Ritmo, Amor e Partituras - EM HIATUS escrita por Cerejinhaa


Capítulo 2
Capítulo 2 – O Perigo Mora ao Lado


Notas iniciais do capítulo

Olá galera do Nhay Fanfiction!
Quem aqui já leu o mangá 685? Finalmente Masashi Kishimoto ouviu nossas preces... Aleluia... Tó vomitando arco Iris!!!
A Sakura divou, foi lindo aquele momento deles, aquela troca de olhares tão intensa, meu Deus não vejo a hora de ver o próximo mangá, eu tó surtando aqui!!
Espero que gostem do segundo capítulo!
Boa Leitura!
*--*



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Capítulo 2 – O Perigo Mora ao Lado.

Narração Sakura On

Precisei de muita coragem para me levantar daquela cama fofinha e quentinha, meu Deus, que delicia de colchão, eu ia me acabar de dormir alí, com a maior preguiça do mundo me levantei da cama e sai pela mansão à procura de meu pai. O encontrei na sala de estar, ele estava discutindo alguma coisa com a minha vó.

–Mãe, a senhora não podia ter feito isso! – meu pai reclamou.

–Ora meu filho como é que eu ia saber que você ainda ia querer ficar com toda aquela velharia? Você não precisa mais daquelas coisas, tem tudo o que precisa bem aqui! – ela argumentou.

–Mesmo assim mãe, eram as nossas coisas! Sabe o duro que eu dei para conseguir tudo o que tínhamos? – meu pai reclamou novamente.

–Me desculpa filho, eu não já disse que não sabia que você queria ficar com toda aquela parafernália! – ela respondeu.

–O que está acontecendo aqui? – perguntei chamando a atenção dos dois que pararam a discussão imediatamente.

Meu pai me olhou serio, suspirou e coçou a nuca antes de responder a minha pergunta.

–Sua avó se desfez de todas as nossas coisas que estavam no caminhão! – meu pai respondeu.

–O QUÊ? – gritei apavorada.

–Já pedi desculpas, eu não sabia que vocês queriam ficar com aquele lixo todo! – ela respondeu cruzando os braços.

–LIXO?! Aquelas eram as nossas coisas! – reclamei irritada.

–Pra mim era só lixo, só tinha coisas velhas e feias lá! – ela respondeu.

–Oh então que pena a senhora não estar lá no meio para ser levada junto! – falei cheia de irritação.

–Sakura! – meu pai disse em repreensão.

–O quê? É verdade! O que essa senhora está pensando?! Ela não pode ir se desfazendo de coisas que nem dela são! – reclamei.

–Tudo bem, vocês tem razão, eu errei! Desculpem-me por isso! É só dizer quando custa tudo o que estava no caminhão e eu pagarei o prejuízo! Pronto! – ela disse.

–A senhora acha tudo se resolve com dinheiro né?! Acha que tudo pode ser comprado?! Lamento informar, mas algumas coisas não podem ser compradas! – falei irritada.

Aquela velha devia ter feito aquilo de propósito, talvez porque eu tinha recusado dos os presentes caros e luxuosos que ela me deu, ela estava jogando comigo, tinha certeza disso.

–E o que havia de tão valioso naquele caminhão que não pode ser comprado de volta? – ela perguntou debochada.

–Coisas que tem valor sentimental! Mas acho que a senhora não pode entender o que isso significa, já que é desprovida de qualquer emoção humana! – eu disse maldosa.

–JÁ CHEGA! Acalme-se Sakura, já basta toda essa discussão! Não adianta ficar chorando pelo leite derramado, pelo menos restaram alguns pertences nossos no carro, vamos lá buscar! - meu pai disse me puxando para fora da casa.

–Eu não acredito que ela fez isso pai! Onde já se viu?! Ela deu embora todas as nossas coisas! – reclamei irritada.

–Calma filha, eu vou tentar recuperar nossas coisas! – meu pai disse tentado me tranquilizar.

