– Não, mas todo mundo dizia que eu gostava do Willian só porque a gente andava junto. – ri lembrando – Eu não tive tempo de me apaixonar, não tive tempo de fazer coisas normais.

– Eu também não. – ele soltou meu cadarço e recostou na estante.

– Você disse que gostava de alguém na quarta série, e que acertou ela com uma bola de futebol. – dei um soquinho no braço dele.

– Eu só gostava, não acho que eu saiba o que é amor. – ele balançou a cabeça – Não acho que vá descobrir.

Ele não parecia triste dizendo isso, só sério, como se aceitasse qualquer destino cruel que o estivesse esperando.

– Porque acha que não vai descobrir? – perguntei igualmente séria.

– Porque é perda de tempo se apaixonar num mundo como este, você pode perder as pessoas a qualquer momento.

Pensei sobre o que ele havia dito, ficando em silencio por o que pareceu um minuto até achar as palavras certas.

– Mas o amor pode ser o que vai te salvar. – respondi olhando pra ele – Pode ser a ultima coisa boa que você vai fazer e sentir, pode ser o que vai te fazer seguir em frente, mesmo que você ou a outra pessoa morra você vai morrer sabendo que a conheceu e conseguiu ama-la sobre todas as coisas ruins. – permanecemos em silencio nos encarando – Isso é um grande feito.

Sorri pensando que isso poderia tornar minhas palavras mais positivas.

– Como Glenn e Maggie, eles são fortes juntos, por isso sobreviveram. – Carl ainda estava me encarando – Espero que seu amor sobreviva, Cowboy.

Ele mordeu a maçã de novo e só olhou pra baixo, como se pesasse a ideia de amor.

– Caroline se apaixonou então? – perguntou sem me olhar.

– Sim, por Jake Carter, o jogador-de-basquete-bonitão-com-olhos-verdes. – ele revirou os olhos – Eu sei, também prefiro o cowboy-apocaliptico-mal-humorado-dos-olhos-azuis.

– Eu não sou assim tão mal humorado. – ele disse se levantando.

– Você quer que eu fale a verdade ou minta pra você ficar feliz? – perguntei rindo, ele fez cara de indignação.

– Cala a boca. – ele me empurrou para o lado brincando.

– Carl, Hope? – Patrick apareceu na porta da sala.

– Aqui. – me levantei.

– Carol esta chamando para o jantar. – Mika apareceu atrás dele sorrindo.

– O que vocês dois estavam fazendo ai?

– Lendo. – Carl falou sarcasticamente.

– Pensei que você não gostava de ler. – ela disse levantando as sobrancelhas.

– Ele não gosta de livros infantis. – Patrick explicou.

– E o que vocês estavam lendo?

– Um livro. – Carl bateu na testa de Mika de leve e eu bati na testa dele com força – Ai!

– Você esta de bom humor hoje, seja bonzinho. – falei fazendo Patrick rir.

No caminho até a bloco de celas ele contou que Daryl tinha encontrado mais sobreviventes hoje e que foram todos para o Bloco D, provavelmente iríamos vê-los amanha.

– Tem uma garota muito bonita. – ele disse sorrindo para Carl.

Não pude evitar rir ouvindo essas palavras de Patrick que parecia sempre formal para a idade dele.

– Mesmo que eu ache você mais bonita. – ele disse meio desesperadamente – Não é, Carl?

Carl olhou pra mim e ficou vermelho, quase dei outro tapa na testa dele.

– Obrigada, não precisa dizer isso. – falei e olhei para Mika que estava muito quieta – Na verdade, Mika é bem mais bonita.

Ela olhou pra mim e sorriu com vergonha.

– Obrigada. – Mika era uma criança muito doce e inteligente e ela admirava bastante Patrick – garotos apocalípticos são lerdos também – então imaginei que ela ficou um pouco triste ouvindo isso.

– Quem são os outros? – perguntei curiosa.

– Tem essa garota, uma mulher, dois homens e um garotinho. É um grupo pequeno, graças a Deus Daryl os encontrou.

Daryl estava trazendo gente nova em quase todas as rondas que fazia, as pessoas o adoravam, e ele ficava todo sem reação quando alguém agradecia ou o cumprimentava.

Depois de jantar ouvindo especulações sobre os novos membros do grupo e vários “você esta melhor?”, eu resolvi ir para cela ler mais Caroline Brown, ansiosa porque ela e Jake finalmente estavam começando a dar certo. Eu estava “shippando” Jakeline como jamais shippei um casal literário, Mary Jane e Peter que me perdoem.

Depois de um tempo Carl veio até a minha cela.

– Ei, vai continuar com Caroline?

– Claro. – me levantei e fui até ele na entrada da cela – Quem estava aqui agora pouco? Ouvi vozes diferentes.

– Aquela garota que Patrick falou veio aqui pra falar com a nossa parte conselho.

– Pena que não a vi, como ela é? – estava curiosa pra saber se era tão bonita como Patrick falara, se conseguia ser mais bonita que Beth.

– Loira, alta, normal. – ele deu de ombros e decidi que era melhor esperar até amanha para saber.

– Verei amanha. – beijei a bochecha dele – Boa noite Carl.

– Boa noite. – ele sorriu e eu me virei para deitar de novo – Ei.

– Sim?

– Ela não é mais bonita que você. – ele disse e voltou para a cela antes que eu respondesse.

Sorri involuntariamente com aquele comentário e voltei a deitar.

Carl tinha esse jeito engraçado, quando falava algo bonito fugia como se não quisesse saber nossa reação, provavelmente ele não queria que víssemos a reação dele as próprias palavras.

Eu peguei a lanterna em baixo da cama e continuei a ler, sem me importar se dormiria muito tarde.


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Notas finais do capítulo

Quero os reviews lindosos de vocês, quero saber se esta bom U.U Beijoooos, curtam o 9!