–Calma?! Como eu posso ficar calma?! Todas as minhas coisas estavam naquele caminhão, meu violão, minha guitarra, meu teclado, como é que eu vou ensaiar com a banda sem os meus instrumentos? – perguntei cruzando os braços.

–Nós vamos dar um jeito filha, eu prometo! – meu pai disse enquanto destrancava o porta mala do carro.

Bufei irritada, comecei a tirar minhas coisas de dentro do carro, tudo o que restou foram algumas malas com roupas e calçados, e os meus patins velhos.

–Pelo menos salvou seus patins! – meu pai disse quando me viu tirar os patins do porta mala.

–Que sorte a minha! – falei com ironia.

Nesse instante ouço alguém pigarrear atrás de mim, quando me viro me deparo com uma bela senhora de cabelos negros e pele clara.

–Olá! – ela nos cumprimentou amigavelmente.

–Mikoto? É você? – meu pai perguntou para a mulher parada a minha frente.

–Kizashi, Oh meu Deus, eu não reconheci você! Está tão diferente! Quanto tempo! – a mulher disse animada ao meu pai.

–Oh é verdade já faz muito tempo que não nós vemos Mikoto! – meu pai concordou.

Olhei para o meu pai com uma sobrancelha arqueada, ele conhecia aquela senhora?

–Quem é a bela jovem com você? – a mulher perguntou se referendo a mim.

–Mikoto, essa é minha filha Sakura Haruno. Sakura, essa é Mikoto Uchiha, nós estudamos juntos no colegial! – meu pai nós apresentou.

–Muito prazer senhora Uchiha! – eu disse educadamente estendo a minha mão para ela.

–O prazer é meu Sakura, você é uma garota muito bonita, adorei os seus cabelos róseos! – ela disse retribuindo o cumprimento.

–Obrigada! – agradeci simpática.

–Kizashi, por onde você andou? Já faz anos que não nós vemos, desde que deixou a casa de seus pais! – ela disse.

–É verdade, mas agora eu voltei, acho que vamos nós ver com mais frequência a partir de agora! – meu pai respondeu.

–Isso é ótimo! Faguku vai ficar muito feliz quando souber que somos vizinhos de novo! – ela disse.

–E Fuguku como está? – meu pai perguntou.

–Ele está bem, está viajando a trabalho, deve voltar na segunda! – ela respondeu.

–Quero ótimo, eu estou ansioso para revê-lo! – meu pai disse.

Nesse instante um rapaz lindíssimo se aproximou de nós, ele chamava por Mikoto.

–Mãe, a senhora está ai, estava te procurando! – o rapaz disse se aproximando de Mikoto.

Fiquei completamente abobada olhando para ele, aquele era certamente o homem mais lindo que já vi em toda a minha vida, ele parecia um deus grego. Ele é alto e musculoso, seus cabelos são pretos e compridos, seus olhos são negros como a noite, ele tem algumas olheiras abaixo dos olhos, mas as olheiras só o deixavam mais charmoso e misterioso, e por fim a sua pele é clara feito neve, resumindo: o cara é um pedaço de mau caminho.

–Kizashi, você se lembra do meu filho mais velho Itachi? – Mikoto perguntou ao meu pai.

–Eu me lembro sim, eu segurei esse menino no colo quando ele ainda era um bebê! – meu pai respondeu.

–Itachi, esse é Kizashi um antigo amigo meu e do seu pai! – Mikoto disse a Itachi.

–Muito prazer senhor! – Itachi disse cumprimentado meu pai com um aperto de mão. Logo após cumprimentá-lo ele olhou para mim e sorriu.

–E a senhorita quem é? – Itachi perguntou a sua mãe.

–Ela é filha do Kizashi, Sakura Haruno, ela não é linda meu filho? – Mikoto perguntou a Itachi.

–Sim, ela é linda, muito prazer Sakura, Itachi Uchiha ao seu dispor! – ele disse me cumprimentando também e para a minha completa surpresa Itachi pegou a minha mão direita e depositou um beijo ali.

Naquele momento eu me derreti toda, além de lindo, o gato era cavalheiro! Fiquei tão abobada que não conseguir responder nada a ele, somente suspirei alto, eu tinha quase certeza que minhas bochechas estavam coradas, que vergonha!

–Mãe, será que a senhora pode me ajudar a dar um nó na gravata? Eu tenho que ir naquela reunião chata do papai, e não consigo ajeitar essa porcaria! – Itachi reclamou mexendo na sua gravata enquanto falava com sua mãe.

–Claro, meu filho eu te ajudo! Kizashi, Sakura, com licença nós vemos mais tarde! – Mikoto disse em despedida.

–Até Mikoto! – meu pai respondeu.

E assim eles saíram, acompanhei com o olhar cada passo daquele deus grego até ele entrar em casa.

–A senhorita quer um babador? – meu pai perguntou ao notar que eu não tirava os olhos do vizinho.

–Não obrigada! – respondi distraidamente, ainda olhando para a casa ao lado.

–Aff! – meu pai resmungou revirando os olhos.

–Ele é um gato! – comentei ainda espiando a casa vizinha.

–Ele é velho demais pra você! - meu pai falou emburrado.

–Qual é pai? Tá com ciúmes é? – perguntei só para provocá-lo, eu sabia o quanto meu pai era muito ciumento.

–Não é isso, só acho que você devia namorar alguém dá sua idade, você sempre cisma com caras mais velhos, tipo aquele garoto ruivo com quem namorou uma vez, o tal Sasori, eu não gostava dele! – meu pai falou.

–Você não gostava de nenhum dos meus ex-namorados, e Sasori era só 4 anos mais velhos que eu! – respondi pegando as minhas malas de chão para levar para dentro da casa.

–Exatamente! – meu pai disse fechando o porta mala do carro.

Voltamos para dentro da mansão. Meu pai me ajudou a levar as malas até o meu mais novo quarto. Depois disso eu fiquei lá arrumando minhas roupas dentro do guarda roupa. Já estava quase anoitecendo e eu já não aguentava mais dobrar roupas, eu estava cansada e estava fazendo um tremendo calor.

–Poxa, está quente aqui dentro! – comentei fechando a porta do guarda roupa.

Fui até a janela do meu quarto e abri as persianas e cortinas, achei que minha janela teria uma linda vista do por do sol, pois era assim que eu imaginava as casas dos ricos, só que não! De frente a enorme janela do meu quarto havia outra janela, percebi que tinha alguém dormindo na cama do quarto ao lado, mas não deu pra ver direito quem era, não devia ser Itachi, pois ele havia dito que ia sair, então dei de ombros e voltei a fazer as minhas coisas. Depois de arrumar todas as minhas roupas no guarda roupa me permiti deitar um pouco e descansar foi quando alguém bateu na porta do meu quarto, levantei-me do colchão macio atendi a porta. Era meu pai.

–Já terminou de arrumar suas coisas filha? – ele perguntou.

–Sim papai! – respondi desanimada.

–Poxa que desanimo, não está feliz com seu quarto novo? Esse é bem melhor do que tinha antes!- ele disse.

–Preferia o meu quarto antigo! – falei.

Meu pai balançou a cabeça em negação.

–Ei você quer ver como é o meu quarto? Está do mesmo jeito que eu deixei desde quando sai de casa! – meu pai falou.

–Tá bom, me mostra vai! – concordei.

Segui meu pai pelo enorme corredor da mansão, ele parou em frente à porta do seu quarto, fez um pequeno suspense enquanto eu revirava os olhos e finalmente abriu a porta.

–Uau! – foi tudo que consegui dizer quando vi o quarto do meu pai. Era maneiro demais.

–Gostou? Fui eu mesmo que customizei! – ele falou exibido.

–Tá brincando? – perguntei desacreditando.

–É serio! – ele respondeu.

Entrei no quarto curiosa, as paredes eram azuis, e os móveis eram todos pretos e tinha uma única parede customizada com discos de vinil sem falar nas prateleiras repletas de mangás colecionáveis e outras coisas super legais.

–Acha que eu posso customizar meu novo quarto também? – perguntei.

–Acho que não tem problema! – meu pai disse dando de ombros.

–Legal! – eu disse me deitando na sua cama fofinha.

Naquele instante alguém bateu na porta do quarto novamente. Cara, será que eu não podia relaxar só um pouquinho? Meu pai atendeu a porta, era a minha avó que estava alí.

–Estava procurando vocês, vim avisar que o jantar já está pronto! – ela disse.

–Ok, nós já vamos descer! – meu pai avisou e fechou a porta novamente.

–Sakura, vamos jantar! – meu pai disse.

–Agora? Ainda é cedo! – falei.

–Sim, mas seus avôs costumam jantar cedo, e se quisemos comer vamos ter que descer agora – meu pai respondeu.

–Ok, vamos então! – respondi me levantando da sua cama.

Fomos até a sala de jantar, onde minha avó já nos aguardava sentada à mesa, ao seu lado estava um senhor que eu concluir ser meu avô, eu não o conhecia, era a primeira vez que eu o via pessoalmente, ele era um senhor de cabelos grisalhos e estava numa cadeira de rodas, quando nos aproximamos da mesa ele nos olhou cabisbaixo, parecia envergonhado com a nossa presença.

–Kisashi, meu filho eu peço desculpas por não recebê-los hoje mais cedo, eu não estava me sentido muito bem! – o senhor disse ao meu pai.

–Tudo bem papai não tem importância! – meu pai respondeu se sentando a mesa, fiz o mesmo que ele e me sentei ao seu lado.

–Sakura... – meu avô me chamou e eu o encarei.

–Estou feliz por finalmente conhecê-la! – ele completou.

Não respondi nada a ele, apenas lhe lancei um olhar frio e indiferente, o que ele estava pensando? Ele teve 17 anos para me conhecer, 6.205 dias para me procurar, mas nunca fez, nunca se importou comigo, e agora ele vêm pra cima de mim com aquela encenação patética. Era rídico o que eles estavam fazendo, agora porque precisavam de nós fingiam se importar. Gente mais hipócrita!

Minha avó pediu que as empregadas servissem o jantar e logo elas trouxessem os alimentos para a mesa, encarei aquela comida assustada, mas o que era aquilo? Comida de marcianos? Olhei para o meu pai espantada, mas ele continuava serio.

–Pai, que comida é essa? – perguntei baixinho a ele.

–Comida que a alta sociedade come minha filha! – ele respondeu se servido com aquela gororoba.

Eu o encarei ainda mais assustada, ele ia mesmo comer aquilo? Todos na mesa começaram a se servir com aquela comida estranha menos eu. Eu não ia comer nada daquela mesa sem antes de saber o que era exatamente. Com uma espátula cutuquei um prato extremamente exótico que estava a minha frente, era nojento, então larguei a espátula e voltei a cutucar meu pai.

–Pai, o que é essa coisa aqui? – perguntei apontando para o prato a minha frente.

–É Escargot! – meu pai respondeu.

–Escargot?! E o que é Escargot? – perguntei confusa.

–São caracóis Sakura! – meu pai respondeu.

–Eca... você comem lesmas?! – falei alto fazendo com que todos na mesa olhassem para mim.

De repente meu avô começou a rir, ele parecia realmente se divertir com o que eu havia dito, já minha avó estava com uma cara bem seria, parecia inconformada com o que ouviu.

–Hideki pare de rir, isso não tem graça! – minha vó resmungou.

–Tem sim, a menina está certa! Estamos comendo lesmas, pois caracóis são moluscos gastrópodes terrestres e ...- minha avó o interrompeu.

–Calado Hideki! – minha vó resmungou e me encarou brava.

–Querida, a mesa está repleta de outros aperitivos se não gosta de escargot coma outra coisa! – minha avó disse seria.

–Ok, então me diga, o que é aquele outro prato alí? – perguntei apontando para uma bandeja que estava próxima ao meu avô.

–Esse aqui? – meu avô apontou para o prato ao qual me referia.

–Sim, esse mesmo! – confirmei.

–Isso é caviar! São ovas do peixe esturjão! – meu avô respondeu.

Fiz uma careta ao ouvir a resposta.

–Eu detesto rejeitar comida, pois sei que muita gente passa fome neste mundo, mas eu realmente perdi o apetite, com licença! – eu disse me levantando da mesa.

Voltei pro meu quarto, pensando de onde esse povo rico tirou a ideia que comer lesma é chique?! Fala sério! Entrei em meu quarto e me joguei na cama de casal, liguei a televisão, estava passado o filme X-Men, eu adorava aquele filme então comecei a assistir.

Estava distraída assistindo a TV quando de repente a porta do meu quarto foi aberta.

–Trouxe um sanduíche pra você! – meu pai disse ao entrar no meu quarto.

–Obrigada! – agradeci aceitando o sanduíche que ele me trouxe, comei a comer feito uma esfomeada.

–Sua avó ficou irritada por que você não quis comer a comida que ela preparou! – meu pai disse.

–Ora, até parece que aquela velha cozinha alguma coisa! – eu resmunguei e meu pai me olhou feio.

–Ok, eu vou para com isso, mas você tem que admitir: aquela comida é nojenta! Não acredito que teve coragem de comer aquilo! – eu disse em minha defesa.

–Você se acostuma com o tempo! – meu pai respondeu.

–Ah... Eu espero que não! – respondi fazendo uma careta.

–Escuta, tenho uma ótima noticia pra você, amanhã nós vamos ao shopping comprar matérias escolares novos pra você. Na próxima segunda-feira você vai começar a frequentar o novo colégio! – me pai disse.

–Oh... que ótima noticia! Estou tão animada! – disse sarcástica fingindo animo.

–Ora, sua pirralha, pare de gracinhas! – meu pai disse vindo me fazer cocegas.

–Ei, pare com isso, eu tenho cocegas! – reclamei o empurrando enquanto ria parecendo uma hiena.

–Ok, já chega! Eu vou descasar agora, amanhã vou ter que sair cedo, mas quando eu chegar nós vamos fazer compras no shopping ok? – meu pai disse.

–Ok! – concordei.

–Boa noite filha! – meu pai disse dando um beijo na minha testa.

–Boa noite papai! – respondi.

Ele então saiu do meu quarto me deixando sozinha, terminei de comer meu sanduíche enquanto assistia ao filme, logo o sono chegou e eu adormeci.

~~ Na manhã seguinte ~~

Acordei às 10 horas da manhã, eu dormi tão gostoso na minha cama nova de casal, acho que foi o que mais gostei dessa mudança até agora, levantei-me morta de fome, fui até a cozinha e eu mesma preparei meu café da manhã, depois de comer fui até o quarto do meu pai, mas ele não estava lá, só então me lembrei que ele disse que ia sair hoje de manhã, voltei então para meu quarto e fiquei encarando o teto entediada. Todo domingo eu fazia alguma coisa divertida com meus amigos, mas agora tudo mudou, pelo visto meus domingos passariam a ser bem entediantes. Fiquei mais alguns minutos encarando o teto até me irritar.

–Tá legal, eu não aguento mais ficar aqui, vou sair um pouco ou vou enlouquecer! – disse para mim mesma me levantando da cama.

Fui até o guarda-roupa e procurei uma roupa mais confortável para vestir, coloquei uma blusa regata branca com um short jeans preto que tinhas alguns rasgos na região da coxa, calcei meus patins brancos e sai patinando pela mansão rumo à porta de saída.

Resolvi sair um pouco de casa para conhecer melhor o bairro onde morava agora. Fui patinando pelas ruas distraidamente, aquele bairro não era o tipo de lugar que eu costumava frequentar, pois no East Harlen não era comum ver lindas mansões, belas praças, e pessoas caminhando com seus cachorros pela manhã. Pelo contrario no meu antigo bairro só se via casa velhas e inacabadas, praças lotadas de usuários e drogas, e velhas fofoqueiras que ficavam o dia todo na rua bisbilhotando a vida alheira.

Pelo jeito o bairro onde morava agora era quieto e tranquilo, até que seria maneiro morar ali. Era o que eu pensava até o momento que um skatista maluco me atropelou. Quando percebi já estava caída no chão com o garoto em cima de mim. Olhei para ele irritada e o empurrei de cima de mim.

–Seu idiota, o que pensa que está fazendo? Saia logo de cima de mim! – gritei furiosa o empurrando para longe.

–Ai! – ele reclamou quando eu o empurrei, ele caiu sentado no chão ao meu lado.

O encarei irritada, enquanto tirava a poeira da minha roupa, quando fui me levantar do chão me desequilibrei e cai de novo, eu havia me esquecido que estava usando patins. E o maldito garoto em vez de me ajudar a levantar começou a rir.

–Seu idiota, pare de rir e me ajude a levantar! – reclamei irritada.

–E por que eu faria isso? – ele perguntou ficando serio.

–Porque foi você quem me derrubou! – respondi irritada.

–Não, você caiu sozinha! – ele respondeu cruzando os braços.

–Estúpido! – respondi me levantando do chão sem sua ajuda.

O garoto também se levantou do chão e me encarou serio, ele me avaliava dos pés a cabeça. Aquele garoto me parecia familiar, ele era moreno, alto e forte, seus cabelos eram lisos e pretos e batiam na altura do ombro, até que ele era bonitinho, mas era um tremendo idiota.

–Não vai pedir desculpas? – perguntei nervosa com as mãos na cintura.

–Pelo quê? – ele perguntou indiferente enquanto ajeitava a gola da sua camiseta.

–Por ter me derrubado no chão oras! – respondi irritada.

–Claro que não, a culpa foi sua, ninguém mandou você entrar na minha frente! – ele respondeu.

–O quê? Quer diz que agora a culpa é minha? – perguntei incrédula.

–Claro que é, se não tivesse andando tão distraída na minha frente nada disso teria acontecido! – ele respondeu.

–Quer saber? Você é um tremendo idiota! – eu disse.

–É você é uma garota muito irritante! – ele retrucou.

–E você é um estúpido! – respondi de volta.

–E você é estabanada! – ele respondeu implicante.

–Já chega! Eu não vou ficar aqui discutindo com você, é perda de tempo discutir com pessoas ignorantes! – respondi me afastando dele, sai patinando pela rua.

–Isso mesmo garota irritante, vá embora, cuidado pra não derrubar ninguém pelo caminho sua estabanada! – ele gritou de longe enquanto eu me afastava.

Resolvi voltar pra casa, aquele garoto havia me tirado do serio, no caminho para casa eu ia ouvindo o som de rodinhas de skate logo atrás de mim, quando olhei pra trás lá estava o dito cujo me seguindo, ele me lançou um sorriso zombeiro e continuou a andar em seu skate. Revirei os olhos e voltei a olhar pra frente, andei mais alguns quarteirões ainda ouvindo o som de seu skate vindo atrás de mim, não é possível, será que ele estava me seguindo?! Virei-me para trás novamente.

–Quer parar de me seguir seu idiota! – gritei irritada olhando pra ele.

–E quem disse que estou te seguindo sua maluca? Eu estou indo pra minha casa! – ele respondeu.

Revirei os olhos e segui meu caminho ainda ouvindo o som das rodinhas de seu skate, quando finalmente cheguei em casa, subi na calçada e fui abri a porta, naquele instante eu percebi que os som das rodinhas do skate cessaram, olhei ao meu redor e vi o maldito garoto destrancando a porta da casa ao lado.

–Não é possível! – murmurei baixinho olhando pra ele.

Ele me encarou de volta com um sorriso petulante.

–Então é você que se mudou pra ai?! Parece que somos vizinhos agora rosada! – ele disse sarcástico.

–Vai se ferrar! – respondi entrando em casa.

Que ótimo, era só o que me faltava, um vizinho idiota, será que as coisas podiam ficar pior?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do primeiro encontro deles?
Aguardo reviews!
Beijinhos



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